481 O Armagedom e o secamento do Rio Eufrates

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“Gostaria de saber o que é o Armagedom e em que consiste o secamento do Rio Eufrates (Apo. 16:12-16). As guerras do Oriente tem que ver com o cumprimento das profecias? V. R. T.


A palavra “Armagedom” vem de duas outras palavras hebraicas: Ar – monte, montanha – e Megido – cidade localizada perto dos vales de Sarom e Jezreel, onde se cruzavam duas importantes rotas comerciais. A cidade foi fortificada por Salomão (1 Reis 9:15) e se tornou cenário de grandes batalhas (Juí. 5:19-21; 2 Reis 23:29). Etimologicamente, “Armagedom” significa “Monte de Megido”.


Como no Armagedom ocorreram grandes batalhas, esse lugar passou a figurar nas profecias como o lugar da batalha final entre Deus e Seu povo, de um lado, e Satanás e os ímpios, do outro. 


A batalha ocorrerá quando as forças do mal tentarem acabar com o povo de Deus, mas Ele os protegerá. Isso ocorrerá pouco antes da segunda vinda de Cristo. A sexta praga tem que ver com a preparação das nações para o Armagedom, e a sétima, com a batalha propriamente dita (ver Apo. 16:12-21).


O secamento do Rio Eufrates está diretamente relacionado com essa batalha final entre as forças do bem e do mal. Alguns de nossos pioneiros pensavam que o secamento desse rio seria o desaparecimento da Turquia (país onde o Rio Eufrates se forma pela junção de dois outros: o Kara (Eufrates Ocidental), que nasce nas montanhas orientais da Turquia, e o Murat (Eufrates Oriental), que se origina no lago Van). 


Pensavam que o Eufrates secaria para dar passagem às tropas em guerra, em uma batalha física entre nações inimigas. Mas, como o Apocalipse é um livo bastante simbólico, o “secamento do Eufrates” e a “guerra”, ou batalha final (o Armagedom), também devem ser simbólicos. 


Sendo assim, essa guerra final será uma batalha espiritual entre a verdade e o erro. O secamento das águas do Eufrates será, então, a retirada do apoio humano à Babilônia simbólica (poderes religiosos , que antes estavam coligados e unidos contra a verdade e o povo de Deus). Essa idéia tem apoio em Apocalipse 17:1-3 e 15, onde “águas” representam povos e nações.


Comentando sobre o Armagedom, Ellen White diz:


Todo o mundo estará em um ou no outro lado da questão. Será travada a batalha do Armagedom. E nesse dia nenhum de nós deverá estar dormindo. Precisamos estar bem despertos, como as virgens prudentes, tendo azeite em nossas vasilhas com nossas lâmpadas. 


O poder do Espírito Santo deve estar sobre nós, e o Capitão do exército do Senhor estará à frente dos anjos para dirigir a batalha. ... Precisamos estudar o derramamento da sétima taça (Apo. 16:17-21). 


Os poderes do mal não capitularão no conflito sem uma luta. Mas a Providência Divina tem uma parte a desempenhar na batalha do Armagedom. Quando a Terra for iluminada com a glória do anjo de Apocalipse 18, os elementos religiosos, bons e maus, despertarão do sono, e os exércitos do Deus vivo pôr-se ão em campo. 


Em breve será travada a batalha do Armagedom. Aquele em cuja vestimenta está escrito o nome: Rei dos reis e Senhor dos Senhores, conduz os exércitos do Céu montados em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro [Apo. 19:11-16]. 


As gurras seriam no Oriente Médio seriam o cumprimento das profecias? Não vemos base bíblica para se afirmar que as guerras que ocorreram ou ocorrem no Oriente Médio sejam o cumprimento direto das profecias. 


No máximo, a elas podem se aplicar as palavras de Jesus, que disse que antes do fim, “haveria guerras e rumores de guerras” (Mat. 24.6). Mas, atualmente, essas palavras podem ser aplicadas a qualquer guerra, em qualquer parte do mundo.