17 ANTES QUE ABRAÃO EXISTISSE, EU SOU - JOÃO 8:58

ÍNDICE DE TEMAS - Pretensões Jeovistas 

PRETENCIOSAS TESTEMUNHA JEOVA TEMAS



João relata a declaração de Cristo da seguinte maneira: "Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU." 


No original se encontra: 


eipen autoiv o ihsouv amhn amhn legw umin prin abraam genesyai egw eimi


A discutida e controvertida Tradução Novo Mundo, na página 312, apresenta uma nota de rodapé declarando o seguinte: "A expressão grega Ego eimi (Eu sou) deve ser traduzida com propriedade no 'tempo do perfeito indefinido'." 


Por mais que alguém pesquise as gramáticas gregas nunca encontrará este tempo do verbo porque não existe; não passando de pura artimanha dos jeovistas. Se essa sua afirmação pode confundir os incautos, jamais os que podem entender um pouco de grego. 


Traduzir "Ego eimi" por "Eu tenho sido" é um disparate tão grande, que é melhor não empregar nenhum adjetivo que o qualifique. 


Notemos que a forma verbal existisse no grego guenestrai indica nascimento, geração e é atribuída a Abraão, enquanto eimi = sou, que se refere a Cristo, significa existência. Note ainda que o primeiro verbo está no aoristo – ação pontilear, enquanto o segundo está no presente – ação linear. Uma melhor tradução deste verbo seria: Antes que Abraão fosse feito ou criado, eu sou. 

Robertson nos adianta que "eimi" é absoluto, o que simples mente quer dizer, que não há complemento predicativo algum expresso com ele.  

O grego jamais admitiria a tradução "Eu tenho sido", porque a única que corresponde ao grego é "Eu sou" = existo. O Novo Testamento oferece excelentes exemplos do uso de "Eu sou", expressão que muitas vezes no hebraico aparece simplesmente com o pronome "eu" e o complemento predicativo, sem o verbo de ligação - "ani Jahweh (Eu Jeová). 

A Septuaginta traduz a expressão "ani Jahweh", algumas vezes por "Ego Kyrios", "Ego Théos", mas outras colocando o conectivo "eimi"; como se pode ver em: Gên. 26:24; 17:1; Êxodo 3:14; Salmo 35:3; Isaías 43:25; Jeremias 3: 12; Joel 2:27. 

O embuste do tempo perfeito indefinido e sua tradução "eu tenho sido", tem uma única finalidade, fugir da identificação Cristo com o Eu sou de Êxodo 3: 14, que é Jeová. 

A única tradução correta de Ego eimi é  Eu sou  e desde que Jeová é o único Eu sou (Êxodo 3: 14; Isaías 44:6) Ele e Cristo são um. Na Septuaginta, a expressão Eu sou de Êxodo 3:14, está traduzida para "Ego eimi", bem idêntica a de João 8:58, provando de maneira inegável a divindade de Cristo. 


Duas  Explicações  de  Comentaristas  Sobre  o  Significado  da  Expressão  –  Eu  Sou


1º) The Interpretation of St. John's Gospel, de Lenski, página 671: 

"Jesus declara que embora sua vida terrestre não atingisse cinqüenta anos, sua existência como uma pessoa (Ego) é constante e independente de algum começo no tempo, como foi a vida de Abraão. Eu sou = Eu existo. Assim com as mais simples palavras Jesus testificou da divina e eterna preexistência de sua pessoa". 

2º) J. H. Bernard - A Critical and Exegetical Commentary on the Gospel of St. John, Vol. II, página 118: 

"É evidente que o 'Ego eimi' (Eu sou), usado por Jesus, reflete a maneira apropriada e peculiar de Deus falar de Si mesmo no Velho Testamento e, na boca de Jesus referindo-se a Sua própria Pessoa, esta expressão se refere a Sua Divindade. Foi exatamente isto o que Jesus quis dizer ao usar esta expressão". 


As Testemunhas de Jeová ainda afirmam que a frase "Eu sou" de João 8:58 pode estar empregada no chamado "presente histórico". 

Embora exista o presente histórico, aplicá-lo nesta passagem é um verdadeiro absurdo, pois a gramática nos ensina que seu uso é para relatar fatos passados, como se fossem presentes, para tornar mais vívida a narração. A prova máxima de que Jesus se declarou Deus ou Jeová é que os judeus tomaram pedras para o apedrejar, pois este pecado era punido cor este tipo de morte. Os seguidores da Seita comentada defendem que os judeus queriam apedrejar a Jesus porque Ele os chamara de filhos do diabo, conforme relatado no versículo 44. Isto é pura invencionice, desde que João 10:33 declara o motivo de quererem apedrejá-lo. 

As leis judaicas apenas permitem o apedrejamento em cinco casos: 

1º) Espíritos adivinhadores - Lev. 20:27; 

2º) Blasfêmia - Lev. 24:16; 

3º) Filhos obstinados - Deut. 21:18-21; 

4º) Falsos profetas que levavam o povo à idolatria - Deut. 13:5-10; 

5º) Adultério - Deut. 22:21-24. 

Os judeus como legalistas não iriam apedrejar a Cristo se ele não estivesse infringindo um destes preceitos em que o apedrejamento era permitido. 

São Crisóstomo nos asseverou: "Não disse: 'Antes que Abraão fosse eu fui', mas 'eu sou'. Assim como o Pai se serve da expressão 'Eu sou', Cristo também a emprega, porque denota uma existência contínua, que o tempo não pode medir. Por este motivo a expressão pareceu blasfêmia aos judeus". 

A pena da inspiração traz luz adicional sobre este tema nas seguintes palavras: 

"O mundo foi feito por Ele, 'e sem Ele nada do que foi feito se fez'. Se Cristo fez todas as coisas, existia antes de todas as coisas. As palavras proferidas neste sentido são tão decisivas que ninguém precisa permanecer em dúvida. Cristo era Deus essencialmente, e no mais elevado sentido. Estava com Deus desde toda a eternidade, Deus sobretudo, eternamente bendito... 

"Há luz e glória na verdade de que Cristo era um com o Pai antes de serem lançados os fundamentos do mundo. Essa é a luz a brilhar em lugar escuro, tornando-o resplandecente com a glória divina que havia no princípio. Esta verdade, infinitamente misteriosa em si mesma, explica outras verdades misteriosas e de outra maneira inexplicáveis, se bem que engastadas em luz, inatingível e incompreensível." 

The Review and Herald, 5-4-1906, p. 8. 


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