Sermão 17 - Da cruz tudo é diferente

Sermão 17 - Da cruz tudo é diferente


Texto: Lucas 23:33 e 34. 


A . A cruz é o lugar onde todos os homens são iguais. Ali ninguém é superior a ninguém. Não importa quem você seja. Na cruz não poderá conservar seu nome, nem seu status, nem seu poder. O terreno ali é nivelado para todos. 


B . Se eu chegar à cruz na minha condição de empresário, perco qualquer autoridade que possa ter, porque ali me acho na presença dAquele que é a única autoridade no céu e na terra. 


C . O terreno nos pés da cruz é o lugar onde os homens de todas as partes do mundo devem encontrar a Deus. E esta manhã estudaremos as palavras que foram pronunciadas justamente neste lugar. 


I - PORDOA-OS PORQUE NÃO SABEM O QUE ESTÃO FAZENDO 


A . Será que alguém pode ouvir estas palavras e permanecer indiferente? Vejamos as circunstâncias: 


1. Uma vítima, o próprio filho vindo dos céus, sendo pregado por alguns soldados. Está sofrendo injustamente os horrores, a tragédia, a solidão e a nudez. 


2. No entanto, apesar dessa situação adversa Ele diz: “Pai perdoa-lhes.” E ainda dá aos soldados um desconto: “Porque não sabem o que fazem.”V.34. 


3. Para estes soldados o episódio da cruz era nada mais do que um outro trabalho de rotina. Eles estavam acostumados a crucificar marginais. Este era um dever rotineiro que eles cumpriam quase sem pensar. Os passos que eles deram eram sempre os mesmos. Tudo com a mesma rotina mortal.


4. Você já percebeu, meu irmão, que a rotina é um dos maiores assassinos da espiritualidade? Se é um líder da igreja, vai no sábado, no domingo ou na quarta, prega e depois volta para casa. Ele faz isso muitas vezes até se tornar um ato rotineiro. 


5. A rotina mata a espiritualidade. Ninguém quer que seja assim, mas é o que acontece. Como aqueles soldados nós nos encontramos presos à roda-viva das tarefas rotineiras e continuamos a realizá-las. 


B . E o Senhor Jesus suplicou em favor daqueles homens por que eles eram muito preciosos para Ele. 


1. “Pai, perdoa-lhes.” Não sei se você percebeu, mas Jesus estava providenciando uma situação favorável para o futuro deles. Para o caso de que, no futuro, algum deles se convertesse e se sentisse esmagado pela terrível culpa de haver crucificado o filho de Deus. 


2. Ninguém poderia perdoar tal ato. Então, Jesus, preparou uma base para que fossem perdoados , antes que soubessem que precisavam deste perdão. Jesus sabia que aqueles soldados nunca se perdoariam por aquilo, e perdoou-os antecipadamente. 


Aqui vemos a iniciativa de Deus ao oferecer-nos a salvação. É assim que Jesus age. Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro. 


3. Ele sofreu horrores para pagar o preço desse perdão (narrar aqui o que viu em Jerusalém), mas hoje esse perdão é nosso, tanto quanto dos soldados. E foi um preço caro que se pagou por ele.


II - A ENTREGA DO PERDÃO É DIVINA, A ACEITAÇÃO É HUMANA 


A . Há um incidente que aconteceu aquele dia na cruz e que nos mostra que embora Deus tenha feito provisão do perdão para todos os homens, só serão beneficiados por ele os que aceitarem a dádiva. 


1. Havia dois homens pregados em suas respectivas cruzes ao lado da cruz de Jesus. Os dois eram semelhantes. Ambos criminosos, ambos desesperados. Ambos haviam fracassado moralmente, e a coincidência os condenava. 


2. Se não fosse aquele Homem que se achava no meio deles jamais ficaríamos sabendo da diferença que havia entre ambos. Foi o homem do centro que fez ressaltar essa diferença. Por que? 


Porque Jesus Cristo é um ser singular e ninguém pode estar em sua presença sem se revelar, principalmente diante da cruz! Jesus tira a máscara de todos os homens. Em vista daquele amor que derramou seu sangue, todos se mostram realmente como são. 


3. Um dos homens que estava na cruz, simplesmente agiu de conformidade com seu coração e recusou o amor de que Deus lhe oferecia. Não poderia absolutamente responder com uma atitude positiva, pois estava cheio de si mesmo, cheio de egoísmo e atirou tudo isto ao rosto de Jesus. 


4. Mas com o outro homem a história foi diferente. O amor começou a atraí-lo para fora de si mesmo, e lentamente, saiu detrás daquela fachada de culpa e temores e respondeu positivamente aquele amor eterno. 


5. E quando seu companheiro, o outro ladrão zombou de Deus, ele reagiu com uma pergunta: “Você considera este homem igual a nós? 


Ainda não percebeu que este que se Acha entre nós dois é um homem singular? Como ele sabia disso? Será que ouvira as palavras “Pai, perdoa-lhes,”? 


Será que foram elas que abriram lhe o coração e os olhos? Talvez. Mas o certo é que de algum modo, ele vislumbrava o fato de que Jesus era o Filho de Deus. Ele até reconheceu ao Senhor como o rei e disse: “Lembra-te de mim quando vier na Sua glória.” V. 42. 


B . O mundo precisa de um contato com o Cristo crucificado. Todos nós carecemos disto e precisamos transmitir tal fato a outros. 


1. Cheguemo-nos a Jesus e a sua cruz. Embora ela revele o nosso verdadeiro eu, acontece também uma outra coisa: o criminoso se torna santo. 


2. Por favor, convidemos aos homens a virem a Jesus do jeito que eles estão. Com suas culpas , vícios e hábitos perniciosos. Não criemos obstáculos nem dificuldades. 


3. Às vezes damos a impressão de que o perdão só é concedido se for preenchida a condição do arrependimento. Quem é que dá o arrependimento? Pode o homem sozinho fabricar o arrependimento? 


Não meus irmãos. Isto tem que ficar bem claro. Os homens precisam ir a Jesus como estão. É Jesus que dá o arrependimento e junto com Ele o perdão, e também a vitória sobre o pecado. 


III - OS HOMENS SÓ ACREDITARÃO QUE DEUS OS PERDOA SE NÓS OS PERDOARMOS PRIMEIRO 


A . Aqui está talvez a questão mais difícil. Falamos de amor, mas quando chega o momento de colocarmos o braço nos ombros de alguém que não gostamos, então a situação muda de figura. 


1. Você dirá: “Mas ele fez algo muito ruim comigo, ele me machucou, me ofendeu, falou mal de mim, eu não posso gostar dele. 


2. E pode ser verdade tudo isso que afirmou. Mas, há outra coisa que voc6e precisa saber é que Jesus gosta dele assim como ele é: intragável, pretensioso, orgulhosos, (coloque o adjetivo que você desejar). 


3. Numa família, meu irmão, não é possível escolhermos os indivíduos que amamos ou que desejamos, estamos presos a eles, queiramos ou não. O Novo Testamento diz que na cruz do calvário, pelo poder de Cristo, somos levados a um novo relacionamento com todo tipo de pessoas. Criminosos, bêbados, prostitutas. Todos estão ali e todos somos iguais. 


B . Se você acha difícil amar outro membro da família de Deus, precisa dirigir-se a sua câmara secreta e dizer: “Senhor, não consigo amar esta pessoa, mas sei que Tu a ama. Então, por favor, dá-me de Teu amor por ela.” Se você fizer isso Ele lhe dará amor. 


IV - CONCLUSÃO: 


A . Na cruz do calvário Jesus providenciou perdão para os soldados que O crucificaram, mas por extensão, também, para todos os seres humanos. 


B . O incidente dos ladrões que estavam crucificados com Jesus, mostra que não basta que Jesus queira perdoar-nos. Somos nós que temos que aceitar o perdão. 


C . Quantos gostariam de dizer esta noite a Deus: “Obrigado pelo perdão.”  


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