26 MORREU CRISTO NUMA CRUZ OU NUMA ESTACA?

PRETENCIOSAS TESTEMUNHA JEOVA TEMAS



O objetivo deste capítulo é pesquisar o tipo de instrumento usado para a crucifixão de Cristo. 


É notório entre os estudiosos das crenças das Testemunhas de Jeová, que defendem ardorosamente o ter sido Cristo crucificado numa estaca, e não numa cruz. 


Embora o ser crucificado numa cruz ou numa estaca não afete o valor do grande sacrifício feito a nosso favor é interessante conhecer os fatos reais a respeito do assunto. 


COMENTÁRIOS GERAIS


Dentre os ensinos antibíblicos das "Testemunhas de Jeová" encontra-se o seguinte: Jesus se deu em resgate pelos homens como ser humano, portanto esse resgate não garante vida eterna para ninguém, mas simplesmente oferece o direito de uma segunda oportunidade. 


"Com esta declaração têm dois propósitos: 


a) Destruir a crença na pessoa divina de Jesus;

b) Destruir a segurança no valor de Cristo como Salvador". 

Testemunhas de Jeová, Antenor Santos de Oliveira, pág. 46. 


Por que morreu Cristo de modo tão humilhante numa cruz? Por que se não fosse essa morte jamais poderíamos obter a salvação, como nos diz Paulo em seus escritos. Rom. 3:24-25; II Cor. 5:21; Efés. 1:7; Col. 1:14. 

Apesar do sofrimento de Cristo já ter sido profetizado pelo salmista e por Isaías séculos antes, nosso Salvador sabia que Seu sacrifício na cruz seria bastante humilhante e mesmo decepcionante para Seus discípulos, por isso em Seu contato diuturno com eles procurou preparar-lhes o espírito para as cenas finais do Calvário, mas eles só compreenderam este sacrifício após Sua saída gloriosa da tumba, como pode ser visto em Mat. 16:21, 22; 26:28; João 3:16; 12:32, 33; Luc. 24:1-9. 

Nenhum dos discípulos compreendeu tão bem o plano da redenção como o Apóstolo Paulo, por isso exclamou o que se encontra em Romanos 8:21-39. 

Pelo fato de todo este plano ter tido o seu desfecho final na cruz, compreendemos o porquê desta palavra ter um efeito tão magnetizante sobre os cristãos e de Paulo tornar-se o seu paladino incansável. Por isso afirmou: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." Gál. 6:14. 

Só podemos compreender esta apologia de Paulo nela cruz quando sabemos que nela se encontra a centralização do Evangelho de Cristo e que Sua morte no madeiro propiciou a redenção para a humanidade. 

Paulo percebeu ainda que as igrejas da Galácia se estavam desviando do evangelho cristocêntrico para um falso evangelho, daí sua exaltação da cruz na carta enviada a estas igrejas. Gál. 1:4; 2:20; 3:13, 14; 4:5; 6:15. 

Ficamos condoídos ao pensarmos nos atrozes sofrimentos suportados por Cristo naquela terrível cruz, mas de outro lado a exemplo de Paulo nos gloriamos na cruz, por ser este o meio escolhido por Deus para nos reconciliar com Ele. O apóstolo Pedro de modo idêntico nos mostra o grande preço pago pela nossa salvação na sua primeira carta capítulo 1 versos 18 e 19: "Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo." 

Satanás conhecendo o fascínio que irradia da cruz de Cristo, tudo faz, para que os homens não centralizem a esperança da salvação no sacrifício do Calvário. 

A exemplo de alguns falsos ensinadores nas igrejas da Galácia, os professos exaltadores do nome de Jeová procuram minimizar o valor da cruz pelo ensinar que o sacrifício de Cristo não é suficiente para dar-nos a vida eterna, mas apenas oferecer uma segunda oportunidade. 

Se todo o ensino bíblico visa ressaltar o valor da cruz, e o ensino das "Testemunhas de Jeová" apouca a obra do nosso Salvador, então poderemos compreender melhor o porquê de suas preocupações bizantinas em asseverar que Cristo não morreu numa cruz, mas numa estaca. 

Qual a palavra do original grego que foi traduzida por cruz? 

É staurós. 

Se formos aos dicionários helênicos eles nos dirão que a palavra tem múltiplos significados, tais como: instrumento de suplício, mourão de cerca, estaca, paliçada, poste, patíbulo, madeiro, cruz. 

O Dicionário Grego-Português e Português-Grego de Isidro Pereira. depois de apresentar várias acepções, conclui que no Novo Testamento significa cruz. 

Se a palavra tem todas estas significações e se todos os tradutores da Bíblia a traduzem por cruz, por que as Testemunhas de Jeová defendem que deve ser traduzida por estaca? A resposta é apenas esta: visam retirar da cruz o seu valor e negar a doutrina bíblica, que através desta mesma cruz, exalta a Pessoa Divina de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 


Sem nos alongarmos em vários aspectos curiosos da cruz, como da sua origem na letra grega maiúscula T – "tau", ou na letra inicial da palavra grega Christos, ou que a expressão "pau de cedro" de Num. 19:6 seja típica para a cruz, eis apenas a transcrição de um trecho da pág. 18 do Logos Eterno de Sabatini Lalli: "W. Berry, em sua 'Enciclopédia Heráldica' menciona nada menos do que 385 diferentes tipos de cruzes, incluindo o grande número de cruzes artísticas e simbólicas." 


As principais cruzes usadas no tempo de Cristo eram as seguintes: 

a) A cruz grega ou aquela em que as duas hastes se cruzam pelo meio, é também chamada eqüilateral, porque seus quatro braços eram iguais 


b) A cruz latina quando a haste horizontal cruza a vertical acima da metade. 



Denomina-se ainda de imissa ou capitata; 

c) A cruz comissa 



quando a haste horizontal passa na extremidade superior da vertical. Esta, crêem alguns, foi a usada na crucifixão de Cristo. O título ou o motivo da condenação era colocado por cima da cabeça per meio duma ripa. (Mat. 27:37). 

d) A cruz de Santo André, também conhecida como decussata teria a forma do X maiúsculo. 


Grande número de autores defende que a cruz em que Cristo foi pregado era a do tipo latino ou romano, isto é, "imissa". Os Evangelistas – Mateus 27:37; Marcos 15:26; Lucas 23:38 e João 19:19 – dão a entender este fato, dizendo que, por cima de Jesus crucificado, foi colocada uma inscrição em Hebraico, Grego e Latim. 

A palavra cruz tem sido usada, através dos séculos, como sinônimo de provação e tribulação. 

Sendo que nela se realizou a prova mais cabal do amor de Cristo pela humanidade, em vez de instrumento de suplício transmuda-se em instrumento de salvação. 


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