Por que do total dos dízimos recebidos em cada igreja local não se enviam somente os 10% à tesouraria da Associação/Missão, e se retém o restante dos 90%...?
Não se procede assim devido à forma representativa de governo eclesiástico da Igreja Adventista, que difere do sistema congregacional ou independente, no qual a congregação local sustém com seus dízimos ao próprio pastor.
O sistema representativo quem sustém ao pastor não é a congregação local, mas a associação de igrejas e congregações do campo.
Para isso, todas elas enviam os 100% dos dízimos de seus membros diretamente à tesouraria do campo para que seus dirigentes, escolhidos pelos representantes das igrejas, possam administrá-los conforme as práticas usuais da igreja, para o sustento dos pastores e demais obreiros.
O Manual da Igreja diz: “O dízimo não é usado nem gasto pela igreja local, mas é enviado ao tesoureiro da Associação ou Missão”.
Dessa forma, os distritos com poucas entradas de dízimos podem ter seus próprios pastores e serem atendidos devidamente. Por sua vez, os distritos grandes com entradas superiores às necessárias para sustentar seu pastor, têm o privilégio de colaborar com os menos favorecidos.
Isso faz com que o campo seja mais bem atendido quanto às suas necessidades espirituais e de evangelização e os obreiros sejam equitativamente remunerados por não dependerem do potencial econômico das congregações locais às quais servem.
O povo de Israel devia entregar todos os dízimos aos levitas. “E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação” (Números 18:21).
Após estas considerações do livro do Pastor Roberto Roncarolo, convém citar o que a irmã White diz sobre a “possibilidade levantada por alguns” de que a Igreja Adventista do 7o Dia deveria “mudar” sua forma de governo eclesiástico;
“O inimigo das almas tem procurado introduzir a suposição de que uma grande reforma devia efetuar-se entre os Adventistas do Sétimo Dia, e que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que se erguem como pilares de nossa fé, e empenhar-se num processo de reorganização.
Se tal reforma se efetuasse qual seria o resultado? Seriam rejeitados os princípios da verdade, que Deus em sua sabedoria concedeu à igreja remanescente. Nossa religião seria alterada” .
“Oh, como Satanás se regozijaria se alcançasse êxito em seus esforços de penetrar no meio deste povo e desorganizar a obra num tempo em que a organização intelectual é essencial, e constitui a maior força para evitar os relevantes espúrios, e refutar pretensões não abordadas pela palavra de Deus!
Precisamos manter as linhas uniformemente para que não haja quebrado sistema organizacional e ordem, que se ergue por meio de sábio, cuidado labor. Não se deve dar autonomia a elementos desordeiros que desejam controlar a obra neste tempo.
Alguns têm apresentado a idéia de que, ao aproximarmos do fim do tempo, cada filho de Deus agirá independentemente de qualquer organização religiosa. Mas fui instruída pelo Senhor de que nesta obra não há isso de cada qual ser independente” .