O sistema de Dízimos e ofertas na Bíblia

Dízimos e ofertas na Bíblia

DEUS É DONO DE TUDO 

1. A quem pertence o Universo? 

R.: “Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor teu Deus, a terra e tudo o que nela há”. Deuteronômio 10:14 

“Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! todas as cousas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas”. (Salmo 104:24). 

As Sagradas Escrituras esclarecem que a Terra está cheia de riquezas, e tudo o que existe no Universo pertence unicamente a Deus: os céus e os céus dos céus; a Terra e tudo o que nela existe. Assim diz o Senhor: 

“Pois o que está debaixo de todos os céus é meu”. (Jó 41:11). 

Portanto, planetas, estrelas, a imensidão do espaço, o planeta Terra, seus tesouros, seus habitantes, seus recursos naturais tudo pertence ao Senhor nosso Deus. 

“Tudo foi criado por ele e para ele”. (Colossenses 1:16). 

Deus não deu ao homem o título de propriedade de coisa alguma. Mas apenas concedeu a liberdade para o homem usar e dominar em seu próprio benefício e conforto as coisas por Ele criadas. (Gênesis 1:28). 




Foi do seguinte modo que o salmista expressou o domínio do homem: 

“Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés”. (Salmos 8:6). 

2. De quem é a prata e o ouro existente no Universo? 

R.: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos”. Ageu 2:8 

Complementando a idéias apresentadas no versículo anterior, o Senhor dos Exércitos foi ainda mais específico e enfático ao dizer que a prata e o ouro também Lhe pertencem. 

Os homens são colocados apenas como mordomos, que administram os ilimitados recursos que Deus colocou no Universo à disposição da humanidade. 

3. Que proporção Deus reclama como sendo Sua? 

R.: “Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do senhor: santas são ao Senhor. Tocante a todas as dízimas de vacas e ovelhas, de tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao Senhor”. Levítico 27:30 e 32 

A palavra “dízima” ou “dízimo” refere-se à décima parte de um rendimento. Tudo o que existe no Universo pertence a Deus! Entretanto, a Bíblia Sagrada esclarece que Deus permite que fiquemos para nosso uso com 90% (noventa por cento) de todas as bençãos que Ele nos concede. 

Ele requer apenas a devolução do equivalente à proporção 10% (dez por cento) de tudo o que auferimos. Isto como prova de nossa fidelidade aos seus princípios, como reconhecimento de Sua soberania, como expressão de gratidão pelas bençãos que Ele diariamente derrama sobre cada um de nós, e “além disso, requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel”. (I Coríntios 4:2). 

A décima parte de todas as bençãos materiais que Deus nos concede não nos pertence, mas pertence unicamente a Deus, que nos dá noventa por cento para vivermos. Deste modo, Deus requer que “todas as dízimas do campo” Lhe sejam consagradas, pois “santas são ao Senhor”. 

Deus também requer que “todas as dízimas de vacas e ovelhas” Lhe sejam consagradas, pois “o dízimo será santo ao Senhor”. Como os dízimos pertencem ao Senhor, ninguém pode reter ou desviar o santo dízimo para empregá-lo em outro desígnio, segundo seu próprio critério, conveniência ou juízo. 

Deus mesmo indica o destino que os dízimos devem ter ao dizer que “santos são ao Senhor”. Pois a palavra “santo” aplicada ao dízimo significa que a décima parte dos nossos rendimentos devem ser separados para um propósito “sagrado” para o Senhor nosso Deus. 

EMPREGO DO DÍZIMO NA OBRA DE DEUS 


4. Por que o dízimo foi dado aos Levitas? 

R.: “E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exerce, o ministério da tenda da congregação”. Números 18:21 

Deus destinou todos os dízimos recolhidos entre o povo israelita à tribo de Levi. A razão para Deus entregar os dízimos aos levitas deriva da atividade religiosa que foram designadas a eles pelo Senhor: “o ministério da tenda da congregação”. 

Na divisão das terras conquistadas, a tribo de Levi não recebeu uma porção como as demais tribos de Israel, porém receberam várias cidades que estavam espalhadas entre as demais tribos israelitas. A razão disso é que Deus esperava que os levitas estivessem continuamente consagrados ao serviço religioso e não ocupados lutando pela sobrevivência com a prática de atividades agropecuárias, comerciais ou qualquer outra. 

Os levitas deveriam sobreviver exclusivamente do dízimo. E, estando espalhados entre todas as tribos de Israel, eles tinham a missão suprema e sagrada de manter a tocha da verdade acesa, e com isso todas as tribos israelitas não se desviariam facilmente da vontade divina. 

5. Do que deve viver aqueles que anunciam o Evangelho? 

R.: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”. I Coríntios 9:14 

O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, diz que Deus ordenou que aqueles que pregam, ensinam ou anunciam o Evangelho devem tirar seus proventos do próprio Evangelho. 

Portanto, os que pregam o Evangelho realizam uma obra sagrada, e devem viver em função do produto do dízimo que é “santo ao Senhor”. Como os antigos levitas, o ministro de Deus deve se dedicar exclusivamente à obra de Deus. Mas para que isso ocorra, o ministro precisa viver do dízimo, uma vez que, como qualquer ser humano, ele possui necessidades básicas, tais como: pagar aluguel, impostos, escola, condução, alimentação, vestimentas, luz, água etc. 

Portanto, o dízimo deve ser empregado com exclusividade na causa do Senhor e manutenção daqueles que pregam o Evangelho. 

6. Como Jesus aprovou a prática do dízimo? 

R.: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas”. Mateus 23:23 

Nesta passagem bíblica Jesus Cristo reprovou severamente o comportamento dos escribas e dos fariseus porque eles desprezavam o juízo, a misericórdia e a fé, muito embora fossem rigorosos e fiéis dizimistas. Jesus nunca condenou o dízimo. Mas aprovou a devolução do dízimo, ao exortar os escribas e fariseus a praticar o juízo, a misericórdia e a fé, sem omitir aquela rigorosa prática do dízimo que eles tinham por costume realizar. 

Portanto, todo cristão sincero e fiel a Deus deve praticar a devolução do dízimo para sustento dos ministros de Deus que trabalham na propagação do Evangelho. Pois esta é a vontade de Jesus Cristo: 

“Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. (Mateus 28:19-20). 

E o dízimo é fundamental no cumprimento dessa grande comissão deixada pelo Senhor Jesus à Sua Igreja. 

BENÇÃOS RECEBIDAS PELOS FIÉIS DIZIMISTAS 


7. No que o homem rouba a Deus? Qual a conseqüência? 

R.: “Roubará o homem a Deus? todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação”. Malaquias 3:8-9 

A Bíblia diz que é possível o ser humano roubar a Deus. Mas como o homem pode roubar a Deus? O homem pode roubar a Deus em duas coisas: nos santos dízimos e nas ofertas. O roubo somente pode ser praticado quando alguém subtrai para si ou para outrem coisa alheia. 

Com isso fica claro que o dízimo pertence a Deus, caso contrário não teria sentido dizer que o homem pode roubar a Deus. Nós roubamos a Deus quando subtraímos para nós ou para outrem os dízimos e as ofertas, os quais pertencem exclusivamente a Deus. Note que as ofertas são tão importantes como o dízimo, pois ambas são reivindicadas por Deus. 

Enquanto o dízimo corresponde a dez por cento, as ofertas podem apresentar qualquer proporção fixada pelo ofertante em conformidade com os seus rendimentos. Seria moralmente sábio evitar a entrega de ofertas insignificantes, que não correspondem com as bençãos que o Senhor tem concedido ao ofertante. 

Do versículo acima podemos inferir que não damos o dízimo a Deus; só daríamos o dízimo se ele fosse nossa propriedade. Mas na verdade devolvemos o dízimo a Deus; uma vez que o dízimo não nos pertence, mas é propriedade exclusiva de Deus. 

A conseqüência de roubarmos a Deus é que seremos amaldiçoados com maldição. E essa maldição vem sob a forma de vários prejuízos financeiros. Além disso, ao roubarmos a Deus cometemos pecado, posto que estamos transgredindo o oitavo mandamento da santa Lei de Deus que diz: 

“Não furtarás”. (Êxodo 20:15). E bem sabemos que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). 

8. Onde você deve trazer todos os dízimos? 

R.: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança. E por causa de vós repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo vos não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos”. Malaquias 3:10-11 

Deus diz que devemos trazer todos os dízimos “à casa do tesouro”, ou seja, na “tesouraria da igreja”, para que os seus ministros possam sobreviver e continuar na prática da obra sagrada que lhes foi designada por Deus. 

Portanto, o dízimo não pode ser empregado para doações, caridade, cestas básicas ou qualquer forma de auxilio aos necessitados. Devemos sim auxiliar os menos favorecidos, mas não com o dinheiro de Deus, e sim com a parte que nos pertence. Pois o dízimo é “santo ao Senhor” e deve ser levado na tesouraria da igreja para sustento dos ministros de Deus. 

A seguir Deus diz aos fiéis dizimistas para que façam prova dEle. Para que constatem como virá uma maior abastança em bens materiais na vida do fiel dizimista. De tal forma que os noventa por cento renderão bem mais do que os cem por cento que o dizimista possuiria, caso não devolvesse os dez por cento que pertencem a Deus. 

O princípio da bênção do dízimo é o seguinte: “noventa por cento rendem muito mais do que cem por cento”. Por causa da fidelidade do dizimista, Deus promete repreender o devorador de nossos bens materiais. Sendo que o devorador é uma maldição representada por tudo o que possa consumir nossas economias, tais como: prejuízos financeiros, perdas, doenças, acidente, gastos inúteis, ou quaisquer outras formas de reveses. 

9. Quais são os lados que você não deve declinar? 

R.: “Olhai pois que façais como vos mandou o Senhor vosso Deus: não declinareis, nem para a direita nem para a esquerda”. Deuteronômio 5:32 

Devemos estar sempre atentos para fazer exatamente como Deus ordenou. E, como regra geral, não devemos declinar nem para a direita e nem para a esquerda. Portanto, com relação ao assunto do dízimo Deus espera que venhamos a devolver exatamente a quantia de dez por cento, a qual Lhe pertence. 

Deus não quer que declinemos para a direita, para devolvemos onze, doze, treze ou mais por cento, pois a Sua parte corresponde exatamente e apenas a dez por cento. Se devolvermos mais do que os dez por cento, a parte excedente não faz parte do dízimo, uma vez que se trata de uma mera liberalidade do ofertante. 

Mas por que o dízimo não pode ser mais do que dez por cento? A resposta é bem simples. 

(1) Em primeiro lugar porque o significado da palavra “dízimo” designa exatamente a proporção de dez por cento, e nada mais e nada menos. Ou seja: dízimo não é onze, doze, treze ou mais por cento. 

(2) Em segundo lugar porque a parte que Deus reivindica como sendo de sua propriedade corresponde exatamente a dez por cento e nada mais e nada menos. Essa é a razão pela qual o dízimo é devolvido a Deus e não dado para Deus como se fosse uma mera liberalidade do doador. Como os dez por cento são devolvidos ao seu verdadeiro dono, o que passar disso trata-se de livre doação por parte do ofertante. 

(3) A devolução exata do dízimo é obrigatória a todo cristão, enquanto que qualquer outro valor acima dos dez por cento não é exigido por nenhum princípio bíblico. 

(4) Valores acima de dez por cento não são dízimos, mas doações efetuadas por mera liberalidade do interessado, e que podem ser abandonadas a qualquer momento por conveniência do doador. Deus também não quer que declinemos para a esquerda, para devolvemos nove, oito, sete ou menos por cento. Pois a Sua parte corresponde exatamente a dez por cento. 

Se devolvermos menos do que os dez por cento, estamos roubando a Deus, porque a parte faltante está sendo objeto de subtração. Pois o “dízimo” - como claramente o nome indica - corresponde exatamente a “dez por cento”. 

Sendo que a parte que Deus reivindica como sendo Sua propriedade corresponde exatamente ao valor de dez por cento. Portanto, temos a obrigação de devolver a Deus os dez por cento de nossos rendimentos, e nada menos e nada mais. Portanto, não devemos declinar nem para a direita e nem para a esquerda, mas fazer exatamente como nos mandou o Senhor nosso Deus. 

10. Que princípio deve nortear a devolução do dízimo e das ofertas? 

R.: “E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens”. Colossenses 3:23 

Quando estivermos praticando o exercício espiritual da devolução do dízimo ou das ofertas, devemos fazer de todo o nosso coração, como se estivéssemos fazendo e entregando ao próprio Deus e não aos homens. Devemos ter em mente que o nosso relacionamento é unicamente com Deus. 

É com Ele que prestaremos contas dos todos os nossos atos. Devolvemos os dízimos e as ofertas não por mandamento dos homens, mas por mandamento de Deus e para Deus. Portanto, como dizimistas, não nos cabe criticar aqueles que administram o dinheiro de Deus. 

Nunca devemos deixar de devolver o dízimo porque supomos que os administradores não estão dando um bom destino ao dinheiro de Deus. Isso é um problema entre eles e Deus. É um problema entre eles e a administração superior que os contratou, e que pode dispensá-los. 

Nossa parte nesse ministério de fé e de adoração termina quando entregamos o dízimo na tesouraria da igreja. Pois o que interessa a Deus é a nossa sinceridade e fidelidade de coração em obedecer aos Seus preceitos. Isso nos lembra a história contada por Jesus sobre a pobre viúva que deu na tesouraria de sua igreja duas moedas, que representava todo o seu sustento. 

Sendo que os lideres religiosos da época eram fanáticos e assassinos que estavam planejando a morte de Jesus. Mesmo assim Jesus elogiou a atitude de fidelidade e amor a Deus expressado por aquela pobre viúva. 

Naquele momento, para Jesus pouco importava o uso que os lideres religiosos iriam fazer com aquelas moedas, mas para Ele importava a fé, o amor e a sinceridade daquela pobre viúva para com as coisas sagradas. (Lucas 21:1-4). 

CONCLUSÃO 


11. Aquele que confia no senhor pode provar e ver o que? 

R.: “Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia”. Salmos 34:8 

Aquele que é fiel e confia em Deus pode provar e verificar no decorrer de sua existência que Deus é bom, e uma presença constante em todos os momentos de sua vida. Essa pessoa sempre será feliz e abençoada em tudo o que fizer. As promessas de Deus jamais falham para aqueles que confiam no Senhor, e são fiéis em atender a tudo o que Ele pede. 

12. Qual é a situação do justo? 

R.: “Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão”. Salmos 37:25 

O salmista diz que ele já foi moço e que agora é velho, mas que durante toda a sua longa vida ele jamais viu o justo desamparado, e também nunca viu a descendência do justo mendigando por um pedaço de pão. 

Realmente, vale a pena ser fiel a Deus na devolução do dízimo, pois Ele promete abrir as janelas dos céus e derramar sobre o fiel uma bênção tal, que dela virá uma maior abastança. Não quer você provar essa promessa maravilhosa de Deus em sua vida?

FONTE: Esse artigo é de autoria de Leandro Bertoldo, para conhecer e adquirir o conteúdo integral acesse 👉 Leandro Bertoldo clube de autores.