1 A Família é a Base da Sociedade

sermao familia 1


1- O QUE É A FAMÍLIA?


A família é a primeira comunidade da raça humana . Ela surgiu antes de todas as instituições. Antes que se formassem os povos e as nações. Ela é o núcleo básico da sociedade. ''Criou Deus , pois, o homem a sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou..'' Gn 1. 27-28. 


Deus é o criador da família. Portanto ele é o único que tem a autoridade e o direito de dizer o que é a fa-mília, para que existe e como deve funcionar. 


''Por isso deixa o homem pai e mãe , e se une a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne'' Gn 2.24 


Ela está sobre um tripé LEGAL e que dia-a-dia necessita se tornar REAL. 


1) Deixar Pai e mãe... 

2) Ser Um (Legalmente é um voto na luz, diante de testemunhas - Realmente, uma vida na Luz. - 1 João 1:7).

3) Ser uma só carne (Legalmente ocorre na noite de núpcias - Realmente é uma dívida que contraímos um com o outro - 1 Cor 7:3, e que se torna uma batalha espiritual muitas vezes - 1 Cor 7:5) 


JESUS DEFINE O RELACIONAMENTO COM A ESPOSA SOBRE ESTE TRIPÉ - Mat. 19:3.6 - 


PAULO DEFINE DA MESMA FORMA, APÓS VÁRIAS INSTRUÇÕES SOBRE O RELACIONAMENTO FAMILIAR - Ef. 5:31 2-



QUAL A SITUAÇÃO ATUAL DA SOCIEDADE?


A crise da sociedade de hoje está principalmente na família. Nos lares existem tensões, contendas, dis-cussões, iras, gritarias, ofensas, ressentimentos, amarguras, separações e divórcios. A família é o alvo dos maiores ataques de satanás. 


A destruição da família acontece porque o homem abandonou o conselho de Deus e adotou os critérios e idéias humanas. Tem a igreja solução para os problemas da família? Pode Jesus cristo salvar a família? Certamente que SIM. 



QUAL O OBJETIVO DESTA APOSTILA?


1. Transmitir o conselho de Deus sobre a família, para que se possa vivê-lo e ensiná- lo a outros. 

2. Ensinar a proteger nossas esposas, maridos e filhos dos ataques de satanás e da corrente mundana que destrói as famílias 

3. Edificar a igreja com base em famílias solidas. Se as famílias são santas e sólidas, a igreja é santa e sólida. 

4. Preparar famílias para serem exemplo para a sociedade - Mt 5.13,14. 4- 



QUE RECURSOS TEMOS PARA A RECONSTRUÇÃO DA FAMÍLIA?


''Se o Senhor não edificar a casa , em vão trabalham os que a edificam'' Sl 127.1


a) Temos instruções claras da palavra de Deus - Sl 19.7-9. 

b) Temos o poder do Espirito Santo - Gl 5.22-23. 

c) Temos a valiosa ajuda do corpo de Cristo. Existem muitos irmãos no corpo de Cristo, maduros e com famílias bem formadas que são exemplo, e podem aconselhar e orientar a outros - Mt 28.20; Ef 4.15, 16.5 5- 





QUAL É A NOSSA ESPERANÇA E FÉ PARA AS FAMÍLIAS DA IGREJA?


Esperamos ter famílias que vivam a realidade do reino de Deus. Lares que o agradem. Cremos que ele nos aperfeiçoará até sermos: 


a) Um povo formado por famílias sólidas e estáveis. 

b) Solteiros que mantenham sua santidade. 

c) Casais que convivam em harmonia e fidelidade. 

d) Filhos obedientes e que respeitem seus pais. 

e) Esposas submissas, maridos amorosos e responsáveis 

f) Um povo que saiba trabalhar, estudar, progredir, casar, criar filhos, cuidar de suas casas com disci-plina e ordem. 

g) Um povo de discípulos diligentes, responsáveis, generosos e que saibam servir. 

h) Um povo formado por famílias sadias e felizes, onde haja amor, paz e alegria.



OBJETIVOS ERRADOS


a) Alguns tem como principal objetivo da vida o progresso material. Vivem desejando e trabalhando para alcançar o progresso desejado (Lc 12.15). 

b) outros casam para ter felicidade pessoal. São egoístas. Pensam só em receber e nunca em dar. Que-rem ser servidos e não servem. O fracasso é certo. 

c) Outros fazem da família um fim em si mesma. É a idolatria da família. A família se torna mais impor-tante que Deus. 

d) Há aqueles que se casam para terem os benefícios da vida de família, tais como: a alegria de viver em companhia, o dar e o receber afeto, o deleite das relações sexuais, a cobertura e proteção, a alegria de ter filhos, etc. Todos estes benefícios são legítimos, mas não podemos fazer deles o objetivo e pro-pósito para a família. 



QUAL O PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA?


Deus é criador da família. Ele é o dono da família. A família existe para ele (Rm 11.36). Ele tem um pro-pósito para a família. Por que Deus instituiu o casamento? Por que deu uma esposa para Adão? - Porque Deus tem um propósito eterno. A família existe para cooperar com o propósito de Deus: ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. (Rom. 8:28.29) 


 COMO A FAMÍLIA COOPERA COM O PROPÓSITO DE DEUS? 

NA CRIAÇÃO DE FILHOS PARA DEUS.  É emocionante pensar que podemos ter filhos a quem Deus pode adotar como seus filhos. Com este pro-pósito em vista, todo trabalho e esforço da família se transforma em um serviço para Deus. Cozinhar, lavar, passar, trabalhar para o sustento diário, ter filhos, criá-los, instruí-los, educá-los, tudo isto deve ser para Deus. Somos seus colaboradores. Aleluia! 


Os que se casam com o propósito de ter os benefícios do casamento, dificilmente serão felizes. Logo descobrirão que além dos benefícios, há trabalho, responsabilidades, dificuldades, lutas e sofrimentos. Deus não forma uma família para si mesmo às custas da nossa felicidade. Ele quer que sejamos felizes e que desfrutemos os benefícios que a família oferece. Mas os benefícios são secundários. O importante é o seu propósito eterno. 


Como ficam os casais que não podem ter filhos? Todos podem ter filhos, quer seja gerando ou adotando-os. Há tantos filhos que precisam de pais! 


Como ficam os que não se casam? Podem dedicar-se a outros aspectos do serviço na obra do Senhor. Jesus não se casou, Paulo não teve família, mas ambos se entregaram totalmente ao propósito de Deus. 


NA FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO SER HUMANO. 

A convivência familiar nos coloca nas circunstâncias ideais para nosso aperfeiçoamento. É na família que se forma o nosso caráter. Nela aprendemos a praticar o amor, a humildade, a paciência, a bondade e a mansidão. Também aprendemos responsabilidade, disciplina, sujeição, serviço, respeito e tolerância. As-sim como aprendemos a perdoar, confessar, suportar, negar a nós mesmos, exercer autoridade com amor, corrigir com graça, sofrer, orar e confiar em Deus. O lar é a escola de formação tanto para os pais quanto para os filhos. Deus vai utilizar a convivência familiar, mais do que qualquer outra coisa, para transformar o nosso caráter à semelhança de Jesus Cristo (Rm 8:28-29) 



O CASAMENTO 

O CASAMENTO FOI INSTITUÍDO POR DEUS 

"Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne. De modo que já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus não o separe o homem". Mc 10.7-9. 

O casamento não foi estabelecido por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antece-de toda a cultura, tradição, povo ou nação. É uma instituição divina. O casamento não é uma sociedade entre duas partes, onde cada uma coloca as suas condições. Deus é quem estabelece as condições, não o homem ou a mulher. Nem os dois de comum acordo. Nem as leis do país. Quem se casa deve aceitar as condições estabelecidas por Deus. E não há nada o que temer porque Deus é amor e infinitamente sábio. 



O FUNDAMENTO DO CASAMENTO


A Base do Casamento é o AMOR CRISTÃO e a VONTADE COMPROMETIDA PELO PACTO MÚ-TUO, não o Amor Sentimental. 


O AMOR SENTIMENTAL - Em nossos dias, existe o conceito generalizado de que o amor sentimental é a base do casamento, por causa do romantismo e do erotismo na literatura, cinema e televisão. Certamen-te que o amor sentimental é um ingrediente importante do casamento, mas não é a sua base. Deus não poderia estabelecer algo tão importante sobre uma base tão instável como os sentimentos. Na realidade, muito do que se chama de "amor", é egoísmo disfarçado. O amor erótico, ou romântico, busca a satisfa-ção própria ou o benefício que pode ter através do outro. Diversas razões podem modificar os nossos sentimentos: problemas de convivência, maltrato, falta de caráter do cônjuge, o surgimento de alguém mais interessante, etc. Depois de algum tempo, muitos casamentos chegam a esta triste conclusão: "Não nos amamos mais. Devemos nos separar."


O AMOR CRISTÃO . O mandamento do Senhor é claro sobre o amor: " Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; ASSIM COMO eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nis-to, conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns com os outros." (João 13:34.35). 


Para entendermos este princípio é necessário respondermos algumas perguntas. 


Como é possível alguém amar como Jesus amou? A questão em que a maioria da Igreja se esbarra é na confusão entre como e quanto. Aqui no texto o mandamento não é para amar-mos tanto ou quanto o Se-nhor nos amou, mas como. Isto fala de uma qualidade de amor. 


Como é este amor? "Nisto conhecemos O AMOR, em que Cristo DEU SUA VIDA POR nós;..." (1 João 3:16). 


Amor é dar a vida por alguém e não para alguém. Pode ser resumido nesta frase: Amar é dar a vida POR alguém. 


Dar a vida por alguém, A QUEM ???? "Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, COMO TAMBÉM CRISTO, VOS AMOU, e se entregou a si mesmo POR NÓS, como oferta e sacri-fício A DEUS em aroma suave". (Ef. 5:1.2). 

A resposta é entregar-se à Deus... Vários casamento hoje estão salvos pelo entendimento de algumas pes-soas que receberam o Senhorio de Jesus Cristo, buscando serem identificados por todos como discípulos do Mestre, têm oferecido à Deus suas vidas como oferta e sacrifício em aroma suave pelos seus cônju-ges. 


VONTADE COMPROMETIDA PELO PACTO MÚTUO - Quando um homem e uma mulher se casam, fazem um pacto, uma aliança. Comprometem a sua vontade para viverem unidos até que a morte os sepa-re. Deus os responsabiliza pela decisão (Ec 5.4-5; Ml 2. 14; Mt 5.37). 

Nem sempre podemos controlar os nossos sentimentos, mas a nossa vontade, sim. Quando os sentimen-tos "balançarem", o casamento se manterá firme pela fidelidade ao pacto matrimonial. Cristo é o nosso Senhor e nossa vontade está sujeita a dele. Desta maneira, ainda que atravessemos momentos difíceis, a unidade matrimonial não estará em perigo. 


O NOVO MANDAMENTO E A ALIANÇA SÃO SUPERIORES AOS SENTIMENTOS - Há um concei-to errado que diz: "acabou o amor, acabou o casamento!" Mas a verdade de Deus é que todos os casados devem se amar. É um mandamento. Deus não diz que o casamento subsiste enquanto durar o amor, até porque o AMOR DESCRITO NO MANDAMENTO É ETERNO, JAMAIS ACABA. Os cônjuges podem desobedecer a Deus e não amarem-se, todavia isto não invalida a união. Deus diz que eles devem amar-se porque estão unidos em casamento (Cl 3. 19; Tt 2.4), isto é, o vínculo LEGAL E REAL de um com-promisso. 


O verdadeiro amor (o que dá a vida a Deus por alguém) existe quando alguém pensa no bem do outro, quer fazê-lo feliz, nega-se a si mesmo, SE ENTREGA À DEUS, suporta, perdoa, etc. Com este entendi-mento, o verdadeiro amor aflora, cresce e se torna estável. Este tipo de amor não anula o amor românti-co, mas santifica, embeleza e o faz durável (CANT. 4.10). 


Se uma pessoa não entende essa posição, também não entenderá quando as Escrituras dizem que as mu-lheres idosas... devem INSTRUIR as jovens recém-casadas a AMAREM seus maridos. Assim como o Senhor adverte o discípulo a amar seu inimigo, quanto mais, quando temos compromisso no Reino de Deus, devemos suportar, esperar a vitória, sofrer e perdoar nosso cônjuge, porque já fizemos esse ato diante de Deus. "Jeová foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade". Ml. 2:14



O CASAMENTO É SAGRADO E DEVE DURAR ENQUANTO VIVEM OS CÔNJUGES



A. O VÍNCULO MATRIMONIAL.


"De modo que já não são dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o ho-mem"(Mat 19:6.11)


"A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver, contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com que quiser, mas somente no Senhor" 1 Cor. 7:39. 


"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se porém, ela vier a separar-se, que não se case, ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte da sua mulher." (1 Cor 7:10.11). 


Estes textos nos mostram claramente que:

a) O vínculo matrimonial é fortíssimo. São "UMA SÓ CARNE". 

b) O vínculo é realizado pelo próprio Deus. "O que Deus ajuntou". 

c) E que a vontade de Deus é que o vínculo duro enquanto os dois cônjuges estão vivos. "A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver". 

d) Para os casados da Igreja existe uma Palavra específica sobre o assunto. "aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor... Aos mais (Casados também com cônjuges incrédulos) digo eu... (Paulo). EM SUMA: A REGRA GERAL É QUE NÃO SE SEPAREM OS CÔNJUGES... ENQUANTO VIVEREM ESTEJAM UNIDOS PELO LAÇO DO MATRIMÔNIO.


B. CASAMENTO COM INCRÉDULO.


Paulo, apóstolo aos gentios enfrentou uma problemática diferente do próprio Senhor Jesus (Apóstolo aos judeus), por esse motivo diz: "Aos mais digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédu-la***, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. (1 Cor 7:12.13) 

***(casados também - Se a ordem do Senhor para os casados incluíssem os incrédulos, como alguns de-fendem, Paulo não poderia acrescentar mais nada além do que o Senhor já havia dito anteriormente) 


Este texto nos mostra que: 

a) A mulher ou homem cristão que possui cônjuge incrédulo não deve se separar pela sua própria inicia-tiva. "Se ele ou ela consente em morar... NÃO O (A) ABANDONE." 

b) O vínculo matrimonial com Incrédulo é um caso incomum, não previsto anteriormente, até porque, o Senhor não administraria sobre um caso que Ele sempre foi contra, ou seja, jugo desigual com o incrédu-lo. "Aos mais digo eu, não o Senhor..."



SEPARAÇÃO, DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO 

SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO: ( Quando os dois são Cristãos ) - Deus diz claramente que não deve haver separação. "...que a mulher não se aparte do seu marido" (Vs. 10) - (1Cor 7:10-11) 


"Eu porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada, comete adultério" (Mat. 5:32) 


"Eu porém vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério." (Mat. 19:9). 


(Quando um é cristão e o outro é incrédulo) - "...Mas, se o descrente, quiser apartar-se, que se aparte; "(Vs. 15) - A INICIATIVA É SEMPRE DO INCRÉDULO E NÃO DEVE HAVER MOTIVOS DADOS PELO CRENTE. - TODO O CASO DEVE SER SUBMETIDO AO PRESBITÉRIO LOCAL. (1Cor 7:12-15) 


NOVO CASAMENTO CASAIS CRENTES - "Eu porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudi-ada, comete adultério" (Mat. 5:32) 


"Eu porém vos digo: Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra, comete adultério." (Mat. 19:9). 


A única exceção que encontramos nas Escrituras para um casal cristão se divorciar, foi o caso de Pornéia (grego), sem arrependimento da parte ofensora (João 8:41, Atos 15:20, 1 Cor. 6:13,18, 1 Cor 7:2, 2 Cor 12:21, Gál 5:19, Col, 3:5, Ap 2:21, 14:8, 17:2,4, 18:3 - Em todos estes textos a palavra é pornéia). En-tendemos entretanto que havendo fruto de arrependimento da parte ofensora, a parte ofendida, uma vez que é discípulo do Senhor, deve honrar a sua aliança e ser BENIGNO E COMPASSIVO (Ef. 4:31.32) perdoando seu cônjuge assim COMO CRISTO NOS PERDOOU e procurar viver de forma tranqüila. (1 Tes. 4:11/ Isa. 30:1)


CASADO COM INCRÉDULO - (1 Cor 7:15) "Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; EM TAIS CASOS NÃO FICA SUJEITO A SERVIDÃO, NEM O IRMÃO, NEM A IRMÃ; Deus vos tem cha-mado à Paz". Este termo: "Livre da servidão" era um termo jurídico utilizado na época em várias situa-ções, inclusive na questão relacionada a Libertação de Escravos. Entendemos que LIVRE É LIVRE, se alguém é Livre e não pode se casar, então esta pessoa não É Livre... 


"A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver, contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor" 1 Cor. 7:39.


Neste caso das filhas que casaram com maridos escolhidos por seus pais, se fez necessária uma OB-SERVAÇÃO..."mas somente no Senhor" (vs 39) 

Alguém pode perguntar porque Paulo não fez a mesma observação que fez neste caso das virgens que casaram pela vontade de seus pais, quando tratou o caso anterior dos crentes casados com incrédulos. Entendemos que tal observação não se fez necessária, uma vez que os motivos para o Novo casamento solicitado eram diferentes. No primeiro caso, os cônjuges crentes queriam se separar dos cônjuges por estes serem incrédulos, para casarem-se, supostamente com cristãos. No segundo caso, cremos que al-gumas mulheres reivindicavam o direito de casarem com as pessoas com quem quisessem e não por de-terminação Paternal. Daí a observação de Paulo..." se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor" 1 Cor. 7:39 EMBORA SEJA ESTE O NOSSO ENTENDIMENTO ATU-AL, NÃO JULGAMOS QUE TEMOS DOMÍNIO TOTAL SOBRE ESTE ASSUNTO. E POR SE TRATAR DE ALGO QUE NOS FAZ TEMER E TREMER, JULGAMOS SER NECESSÁRIA A OBSERVAÇÃO DOS PONTOS ABAIXO: 


1) Todo o caso QUE ENVOLVE DIFICULDADES MATRIMONIAIS deve ser levado a Liderança Lo-cal.

2) Em Todo o caso de conversão, havendo 2° casamento, que seja avaliada a questão de pela Liderança Local.

3) Se a pessoa vem separada, que não se precipite em arrumar outro matrimônio, também deve ser submetido o seu caso a Liderança.

4) Havendo pecado de Pornéia (Relações sexuais ilícitas), deve ser levado imediatamente ao Governo Local. 


 O PAPEL DO CÔNJUGE 

Muitos problemas no casamento, são causados pela falta de conhecimento do papel de cada cônjuge. Deus deu uma função a cada um para que haja harmonia na vida familiar. É necessário que marido e mu-lher conheçam e aceitem seu próprio papel e de seu cônjuge.


"Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o Cabeça de todo o homem e o homem o Cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Cristo" 1 Co 11:3.


"Porque o marido é o cabeça da mulher, como também cristo é o cabeça da igreja " Ef 5.23


" Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma AJUDADORA que lhe seja Idônea" Gn 2.18.


Homem e mulher são diferentes em muitas coisas, e por isso se complementam. Não devemos ignorar as diferenças, nem competir, mais admirar a graça, o encanto e a capacidade que Deus deu à mulher, e a vi-são, fortaleza e atitude que deu ao homem. 


Cada Cônjuge Deve Conhecer, Assumir E Desempenhar O Seu Papel.

Deve Também Conhecer E Aceitar O Papel Do Outro, Dando Oportunidade Para Que O Exerça. 

Papel Dos Cônjuges E O Propósito De Deus  

Já vimos que o propósito da família é o de cooperar com o propósito de Deus: o de ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. O papel que Deus deu ao homem e a mulher, aponta para este objeti-vo. 

Foi por este motivo que Deus deu ao homem uma "companheira" apenas. Não uma "servente". É uma Ajudadora Idônea, para que juntos cooperem com o propósito de Deus, cada um no seu papel.



SIGNIFICADO E RESPONSABILIDADES DO CABEÇA


A primeira coisa que devemos saber é que RESPONSABILIDADE não é o mesmo que CULPA. Devemos entender bem esta diferença, pois mesmo o homem não sendo CULPADO por todas as coisas que envol-vem a sua família, ele é sempre o RESPONSÁVEL. Este entendimento gera quebrantamento e nos leva a Deus de uma forma mais tremenda. Também transforma a maneira como costumamos argüir nossas es-posas e filhos.


Ser cabeça significa assumir a responsabilidade geral da família. Ele deve buscar, com a ajuda de sua es-posa, que a família se encaminhe para o propósito de Deus. O homem é responsável por: 


GOVERNAR O LAR - (1Tm 3.4,12). Governar com graça e amor. Ser o representante de Jesus para a família. Expressar o caráter de Cristo com sua conduta. Não usar de sua autoridade para impor sobre a família os seus próprios caprichos (Mc 10.43). 


Quando andamos pelas ruas do Rio de Janeiro e nos deparamos com vários buracos no asfalto, ou quan-do aconselhamos um irmão que está nas mãos das construtoras selvagens, ou ainda quando enfrentamos um Hospital Público ao socorrer alguém, etc, costumamos pedir a Deus pelo Governo da Cidade, do Es-tado e da Nação brasileira, POIS NOS SENTIMOS GRANDEMENTE PREJUDICADOS COMO CIDA-DÃOS. Porque entendemos que todos estes cuidados estão relacionado com o Governo. Mas o mesmo não ocorre com a família, a maioria dos homens crêem que são GOVERNO para dar ORDENS. Que Deus nos ensine estas coisas. Pois se assim o for, saberemos que JESUS CRISTO É O SENHOR não somente para ordenar, mas sobretudo para SALVAR. (Rom. 10:9.10) - Por este motivo digo também aos políticos: "UM HOMEM QUE NÃO SABE GOVERNAR A PRÓPRIA CASA, NÃO ESTÁ APTO PARA GOVER-NAR NADA, QUANTO MAIS, UMA CIDADE, UM ESTADO, UMA NAÇÃO".


GOVERNAR O LAR É...


a) Trabalhar para prover o sustento familiar (Gn 3.19; 1Ts 4.11,12; 1Tm 5.8).

b) Amparar, cuidar e proteger a família (Ef 5.29). Solucionar todas as dificuldades que surjam, com a ajuda do Senhor. Guiar a família a uma convivência amorosa e feliz, onde todos possam se desen-volver física, mental e espiritualmente.

c) Ser sacerdote para a família (Gn 18.19). Ensinar a palavra de Deus, instruir, animar, edificar, repre-ender e corrigir. Ensinar principalmente com o exemplo. Interceder diante de Deus pelo Lar.

d) Assumir a responsabilidade principal na disciplina dos filhos (1Sm 3.12-13; Hb 12.7-9). 

e) Ter o papel principal na formação dos filhos homens. Especialmente depois dos 8 ou 10 anos. Afir-mar os valores de sua masculinidade. Ensinar-lhes habilidades e trabalhos manuais. Iniciá-los nos negócios. Praticar esportes. Dar educação sexual, etc. 

f) Alimentar e sustentar o corpo , a alma e espírito da sua família e principalmente da sua esposa (Ef. 5:29) 

g) Governar é aperfeiçoar sua esposa através de um discipulado dinâmico (Ef. 5:26.27) - Alguns ho-mens lembram a figura imaginária do Super Homem, na questão do discipulado na vida da família. Ou seja, quando pegam a Bíblia e se dirigem para a reunião são uma pessoa (Superman), quando re-tornam para o dia-a-dia da vida familiar, se transformam mais uma vez numa pessoa sem vida, com a mente diferente da do Senhor Jesus, com palavras de morte nos lábios... Clark Kent.

h) Ser Profeta para a família - Falar da parte de Deus para a sua casa. Você não necessita ser um "prega-dor" para ministrar para sua família. Fale com Deus sobre esta necessidade, pois Ele, o Senhor, é a pessoa mais interessada neste assunto.


TAMBÉM REVELA O HOMEM COMO CABEÇA a ocupar funções de liderança na igreja (1Tm 2.11-14). 


 ATITUDES ERRADAS DO HOMEM

 a) Não assumir seu papel como cabeça. Quando é assim, a esposa fica sobrecarregada pelo peso de tantas obrigações familiares. Há homens que pensam que sua função se limita a trabalhar fora de casa e trazer o salário no final do mês. A sua esposa deve cuidar do resto(consertos, finanças, saúde, disciplina dos fi-lhos, vida espiritual, etc.). Isto traz um grande desajuste na família e deve ser corrigido. 


b) Anular a mulher. alguns querem fazer tudo sozinhos. Não conversam com suas esposas nem buscam a opinião delas. Não delegam responsabilidade, absorvem tudo. Pensam que são completos. A mulher fica frustrada e amargurada. O homem deve dar lugar para que a mulher desempenhe sua função com critério próprio, criatividade, gosto e o seu famoso toque feminino.


RESPONSABILIDADE CONJUNTAS 

Muitas das responsabilidades devem ser compartilhadas pelos dois, tais como: planejamento, administra-ção das finanças, compra de novos bens, educação espiritual e de caráter dos filhos, apoio e controle dos estudos, cuidado com a saúde, lazer, realização da obra do Senhor, etc.(Gen. 18:19 - Josué 24:15)


OCUPAÇÕES 


Geralmente o homem ocupa a maior parte do tempo no trabalho e a mulher com a casa e os filhos. Se não tiverem filhos, a mulher terá mais liberdade para sair, trabalhar e ajudar economicamente. Mas quando ela for mãe, seu lugar é no lar. A maternidade é a grande missão que Deus lhe deu, e ela deve consagrar-se à tarefa de criar filhos. (1 Tim. 2:14.15) 


Há situações extremas. Caso a mulher precise sair para trabalhar, Isto Deve Ser Visto Como Um Mal Ne-cessário, e nunca como um ideal. A ausência da mãe é muito prejudicial para o desenvolvimento dos fi-lhos e do bem estar da família. QUALQUER PROFISSÃO QUE A MULHER TENHA, DEVE ESTAR SUBORDINADA AO SEU PAPEL DE MÃE.


 COMO O MARIDO DESEMPENHA O SEU PAPEL

 UMA VEZ QUE SAIBA O MEU PAPEL, NECESSITO SABER AGORA COMO DESEMPENHÁ-LO - Já vimos que o homem é o cabeça da mulher. Esta função não pode ser exercida de qualquer maneira, mas sob a graça e o amor de Jesus Cristo. Alguns maridos são autoritários, egoístas, duros e soberbos. Querem dominar a mulher. O que Deus diz? 


"Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem macula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e sem defeito. As-sim também os maridos devem amar as suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja" Ef 5.25-29 (Ver também I Pe 3.7). 


O MARIDO DEVE AMAR SUA ESPOSA - A palavra AMOR que aparece em Efésios 5, é AQUELE que falamos anteriormente (o que dá a vida a Deus por alguém). É um amor puro, sacrificial, perfeito e per-manente. Por isso Paulo usa Cristo como exemplo. Cristo não é apenas o modelo, mas também é a fonte do amor. Somente através do seu amor em nós, é possível amar como ele amou e entregar a vida a Deus por nossas esposas.

O homem que trata a sua esposa com amor, faz um bem a si mesmo e fortalece a unidade do casamento. Aquele que trata mal a sua esposa, DESTRÓI a si mesmo.

O verdadeiro amor não é apenas um sentimento, mas uma conduta. Por isto queremos assinalar cinco expressões práticas do amor do marido para com a esposa. 


AMABILIDADE - Esta é a primeira expressão prática do amor. A amabilidade, doçura, afabilidade, be-nignidade. "...não as trateis com amargura." (Cl 3.19). "...tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade" (I Pe 3.7).


Devemos ser amáveis com todos, principalmente com as mulheres, respeitando sua feminilidade. Mas muito mais com nossa própria esposa. Há homens que são amáveis com outras mulheres e descuidados e duros com sua esposa. 

A mulher é como um vaso frágil: mais sensível e delicada. Seus sentimentos estão mais a flor-da-pele. Isto não é debilidade, mas uma característica dada por Deus para desempenhar sua nobre função de mãe, a fim de criar os filhos com ternura e sensibilidade. Por isso Deus quer que o marido a trate com ternura, respeito, suavidade, paciência, carinho, doçura, delicadeza, bondade e amor. Por ser mais sensível emo-cionalmente, a mulher esta mais sujeita a ficar ressentida pelo maltrato do marido. 


Ser amável não quer dizer ser frouxo. Muitas vezes o homem deve ser firme. Mas com uma firmeza amável e compreensiva. Quando o marido percebe que tratou mal a sua esposa, deve consertar imediata-mente, confessando com humildade e arrependimento.


ABNEGAÇÃO - É o sacrifício que alguém faz em favor do outro. "... a si mesmo se entregou por ela" (Ef 5.25). É o negar a si mesmo, abrir mão da tranqüilidade, da comodidade e do prazer, em favor da pessoa amada. Isto é amar. Foi isto que Cristo fez pela igreja. 


O contrário disto é o EGOísmo. O marido egoísta busca sua própria comodidade. Usa a autoridade para seu próprio bem e sempre espera ser servido. Sua atitude é de "senhor", não de "servo". Nunca renuncia a comodidade para ajudar a mulher. Este marido está longe da vontade de Deus. 


Deus quer que o marido seja abnegado, pareça com Jesus e aja como ele. Deve sacrificar-se a si mesmo pela esposa. Buscar a felicidade e bem-estar dela, tanto no físico como no emocional e no espiritual. O marido deve dizer como Jesus: "eu não vim para ser servido, mas para servir". 


COMPREENSÃO - O marido deve conhecer profundamente a sua mulher para, compreendê-la, amá-la e ajudá-la. Esta é uma das maiores necessidades da mulher.


Para isso é necessário escutar com atenção o que ela diz. Saber escutar é uma das qualidades mais valio-sas que se pode ter. Quando o marido entender o que a mulher pensa e sente, poderá conduzi-la e prote-ge-la com sabedoria. 


Muitas mulheres são tristes e angustiadas por não conseguir compreensão e apoio de seus maridos. Uma mulher que se sente apreciada e atendida pelo marido, dificilmente será rebelde e antagônica.


É necessário que o marido converse com a esposa. Procure entender como ela se sente e quais são as suas cargas, para poder animá-la e confortá-la. O marido precisa abraçá-la e beijá-la com freqüência, quando está preocupada e nervosa. Um abraço e uma palavra amável e terna, mostram a mulher que ela tem ao seu lado alguém que a compreende e a ama. Um gesto de carinho renova as forças e libera a mente de pensamentos negativos.


Alguns homens tem dificuldade de serem afetuosos porque não tem este costume, ou porque nunca rece-beram carinho na infância. É tempo de romper com toda a timidez e vergonha. Devem ver a importância disto no relacionamento com a mulher. Pode-se conseguir muito mais com um beijo do que com criticas ou autoritarismo.


PROTEÇÃO E COBERTURA (Ef 5.29) - Quando o homem não dá uma cobertura real e prática, a mu-lher se vê desprotegida. Ela precisa sentir-se segura e confiante em seu marido. O desamparo e as preo-cupações sobrecarregam e oprimem a mulher.

O homem deve assumir seu papel, atender os assuntos do governo familiar, resolver todos os problemas que lhe competem, e não passá-los para sua esposa. A mulher se desgasta quando tem que resolver as-suntos que vão além de suas possibilidades e não correspondem ao caráter feminino. A mulher deve po-der dizer. "meu marido é o meu pastor, nada me faltará", como a igreja diz de Cristo: "O Senhor é meu Pastor..." 


ROMANCE E AFETO CONJUGAL. (Ct 7.10-13) - O amor sentimental também deve estar presente no casamento. Tudo que dissemos anteriormente estabelece bases sólidas para que este amor se desenvolva e cresça. O romance não é apenas para a lua de mel, mas para toda a vida. Os discípulos do Senhor de-vem ser os maridos mais "apaixonados" por suas esposas. O amor dos mundanos se perverteu em ego-ísmo. Entretanto, o amor sentimental de um marido cristão nasce do verdadeiro amor de Deus que vive nele. Por isso, os discípulos de Jesus deveriam ser os melhores maridos; os melhores amantes de sua esposas.

Cultive em seu coração este amor. Enamore sua esposa, valorizando e, apreciando-a e elogiando-a. Seja expressivo com ela. Demonstre seus sentimentos, mandando-lhe flores. Procure aprender maravilhosa arte do amor e afeto conjugal. Assim fará sua esposa feliz e a você mesmo também! E Deus participa desta alegria. 



O HOMEM DEVE REPRESENTAR A JESUS NO LAR


O HOMEM É RESPONSÁVEL POR: 


ESTABELECER A PRESENÇA DE JESUS NA FAMÍLIA (I Co 11.3) - Assim como Cristo é a imagem de Deus, o homem deve ser a imagem da presença de Jesus no lar. Deve andar no Espírito, manifestar a alegria constante, dar graças por tudo, deixar fluir o amor, a graça e a paz do Senhor.


ESTABELECER O GOVERNO DE CRISTO - O homem não é o cabeça do lar, mas sim Cristo - o ho-mem é o cabeça da mulher. Portanto deve estabelecer a autoridade de Cristo e não a sua. Se um homem não está sujeito a Cristo, como vai governar sobre sua mulher e filhos? Quando o Senhor delega autori-dade ao homem, não lhe dá "carta branca" para fazer o que quer, mas estabelece critérios específicos e concretos.


Todo governo que está debaixo de Cristo deve agir com firmeza, mas com amabilidade e flexibilidade. Sem fazer concessões indevidas, mas com disposição para dialogar e escutar. É importante que saiba dis-cernir a vontade de Deus e que cuide para que ela se cumpra no seu lar. Em Isaías 32:17, lemos que a justiça prescede a Paz, ou seja, não há Paz sem Justiça e em outro texto de provérvios descobrimos que a VERDADE manifesta a Justiça. Concluímos então: Quem busca a Paz para o seu governo deve ser VER-DADEIRO, humilhando-se e assumindo erros e responsabilidades, para que a Justiça de Deus em Jesus, seja feita em nosso Lar através da Confissão, do Perdão e da Puricação. PAZ SEJA NA TUA CASA.


MINISTRAR A GRAÇA SALVADORA DE CRISTO - O homem deve exercer o sacerdócio em sua fa-mília. Não basta abençoa-la com orações superficiais. Deve se interessar por cada um membro. Dar tem-po a cada um, conhecer suas necessidades, lutas e aflições. Dar a cada um dos filhos uma atenção parti-cular. Constantemente ajudar a esposa a ver a dimensão eterna e grandiosa de sua função como esposa e mãe. Cuidar para que ela não se desanime com suas tarefas, que as vezes, parecem triviais e insignifican-tes. NÃO EXISTE NADA MAIS ROTINEIRO E CANSATIVO QUE O TRABALHO DE "DONA DE CA-SA" QUE DEUS NOS REVELE ESTAS VERDADES.


DOUTRINAR E EDIFICAR SUA FAMÍLIA É importante usar as circunstâncias ocasionais da vida para ensinar, mas isto não é suficiente. O homem é responsável por ensinar toda a verdade de Deus, de forma ordenada e metódica a sua esposa e filhos. São seus primeiros discípulos. Deve determinar horários con-cretos para sentar com eles e compartilhar a palavra. Deve haver lugar para a participação de todos e tudo deve ser intercalado com oração. O homem deve considerar a esposa como Ajudadora para isto. Não de-ve anulá-la, mas tampouco deve passar para ela toda a responsabilidade. Devem trabalhar juntos.



MEDITAÇÃO E ESTUDO


1ª Quais as maneiras práticas para o homem demonstrar o amor por sua mulher ? 

2ª Quais destas expressões práticas você necessita superar ?  3ª Quais são as responsabilidades do marido como representante de Jesus no lar ?



SIGNIFICADO E RESPONSABILIDADE DA AJUDADORA IDÔNEA


Deus concedeu ao homem um complemento inteligente e eficaz. Sozinho o homem é incompleto para cumprir o propósito de Deus na família. Homem e mulher, formam juntos uma unidade completa para multiplicar-se e encher a terra. A mulher deve usar sua inteligência, capacidade e experiência buscando um objetivo comum com o marido. Ser unida e solidária a ele, sem atitudes independentes. 


Ela deve reconhecer que o marido tem a autoridade principal. Não competir com ele, mas sim comple-mentar-lhe. Precisa entender que o marido necessita ser ajudado em sua sensibilidade. Precisa de ânimo, compreensão, sorriso, aprovação e cooperação em tudo quanto faz. 



A MULHER É RESPONSÁVEL POR: 


a) Se ocupar mais na criação dos filhos (1Tm 2.15; 5.14). Ser mãe é a sua maior missão. 

b) Atender a família e cuidar da alimentação (Prov. 31.21-22). 

c) Cuidar do vestuário (Prov. 31.21-22). 

d) Cuidar da casa (Tt. 2.5).

e) Ajudar com a carga financeira (Prov. 31.16-18,24). Isto, na medida que seja necessário e possível, evitando ao máximo sair do lar.

f) Cuidar da formação integral das filhas. Ensinar-lhes sobre: educação sexual, modos, comportamento social, tarefas domésticas, habilidades manuais, conduta frente ao sexo oposto e, principalmente, a serem femininas. 

g) Ensinar as sagradas escrituras aos filhos (2 Tm. 1.5; 3.14-15). 

h) Instruir as mulheres jovens como desempenharem seu papel de esposa e mãe (Tt. 2.3-5).



ATITUDES ERRADAS DA MULHER  

a) Tomar o lugar do marido. Algumas mulheres querem assumir a liderança da família e anulam o mari-do. Querem dirigir tudo, ter sempre a última palavra. Não dão valor a opinião do marido. A mulher não foi feita por Deus para levar esta carga. Assim ela arruina o marido e quebra a ordem de Deus. Também sobrecarrega a si mesma. Fica alterada, nervosa e não conhece o descanso da sujeição. Tudo isto produz uma família infeliz e filhos criados com mal exemplo, que vão repetir os mesmos erros quando tiverem seus próprios lares. 

b) Ser independente do marido. Algumas buscam independência pessoal. Tem seus próprios objetivos, suas próprias amizades, seu próprio dinheiro. Buscam sua própria realização e dão prioridade a sua profissão. Não compartilham certas áreas de sua vida fazendo seus próprios programas. Não se inte-ressam muito pelos projetos, atividades e amizades do marido. Quando isto acontece, é óbvio que o casamento está no caminho errado. Perigo! É necessário revisar a fundo, procurar as causas, corrigi-las com a ajuda de Deus. O casamento é uma unidade total. Os dois são "uma só carne". 


RESPONSABILIDADES CONJUNTAS


Muitas da responsabilidade devem ser compartilhadas pelos dois, tais como: planejamento, administra-ção das finanças, compra de novos bens, educação espiritual e de caráter dos filhos, apoio e controle dos estudos, cuidado com a saúde, lazer, realização da obra do Senhor, etc. 6. Ocupações Geralmente o ho-mem ocupa a maior parte do tempo no trabalho e a mulher com a casa e os filhos. Se não tiverem filhos, a mulher terá mais liberdade para sair, trabalhar e ajudar economicamente. Mas quando ela for mãe, seu lugar é no lar. A maternidade é a grande missão que Deus lhe deu, e ela deve consagrar-se à tarefa de cri-ar filhos. (1 Tim. 2: 14.15) Há situações extremas. Caso a mulher precise sair para trabalhar, Isto Deve Ser Visto Como Um Mal Necessário, e nunca como um ideal. A ausência da mãe é muito prejudicial para o desenvolvimento dos filhos e do bem estar da família. QUALQUER PROFISSÃO QUE A MULHER TENHA, DEVE ESTAR SUBORDINADA AO SEU PAPEL DE MÃE.



COMO A MULHER DESEMPENHA O SEU PAPEL


Saber o que FAZER não é suficiente, antes, necesssitamos saber COMO FAZER. (SER para FAZER). A palavra do Senhor é muito clara quanto a conduta que Deus espera de cada cônjuge. Não são deveres op-cionais. São mandamentos claros do Senhor. Só podemos cumprir estes mandamentos quando andamos no Espírito (Rm. 8:7). Muitos cônjuges (99,9%) anotam os deveres do outro, vivem cobrando o seu comprimento mas não cumprem com os seus próprios deveres. Dentro do casamento cada um deve as-sumir a sua responsabilidade independentemente do comportamento do outro. 


Se o marido trata mal a mulher, isto não livra a mulher de sua responsabilidade, e vice-versa. Se colo-carmos em prática os princípios do reino de Deus no lar, há paz, bom exemplo para os filhos que tam-bém terão famílias estáveis, bom exemplo para as outras famílias da igreja e testemunho para o mundo (Mt. 5:16). 


A SUBMISSÃO AO PRÓPRIO MARIDO - "As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo. Como, porem, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas a seus maridos" Ef. 5:22-24 (Ver também Cl 3.18; I Pe. 3.1-2).


A submissão está relacionada ao princípio de autoridade que Deus estabeleceu em todas as ordens da vida social. O propósito da autoridade é estabelecer ordem e harmonia. Não é uma hierarquia, mas uma função. O que a mulher precisa entender sobre a submissão ? 


a) DEUS MANDA QUE A MULHER SE SUBMETA AO PRÓPRIO MARIDO. Não é o marido que im-põe autoridade sobre ela. No reino de Deus toda a autoridade é reconhecida, e não imposta.


b)SUBMISSÃO É O RECONHECIMENTO DA AUTORIDADE ESTABELECIDA. Significa obediência humilde e com boa disposição. Não é apenas uma obediência externa, mas uma atitude interior de sub-missão e respeito.


c) A SUBMISSÃO NÃO ANULA A MULHER, mas, lhe dá condições para cumprir o seu papel.


d) A SUBMISSÃO NÃO REBAIXA A MULHER, mas sim a protege. Deus é bom. Ele quer que a mulher esteja coberta e protegida sob a autoridade do marido. Não deseja que a mulher esteja sobrecarregada e nervosa, mas tranqüila e feliz. 


e) A SUBMISSÃO DA MULHER NÃO A FAZ INFERIOR. Jesus, sendo igual ao Pai, se submeteu a ele em tudo. A mulher não é menor, nem o homem maior. São iguais, mas em funções diferentes segundo o plano de Deus.


f) A MULHER DEVE SER SUBMISSA EM TUDO (Ef. 5.24). O marido é o responsável geral por todas as áreas da vida familiar. A mulher só deve desobedecer ao marido se ele lhe der uma ordem claramente contrária à vontade de Deus conhecida nas escrituras. Se ele a obrigar a pecar, ou a deixar o Senhor, nes-se caso, IMPORTA OBEDECER a Deus e não ao marido - (At 4.19). 


g) AS IRMÃS COM MARIDOS INCRÉDULOS DEVEM SER SUBMISSAS A ELES. Devem se com-portar de tal maneira que, vendo eles o comportamento delas, se convertam (I Pe. 3.1-2). A incredulidade nem sempre é encontrada fora da Igreja. Existem muitos homens chamados cristãos que não estão sub-missos à Palavra de Deus, e, neste caso, se aplica a mesma instrução apostólica. 


h) A SUBMISSÃO NÃO IMPLICA EM QUE A MULHER NÃO FALE, NÃO OPINE E NÃO TENHA INFLUÊNCIA NAS DECISÕES DA FAMÍLIA. Ela não tem que dizer sim para tudo. Ela é a Ajudadora. Portanto deve opinar, concordar, discordar, etc. Mas sempre deve mostrar uma atitude de submissão ao marido, e ter a disposição de deixar as decisões finais em suas mãos, sem amargura nem rebelião interi-or. Quando uma esposa considera que seu marido (crente) está abusando da autoridade, deve falar-lhe a sós, com respeito e mansidão. Se ele não escuta, deve falar-lhe novamente, diante de irmãos espirituais e maduros (Mt. 18.15-17). 



O RESPEITO AO MARIDO


 "... e a esposa respeite a seu marido" Ef. 5.33. / ver também 1Tim. 3:11 a) 


a) A atitude de respeito, reveste a mulher de dignidade e elegância. Mas a arrogância e grosseria a rebai-xa e a faz vulgar. 

b) O respeito se manifesta na forma de falar, no tom de voz, nos modos, gestos e olhar. Também na maneira de atender ao marido, de escutá-lo e obedecê-lo. 

c) Também implica em não diminuí-lo, nem a sós, nem diante dos filhos e muito menos diante de ou-tras pessoas. Jamais falar na sua ausência, depreciando ou ridicularizando-o na presença de outros. 

d) A mulher é responsável por ensinar aos filhos, pelo seu exemplo, a honrar e respeitar o pai.

e) Não há nada que irrite tanto um homem como o desrespeito e arrogância da mulher. 

f) A mulher respeitosa é a alegria do marido. Ela o engrandece e o faz como um príncipe diante dos de-mais. 

g) A MULHER VIRTUOSA (Prov. 31:27), atende pelo bom andamento da sua Casa, ela olha pelo go-verno do seu lar. Sem o respeito isso é impossível.



O EQUILÍBRIO DA MULHER.


Com o grande desequilíbrio encontrado hoje, inclusive na vida da Igreja do Senhor, torna-se cada vez mais difícil a mulher entender e desempenhar corretamente o seu papel na família. Por exemplo: 


1) - A "dona de casa" (Ti. 2:5) - O ministério específico fora do Lar. (Evangelismo, intercessão, visitas, socorro, etc.) - Quantas mulheres deixam seus compromissos ordenados nas escrituras para "em Nome de Deus" se dedicarem a um serviço específico, como evangelismo por exemplo, esquecendo-se que o maior testemunho começa na sua própria casa. Depois pedem oração pelo lar, quando na verdade deveri-am estar em casa cuidando da sua casa. Algumas na verdade, se utilizam da falta de claresa dos líderes cristãos, para fugirem, do serviço doméstico que é cansativo e rotineiro.


2) Submissão ao marido (1. Pd. 2:1) - Anulação total, deixando de ser ativa como a mulher virtuosa ( Prov. 31:10.31). - "Qual é o padrão de ação de uma mulher sadia, de uma mulher responsável na Escritu-ra Sagrada?


3) É Ação - para qualquer mulher sadia, virtuosa, cheia do Espírito Santo, responsável, seja ela viúva, idosa ou jovem, abandonada, desquitada, divorciada, seja quem fôr. O versículo 13 diz: " Busca a lã e linho e de com grado trabalha, não é preguiçosa, trabalho para ela, é uma coisa boa, ocupação dá prazer, não é uma imposição da pobreza, mas é uma quetão de realização pessoal, também trabalha de bom gra-do, tem prazer no que faz, é como um navio mercante de longe, traz o seu pão, é uma mulher que é capaz de viagens, é uma mulher que é capaz de ações mais distantes, é uma mulher que é capaz de sair do âm-bito imediato de uma cozinha.É ainda noite e já se levanta e dá mantimento à sua casa de madrugada e tarefa às suas servas, deixa o roteiro do dia preparado. Examina uma propriedade e a adquire. Como essa mulher é diferente, das mulheres cristãs dos nossos dias. É muito comum ouvirmos: - Ai, meu marido, eu não sei nem quanto mede um lote ou terreno. O homem da imobiliária vai me passar para trás. E a es-critura, os impostos???Mas essa mulher, ela consegue especular no mercado imobiliário, procura uma terra, ela sabe das coisas, tem o nariz no rosto bem embaixo dos olhos. Examina uma propriedade e a adquire. Compra uma vinha com as rendas do seu trabalho. Essa mulher não é Amélia. Ela tem trabalho, tem renda, tem iniciativa, ela vende, ela planta, ela compra. As feministas devem vibrar com esse trecho... Essa mulher é eletrizante e mais ainda. Cinge seus lombos de força. Normalmente da mulher, se diz que não tem um quadril forte. O livro de Cantares diz que a mulher deve ter um corpo bonito, quadril das pombas, como diz Salomão. Mas o espírito dessa feminilidade não é uma feminilidade fraca, é uma fe-minilidade forte, operosa. Cinge os seus lombos de força e fortalece sue braços, ela não é uma improdu-tiva, ela é operante, operosa, ela percebe que o seu ganho é bom, a sua lâmpada não se apaga de noite. Isso sem "espiritualizar" o texto. A força e dignidade são seus vestidos. Que coisas bonitas! Força é o contrário desse sexo fraco, indolente, esmagado. O problema das feministas é que elas tem força sem dignidade; força no adultério, prostituição, aborto e liberdade sexual".( MULHERES SOLITÁRIAS EN-FRENTADO A REALIDADE - CAIO FÁBIO - Abba/ 011 - 246.7046)


4) Cooperação com o Governo da casa. Algumas mulheres hoje, ao contrário do que Jesus ensinou acer-ca da ansiedade, quando disse que devemos confiar no amor do Pai quanto ao que havemos de comer, beber e vestir (Mat. 6:25.34), adquirem bens fora da sua realidade, trazendo dano ao orçamento familiar afetando desta forma o Governo da Casa. Ler Tito 2:5 - (Sensata = PONDERADA, PRUDENTE, REFLE-TIDA) / Prov. 31:15.16 - (Atender pelo governo). ALGUMAS CHEGAM A OPRIMIR SEUS ESPOSOS QUANDO ANSEIAM POR ALGUMA COISA. 


A BELEZA INTERIOR E EXTERIOR DA MULHER "Não seja o adorno das esposas o que é exterior, com frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do cora-ção, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus" - I Pe. 3.3-4. A mulher se arruma para ser atraente e bem aceita. Isto não é pecado. Pelo contrário, Deus mesmo vestiu a criação de beleza e formosura. A mulher casada deve procurar ser atraente para o seu marido. É bom manter-se jovem e bonita, tanto quanto possa. Cuidar o corpo, fazer ginástica, cuidar dos cabelos e vestir-se bem com simplicidade. Entretanto, para ser atraente, a mulher não necessita de exage-ros, como penteados chamativos, jóias de outro e vestidos luxuosos. Também não devem adotar um esti-lo mundano e "sexy". O melhor atrativo que o homem pode encontrar na mulher é o caráter. Que ela te-nha um espírito manso. Que seja doce e amável. Seja suave e serena. Se a mulher for assim, o marido ficará enamorado novamente a cada dia (Prov. 31.10). 


Que atrativo terá para o marido, uma mulher bonita, bem arrumada, porém nervosa, rixosa, gritona, bri-guenta, rancorosa, amargurada, queixosa e resmungona? (Prov. 11.22;31.30). 


Todavia quando o marido tem uma mulher amável, seu lar é um oásis para onde ele quer voltar logo. Mas se a mulher é rixosa, ele prefere ficar em qualquer outro lugar (Prov. 25.24). 

Qualquer mulher pode ser mansa e tranqüila, mas é necessário andar no Espírito a cada dia (Gl. 5.22-23). 


As mulheres cristãs podem aprender com a História do "patinho feio", pois quando tentam viver como mulheres do "sistema", ainda que belas se tornam feias. E só descobrem de fato a beleza, quando perce-bem que sua natureza já é outra. Não são "patinhas = mundanas" por isso não podem viver como tal. Quando se encaixam na vontade de Deus, descobre-se o "Lindo Cisne". 


MEDITAÇÃO E ESTUDO 1ª Qual a importância da submissão do marido para manter a ordem no lar ?  2ª Quais são os benefícios desta submissão ?  3ª Qual a diferença entre a imposição de autoridade e o seu reconhecimento voluntário ? 

4ª Como uma mulher inteligente, ativa, criativa e espiritual pode contribuir com o desenvolvimento do lar, quando seu marido tem um temperamento aposto ao seu ? 

5ª Descreva o que a mulher pode fazer de prático para demonstrar respeito pelo marido. Quais são as ati-tudes que deve evitar ? 

6ª ( Ler e meditar em Prov. 31:10 a 31).






























 O RELACIONAMENTO CONJUGAL


Não há nada mais belo do que a intimidade do casal quando há amor e respeito. Quando cada um dá a sua vida pelo outro, e há um entendimento entre eles. Isto é maior do que as próprias palavras. Quando existe confiança intima se refletindo em todas as outras áreas da vida, isto produz uma profunda harmo-nia. Uma relação assim, fortalece e prepara o casal para enfrentar as lutas da vida, porque forma em cada um o vigor, ânimo e fé que os fazem se sentirem quase invencíveis.


Mas também podemos dizer o quanto é horrível a intimidade conjugal, quando a relação se deteriora. Quando a doçura se torna em amargura, e a devoção em abuso e egoísmo. Quando a estima é trocada pe-lo menosprezo. Quando os sonhos se convertem em pesadelos e a convivência se torna insuportável.



Para considerar este tema, veremos dois aspectos: 

1 - A HARMONIA NO CASAMENTO e 

2 - A UNIÃO SEXUAL. 

Cremos de todo coração que nas escrituras encontramos a orientação para vivermos uma vida matrimo-nial feliz e termos um lar cheio de amor e paz.



I. A HARMONIA NO CASAMENTO


Nossa sociedade exagerou tanto o valor do amor romântico, erótico e sentimental, que muitos, depois de se casarem, se decepcionam quando descobrem que o casamento não é uma contínua lua-de-mel. Deve-mos considerar que:


A. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES


a) É NECESSÁRIO TRABALHO E DEDICAÇÃO. Um casamento feliz não surge do nada, por magia, co-mo nos sonhos ou nos filmes. É necessário dedicação e sabedoria que se adquire com a experiência e dependência de Deus. Também é necessário um carretar maduro, respeito e compreensão mútua. Nada disto se consegue facilmente. Mas isto é plenamente possível para um casamento fundamentado na pala-vra de Deus. Devemos edificar com fé e estar atentos as dificuldades que surgem.


b) PROBLEMAS E DIFICULDADES SEMPRE EXISTIRÃO. Isto é normal, porque somos humanos e falhamos. Nenhum casamento é perfeito no seu início. É importante ter este entendimento, para que nin-guém se assuste quando as dificuldades surgirem, e para que haja fé e solução. Podem surgir diferenças quanto ao uso do dinheiro, reações diferentes diante das varias situações da vida, gostos sobre a comida, hábitos, horários, maneira de vestir, educação dos filhos, disciplina, etc.



II. A UNIÃO SEXUAL


Alguns se surpreendem quando descobrem que a bíblia tem muitas referencias a relação sexual. Estão acostumados a escutar conversas torpes ou piadas obscenas que rebaixam esta bela relação. Não perce-bem que esta é uma área que Deus quer encher de sua santidade e beleza. Alguns até se escandalizam quando se trata deste assunto na igreja, como se este fosse um tema impróprio para vida cristã. Mas não é assim. Nosso compromisso com Cristo inclui todas as áreas de nossa vida. Vejamos, então, o que a bíblia fala sobre a relação sexual.


A. DEUS É O AUTOR DO SEXO


Deus criou o homem e a mulher. Portanto, ele é o autor do sexo e da relação sexual. Ele determinou as diferenças entre homem e mulher, e estabeleceu a atração mútua. Mas ele reservou a relação sexual, co-mo uma experiência unicamente para o casamento.

Para que se cumpra o propósito divino através do ato sexual, é indispensável que haja um compromisso total e uma entrega completa de um para o outro. Isto só é possível dentro do casamento. O fato de que duas pessoas se amarem, não lhes dá o direito de manterem relações sexuais. A intimidade sexual con-tém certos riscos e pode acarretar conseqüências para as quais somente o casamento oferece garantias e segurança. A bíblia diz que:


Adão e Eva, quando ainda eram inocentes, tinham uma intimidade total (Gn 2.24-25). 

Paulo adverte aos solteiros contra a fornicação. E aos casados, ensina sobre uma relação com santi-dade e honra, e com o desejo de satisfazer um ao outro (I Co 7.2-5; I Ts 4.3-5; Hb 13.4). 

Temos um belo texto poético em Provérbios, que fala da pureza e das delícias do amor conjugal (Pv 5.15-19). 

Há uma passagem curiosa na lei de Moisés, quanto aos recém casados (Dt 24.5). •


 B. O PROPÓSITO DA RELAÇÃO SEXUAL  O propósito de Deus quando instituir a relação sexual, divide-se em 3 aspectos:


a) SELAR A UNIÃO MATRIMONIAL. A relação sexual é que consuma o casamento. 


b) A PROCRIAÇÃO DA RAÇA. Isto está diretamente relacionado com o sexo, porque e pela relação se-xual que nos procriamos. Existem duas atitudes errôneas entre os que ignoram a vontade de Deus: procurar evitar a procriação por motivos egoístas e, procriar muitos filhos irresponsavelmente (sem levar em conta os recursos que se tem, nem a saúde da mulher). Ter filhos é uma benção de Deus (Sl 127.3-5; I Tm 2.15). 


c) PARA EXPERIMENTAR A MAIS PROFUNDA EXPRESSÃO DE INTIMIDADE, AMOR E FELICI-DADE DO CASAL. O ato conjugal, além de físico, envolve o mental, o emocional e o espiritual. Aju-da a superar desacordos, alivia tensões nervosas e contribui para a boa saúde. A relação sexual é uma dádiva de Deus que abençoa o casamento.



C. ALGUMAS NORMAS IMPORTANTES


a) No ato sexual, cada um deve procurar a felicidade do outro. Não dar lugar ao egoísmo.

b) Um não deve negar ao outro a satisfação do desejo sexual, nem tampouco abusar. Há situações de ex-tremo cansaço ou de enfermidade onde deve haver respeito.

c) A relação não começa na cama. A preparação é durante todo o dia, com uma conduta amorosa e afeti-va.

d) A vida íntima deve ser pura, todos os detalhes devem ser dialogados para não agredir a sensibilidade e o pudor do cônjuge. Entre o casal toda a sensualidade é permitida, mas tudo deve ser feito de comum acordo.



III. ATÉ A MATURIDADE

Os que são casados a bastante tempo, compreendem que a felicidade matrimonial não é uma "obra do acaso". É fruto da dedicação, trabalho, esmero, amor, paciência, disposição de aprender e o firme desejo de superar todas as dificuldades. Para que duas pessoas possam conviver em harmonia e amor, apesar de serem completamente diferentes no caráter e na personalidade, com debilidades e maus hábitos arraiga-dos por anos, é necessário esforço e fé. Deus realizará isto guiando, orientando, guardando, apoiando, corrigindo e abençoando (Fp 1.6). Bendito é seu nome.


Uma relação matrimonial madura e equilibrada, não se consegue da noite para o dia. Todavia se o marido e a mulher se dedicam a buscar entendimento e a fazer as mudanças necessárias, serão recompensados com muitos anos de felicidade. Seu lar brilhará com a graça daquele que prometeu abençoar a todas as famílias da terra (At 3.25).




B. PROBLEMAS E SOLUÇÕES DO RELACIONAMENTO   a) EXISTEM REAÇÕES QUE SÃO INÚTEIS: 

Fugir do problema. Supor que se resolverá sozinho. A covardia não resolve nada.

 

Isolar-se. Deter a comunicação. Levantar de uma barreira de silêncio. Sem diálogo é impossível che-gar a qualquer solução 

Irar-se. A intenção é assustar ou intimidar o outro. É esconder-se atrás das emoções quando confron-tado com as próprias faltas. Responder, "jogando na cara" do outro as faltas dele(a). 

Deprimir-se ou ter um ataque de nervos. Dar-se por vencido(a). A intenção é provocar a compaixão, para ter mais atenção e consolo, fugindo do problema real. 

 b) HÁ UMA CONDUTA CORRETA PARA RESOLVER OS PROBLEMAS.  Entender e afirmar que todo o problema tem solução. Não ser pessimista nem terrorista (Jo 14.1; 16.33; Fp 4.11-13). 

Enfrentar todo problema com calma e fé. Num ambiente de nervosismo não se pode ser sábio. É ne-cessário ser objetivo, olhar a situação do ponto de vista do outro e reconhecer as próprias faltas (1 Co 13.4-7; Hb 11.6). 

Levar a carga ao Senhor. Sem Deus nenhuma solução é permanente. É necessário buscá-lo em ora-ção, com ações de graça. Aplicar seus mandamentos e reclamar suas promessas. Ele tem todo o po-der e sabedoria, e nos ama profundamente. 

Tratar um problema de cada vez. Algumas questões são complicadas e podem gerar outras. Não se pode resolver tudo ao mesmo tempo. É melhor analisar cada situação e determinar por onde se vai começar. Ser paciente e aguardar os resultados, porque muitas vezes a solução não é imediata (Hb 12.1-14). 

Aprender de experiências anteriores. Isto ajuda a não passar novamente pelos mesmos problemas. 

Não deixar que se acumulem problemas. Quando vários probleminhas se juntam, transforma-se num "problemão" (Ef 4.26). 

Reconhecer a ajuda de alguém mais experiente (Pv 11.14). •A maior responsabilidade é do homem. Deus pedirá contas de todas as coisas ao homem. Ele deve ter uma conduta terna, compassiva, sábia, não caprichosa porém firme dentro da vontade revelada de Deus. Deve determinar-se a fazer de sua esposa a mulher mais feliz do mundo (Ef 5.25-29). 


A boa solução dos problemas fortalece o casamento. Encontrar juntos as soluções efetivas acrescenta confiança e mostra maturidade.




















A CRIAÇÃO DOS FILHOS   I. PARA QUE DEUS NOS DÁ FILHOS ?  Deus poderia ter feito uma multidão de seres humanos, mas fez apenas um homem e uma mulher. E os encarregou de gerarem uma raça. Entre as muitas razões, três são as mais importantes:


a) PARA NOS MOSTRAR O SEU FAVOR (Sl 127.3-5). Deus nos ama. Seu coração paterno deseja com-partilhar conosco a linda experiência de criar filhos. Eles não nos são dados para nos sobrecarregar ou nos fazer sofrer inutilmente, mas para formar-nos à semelhança de Deus, o Pai Eterno.


b) PARA CRIÁ-LOS EM DEUS (Ef 6.1-4; Cl 3.20-21). Devemos ter uma atitude de seriedade e fé diante do privilégio de criar filhos no Senhor. Temos apenas uns 18 ou 20 anos para completar em cada filho a etapa de formação. Não podemos perder nenhum desses anos.


c) PARA ENCAMINHARMOS A GERAÇÃO SEGUINTE NA VONTADE DE DEUS (Gn 18. 17-19; Sl 128). O homem se projeta para o futuro através dos filhos e dos filhos de seus filhos. A maior obra que podemos fazer nesta vida é a de criar filhos para que honrem ao Senhor e abram caminho para a extensão de seu reino. Deus não intervém diretamente na criação de nossos filhos. Nós é que devemos assumir esta responsabilidade. Não podemos ignorá-la, porque um dia vamos ter que prestar contas do que fize-mos nesta área. Deus manifestou a sua confiança em Abraão quanto a isto (Gn 18.17-19). Entretanto, revelou seu profundo desagrado com o sacerdote Eli por sua irresponsabilidade na disciplina e formação de seus filhos (I Sm 2.12,27-30; 3.11-13).



II. DETERMINANDO OBJETIVOS NA FORMAÇÃO DOS FILHOS


"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviara dele" Pv 22.6.


Esta tarefa não é fácil. Requer uma dedicação séria durante muitos anos. Mas Deus nos assegura a sua graça e sabedoria.


a) COMPREENDENDO A NATUREZA DA CRIANÇA (Pv 22.15; Sl 51.5). Elas não se inclinam natural-mente para o bem. Por isso devemos ensiná-las, formá-las e discipliná-las.


b) AS METAS IMPORTANTES NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA SÃO:


Uma relação pessoal com Deus - consciência de que são parte da família de Deus e devem se relacionar diretamente com ele.


A formação do caráter - capacidade para enfrentar as responsabilidades da vida, trabalho, casamento, sólida base moral, auto-disciplina, auto-estima, domínio próprio, controle sobre os sentimentos, gostos, etc.


Formação social - clara consciência de sua identidade, capacidade de se relacionar com outros, assumir compromissos, e sujeição às autoridades.


Formação física - hábitos alimentares e higiene.


 III. QUAIS SÃO AS RESPONSABILIDADES DOS PAIS ? Há quatro áreas específicas de responsabilidade dos pais: exemplo, instrução, disciplina carinho. Tudo isto são expressões prática do amor. Além de aceitarmos os filhos como eles são, com seu próprio sexo, virtudes e debilidades, cor dos cabelos e da pele, personalidade, devemos considerá-los que são herança do Senhor. Temos portanto a responsabilidade diante de Deus de criá-los para a Sua glória.


A. EXEMPLO Os filhos aprendem tudo com o comportamento de seus pais. Ensinamos mais com o exemplo do que com palavras, ordens ou ameaças. O exemplo é a base fundamental para formação do caráter dos filhos. Eles procurarão imitar seus pais no que dizem e no que fazem. Não adianta cobrar ações de graça em to-da e qualquer ocasião se os pais não agem assim.


B. INSTRUÇÃO (Pv 22.6)

Enquanto o exemplo é a base fundamental para a formação da vida dos filhos, a instrução direciona e ordena essa formação. Instruir significa: ensinar, doutrinar, formar, capacitar, comunicar. As crianças não aprendem somente por ver e imitar, elas necessitam ser instruídas na: honestidade, justiça, perdão, generosidade, respeito pelos outros, pudor e asseio, modéstia, diligência e etc.


Também é responsabilidade dos pais incentivar os filhos a desenvolverem sensibilidade espiritual, doci-lidade e boa disposição diante de Deus.


Áreas que Merecem Mais Atenção dos Pais:


Realizar trabalhos e cumprir ordens; 

Ajudar outras pessoas; 

Concentrar-se nos estudos. 

Resolver problemas e discórdias sociais. 

Formar amizades; 

Vencer a tentação; 

Desenvolver um sentido de dignidade moral; 

Usar bem o dinheiro e o tempo; 

Encontrar e permanecer no emprego; 

Desenvolver um bom comportamento com o sexo oposto; 

Descobrir sua vocação. 


O pais devem elogiar, felicitar e aprovar tudo aquilo que os filhos fazem bem ou quando mostram inte-resse de acertar. Isto ajudará a firmar os valores positivos do caráter. Faz com que os filhos se sintam reconhecidos e apreciados reforçando a auto-estima.


Os filhos, por outro lado, devem conhecer os limites de sua liberdade. Isso se faz com pequenas regras de funcionamento da casa. Essas regras devem ser poucas e razoáveis, e se exigirá o cumprimento.


Quanto ao adolescentes, é necessário explicar-lhe bem as coisas. Não é bom agir com uma atitude sim-plesmente impositiva. Quando se explica, isso ajuda na formação de critério e bom juízo, ainda que eles resistam diante de normas estabelecidas.


Entretanto, apesar das boas e devidas instruções que os pais possam dar, nada substitui o exemplo dos pais. Muitos não seguem este princípio e acabam "apagando com o cotovelo o que escrevem com as mãos".



 . DISCIPLINA  Cl 3.20,21; Pv 3.12; Pv 13.24; Pv 19.18; Pv 20.30; Pv 22.15; Pv 23.13,14; Pv 29.15.


A relação de uma criança com Cristo prospera na medida em que obedece a seus pais. Jesus Cristo vive e trabalho na vida de um filho obediente.


A obediência não é opcional nem se limita no que o filho considera justo. A obediência deve ser a tudo. A autoridade dos pais foi dada por Deus para formar e disciplinar a seus filhos e tem dele todo o respal-do.


Os pais podem se enganar muitas vezes mas, quando isso ocorrer, devem admitir logo seus erros. Ao admitir que estão errados, demonstram ser pessoas a quem Deus pode respaldar. Sua autoridade não vem do fato de estarem certos, mas sim de Deus de quem eles a receberam.


1. O USO DA VARA


Os textos acima citados, mencionam o termo vara repetidamente. Isso sugere um castigo físico. Não se trata aqui de simplesmente castigar a criança. O uso das mãos ou de objetos de uso pessoal foge do prin-cípio e dos objetivos. As mãos servem para acariciar, proteger e afagar. Cintos, chinelos, fios elétricos, etc representam objetos pessoais. Mas a vara (pode ser uma simples varinha de madeira, ou mesmo um objeto de couro) de uso exclusivo, representa um instrumento de correção e disciplina.


Também, a única área adequada para aplicar a disciplina são as nádegas, por ser uma região carnosa e sem nenhum órgão vital. Disciplinar não é torturar, ferir ou espancar. É um ato de amor ordenando o fu-turo dos filhos.


2. QUANDO USAR A VARA


a) Quando houver uma rebelião clara, quando a criança não acata uma ordem ou por qualquer outra ofensa séria.


b) Não se usa para faltas menores ou para corrigir erros nas crianças (como deixar cair coisas por des-cuido)  c) Deve-se aplicar a disciplina sobriamente e sem ira. Os pais que disciplinam seus filhos irados, trans-mitem seus sentimentos negativos.


d) É necessário acalmar-se antes de aplicar qualquer disciplina. A disciplina tem como objetivo corrigir a criança e não descarregar sobre elas nossos desagrados.


e) O objetivo principal na disciplina é ensinar os filhos a obedecerem a seus pais quando eles se dirigem. É assim que Deus deseja: "filhos, obedecei a vossos pais..."


f) As crianças sofrem muito quando seus pais não as disciplinam corretamente. A disciplina justa alivia o sofrimento e os libera do sentimento de culpa e do peso da consciência.


g) O maior problema no ser humano é a rebelião contra a autoridade legítima. Os pais não devem permitir rebelião em seu lar. É responsabilidade dos pais livrar seus filhos de atitudes de rebelião.


EXISTEM 05 (CINCO) NUNCAS NA APLICAÇÃO DA DISCIPLINA.



1.NUNCA IRADO 

2.NUNCA COM AS MÃOS 

3.NUNCA NA PRESENÇA DOS OUTROS 

4.NUNCA SEM CONVERSAR ANTES 

5.NUNCA POR ACIDENTE (A NÃO SER QUE TENHA AVISADO ANTES E NESTE CASO SE TORNOU UMA REBELIÃO)   3. ASPECTOS IMPORTANTES DA DISCIPLINA  a) Deus estabeleceu os pais como responsáveis diretos pela conduta de seus filhos (Pv 4.1-9; I Sm 3.13,14).

 b) O pai é a figura principal quanto a disciplina. Ainda que a mãe tenha que disciplinar, o filho deve saber que ela conta com apoio de seu marido. Isto facilita a tarefa da mãe.


c) Os pais têm que mostrar unanimidade na disciplina. A mulher deve ter o cuidado para não contradizer a seu marido, e o homem deve respaldar a sua esposa, especialmente na presença dos filhos.


d) Os pais não devem proferir ameaças nem expressões de ódio.


e) A disciplina deve ser administrada imediatamente após a ofensa ou desobediência.

"Visto não se executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteira-mente disposto a praticar o mal". (Ec 8.11).


f) A disciplina deve ser:


Com firmeza e decisão; 

Com critérios estabelecidos (não segundo as emoções); 

Proporcional a ofensa; e, 

Sem ira ou amargura.    4. O QUE DEVE OCORRER APÓS A DISCIPLINA  A disciplina correta deve seguir um processo que inclua:


a) EXPLICAÇÃO: a criança deve saber o por quê da disciplina.


b) CORREÇÃO : Com a vara e proporcional à ofensa


c) ORAÇÃO.


d) PERDÃO: a criança deve saber que a partir da disciplina não há mais culpa pelo ocorrido, e que ela é amada pelos seus pais.


e) RECONCILIAÇÃO: isso significa reparar ofensas, pedir perdão, restituir coisa roubada, voltar a ami-zades rompidas, etc.


 5. PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS NO EXERCÍCIO DA DISCIPLINA

a) Condicionar a obediência à compreensão da criança: a criança não obedece, apenas concorda. Não há reconhecimento de autoridade, mas uma negociação.

a) Ajudar na "obediência" para evitar confronto: dar uma ordem e auxiliar na execução quando a criança oferece resistência. Quando isto se torna um hábito (vício) doméstico provoca sérios vexames em ambientes estranhos ou públicos.

b) Achar desculpas e justificativas para as manias: Ex.: "é o gênio", "são os dentes", "está com sono", etc. Nada disso justifica a rebeldia. A criança, mesmo indisposta, pode e deve obedecer aos pais em tudo e prontamente.

c) Diferenciar ordens (mais ou menos importantes): ordens são ordens e devem ser obedecidas pronta-mente, qualquer que seja. Estabelecendo-se diferenças, confunde-se a criança. Ela não entende por-que há mais severidade para umas ordens do que para outras. Ela só sabe que, às vezes, exige-se obediência e outras não. Exemplos: 

1º - Não toque na tesoura x Vá escovar os dentes; e, 

2º - Não suba na janela(quarto andar) x Não toque na radiola.  d) Deixar-se manipular: "Só essa vez", "ó mãe, me perdoe", "eu prometo que não faço mais", "estou tão cansado", "você nunca me deu isto ou aquilo", etc.

d) Deixar-se levar pela desculpa da memória, desobediência cor-de-rosa: "oh! esqueci". Vara é bom pa-ra a memória.

e) Compensação por sentimento de culpa: os pais se sentem culpados por não poderem atender algumas necessidades e desejos, ou até caprichos dos filhos, por não terem recursos, e querem compensar tornando-se muito tolerantes.

f) Não exigir obediência total, irrestrita e imediata: não entender ou não concordar com Deus quanto a autoridade delegada aos pais. A base da relação pais x filhos é a autoridade² . Pais inseguros apelidam frouxidão de "amor" ou compreensão.

g) Não exigir obediência na ausência dos pais, : "você não é meu pai nem minha mãe". Filhos desafora-dos e desrespeitosos para com os mais velhos e adultos em geral.

h) Contentar-se com uma obediência circunstancial. Não buscar uma disposição de submissão nos fi-lhos nem levá-los a ter uma cerviz dobrada. Quem acha muita explicação para os erros dos filhos, também achará para os seus, diante de Deus.

i) Não entender que a disciplina é corretiva e formativa e não punitiva. As Escrituras dizem: "vara da disciplina" - o castigo imposto pela vara, ao contrário de tentar punir, visa, antes, corrigir defeitos e formar o caráter da criança.

j) Falta de perseverança: hoje disciplina, amanhã não, ainda que pelo mesmo motivo. Isto confunde a criança.

k) Papai "Esquecido": sempre esquece as advertências que fez e volta a advertir. Ridiculariza-se a si mesmo e aos filhos.

l) Papai "Gamaliel" é o super-mestre: sempre explica muito e não age nunca. Esquece que é a vara e não o sermão que afasta a estultícia do coração da criança.

m) Papai "Eli" é o super espiritual: quer transmitir uma imagem forte do "Papai-do-Céu", sendo ele pró-prio um molenga. Os filhos não aprenderão a temer o "Papai-do-Céu" se não aprenderem a obedecer ao "papai-da-casa" (Ex 32.21,25 x Gn 18.19). O Deus de Abraão ficou conhecido, depois dele, como "O Temor de Isaque".

n) Papai "Fariseu" exige tudo e não faz nada. Os filhos não são estimulados e desafiados pelo exemplo, além de perderem o respeito pelos pais diante da hipocrisia destes.



D. CARINHO


Ser o exemplo, dar instrução e disciplinar, são expressões de amor que muitas vezes não são compreen-didas ou consideradas com tal. Nossos filhos têm sentimentos e carências afetivas. É necessário que se some a todas essas ações, muito carinho.


Carinho é o mesmo que afeto, meiguice, docilidade, atenção e cuidado. São maneiras de tratamento que expressam sensibilidade para com aqueles a quem amamos. Nossos filhos sabem quando somos sensí-veis a eles e às suas necessidades.


Existem algumas maneiras de se demonstrar isso:


1. EXPRESSÃO VERBAL

Esta é a mais simples de todas mas não menos importante. Dizer aos nossos filhos que os amamos é o mínimo que podemos fazer. Expressões como: "Eu amo você", "você é muito importante para mim", "sou grato a Deus por tua vida", "você é um presente de Deus para nós", são simples mas produzem um resultado maravilhoso.


Todos gostamos de saber que somos amados. Os que tem telefone, liguem especialmente para os filhos, mande-lhes cartões e telegramas. Eles adorarão.


 2. GESTOS CARINHOSOS

As palavras muitas vezes não conseguem expressar tudo. É preciso gestos! Um afago, uma carícia, pas-sar a mão pela cabeça, segurar com carinho as mãos, beijar, carregar nos braços, carregar nas costas, ro-lar pelo chão, correr juntos, brincar de pega-pega e esconde-esconde, podem ser expressões mais fortes que as palavras. Juntas, produzem uma revolução de amor.


3. PRESENTES CRIATIVOS

Nesta época em que o consumismo e a moda nos levam a comprar brinquedos industrializados, diminui muito a criatividade dos pais. Presentes criativos, feitos pelos próprios pais (carrinhos de sucata, pipas, barracas, aviões, cavalinhos, etc...) têm um valor muito maior. As crianças são sensíveis a isso.


Também é necessário que os pais saibam ensinar o valor de cada presente. Eles devem ter um significado pessoal. Hoje em dia se dá presentes em épocas determinadas e não por significados pessoais. Temos que presentear nossos filhos com coisas simples, porém significativas. Cuidado para não trocar CARI-NHO POR PRESENTES CAROS. O carinho é insubstituível!


4. VALORIZAR SUAS IDÉIAS E COISAS

Ouvir os filhos: suas idéias e ideais. Interessar-se pelo que eles se interessam. Buscar suas opiniões e sugestões. Dar oportunidade para que eles se expressem e participem das decisões. Tudo isso são formas de dizer: "O que vocês são e dizem são importantes para nós".


Respeitando seus gostos e desejos e, levando-os a alcançarem seus alvos, ajudaremos na formação da auto-estima deles. Nossos filhos precisam saber que são capazes e aceitos, respeitados como indivíduos.


AMAR = EXEMPLO + INSTRUÇÃO + DISCIPLINA + CARINHO 



 RELACIONAMENTO COM FILHOS ADOLESCENTES  A adolescência é uma etapa de muitas mudanças, tanto no corpo como na mente. É nessa época que o jovem começa a descobrir a sua independência. Isto demonstra seu progresso rumo à maturidade. Mas nessa época, começam os conflitos de rebelião contra todo tipo de autoridade, sobretudo a dos pais.


Salomão aconselha os pais de adolescentes que orientem a seus filhos sobre a vaidade da adolescência e juventude. Para que cuidem do coração e dos olhos, pois deverão prestar contas a Deus acerca das deci-sões que tomam. Também sobre as conseqüências que essas decisões acarretam. Aconselha aos jovens para que lembrem-se de Deus na juventude, ao invés de desenvolver a vida em vaidade (Ec 11.9-12.1).


I. COMO É A ADOLESCÊNCIA ?


Dos 12 aos 16 anos, o adolescente começa a descobrir a sua própria identidade. Adquire uma consciên-cia de si mesmo e do sexo oposto. Tem noção das diferenças sociais. As amizades são mais duradouras. Valorizam a lealdade e a confiabilidade. Há um maior desenvolvimento da independência. Os filhos desta idade precisam de estabilidade em seu lar e muita paciência e compreensão por parte de seus pais.


A partir dos 17 anos, o jovem continua debaixo do cuidado paternal, mas leva uma vida mais indepen-dente. Estes podem ser anos de grande companheirismo com os pais ou, de maior distanciamento. Os pais têm que saber "soltar as rédeas" aos poucos e confiar na formação que deu a seus filhos durante os anos anteriores. Esta etapa pode ser de profunda relação com Deus mas, justamente por ser assim, deve ser orientada pelos pais.


É indispensável, nessa fase, haver uma boa comunicação entre pais e filhos. É um tempo de idealismo, ilusões, sonhos e fantasias. O jovem precisa de modelos dignos, e com alvos definidos para a vida. É um tempo para fixar metas, estabelecer relações e determinar o nível de compromisso onde irá desenvolver sua vida:


II. METAS A SEREM ESTABELECIDAS


Os pais devem levar seus filhos a:


a) NO LAR. Assumir responsabilidades pessoal quanto ao uso do tempo, nas tarefas domésticas, no cui-dado e conservação da propriedade familiar. Bem como, desenvolver bons hábitos e estabelecer uma forma correta de relacionamento com os demais membros da família.


b) NA ESCOLA. Dedicar-se aos estudos, fazendo o melhor possível para aprender controlar-se e vencer o desânimo que leva muitos a abandonar os estudos. Ter em mente que está se preparando para o futuro.


c) NO TRABALHO. Aprender a cuidar dos interesses do patrão e que seja diligente, esforçado e cumpri-dor. Bem como, a ser pontual, honesto, disposto e manter uma atitude correta para com os colegas de trabalho.


d) NA IGREJA. Aprender a respeitar os líderes e aos demais irmãos, identificando-se claramente com eles. Participar de todos os eventos e cooperar com o avanço do Reino de Deus. E, acima de tudo, criar uma profunda relação com Deus.


e) NA SOCIEDADE. Respeitar as autoridades e as leis, e cultivar uma boa atitude para com elas. Escolher suas amizades com cuidado.


 III. DISCIPLINA DOS FILHOS ADOLESCENTES  Um dos piores sentimentos que um adolescente pode sentir é a culpa causada pela desobediência. Isto é produzido pela ação do Espírito Santo (João 16.8). A culpa produz dor na alma, mas a disciplina e o cas-tigo o liberta dela.


Por esta razão, o adolescente espera e necessita ser disciplinado quando desobedece. Faz parte da ordem de Deus na formação dos filhos. A disciplina e a correção educam e reforçam a vontade. Ajudam o jo-vem a afirmar sua consciência e a atuar com resolução diante das pressões e influências externas. São duas as influências sobre os adolescentes: o satânico (todas as formas mundanas de pressão) e o divino. Diante delas, ele terá que decidir.


"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" Sl 11.10.


Os filhos devem saber que a desobediência sempre será castigada segundo o que Deus determinou. Se os filhos não forem disciplinados, Deus disciplinará os pais (I Sm 3.13-14).


a) O USO DA VARA. Este é o método estabelecido pelo Senhor. Até uma determinada idade é plenamente eficaz e suficiente, podendo ser usada em casos graves ou repetitivos. Seguir o padrão ensinado anteri-ormente. Entretanto, com filhos que nunca foram disciplinados anteriormente, as opções abaixo são mais adequadas. Deve-se, no entanto, buscar orientações dos mais experientes.


b) ADMOESTAÇÃO VERBAL SOMENTE. Não é gritar ou "jogar na cara" o erro do adolescente. Mas le-vá-lo a entender a gravidade do seu erro. Pode ser um sólido conselho até uma dura repreensão. Apele para a razão e para a sua própria auto-estima.


c) ADMOESTAÇÃO COM PRIVAÇÃO DE ALGO QUE LHE AGRADE tem como objetivo provocar dor. A privação deve estar relacionada com o mal que o filho tenha cometido. CUIDADO: Não cortar algo que envolva sua formação intelectual ou espiritual (ex.: proibir de ir ao colégio ou de ir aos compromissos da igreja). Bem como não obrigar a fazer um trabalho para não incutir que trabalho é castigo.


 IV. ORIENTAÇÕES PRÁTICAS  a) DEPENDER DO ESPÍRITO SANTO EM TUDO (Jo 16:13)




b) BUSCAR DE DEUS SABEDORIA. (Tg 1:5-6). É importante anotar que um filho sábio será, em grande parte, resultado de ter tido um pai e/ou mãe sábio.


"PRODUZIR UM FILHO PRUDENTE E SÁBIO VALE MIL VEZES MAIS QUE UM FILHO SIM-PLESMENTE DÓCIL POR ESTAR SUBJUGADO PELA FORÇA PATERNA" (Keith Bentson).


c) NUNCA PERDER A COMUNICAÇÃO COM OS FILHOS. Falar a verdade em amor (Ef. 4:25). Con-versar com eles. Deve-se escutar os filhos com calma, atenção e compreensão e juntos buscarem as solu-ções. Responda sempre a todas as perguntas sem meias verdades. Sendo sempre sinceros para que eles aprendam a sinceridade.


d) AMIZADE SINCERA. Serem realmente amigos dos filhos. A comunicação, a educação e o relaciona-mento será bem mais proveitoso dentro de uma amizade sincera.


e) RESPEITAR SEMPRE AS ÁREAS MAIS SENSÍVEIS DO ADOLESCENTE:


Sua Aparência. Animá-los constantemente, pois todos já passaram por isso. Mas, cuidado, não usar de falsos elogios. 

Seus gostos e Opiniões (roupas, modas, comportamento), nada se refere a pecado ou aparência do mal, só gostos e opiniões. 


f) ELOGIAR SEMPRE, CRITICAR SÓ QUANDO REALMENTE FOR INDISPENSÁVEL. Quando os fi-lhos atuarem bem, deve-se elogiar e estimulá-los. Felicitá-los por seu esforço e pelos seus resultados al-cançados, isso os animará a prosseguirem.


g) SER FIEL AOS FILHOS. Em se tratando de adolescentes ainda mais. Não se deve contar o que foi revelado no íntimo. É importante não expor a intimidade, os sentimentos, as paixões e opiniões, só quando permitido por eles.


h) COLOCAR ALVOS E METAS (Sl. 127:3-5). Como os adolescentes estão muito preocupados em viver o presente, em sentirem-se participantes, não sabem colocar metas de longo prazo. Isto cabe aos pais. É necessário tratá-los em áreas específicas da sua vida: no lar, na escola, na Igreja e na vida social. Deve-se tratar uma área de cada vez.


i) COLOCAR DESAFIOS: Mostrar diversas profissões, diversas atividades, prepará-los para a vida. Eles são como flechas nas mãos dos guerreiros (pais). A responsabilidade de dar a direção é dos pais e não deles. Todavia sempre respeitando seus gostos. Desafiem os adolescentes para:


Pregação da palavra; 

Ser e fazer discípulos na escola; 

A influenciar a outros e não serem influenciados; 

Boas músicas; 

Boas leituras. 


j) SER EXEMPLO de conduta aos filhos. Eles tendem a ser como seus pais, mesmo quando resistem a eles.


k) APLICAR A DISCIPLINA COM FIRMEZA e de forma razoável, mesmo que ameaçam a sair do lar. Os pais não podem permitir que a rebelião destrua a integridade do lar. Se admitir a atitude rebelde do filho em casa, perderá o controle e a autoridade¹.


l) CONFIAR EM DEUS. O Senhor é fiel.


V. CONCLUSÃO


A criação dos filhos implica numa enorme responsabilidade. Muitas vezes vai além da capacidade natural dos pais fazê-la. Mas, se esta tarefa é aceita com fé e na dependência de Deus, encontraremos graça do Senhor para realizá-la.


Sempre deve ser lembrado que criar filhos é para Deus. Criá-los para que sejam participantes responsá-veis em sua grande família. Assim os pais desempenharão sua tarefa com eficiência e fé, contando com a presença e benção do Senhor.


COMPORTAMENTO DOS FILHOS  A Bíblia tem instruções para todas as áreas da vida familiar. Instrui aos pais como devem se comportar com seus filhos, e aos filhos como obedecer aos pais. Neste capítulo vamos considerar o que Deus espe-ra dos filhos em relação aos seus pais (Pv 10.1; 15.20; 17.25). 


O jovem tem duas atitudes para obedecer aos pais: ou por princípio e amor, ou por necessidade. A atitu-de correta nasce do conhecimento de Deus e da direção do Espírito Santo. Por outro lado, a atitude de necessidade leva o jovem a desprezar os conselhos dos pais e se rebelar contra sua autoridade. 


O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo acerca desse tema e disse que nos últimos dias o diabo induziria os filhos à desobediência aos pais (I Tm 3.2). Hoje é comum essa franca rebeldia às autoridades. A maneira como os jovens pensam e atuam, tem muito a ver com a influência deste mundo. Mas Deus quer reverter essa situação na vida familiar de Seu povo. Os jovens devem conhecer seu papel como filho dentro do propósito de Deus para a família.


I.DIREITOS E PRIVILÉGIOS 


Enquanto o filho estiver debaixo do cuidado paterno, ele desfrutará de benefícios e privilégios. Alguns são obrigatórios, ou seja, seus pais não podem deixar de providenciar. Outros, entretanto, são outorgados aos filhos por uma atitude de amor, carinho e graça do pais. Na verdade, os filhos recebem muito mais do que realmente necessitam. Entretanto, muitos filhos não sabem reconhecer a diferença que existe nis-so. Os pais tem a obrigação de prover alimento, roupa, educação e residência enquanto os filhos não possam conseguir isso por si mesmos. Tudo o que vai além disso, é privilégio. Seria muito bom que os filhos sustentados por seus pais depois de 18 anos de idade, e ajudados a cursar universidade ou qual-quer outro curso, soubessem reconhecer e agradecer-lhes pelo favor recebido. Quando isso ocorre, trás alegria e satisfação aos pais. Esta é uma atitude sábia: reconhecer e valorizar os benefícios recebidos dos pais, quer sejam por direito ou por privilégio. 


II. RESPONSABILIDADES 


A. OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO (Ef 6.1; Cl 3.20; Lv 19.3) - A obediência aos pais não é opcional, por-que é um mandamento do Senhor. Deve haver submissão voluntária. SUBMISSÃO é um ato da própria vontade através da qual nos sujeitamos ao governo de outra pessoa. Não é humilhação nem rebaixamen-to. Não é uma desvalorização própria, mas sim o reconhecimento da autoridade de alguém, considerando uma maior capacidade para conduzir ou guiar sua vida. Naturalmente, a sabedoria e experiência dos pais é superior a dos filhos. Deus declara que é justo os filhos obedecerem seus pais (Ef 6.1) e por isso, é agradável a Ele (Cl 3.20). Jesus, quando jovem, foi obediente e submisso aos pais. Ele é o exemplo (Lc 2.51). A rebeldia e insubmissão tem origem no coração de satanás, portanto, nada de bom pode produzir. Diante de Deus, a rebeldia é uma falta grave porque conduz a uma degradação e leva o jovem a uma vida de pecado (Dt 21.18-21). 


B. HONRA E RESPEITO (Ef 6.2,3; Ex 20.12) - A vontade de Deus é que os filhos tenham uma alta es-tima pela sabedoria e experiência de seus pais. Devem considerar que a sabedoria não se adquire na es-cola, mas sim num longo aprendizado da vida. A experiência de errar e acertar, meditar e avaliar, ganhar e perder vão formando uma base para conduzir outros na vida. Quando os filhos apreciam seus pais, é fá-cil respeitai-los e honra-los. O respeito brota de uma atitude interior de reconhecimento e apreço pela função dos pais. Esse respeito se manifesta pelo trato cordial, amável, cuidadoso. O contrário, ou seja, falta de respeito se manifesta por gestos e palavrões, prepotência, altivez e desprezo. Isto é muito comum no mundo. Ao se converter, o jovem terá que aprender como tratar seus pais. Será como que remar con-tra a correnteza deste mundo e não se deixar influenciar pelos exemplos negativos tão abundantes hoje em dia. Muitos pais, quando atingem uma idade avançada, são abandonados e considerados como algo pesado. Sobretudo quando ficam enfermos e precisam de cuidado especiais. São deixados de lado, igno-rados e muitos são levados aos asilos para que morram. Isso é fruto da rebelião e do menosprezo. Hon-rar os pais é o primeiro mandamento com promessa. Quem o fizer, pode ter a segurança de que será próspero e terá longa vida (I Tm 5.4,8; Lv 19.32). Honrar é um ato de amor, por exemplo: dizer a eles o quanto são importantes, falar deles a outros, presenteá-los fora das datas especiais, passar tempo com eles, conversar sobre o que eles gostam E PRINCIPALMENTE DAR DINHEIRO A ELES. QUANDO IS-SO NÃO FOR NECESSÁRIO, PRESENTEI-OS COM VALORES SEPARADOS PARA ESTE FIM. OS FARISEUS NEGAVAM ESTE MANDAMENTO.


C. AMOR E AMIZADE - É preciso desenvolver um relacionamento afetuoso entre pais e filhos, expres-sando o amor em gestos e palavras. É bom para um pai receber expressões de amor por parte de um fi-lho. Muitas vezes os filhos deixam passar oportunidades para demonstrarem seu afeto e carinho. Uma palavra, uma flor, um beijo, um gesto, um cartãozinho, um chocolate, são meios sensíveis de transmitir amor, gratidão e apreço. Para que se crie amizade, é necessário que os filhos se determinem a se aproxi-marem de seus pais. criem situações em que possam estar juntos para desenvolver companheirismo e amizade. O tempo do jovem em casa é muito curto. Portanto, o jovem discípulo deve aproveitar esses anos da juventude para firmar bem a sua amizade com seus pais. 


D. OBRIGAÇÕES ESPECÍFICAS - 1. NAS TAREFAS DOMÉSTICAS - Desde pequenos, os filhos são orientados a assumirem obrigações específicas. Por isso é necessário que os filhos atentem para as orien-tações dos pais, e façam exatamente o que eles pedem. Com o tempo, essas obrigações devem ser mais voluntárias. É agradável aos pais que os filhos façam mais do que se espera deles . Não só a deixar o quarto arrumado como também ajudar no trabalho da mãe. Há muitas maneiras de fazê-lo, como por exemplo: ajudar a lavar a roupa, limpar a casa, fazer compras, e até mesmo ajudar na cozinha. Numa emergência em que ela não possa fazê-lo, os filhos não sentirão dificuldade em substituí-la. O importante é que assumam essas obrigações com responsabilidade e atenção. Devem saber que não estão fazendo isso por favor a sua mãe ou pai, mas sim por terem a responsabilidade de compartilhar do trabalho do-méstico. Quando os filhos são pequenos, a mãe faz tudo. Mas é uma injustiça permitir que ela continue a fazer tudo. Os filhos podem e devem assumir a responsabilidade de tarefas comuns no lar. Todo trabalho deve ser realizado com esmero, dedicação e da melhor forma possível, não razoavelmente. É nesta etapa da vida que se adquire hábitos de trabalho. Quem se acomoda com desorganização e desordem, se acos-tuma a este estilo de vida e depois é difícil mudar. Em tudo deve-se buscar a excelência. 


2. NOS ESTUDOS - O estudo é o trabalho fundamental dos filhos, portanto devem fazê-lo com esmero. Devem dedicar tempo e esforço suficientes não para concluir estágios, mas sim para aprender bem a ma-téria. A linha de pensamento corrente entre a maioria dos jovens é fazer o mínimo necessário para passar de ano. Isso é mediocridade. O jovem deve se esforçar para atingir o máximo de sua capacidade e extrair tudo o que for possível do conhecimento. É preciso que todo jovem se capacite intelectualmente e em trabalhos manuais, a fim de ser apto para desempenhar qualquer atividade diante de qualquer necessida-de. 


3. NO TRABALHO Muito embora alguns jovens fiquem debaixo do cuidado dos pais até determinarem seus estudos, é necessário que os rapazes e as moças comecem a trabalhar desde cedo. Ainda que sejam algumas horas por dia e que aprendam a ganhar algum sustento. Se conseguirem suprir seus próprios gastos, será de grande ajuda aos pais e trarão um sentido de dignidade e auto-estima. O trabalho traz ma-turidade. 



III. A RELAÇÃO ENTRE OS IRMÃOS 


O A boa relação entre os irmãos é uma das maiores riquezas que a família pode ter. Fortalecem os laços familiares e desenvolve vínculos de amizade que perduram por toda a vida. Por isso é importante que os irmãos procurem conviver onde o bom trato seja a nota dominante. Há atitudes e condutas que contribu-em para isso: 

A. O QUE DESTRÓI - A indiferença e o isolamento são atitudes que dificultam o bom relacionamento. Quando alguém se fecha em si mesma, automaticamente deixa outros de fora. Fora de seus pensamentos, de seus interesses e de suas emoções. Quem se isola não pode compartilhar nem as alegrias nem as tris-tezas de seu semelhante. O resultado é que se torna egocêntrico e individualista. Deus nos tem chamado para vivermos em família e com necessidades da presença, contato e afeto dos demais. O isolamento obedece as maquinações de Satanás cujo objetivo é a destruição da família. Deus quer restaurar nossa sensibilidade para com o outro. Assim, é preciso quebrar a barreira da indiferença e sair ao seu encontro. Devemos fugir das pelejas, dos gritos e ofensas. Essas coisas provocam o ressentimento nas relações. Precisamos evitar a todo custo as divisões dentro da família (Tg 3.2-10). 


B. O QUE EDIFICA - O tratamento afetuoso ao expressarmos o amor que sentimos uns pelos outros. Também depende de como damos lugar ao companheirismo e a comunhão espiritual. A presença do Se-nhor em nossos relacionamento produzirá mudança, profundidade e enriquecimento dessa relação. As-sim se cria um ambiente onde pode ser praticado o perdão e a restauração de comunhão caso ocorra al-gum atrito. Os irmãos devem ser amigos e ajudarem-se mutuamente. Devem demonstrar o genuíno inte-resse um pelo outro e jamais trair ou defraudar a confiança. 


C. RELAÇÃO COM PAIS INCRÉDULOS - Dentro deste aspecto destacamos dois pontos básicos: 


1. A SUJEIÇÃO - A sujeição que o filho deve a seus pais incrédulos é a mesma daquele que tem pai con-vertido. A única exceção é quando o pai ou a mãe exige que seus filhos pratiquem aquilo que vá contra as orientações de Deus. Nesse caso é importante consultar seus líderes e avaliar se realmente a exigência dos pais esta ou não contra a palavra de Deus. Muitos jovens tomam essa exceção com a atitude de não serem obedientes naquilo em que devem ser. Por isso é necessário que os irmãos que o aconselham se-jam maduros e responsáveis. 


2. O TESTEMUNHO -  Os pais recebem um maior impacto pela vida transformada de seus filhos do que por suas palavras. Por isso é importante que o filho viva de conformidade e obediência a cada palavra do Evangelho do Reino. Uma vida santa, sensível, comprometida e humilde é a maior pregação que um pai incrédulo pode receber. 


 A PRESENÇA DE CRISTO NO LAR  Um lar cristão é o lugar onde a presença de Cristo é a característica mais forte e a principal atração. Cada membro da família tem consciência de Sua presença, governo e orientação. Tudo o que falamos nos capí-tulos anteriores são importantes para colocar em ordem a família, mas não é o suficiente. O que faz com que a família seja dinâmica, vital e espiritual é a presença de Cristo agindo em nosso interior, transfor-mando-nos à sua semelhança. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” Sl 127.1. Tal como expressa o salmista, sem a presença de Cristo no lar, todas as ações, aspirações e esperanças se frustram. Como podemos ter a pre-sença de Deus no lar diariamente? Qual é a nossa responsabilidade para que isso ocorra? 


 I. OS PAIS SÃO OS SACERDOTES DO LAR

Antes de Deus estabelecer uma ordem sacerdotal em Israel, os pais atuavam como sacerdotes de seu lar. Notemos alguns exemplos: Noé (Gn 8.20-22); Abraão (Gn 12.7,8; 13.4,18; 15.1-8; 17.1-22; 18.20-33); Jó (Jo 1.5). A função específica do sacerdote é vincular Deus com os homens. Os pais (marido e mulher) tem uma responsabilidade sacerdotal diante de seus filhos. Deus os comissionou para formá-los e criá-los, a fim de que sejam integrados na grande família de Deus. Também devem interceder por eles diante do Senhor, comunicar as instruções da parte de Deus, ser o exemplo de conduta e orientar a respeito do culto que devemos prestar ao Senhor. Todo esse ministério se fundamenta na pessoa e obra de Jesus Cristo, a quem os pais se sujeitam e em nome de quem ministram (Gn 18.17-19; Ef 30; Lc 2.21-38). 


II. JESUS CRISTO: UMA REALIDADE GLORIOSA NA VIDA FAMILIAR 

Esta realidade se alcança quando a presença de Cristo é notória na vida dos pais. Entretanto, Deus quer se revelar de uma forma pessoal e íntima a cada membro da família. As crianças tem uma grande capaci-dade para perceber a presença de Deus, crer e confiar nele. Encontram-se nas escrituras muitos exemplos disso: a) Samuel conheceu a Deus quando pequeno (I Sm 3); b) Davi foi testemunha da presença de Deus em sua infância (Sl 22.9,10); c) Timóteo foi instruído na fé e no conhecimento de Deus por sua mãe e avó desde a infância (II Tm 3.15); d) Jesus exorta para não subestimar a fé de uma criança (Mt 18.6). O Senhor usa as orações e os testemunhos (especialmente do pais) para conduzir outros membros da família à fé (Ver o caso da mulher samaritana - Jo 4.39-42). Observar alguns casos bíblicos em que a fé dos pais envolveu o resto da família: Josué (Js 24.15); Cornélio (At 11.12-15); Lídia (At 16.14,15); Carcereiro de Filipos (At 16.30-34). Existem dois indicadores claros na vida familiar que evidenciam a presença de Cristo: a) O bom uso do tempo. Dedicar-se diariamente para orar, ler e meditar na palavra, conversar com a família sobre os interesses do Senhor e o discipulado, indicam que a família reconhece a gloriosa presença de Cristo. b) O bom uso do dinheiro e de todos os bens materiais da família, mostra que ela reconhece Deus como o provedor e dono de tudo. A generosidade é a maior evidência disso. To-dos devem ser ensinados quanto a ser generosos e a repartir com outros suas necessidades. Os filhos imitam naturalmente a seus pais. Por isso devem ele ser o exemplo prático de tudo o que Deus espera deles. 


III. COMO APRESENTAR JESUS CRISTO A NOSSOS FILHOS - 

É imprescindível viver diante de nossos filhos em total integridade, buscando a presença e direção do Senhor em toda a situação. Seja em momentos de tensão ou tranqüilidade, de alegria ou dificuldade, tanto nas boas como nas más. Há certos elementos que devem ser levados em conta: 


A. NOSSO EXEMPLO - Gn 18.17-19 - O fundamento do sacerdócio dos pais é o amor e a devoção a Deus. Se os pais querem que seus filhos amem a Deus e o sigam, devem antes dar exemplo. Esse amor e devoção estão expressos numa vida de oração e dependência de Deus. Sua fé será conhecida pela manei-ra como vive. Caso contrário, será notória a hipocrisia. 


B. A PALAVRA DE DEUS - Dt 6.6-9; 11.1,19-21; Js 1.8 - Na medida em que os filhos crescem, deve-se comunicar-lhes a palavra de Deus. Eles devem amá- la, obedecê-la com reverência e apreciá-la como o maior valor que eles possuem. Para isso, deve-se usar tudo o que for possível: ler e contar histórias das sagradas escrituras para os filhos, fazer referências a ela, cantar porções da palavra, memorizar e citar textos. 


C. REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS - Js 4.20-24 - Os quadros, fotos, textos, mapas, desenhos e demais expressões gráficas que adornam a casa, e especialmente o dormitório dos filhos, exercem muita influên-cia sobre seus pensamentos e desenvolvimento espiritual. 


D. MÚSICA - Cl 3.16 - É extraordinária a influência que a música exerce sobre o ser humano! O Senhor deseja que seus filhos o louve e o adore com cânticos e hinos espirituais. Cantar a palavra é uma forma não só de louvar mas de memorizar e proclamar as verdades do Senhor. Por isso é bom que o papai e mamãe cantem para seus filhos desde o nascimento e que essa prática sempre esteja presente na vida da família. 


E. NOSSA BÊNÇÃO - Mc 10.13-16 - A imposição de mãos e a oração abençoam, protegem, liberam, acalmam e saram a nossos filhos. Em virtude da autoridade paterna (e materna) e do nome do Senhor Jesus Cristo invocado sobre eles, a família é abençoada. É uma viva e poderoso expressão de nosso sa-cerdócio como pais. 



IV. DISCIPULADO DA FAMÍLIA 

Longe de tornar algo mecânico e frio, o discipulado da família é uma oportunidade grandiosa de poder demonstrar a presença de Jesus no lar. Dentre muitas coisas, sugere-se algumas que podem fazer parte desse ministério sacerdotal na família. 


a) Leitura da palavra. Buscando sempre aplicar a palavra ao momento em que vive a família, quer seja de alegria ou de tristeza, de prosperidade ou de dificuldade, etc. E que seja sempre inspirativo, ou seja, apli-cado com fé e ardor. Nunca como algo enfadonho. Para as crianças pequenas, sugere-se a leitura própria para a idade, com figuras e ilustrações.

b) Memorização de Textos Bíblicos. 

c) Testemunhos e Transparência. Este é algo bom de fazer. Abre-se um espaço para comunhão onde to-dos podem se inteirar das necessidades uns dos outros e poder cooperar em conselhos e sugestões. 


d) Oração. Este é um bom momento para ensinar pelo exemplo. Orações com objetivos específicos aju-dam a ordenar a vida de oração. Que a família tenha uma lista comum de oração e que todos orem. É uma boa oportunidade para ensinar sobre ter fé e depender de Deus. 


V. TESTEMUNHO DO LAR: UMA LUZ ENTRE OS VIZINHOS 

A presença de Jesus Cristo na vida cotidiana da família é o melhor testemunho que se pode dar do lar. Esta característica se constitue numa grande atração para os vizinhos que, ao verem a vida que levam, desejarão conhecer o Senhor da família. A presença de Jesus na família faz a diferença entre o amor e a discórdia, entre a obediência e a rebelião, entre a ordem e a confusão, entre a disciplina e a desordem. É o mesmo que dizer: o reino de Deus é um reino de amor e poder. Todos os membros da família devem manter sua disposição de compartilhar o amor com seus vizinhos e estar atentos às situações especiais quando se permite uma expressão maior de amor e de serviço. Deste modo se estendeu a Igreja no come-ço e, da mesma maneira, deve- se estender melhor em nossos dias.


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