339 Ap. 13 - Besta do Mar e da Terra e 666

respostas escola biblica


Dois Animais Estranhos Ap. 13 


O Primeiro Animal: Uma besta que surge do mar. 


Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças nomes de blasfêmia.


A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade. (versos 1 e 2)


O animal aqui mencionado identifica-se com o dragão do capítulo anterior (12:3) e inclusive é dele que recebe todo o poder e autoridade. Surge do mar - isto é, do meio de povos (17:15).


O quarto animal em Daniel 7, o dragão em Apocalipse 12,  a besta do mar neste capítulo e a besta escarlate no capítulo 17, são representações de um mesmo poder: o Império Romano em suas duas fases, pagão e papal.


As sete cabeças representam as sete formas de governo por que Roma passou desde sua fundação em 753 A.C. (são: reis, cônsules, ditadores, decênviros, tribunos, imperadores, papado). Também se referem às sete colinas (montes) sobre as quais Roma está edificada (Comparar com cap. 17:9).


Os dez chifres representam as divisões do Império romano a partir de 476 da Era cristã. O último imperador romano, Rômulo Augusto, foi derrotado e o Império romano dividido entre tribos bárbaras.


Os diademas sobre as cabeças, representam poder para reinar ou governar, reivindicado pelas respectivas cabeças (2 Reis 11:12; Ezequiel 21:26, 27).


Os nomes de blasfêmia representam todos os títulos e pretensões que Roma (pagã e papal) tem se atribuído como uma espécie de intermediária entre o céu e a terra, e como representante de Deus e de Cristo. Blasfêmia consiste em:


a) Desafiar a autoridade de Deus (Levíticos 24:11) 

b) Pretender ser igual a Deus (Mateus 26:64, 65; Marcos 2:7; João 10:33).


O animal acima descrito é “semelhante ao leopardo, com pés de urso e boca como boca de leão”. Em Daniel capítulo sete, são mencionados estes três animais, os quais representam os Impérios da Babilônia, Medo-Pérsia e Grécia respectivamente. E Roma, tanto em sua fase pagã, quanto em sua fase papal (especialmente nesta última) possui características oriundas dos três Impérios que a antecederam.


Da Babilônia (leão), Roma copiou a pretensão e orgulho (Isaías 14:10-14; Daniel 4:30; Jeremias 50:29); a riqueza e avareza (Jeremias 51:13); o pecado e transgressão à lei de Deus (Isaías 13:11; 14:13 e 14; Jeremias 50:38) etc.


Da Medo-Pérsia, Roma papal copiou o culto de adoração no primeiro dia da semana. O antigo culto persa chamado Mitraísmo, dedicava o primeiro dia da semana à adoração do deus Mitra – o deus sol.


Da Grécia, Roma copiou o sistema de imagens e invocação aos santos (os gregos davam formas humanas às suas divindades).


Estude-se o comportamento dos três animais (leão, urso, leopardo) bem como as suas características físicas e instintivas e ver-se-á que Roma identifica-se perfeitamente com eles, conforme a descrição profética. 


O poder ou autoridade da besta lhe foi dado pelo dragão que representa Satanás (cap 12:9). 


No capítulo 13 (vs 1-10), descreve-se a besta “semelhante ao leopardo”, à qual o dragão deu “o seu poder, o seu trono, e grande autoridade”. Este símbolo, como a maioria dos protestantes tem crido, representa o papado, que se sucedeu no poder, trono e poderio uma vez mantidos pelo antigo Império Romano.  


Esta mútua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do “homem do pecado”, predito na profecia como se opondo a Deus e exaltando-se sobre Ele. Aquele gigantesco sistema de religião falsa é a obra-prima de Satanás – monumento de seus esforços para sentar-se sobre o trono e governar a Terra segundo a sua vontade.  


O sistema de governo representado pela besta, é um sistema falso que se levanta contra Deus (2 Tessalonicenses 2:3 e 4), proferindo blasfêmias e arrogâncias (Apocalipse 13:5; Daniel 7:25) anulando a lei de Deus e introduzindo doutrinas humanas.


A apostasia penetrou gradativamente na Igreja. Pessoas aqui e ali começaram a desvirtuar os ensinamentos bíblicos e assim a igreja cristã foi se afastando dos moldes apostólicos. 


Roma, por ser a capital do Império, gozava de grande prestígio, influência e popularidade, por conseguinte, a igreja de Roma também era muito importante, e muitas alterações de ordem religiosa que foram adotadas por ela, aos poucos foram sendo imitadas por outras igrejas espalhadas através do Império romano. A seguir mencionam-se algumas alterações introduzidas e sancionadas pelos bispos de Roma:


Victor I (193-203) – Ordenou às igrejas orientais celebrarem a páscoa aos domingos. Eles recusaram e foram excomungados, mas em vão.


Júlio I (341-352) – Concílio de Sárdica (343) deu ao bispo de Roma o direito de julgar bispos em contenda. 


Inocêncio I (402- 417) – Teve a idéia de ser um bispo universal.


Sextius III (432-440) – “Fui apontado por Deus para cuidar da Igreja toda”.


Leão I ( 440-461) –   Decretou ser supremo o bispo de Roma. O Concílio de Calcedônia em 451 igualou o bispo de Constantinopla ao bispo de Roma. 


Simaco (498-514) – Falou por Eunódio que: “O pontífice romano foi constituído juiz no lugar de Deus, lugar que ele ocupava como vice-rejente do Altíssimo”.


João II (532-535) – Justiniano reconheceu ser ele a cabeça de todas as igrejas. 


Doutrinas falsas foram introduzidas pelo poder da apostasia até que nenhuma das verdades bíblicas restou. Não somente nos anos que precederam a 538, como posteriormente, e até o presente, as verdades bíblicas são passíveis de mudanças, especulações e distorções. 


Algumas doutrinas que não têm apoio bíblico são as seguintes:


Água Benta Adoração de Imagens

Penitência Canonização de santos

Monasticismo Celibato e sacerdócio

Reza pelos defuntos (Imortalidade) Transubstanciação

Uso de velas Indulgências (perdão humano)

Repouso Dominical Confissão Auricular

Culto aos santos Inquisição

Missa em Latim Livros Apócrifos

Invocação da virgem e santos Imaculada Conceição

Purgatório e Inferno Infabilidade papal

Extrema Unção Assunção da Virgem Maria

Batismo de crianças Batismo por aspersão


Outro aspecto da apostasia é a perseguição aos que discordassem. E um período específico é dado e que se cumpriu nos anos 538-1798 da Era cristã, conhecido como os 1260 anos de apostasia e perseguição. 


Este período é apresentado nas seguintes passagens da Bíblia: Daniel 7:25; 12:7; Apocalipse 11:2 e 3: 12:6 e 14; 13:5. Observe-se que é o período profético que possui o maior número de referências  - sete ao todo. Deve merecer minucioso estudo.


Para que o papado se estabelecesse foi necessário que forças pagãs que se lhe opunham fossem desarraigadas. Após a divisão do Império Romano em 476 da Era cristã, três das tribos bárbaras ainda controlavam Roma impedindo assim o controle absoluto da Igreja. 


Mas estas tribos (pontas) seriam arrancadas (Daniel 7:8 e 24) e outra surgiria em seu lugar e faria grandes coisas. E assim aconteceu: Os hérulos foram expulsos de Roma no ano 493; os vândalos em 534; e os ostrogodos em 538. (Os livros de História Universal contêm extenso documentário sobre o declínio e queda de Roma).


Além disso o bispo de Roma foi favorecido por uma declaração de Justiniano, imperador de Roma oriental com sede em Constantinopla, que o declarava “cabeça de todas as igrejas”. Justiniano escreveu: 


Com honra à Sé Apostólica, e à vossa Santidade, que é, e sempre tem sido lembrado em nossas orações, agora e anteriormente, e honrado vossa prosperidade, como é própria no caso de alguém que é considerado como um pai. 


Nós nos apressamos em trazer ao conhecimento de Vossa Santidade tudo o que se refere à condição da igreja, ... Portanto, nós nos temos empenhado em unir todos os sacerdotes do Oriente, e sujeita-los à Sé de Vossa Santidade, e portanto as questões que até ao presente têm-se levantado, embora são manifestas e fora de dúvida, e, de acordo com a doutrina de vossa Sé Apostólica, e constante e firmemente observado e pregado por todos os padres, nós temos ainda considerado necessário que devessem ser trazidos à atenção de Vossa Santidade. 


Porque nós não toleramos nada que tem referência ao estado da igreja, mesmo embora o que causa a dificuldade, talvez seja claro e fora de dúvida, para ser discutido sem ser trazido à notificação de Vossa Santidade, porque vós sois a cabeça de todas as Santas Igrejas, porque nós nos empenhamos por todos os meios (como já tem sido declarado), aumentar a honra e autoridade de vossa Sé. 


Com este título da grandeza e sem tribos bárbaras para se lhe opor, o caminho estava aberto para o estabelecimento temporal do papado. (Ver cap. 3 no Conflito dos Séculos).


533

João II, bispo de Roma é declarado “cabeça” de todas as igrejas

538

Expulsão da última ponta, os Ostrogodos. Virgílio, bispo de Roma é o 1º papa com jurisdição temporal.


O período de supremacia seria de “1 tempo, 2 tempos, e ½ tempo” (Daniel 11:13). E assim temos:


1tempo      = 1 ano

2 tempos   = 2 anos

½ tempo    = ½ ano


Cada ano profético tem 360 dias de acordo com o calendário judaico. Assim:


1  ano      =  360 dias

2  anos    =   720 dias

½ anos    =   180 dias


Como em profecia cada dia representa um ano, segue-se que 1260 dias equivalem a 1260 anos (Comparar com Números 14:34; Ez 4:6 e 7).


O tempo em que Roma papal perseguiria os “santos do Altíssimo” e cuidaria em mudar “os tempos e a lei”, seria de 1260 anos. Sendo que o papado obteve o seu poder temporal em 538, basta somar 1260 anos para saber o tempo exato de supremacia papal (538 + 1260 = 1798)

1260 anos de supremacia papal


538                                                                                        1798


A profecia de Apocalipse 13:5 se referindo ao mesmo poder dá o período de 42 meses para a supremacia papal.


42 meses x 30 dias = 1260 dias ou anos.


Ao findar o período dos 1260 anos, “uma das cabeças” (Apocalipse 13:3) receberia uma ferida “mortal”. A história menciona que com a Revolução Francesa (1789-1793) a Igreja Católica recebeu um duro golpe de morte, pois, “a filha mais velha” do papado, a França, agora bania a religião de seus domínios, colocando a “Razão Humana” em seu lugar, representada por uma mulher que foi colocada na Catedral de Notre Dame em Paris. 


Logo em seguida, Napoleão Bonaparte amplia as fronteiras da França, invadindo entre outros países, a própria Itália, mandando prender inclusive o papa por não lhe reconhecer a autoridade.


Para que ao cabeça da igreja pudesse ser feito sentir com mais amargura sua humilhante situação, o dia escolhido para a plantação da árvore da Liberdade no Capitólio foi o aniversário de sua eleição à soberania. 


Enquanto ele estava, segundo o costume, na Capela Sistina, celebrando sua ascenção à cadeira papal, e recebendo as congratulações cardeais, o Cidadão Haller, o comissário-geral, e Cervoni, que então comandava as tropas francesas dentro da cidade, deleitaram-se em um singular triunfo sobre este desafortunado potentado. Durante a cerimônia ambos entraram na Capela, e Haller anunciou ao soberano pontífice sobre seu trono, que seu reino estava no fim.


O pobre velho pareceu surpreso à precipitação desta inesperada notícia, mas logo restabeleceu-se com conveniente  firmeza; e quando o General Cervoni, acrescentando o ridículo à opressão presenteou-o com o distintivo nacional, ele rejeitou-o com uma dignidade que mostrou que ele estava ainda superior aos seus infortúnios. Ao mesmo tempo que Sua Santidade recebeu esta notícia da dissolução de seu poder, seus guardas suíços foram demitidos, e soldados republicanos postos em seu lugar. 


Isto ocorreu no dia 15 de fevereiro de 1798. O papa Pio VI foi preso e deportado para a França onde morreu pouco tempo depois. O papado recebeu uma “ferida mortal”.


É interessante lembrar as palavras de Jesus: “O meu reino não é deste mundo” (João 18:36). A igreja foi estabelecida com o propósito de promover o Reino de Deus. No entanto após a morte dos apóstolos foi perdendo de vista este objetivo e o verdadeiro sentido da missão. Misturou-se com o Estado – o poder civil.


Pelo poder civil foi estabelecido o papado. Justiniano o reconheceu como “cabeça de todas as igrejas” e Teodora (esposa de Justiniano) “Enviou, pois, o diácono Vigílio a Belisário, para que o general o fizesse papa”.  (Isto aconteceu em 533 e 538 respectivamente). 


E pelo poder civil o papado recebeu sua deposição, através dos generais de Napoleão Bonaparte – Berthier, Haller e Cervoni.


A seguir estão relacionadas as sete  passagens que falam sobre o período dos 1260 anos:


Daniel 7:25 – “1 tempo, 2 tempos e ½ tempo”. 1260 anos quando a “ponta pequena” deveria proferir palavras contra o Altíssimo, destruir os santos do Altíssimo, e cuidar em mudar os tempos e a lei.


Daniel 12:7 – “1 tempo, 2 tempos e ½  tempo”. O “homem vestido de linho” explicou que os acontecimentos mencionados nos primeiros versos do capítulo 12, ocorreriam após o período dos 1260 anos, ou seja, depois de 1798.


Apocalipse 11:2 – “42 meses”. “Os gentios” ou inimigos do povo de Deus (cristãos apostatados = gentios) perseguiriam os verdadeiros cristãos, aqui mencionados como “cidade santa”. (42 meses x 30 dias = 1260).


Apocalipse 11:3 – “1260 dias”. Nesta passagem aparece o número 1260 claramente. Durante os 1260 anos de intolerância religiosa, as “duas profetizas” que representam o Velho e o Novo Testamentos (a Bíblia) estariam “profetizando vestidas de luto”, por causa das perseguições que foram movidas contra elas. 


Milhares de Bíblias foram queimadas e elas (as duas testemunhas) choravam e lamentavam a situação triste como alguém que está em luto.


Apocalipse 12:6  - “1260 dias”. Durante este mesmo período de supremacia papal, a mulher, ou seja a igreja verdadeira e pura procurou refúgio e abrigo das perseguições, escondendo-se  nos lugares ermos e solitários (deserto).


Apocalipse 12:14  - “1 tempo, 2 tempos, ½ tempo”. Durante os 1260 anos Deus sustentou a sua igreja no deserto e ela não morreu de todo.


Apocalipse 13:5 – “42 meses”. (42 x 30 = 1260). Período de domínio papal. Arrogâncias e pretensões indevidas. Blasfêmias, perseguições, etc.


Por trás de tudo isto está o próprio Satanás. “E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Apocalipse 13:2).


Após o período de supremacia, uma de suas cabeças receberia uma “ferida mortal” (v.3). Isto ocorreu em 1798 conforme explicado acima. Mas a ferida haveria de sarar e “toda a terra se maravilhou após a besta” (v.3), “e adoraram o dragão, que deu à besta o seu poder, e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (v.4).


Passados dois anos, em 1800, outro papa foi eleito; Pio VII foi colocado no trono de São Pedro. No entanto ele não possuía autoridade temporal como outrora e suas atividades religiosas eram bem restritas. Aos poucos, porém, começou a ganhar terreno, e “a concordata assinada com o Papa Pio VII em julho de 1801, restabelecia o culto católico em França”. 


Concordata em 1801 – Pio VII.


O papa foi apaziguado com a declaração de que o catolicismo era a religião da maioria dos franceses com a restauração do antigo sistema, pelo qual os bispos eram indicados pelo governo e confirmados pelo papa. Em troca, a Igreja aceitava tacitamente a perda de suas propriedades.  


A ferida estava lentamente começando a sarar. Pouco mais de um século se passou e novo passo para a cicatrização da ferida foi dado com a formação do Estado do Vaticano. 


A questão romana, que deixara de subsistir queixas, foi resolvida pelos acordos de Latrão (11 de fevereiro de 1929), que compreendiam três textos:


1º) Acordo político, criando Estado soberano a cidade do Vaticano; 


2º) Acordo financeiro, fixando indenização da Itália ao papa, no valor de 750 milhões;


3º)Concordata, regulamentando a situação da religião (religião oficial; o casamento religioso com valor de ato civil) e da igreja (o papa nomearia os bispos; o clero recuperaria seus antigos direitos; seria ministrado o ensino religioso nas escolas). 


Mais recentemente, o Concílio Vaticano II mudou bastante a situação da Igreja (Vaticano II, 1963-1965). A partir de então os braços se estenderam para o mundo, (especialmente para os protestantes) convidando-os à “fraternidade e unidade cristã” (Ecumenismo). 


Muitas restrições foram removidas: as imagens foram tiradas das igrejas; a Bíblia começa a ser divulgada; cessa a intolerância e hostilidade religiosa e aqueles que eram considerados “herejes” agora são os “irmãos separados” que precisam ser recolhidos ao redil para que então possa haver unidade absoluta; e o papa começa a viajar pelo mundo onde é grandemente aplaudido. 


E os Estados Unidos da América do Norte estreitam laços com o Vaticano através de um Embaixador. A ferida sarou “e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta”. O mundo está se dando as mãos para o último esforço na luta contra Deus.  


Depois disto, diz o profeta: “A sua chaga mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou após a besta”. São Paulo declara expressamente que o homem do pecado perdurará até ao segundo advento (2Ts 2:8). 


Até mesmo ao final do tempo prosseguirá com a sua obra de engano. E diz o escritor do Apocalipse referindo-se também ao papado: “Adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida.”(Ap 13:8). Tanto no Velho como no Novo Mundo o papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma. 


Satanás está operando com todas as suas forças, a fim de ocupar o lugar de Deus e destruir a todos que a isso se opuserem. E hoje vemos todo o mundo prosternando-se diante dele. Seu poder é aceito como o de Deus. Cumpre-se a profecia do Apocalipse: “Toda a Terra se maravilhou após a besta”. Ap 13:13. 


“E adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela? (13:4). Este verso identifica o dragão e a besta como amigos e ambos recebem homenagem de todos “aqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro (v.8).


O desenvolvimento do espiritualismo em suas múltiplas formas; a propagação da música “rock”; os cultos a Satanás; o interesse pelo ocultismo; os filmes onde aparecem monstros e o próprio diabo (como em muitos “desenhos animados”); os brinquedos infantis com motivos e representações satânicas, são alguns dos meios de prestar culto ao dragão, nos quais a maioria mesmo daqueles que professam estar se preparando para a transladação, estão participando. 


Em contraste, há os que por amor a Jesus, rejeitam essa adoração vil, enquanto seus nomes “inscritos no livro da vida do Cordeiro”, indicam o Deus a quem servem e a quem pertencem. “Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos” (13:10).


O resultado de promover a apostasia já foi visto em 1798 com o aprisionamento do papa. Diz a profecia: “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que a espada seja morto” (13:10). Cumpriu-se esta profecia e irá cumprir-se mais completamente à volta de Jesus.


O Segundo Animal: Uma besta que surge da terra.


“Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão.  Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada.  


Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.  Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu;  e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta.  


A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,  para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.  Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis”. (Apocalipse 13:11-18 RA)


“Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro foi vista a "subir da terra". Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado, crescendo gradual e pacificamente. Não poderia, pois, surgir entre as nacionalidades populosas e agitadas do Velho Mundo - esse mar turbulento de "povos, e multidões, e nações, e línguas". Deve ser procurada no Ocidente.


Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. 


Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. 


A besta foi vista a "subir da terra"; e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida "subir" significa literalmente "crescer ou brotar como uma planta". E, como vimos, a nação deveria surgir em território previamente desocupado”. 


Inicialmente os Estados Unidos serviram como lugar de refúgio para os verdadeiros seguidores de Jesus, que fugiram das perseguições e intolerância religiosas na Europa. “A terra ajudou a mulher” (Ap 12:6). 


Aqueles que não podiam prestar culto livremente a Deus de acordo com a Bíblia e suas próprias consciências, lá na Europa, acharam nas terras desocupadas da América o que mais precisavam: liberdade civil e religiosa.


E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro.”Os chifres semelhantes aos do cordeiro indicam juventude, inocência e brandura, o que apropriadamente representa o caráter dos Estados Unidos, quando apresentados ao profeta como estando a "subir" em 1798. 


Entre os exilados cristãos que primeiro fugiram para a América do Norte e buscaram asilo contra a opressão real e a intolerância dos sacerdotes, muitos havia que se decidiram a estabelecer um governo sobre o amplo fundamento da liberdade civil e religiosa. 


Suas idéias tiveram guarida na Declaração da Independência, que estabeleceu a grande verdade de que “todos os homens são criados iguais”, e dotados de inalienável direito à “vida, liberdade, e procura de felicidade”. 


E a Constituição garante ao povo o direito de governar-se a si próprio, estipulando que os representantes eleitos pelo voto do povo façam e administrem as leis. Foi também concedida liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo homem adorar a Deus segundo os ditames de sua consciência. 


Republicanismo e protestantismo tornaram-se os princípios fundamentais da nação. Estes princípios são o segredo de seu poder e prosperidade. Os oprimidos e desprezados de toda a cristandade têm-se volvido para esta terra com interesse e esperança. Milhões têm aportado às suas praias, e os Estados Unidos alcançaram lugar entre as mais poderosas nações da Terra.


Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro “falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E... dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia”. Apocalipse 13:11-14.


Os chifres semelhantes aos do cordeiro e a voz de dragão deste símbolo indicam contradição flagrante entre o que professa e pratica a nação assim representada. A "fala" da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. 


Por esses atos desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política. A predição de falar "como o dragão", e exercer "todo o poder da primeira besta, claramente anuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo. 


E a declaração de que a besta de dois chifres faz com "que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta", indica que a autoridade desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá ato de homenagem ao papado.


Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração da Independência, e à Constituição. Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado - intolerância e perseguição. 


A Magna Carta estipula que "o Congresso não fará lei quanto a oficializar alguma religião, ou proibir o seu livre exercício", e que "nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos". 


Somente em flagrante violação destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro - professando-se pura, suave e inofensiva que fala como o dragão.” 


Uma imagem retrata sempre algum original, sendo muito semelhante. Por isso quando a América do Norte estiver apoiando as doutrinas de Roma, terá por esse ato formado uma cópia do original, ou uma imagem.


“Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável.”  


“A imposição da guarda do domingo por parte das igrejas protestantes é uma obrigatoriedade do culto do papado – à besta. Os que compreendendo as exigências do quarto mandamento, preferem observar o sábado espúrio em lugar do verdadeiro, estão desta maneira a prestar homenagem ao poder pelo qual somente é ele ordenado. 


Mas, no próprio ato de impor um dever religiosos por meio do poder secular, formariam as igrejas mesmas uma imagem a besta; daí a obrigatoriedade da guarda do domingo nos Estados Unidos equivaler a impor a adoração à besta e à sua imagem.” 


“Também opera grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à vista dos homens” (13:13).


... O poder de Satanás aumentaria e alguns de seus dedicados seguidores teriam poder para operar milagres, e mesmo fazer descer fogo do céu à vista dos homens. 


“Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo”. 

       

E decorrente da formação da imagem e paralelamente a ela, sairá um decreto “para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome”. (13:17).


Deus tem um sinal que distingue os seus adoradores: É o sábado. (Ex 10:8-11; 31:15-17; Ez 20:12 e 20; Ap 14:12).


O inimigo de Deus – Satanás – também tem um sinal que distingue aqueles que o adoram: é um falso sábado, ou seja, o domingo. 


“João foi convidado a contemplar um povo distinto dos que adoram a besta ou a sua imagem observando o primeiro dia da semana. A observância desse dia é o sinal da besta”.  


A profecia não deixa dúvidas: o poder da apostasia é identificado por sua marca, nome e número. A marca, ou sinal, já vimos que é o falso sábado – isto é, o domingo.


O nome: “Vicarivs filii Dei”, isto é, “representante do Filho de Deus” que é o título que o papado reivindica para si. 


...anteriormente já se pretendia a prerrogativa de ser o papa, o sucessor de São Pedro. Porém quando sob o papa Símaco (498-514) surgiram divergências entre ele e seu rival Lorenzo, e que se dirigiu um chamamento ao rei ariano Teodorico, se afirmou então que o papa era juiz como vigário de Deus, e que ele não podia ser julgado por nada.


Ennodio, bispo de Pavia, havia consignado em um livro a pretensão de que o papa estava acima de toda jurisdição temporal ou espiritual. Este livro foi lido no sínodo e adotado por unanimidade de votos como expressão do concílio. O rei Teodorico também concordou com esta decisão. Isto sucedeu em novembro de 503. (grifo nosso).


(De acordo com as Escrituras Sagradas, o representante de Jesus é o Espírito Santo – João 14: 16 e 17, 26; 15:26).


O número: “Ora esse número é seiscentos e sessenta e seis”. Os gregos costumavam dar valores numéricos às letras do alfabeto, e esta prática passou para os romanos, que por vezes chamavam as pessoas pelo número que correspondia às letras do seu nome. 


Assim sendo, o título ou nome “Vicarivs filii Dei” pode ser chamado pelo número que lhe corresponde, que é 666 conforme diagrama abaixo:


112

  53

501

666


Três características inconfundíveis identificam o poder da apostasia:


1) A marca (ou sinal) = O domingo

2) O nome = VICARIVS FILII DEI

3) O número = 666


A fim de reforçar a adoração da besta “cuja ferida mortal foi curada”, serão promulgados dois decretos para perseguir aqueles que não honram o domingo. 


O Primeiro (um tanto brando) proibirá os que não têm o sinal da apostasia de “comprar ou vender”.


Tempo virá em que de modo algum poderemos vender. Logo sairá o decreto proibindo os homens de comprar ou vender a qualquer pessoa senão aos que tenham o sinal da besta. 


Quando o domingo for imposto por legislação civil, leis paralelas serão impostas para castigar os desobedientes. Nesse tempo a mensagem do terceiro anjo chegará ao seu fim, e uma última oportunidade haverá para os homens a fim de que se decidam; ou têm o sinal de Deus, por amor a Jesus e obediência aos seus mandamentos, ou recebem o sinal da apostasia e rebelião. 


Fecha-se então a porta da graça; caem as quatro primeiras pragas, e, irritados com elas e julgando que os fiéis guardadores do sábado são culpados de atrair o desagrado de Deus, os homens maus proclamarão um decreto visando a extinção dos justos. 


O Segundo decreto fará “morrer todos os que não adorarem a imagem da besta”. (v.15)


Estas pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos o que fez que estes clamassem dia e noite por livramento. 


Os atos da besta e da sua imagem são contra Deus e seu povo:


Reação de Deus contra a besta e sua imagem e aqueles que os seguem:


Em vista da terrível crise para a qual caminha o mundo, convém tomar posição firme e decidida ao lado de Cristo. Todos os que estiveram com Ele diariamente é o de que mais necessitamos para alcançar vitória final.


“É então na hora de maior aperto, que o Deus de Israel intervirá para o livramento de Seus escolhidos”.