Revitalizando Igrejas Estacionadas

 

Revitalizando Igrejas Estacionadas

5 Estágios do seu ciclo de vida


Instituto de

Evangelismo

Estrutura

Inicial

Organização

Formal

Máxima

Eficiência

 

Institucionalização

 

 

Desintegração

 

 

Compromisso com a Missão e Propósito

Positivo, atitude de apoio.

Incerteza no futuro; líder missionário com alto nível de compromisso.

Forte senso de missão entre os membros.

Alto nível de com prometimento com os alvos.

Alta compreensão dos propósitos e missão da igreja.

Diminuição do número de membros que conhecem a missão.

Novos membros não percebem os propósitos da igreja.

Missão não é entendida.

Propósito é perdido.

 

 

Envolvimento dos Membros

Dependência mútua requer que todos se envolvam.

Todos os membros querem trabalhar.

Alta porcentagem de tempo e compromisso dedicado pelos membros.

Voluntários são fácil mente encontrados.

Novos membros rapidamente encontram lugar para se envolver.

Membros têm alto nível de entusiasmo para participação.

Membros acham que já há outros suficientes para o trabalho.

Staff pago para melhorar os  ministérios.

Já fizemos nossa parte.

Pessoas eliminadas por falta de participação.

Dificuldade de encontrar voluntários.

10% dos membros fazem 90% do trabalho.

 

Programas,

Estruturas e

Organizações

 

Organização míni ma.

Espontaneidade na tomada de decisões.

Igreja torna-se pequena.

Os membros são regulares na frequência.

Novos programas criados para atender novas necessidades.

Começa  a delegação.

Novas funções e responsabilidades.

Poucos novos programas.

Estrutura cria necessidades em vez de atender às necessidades.

Programas interrom- pidos por falta de dinheiro.

Alvo principal é preservar/ sobreviver.

 

 

Frequência aos

Cultos

Pequena, mais de visitantes do que de membros.

Igreja torna-se pequena.

Os membros são     regulares na frequência.

Igreja cheia.

Não percebe a lista de inativos que cresce.

Poucos novos programas.

44 – 55% dos membros não estão nos cultos.

55 – 65% dos membros não estão nos cultos.

 

 

Atitudes para

Mudanças

Membros são receptivos.

Mudanças rápida- mente realizadas.

Unanimidade nas posições.

Mudanças fácil- mente adotadas e integradas.

Sugeridas de todos os níveis dos membros.

Novos propósitos produzem sérias considerações.

Líderes da igreja são responsáveis por iniciar e implementar.

Poucas mudanças feitas.

Mudanças consideradas  desvios do Status QUO.

“Nós nunca fizemos desta maneira antes!”

Racionalizações são feitas para justificar rigidez.


10 Sinais de envelhecimento da Igreja


C – Quais são os indicadores que sugerem de que a igreja está com a tendência de deixar de crescer numericamente para uma situação de estagnação ou de declínio de membros?


1. A tendência de cuidar dos membros da igreja suplanta o esforço do evangelismo para alcançar os de fora, na lista de prioridades. O ítem número um na ajuda pastoral torna-se  a resolução de conflitos entre os membros da igreja.


2. A média de frequência no culto começa a cair, comparada como os mesmos meses do ano passado. A média na frequência da Escola Sabatina também começa a declinar. Este pode ser um sinal de declínio no nível de compromisso dos membros para com a igreja.


3. Referências ao passado ou comparações com o período do pastor anterior começa a lançar sombras, sonhos e esperanças para o futuro desta congregação.


4. Uma diminuição no número de batismos geralmente é um sinal de futuro declínio numérico, bem como declínio de novos membros recebidos por carta ou profissão de fé.


5. Quando o ministro gasta mais tempo indivíduos do que com grupos de pessoas. Esse é, muitas vezes, um sinal de advertência de declínio. A redução de grupos de ação numa igreja pode ser um meio altamente efetivo de frustrar o crescimento.


6. Se, semana após semana, quase todos os membros desaparecem dentro de 10 a 20 minutos após o término do culto, este pode ser um sinal de erosão dos laços de companheirismo e amizade dentro da igreja. A erosão desses laços precede o declínio numérico.


7. Se, pelo menos 70% dos membros uniram-se à igreja nos últimos dez anos, este é um sinal de que a congregação tem perdido a sua capacidade de identificar, alcançar, interessar, atrair e assimilar novos membros. Da mesma maneira, se mais da metade dos membros da comissão de igreja têm sido batizados mais de uma década, também é sinal de igreja com tendência ao declínio numérico.


8. Um dos sinais  mais sutis é a contribuição financeira dos membros. Embora a queda possa ser atribuída em alguns casos a fatores externos(desemprego, etc.), geralmente sugere uma queda no nível de comprometimento para com o evangelho.


9. Parentesco, idade, laços de amizade geralmente pesam mais do que  competência, sabedoria, criatividade e liderança espiritual, no momento da escolha dos futuros membros da comissão  da igreja em declínio.


10. O mais útil indicador está no contraste entre dois termos; cortar e expandir. A decisão de cortar programas, cultos, grupos, obreiros, finanças, avanços evangelísticos é sinal de declínio. Por contraste, a decisão de expandir o ministério em todas as suas formas é o antídoto ao institucionalismo e ao declínio numérico.


Lyle Schaller, 44 steps up off the plateau (Nashville, TN: Abingdonn Press, 1992) 42,43, 44, 45


Potenciais Eventos de Intervenção


I– Um evento de intervenção em si não produz o crescimento. Apenas abre janelas de oportunidades que podem criar um ambiente onde o crescimento é mais favorável. Mas ainda se requer uma estratégia apropriada.


1. Mudança de pastores

2. Reavivamento

3. Renovação do pastor 

4. Renovação dos membros

5. Envolvimento denominacional – enviar ajuda  especial com Seminário de Crescimento da Igreja

6. Crise: decisão, moral, incêndio, etc.

7. Plantar uma igreja


II. Como organizar sua igreja para o crescimento

A. Desenvolva a visão

1. Pv. 23:18 – Sem visão o povo perece

a) Onde não há visão, a energia da igreja é liberada em maledicências, calúnias, disputas, etc.

b) Sem visão, as pessoas se desencorajam quando não podem ver onde estão indo ou medir seu progresso.


Um dia Albert Einstein embarcou em um trem. Ao verificar seus bolsos para entregar o bilhete ao condutor percebeu que o tinha perdido. Porém, o condutor, reconhecendo o famoso cientista, disse-lhe:  “Ok, Dr. Einstein, não tem problema, eu creio que o Sr. perdeu seu bilhete. Vou desconsiderar o fato e deixá-lo viajar”.

Einstein respondeu: “Senhor, você não percebeu meu problema. Se eu não encontrar o bilhete não saberei para onde estou indo”. Muitas igrejas não sabem para onde estão indo, e a visão é a declaração de sua destinação.


2. A visão estabelece prioridades – concentra recursos no trilho certo do crescimento

A. Defina suas prioridades:

1) Em típicas igrejas estacionadas, 90% do tempo, dinheiro e pessoas são colocados em atividades de classe I.

2) Trabalhe com a meta 1:4 em atividades classe II e 10% do orçamento para evangelismo.

B. O que é uma visão?

1) Visão: “Percepção de algo que no presente momento ainda não é realidade”.  William Carey olhava o mapa  mundi e teve a visão das necessidades missionárias do mundo .                                                                                           

2) Visões efetivas são:


Inspiradoras – pedimos às pessoas que vivam acima do ordinário para realizar a visão.

Claras e desafiadoras – foco nas possibilidades, não nos problemas. 

Inflexíveis no centro da visão, mas flexíveis nas margens.( a visão não resulta de consenso, mas deve resultar em consenso)

São preparadas para o futuro, mas consideram o passado.


C. Como desenvolver a visão:


1) Líderes carismáticos(5%) podem sair para uma montanha e obter uma visão, mas muitas pessoas não. Elas “roubam” a visão e a sintetizam.

2) O bom líder ouve seu foco e suas visões. Ele procurará áreas de “interseção”. Nessa área comum eles desenvolverão a visão para a igreja.

3) Sua visão pessoal baseia-se em seus dons, talentos, temperamento, paixão e passado.

D. Como declarar a visão:

1) Escreva uma curta declaração começando com a preposição “para”. Deve ser uma declaração de ação – “Ser”, “equipar”,  “impactar”, etc.

2) Desenhe uma figura, símbolo da sua visão. Ex.: retrato de uma classe de pessoas que se deseja alcançar. Ex.: Foice e martelo – comunismo; lua crescente – Islamismo

3) Crie um slogan em 5 a 9 palavras que capturam a visão

a) Slogan é uma minúscula delineação de uma ampla declaração de visão

b) Não dê ao povo um longo slogan . Que seja de 2 a 3 palavras no máximo! “cada membro um ministro” “de casa em casa até a última casa” “win the lost at any cost” “Saddleback Church, Rick Warren


4) Comunique a sua visão através da pregação, broches, bandeiras, músicas, boletins.

5) Personalize a sua visão em um personagem bíblico


E – Diferença entre missão e visão:

1) Declaração d missão é uma definição do ministério, quem você deseja alcançar e resultados do ministério a serem realizados

2) Declaração da missão é mais filosófica; declaração de visão é estratégica


F – Venda  a visão:


1) Prepare o povo para receber o sonho – envolva  a liderança

2) Apresentar a visão – Onde estamos hoje? Onde  o presente curso nos livrará? Quais alternativas? Quais as alternativas de Deus?

3) Persiga o sonho – anuncie vitórias, mantendo-o diante do povo


G – Fator pastoral


1) 1o Sinal Vital de igrejas que crescem: Pastor dinâmico – Peter Wagner, The Healthy Church


2) Axioma 1: “O pastor precisa desejar que a igreja cresça e desejar pagar o preço” – idem.


3) Executivos de uma grande  denominação definiriam 5 categorias de pastores baseado na habilidade desses clérigos. Os resultados são os seguintes:


8% dos clérigos são excelentes – Eles entendem as necessidades da igreja local; têm a habilidade de articular a fé em sermões e na vida diária da congregação; genuinamente se importam com a igreja; entendem os procedimentos denominacionais e a teologia podem interpretá-los para a congregação.


12% dos clérigos são bons – Não se distinguem em todas as áreas e podem Ter significantes problemas em uma ou duas áreas do ministério. Mas fortalecem a igreja local, são consistentes com os procedimentos denominacionais e a teologia; e demonstram preocupação com os membros da igreja


28% dos clérigos são consideráveis – São adaptados para trabalhar em pequenas e médias igrejas. Eles não podem lidar com a complexidade de grandes congregações. Raramente  demonstram excelência em qualquer área do ministério e às vezes têm problemas com a igreja local. No entanto, eles mais ajudam que prejudicam a igreja.


31% dos clérigos possuem menos dons e graça do que o necessário para o ministério. Eles têm problemas em cada igreja que servem. Se a igreja servida por eles tem bom desempenho ou baixo rendimento, é mais como resultado da própria congregação do que o impacto do seu ministério. Muitos nessa categoria precisam ser transferidos a cada 2 ou 3 anos para livrá-los de enfrentar sérios problemas na congregação.


21% dos clérigos são incompetentes – Igrejas servidas por eles provavelmente seriam melhores se deixadas sem um pastor. Geralmente têm personalidade conflitante e rejeitam os procedimentos e teologia de denominação.

Fonte: Steven E. Clapp, Ministerial Competency Report


H – Que tipos de alvos você tem?

Fonte: Nadci, Russel Burril. USA 


Alvos de sobrevivência


1. Produzem soluções remediais 

2. Baseados no passado

3. Identificar seus problemas

4. Demandam baixo nível de risco/fé

5. Não necessitam de sonhos

6. Prioridade sem problemas e sobrevivência

7. Não empreendem novos programas e ministérios

8. Tendem a envolver apenas membros antigos

9. Perpetuam o status 900

10. Focalizam as necessidades da instituição


Alvos orientados para Missão


1. Produzem soluções inovadoras

2. Baseados no futuro

3. Identificam soluções

4. Demandam alto nível de risco/fé

5. Necessitam de sonhos

6. Prioridades em saúde e crescimento

7. Empreendem novos programas e ministérios

8. Envolvem visitantes e novos batizados e membros antigos

9. Encorajam a expansão de ministérios e crescimento

10. Focalizam as necessidades do povo


Igrejas Estacionadas que não saem do platô de crescimento


Muitos já viram pela TV um foguete lançado ao espaço. A contagem regressiva chega a zero, os guindastes caem, a ignição é acionada, nuvens de fumaça envolvem o local, fogo e barulho. Então, lentamente, o foguete vai ganhando altura até ultrapassar a atmosfera.


Uma vez que o foguete alcance o espaço, pouco poder é requisitado para mantê-lo movendo e no curso. A parte mais difícil é vencer a resistência doar e a força da gravidade. Uma vez no vácuo os motores são acionados apenas para  correção de rumo.


Rick Warren fala do crescimento do bambu chinês. Plantado no solo, durante 4 a 5 anos nada acontece. Você molha, fertiliza, mas não vê nenhuma evidência de que algo está acontecendo. Mas ao nascer, cresce em espantosa rapidez. É incrível que uma planta que fica dormente por anos, de repente explode em crescimento.


Assim é o crescimento da igreja.A parte mais difícil é empregar todos os recursos disponíveis para vencer a inércia gravidade que mobiliza e a indiferença para erguer a igreja a alcançar os primeiros cem membros em direção ao crescimento.A partir daí,o crescimento torna-se mais natural,quando ela está fundamentada em princípios saudáveis de desenvolvimento.


8 Passos Estruturais para o crescimento:


1 – Crie uma consciência de crescimento


É necessário uma convicção que permeie o corpo de Cristo, que a vontade de Deus é o crescimento, e que a igreja tem a oportunidade, o privilégio e responsabilidade de cumprir a vontade de Deus através de programas e atividades. A igreja que não está ativamente buscando o perdido é apenas uma igreja parcial, ou desobediente.


Como fazê-lo:

Criando estruturas para o evangelismo. A estrutura de muitas igrejas esta preocupada excessivamente com aqueles que já são membros. Criar consciência significa estimular preocupação pelos “não alcançados” em cada departamento da igreja.


2 – Identifique as necessidades e oportunidades


O maior problema de algumas igrejas é que elas estão envoltas nelas mesmas. Sua visão é limitada e seu foco está em seus problemas. Elas se movem de problema a problema. Elas necessitam romper a síndrome do problema e se concentrar nas oportunidades. Para isso, eles precisam buscar identificar as necessidades da comunidade que a igreja poderia preencher.


3 – Estabeleça alvos de fé


Correr riscos é essencial para o crescimento. Em igrejas que crescem, o desejo de arriscar-se em empreendimentos é o denominador comum.

É bíblico o estabelecimento de alvos específicos? Jesus organizou o seu ministério em cima de prioridades, conforme um plano previamente estabelecido– João 9:4, João 2:4 .Paulo era orientado por alvos. Escrevendo aos Filipenses, disse: Fil. 3:13, 14.


Depois de estabelecer um alvo de fé para a sua igreja, o alvo maior é então dividido em pequenos alvos, essenciais para realizar a tarefa total. Desenvolva um diagrama do programa geral, coloque os alvos e os passos do programa na ordem sequencial. 


Desenvolva um cronograma. Defina pessoas responsáveis para cada atividade, planeje métodos e programas que prometem ser mais eficazes, e não tema o fracasso. Se o plano não funcionar, avalie, recicle e comece de novo. Continue até descobrir a fórmula que funciona. Monitore o progresso e os resultados. O alvo de fé não é um tirano, mas um objetivo a ser o foco central da igreja.


4 – Envolva os membros e treine-os


O pastor que vê a sua função como  um capacitador para ajudar os membros a descobrir e usar os dons é diferente daquele que tenta carregar todas as responsabilidades da igreja.


Como envolver os membros:


5 – Entenda corretamente sua comunidade:

Esse discernimento envolve o crescimento da população ou declínio, idade da comunidade, mudanças ocorridas ali, características étnicas e educacionais, financeiras e média de idade das pessoas que vivem ali.


a) Pessoas em transição

b) Pessoas em tensão


6 – Desenvolva uma estratégia efetiva

Ao fazê-lo, lembre-se que novos grupos tendem a ser mais produtivos que os velhos grupos. Que novas  igrejas batizam mais pessoas, em proporção. 


E os novos membros têm mais potencial evangelístico do que os antigos membros das igrejas que poderiam ser mais produtivos. Essa técnica é necessária. As empresas avaliam seu desempenho eliminando áreas improdutivas e reciclam para obter mais produtividade.


7 – Invista recursos no crescimento

Por recursos quero dizer tempo, talentos e dinheiro.


8 – Dê prioridade ao evangelismo


A igreja viva tem problemas com espaço e estacionamento; a igreja morta não.

A igreja viva tem muitas crianças barulhentas e Jovens; a igreja morta é bastante quieta.

A igreja viva geralmente muda a maneira de fazer as coisas; a igreja morta não se preocupa com isso.

A igreja viva geralmente pede mais dinheiro para novos programas missionários; na igreja morta há sobra de dinheiro para o que ela faz.

A igreja viva vê desafios e oportunidades; a igreja morta vê problemas e perigos.

A igreja viva usa sua tradição e facilidades para servir o povo; a igreja morta usa o povo para preservar facilidades e tradições.

E agora, como se classifica a nossa igreja?