206 Recursos para Educação dos Filhos

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Em sua carta demonstrou interesse em receber materiais nossos sobre a educação dos filhos.


Além de usar de bons materiais na educação de seus filhos (bons livros sobre o assunto), algo fundamental que os pais devem de ter é a “paciência”.


Os pais precisam entender que não se pode exigir perfeição de uma criança que está recém aprendendo o que é o correto e o que é errado; devem conscientizar-se que, para lapidar as más tendências que seus filhos têm, é preciso tato, amor, abnegação e paciência; e esta se adquire através da conscientização de que “não devemos exigir da criança mais do que ela possa dar” e principalmente através da comunhão com Deus.


Lembremos do provérbio:


“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. (Provérbios 15:1).


Os pais (e especialmente a mãe que passa o maior tempo com os filhos) devem entender que o amor é a melhor maneira de educar uma criança, sem gritos.


Muitas mães (e pais), se antes de repreender seus filhos pedissem em oração a instrução do Senhor, evitariam uma série de problemas e sofrimento para os filhos.


A Sra. White muitas vezes se viu sem saber o que fazer para educar seus filhos; mas quando ia orar a Deus, vinha-lhe luz sobre o que fazer. As mães de hoje devem fazer o mesmo.


A educação dos filhos é uma arte que requer tempo, dedicação, paciência e amor por parte dos pais. Deus confiou a estes a responsabilidade de preparar o caráter infante para ser puro e apto para o céu. 


O melhor meio de ensinar as crianças é através do diálogo. Uma conversa franca, “explicando” o porque que não deve fazer assim e alerta-la do perigo é essencial. Mas haverá ocasiões em que será necessária uma disciplina física. Veja o que a Bíblia diz sobre isto:


“O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina”. (Provérbios 13:24).

“A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela”. (Provérbios 22:15).

“Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá”. (Provérbios 23:13).

“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”. (Provérbios 29:15).

Podemos ver que a Bíblia não proíbe os pais de disciplinarem seus filhos; mas também diz que não deve ser algo violento:

“Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo”. (Provérbios 19:18).


Ao dar um castigo físico aos filhos, os pais não devem faze-lo com chinelo, cinta ou com a mão, pois isto transmite raiva á criança e não educa – piora as coisas. Deve faze-lo com a “vara”, pois esta corrige e disciplina.

A seguir vou colocar conselhos da educadora cristã Ellen G. White. Ela teve quatro filhos e conseguiu criar todos eles no temor de Deus. Veja estas páginas extraídas de um de seus livros:


Capítulo – 42 : O Tempo Para Começar a Disciplina


Filhos Desobedientes: Sinal dos Últimos Dias

Um dos sinais dos "últimos dias", é a desobediência dos filhos aos pais. E os pais reconhecem a sua responsabilidade? Muitos parecem perder de vista o vigilante cuidado que devem manter para com os filhos, e lhes permitem condescender com as más paixões e desobedecer-lhes. Review and Herald, 19 de setembro de 1854.

Os filhos são a herança do Senhor e, a não ser que os pais lhes dêem tal preparo que os habilite a conservar-se nos caminhos do Senhor, negligenciam solene dever. Não é a vontade nem o propósito de Deus que as crianças se tornem rudes, ásperas, descorteses, desobedientes, ingratas, profanas, obstinadas, orgulhosas, mais amantes dos prazeres do que amantes de Deus. Declaram as Escrituras que essa condição da sociedade será um sinal dos últimos dias. Signs of the Times, 17 de setembro de 1894.


Pais Condescendentes se Desqualificam

No Céu há perfeita ordem, perfeita paz e harmonia. Se os pais assim negligenciam trazer os filhos sob a devida autoridade aqui, como poderão esperar que estes possam ser considerados companheiros próprios para os santos anjos num mundo de paz e harmonia? Testimonies, vol. 4, pág. 199.

Os que não têm tido nenhum respeito pela ordem e a disciplina nesta vida não respeitarão a ordem observada no Céu. Não poderão ser ali admitidos; pois todos quantos tiverem entrada no Céu amarão a ordem e respeitarão a disciplina. O caráter formado nesta vida determinará o destino futuro. Quando Cristo vier, não mudará o caráter de ninguém. ... Os pais não devem negligenciar de sua parte nenhum dever para beneficiar seus filhos. Devem educá-los de tal maneira que venham a ser uma bênção para a sociedade aqui, e possam colher a recompensa da vida eterna no futuro. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 537 e 538.


Quando a Disciplina Deve Começar

No momento em que a criança começa a escolher a sua própria vontade e caminho, nesse momento, devem começar sua educação e disciplina. Pode isso ser chamado uma educação inconsciente. Então é que deve começar um trabalho consciente e poderoso. O maior peso dessa obra repousa necessariamente sobre a mãe. Ela tem ela o primeiro cuidado da criança, e deve pôr o fundamento de uma educação que ajude a criança a desenvolver um caráter forte e equilibrado. ...

Freqüentemente os bebês mostram primeiro uma vontade muito determinada. Caso essa vontade não seja posta em sujeição a uma vontade mais sábia do que os desejos não educados da criança, Satanás assumirá o controle da mente e moldará a disposição em harmonia com a sua vontade. Carta 9, 1904.

Negligenciar a obra de disciplinar e educar, a ponto de ser fortalecida uma disposição perversa, é causar às crianças um mal muito sério; pois estas crescem egoístas, exigentes e nada amáveis. Não podem apreciar sua própria companhia mais do que os outros; portanto, sempre estarão cheias de descontentamento. A obra da mãe deve começar em idade precoce, não dando a Satanás a oportunidade de controlar a mente e a disposição dos seus pequeninos. Manuscrito 43, 1900.


Reprimir a Primeira Aparência do Mal

Pais, deveis começar vossa primeira lição de disciplina quando vossos filhos são crianças de colo. Ensinai-lhes a submeter sua vontade à vossa. Isso se pode fazer mantendo a justiça e a firmeza. Os pais devem ter inteiro domínio sobre si mesmos, e com brandura, mas com firmeza, dobrar a vontade da criança até que ela nada espere senão ceder aos desejos deles.

Os pais não começam a tempo. A primeira manifestação de temperamento não é submetida, e os filhos crescem obstinados, o que aumenta a medida que eles crescem, e se arraiga à proporção que eles se fortalecem. Testemunhos Seletos, vol. 1, págs. 76 e 77.


"Pequeno Demais Para Punir?"

Eli não dirigiu a sua casa segundo as regras de Deus para o governo da família. Seguiu o seu próprio juízo. O extremoso pai deixou de tomar em consideração as faltas e pecados de seus filhos, em sua meninice, alegrando-se com o pensamento de que após algum tempo eles perderiam suas más tendências. Muitos hoje cometem erro semelhante. Julgam que conhecem um meio melhor para educar seus filhos do que aquele que Deus deu em Sua Palavra. 

Alimentam neles más tendências, insistindo nessa desculpa: "São muito novos para serem castigados. Esperemos que fiquem mais velhos, e possamos entender-nos com eles." Assim os maus hábitos são deixados a se fortalecerem até que se tornam uma segunda natureza. Os filhos crescem sem sujeição, com traços de caráter que são para eles uma maldição por toda a vida, e que podem reproduzir-se em outros.

Não há maior desgraça para os lares do que permitir que os jovens sigam o seu próprio caminho. Quando os pais tomam em consideração todo o desejo de seus filhos, e com estes condescendem no que sabem não ser para o seu bem, os filhos logo perdem todo o respeito para com seus pais, toda a consideração pela autoridade de Deus e do homem, e são levados cativos à vontade de Satanás. Patriarcas e Profetas, págs. 578 e 579.


Pôr o Ensino no Lar Acima de Outras Ocupações

Muitos apontam para os filhos dos pastores, professores e outros homens de alta reputação devido ao seu saber e piedade, e insistem em que se esses homens, com suas vantagens superiores, falham no governo da família, os que estão em situação menos favorável não precisam esperar ter êxito. A questão a ser decidida é:

Têm esses homens dado a seus filhos aquilo a que têm direito - um bom exemplo, fiel a instrução e a devida restrição? É pela negligência desses pontos essenciais que tantos pais dão à sociedade filhos de espírito desequilibrado, impacientes com as restrições e ignorantes quanto aos deveres da vida prática. Nisso eles estão dando ao mundo um prejuízo que ultrapassa todo o bem realizado pelos seus labores. Esses filhos transmitem o seu próprio caráter perverso como herança à sua prole, e o seu mau exemplo e influência corrompem, ao mesmo tempo, a sociedade e causam estragos na igreja. Não posso imaginar que qualquer homem, por maior que seja sua habilidade e utilidade, esteja servindo melhor a Deus ou ao mundo, enquanto o seu tempo é dedicado a outras ocupações com negligência de seus próprios filhos. Signs of the Times, 9 de fevereiro de 1882.


Prometida a Cooperação Celestial

Deus abençoará uma disciplina justa e correta. Mas "sem Mim", diz Cristo, "nada podereis fazer". João 15:5. Não podem as inteligências celestiais cooperar com os pais e mães que estão negligenciando educar os filhos, que estão permitindo Satanás manobrar aquela pequena peça do maquinismo infantil, aquela jovem mente, como instrumento pelo qual possa trabalhar para anular a operação do Espírito Santo. Manuscrito 126, 1897.


Capítulo 43 -  A Disciplina no Lar


Famílias bem Ordenadas e Disciplinadas

É dever dos que alegam ser cristãos apresentar ao mundo famílias bem ordenadas, bem disciplinadas - famílias que mostrem o poder do verdadeiro cristianismo. Review and Herald, 13 de abril de 1897.

Não é coisa fácil ensinar e educar filhos sabiamente. Ao procurarem os pais conservar diante deles o juízo e o temor do Senhor, levantar-se-ão dificuldades. Revelarão os filhos a perversidade que lhes está no coração. Revelam amor à tolice, à independência, ao ódio à restrição e à disciplina. Praticam o engano e proferem falsidades. Muitíssimos pais, em vez de punirem os filhos por essas faltas, fazem-se cegos, para não verem sob a superfície ou discernirem a verdadeira significação dessas coisas. Continuam, portanto, os filhos com suas práticas enganosas, formando caráter que Deus não pode aprovar.

A elevada norma da Palavra de Deus é posta de lado por pais que não gostam, como alguns têm denominado, de usar a camisa-de-força na educação dos filhos. Muitos pais têm decidida aversão aos princípios santos da Palavra de Deus, porque esses princípios colocam sobre eles demasiada responsabilidade. Mas a visão posterior, que todos os pais são obrigados a ter, revela que os caminhos de Deus são os melhores, e que o único caminho da segurança e felicidade está na obediência à Sua vontade. Review and Herald, 30 de março de 1897.


Restringir os Filhos não é Trabalho Fácil

Com o presente estado de coisas na sociedade, não é para os pais fácil tarefa restringir os filhos e instruí-los segundo a regra bíblica do direito. Quando educarem os filhos

em harmonia com os preceitos da Palavra de Deus, e, como Abraão na antiguidade, ordenarem a sua casa após si, pensarão os filhos que seus pais são demasiadamente cuidadosos e desnecessariamente exigentes. Signs of the Times, 17 de abril de 1884.


Falsas Idéias Quanto à Restrição

Pais, se quiserdes a bênção de Deus, fazei como Abraão, reprimi o mal, e incentivai o bem. Pode ser necessário certo comando em lugar de consultar à inclinação e ao prazer dos filhos. Carta 53, 1887.

Consentir, porém, que a criança siga seus impulsos naturais corresponde a consentir que ela se corrompa e se torne hábil no mal. Os pais prudentes não dirão a seus filhos: "Sigam o que quiserem; vão aonde quiserem; façam o que quiserem"; antes dirão: "Ouvi a instrução do Senhor". Devem-se fazer regras e regulamentos sábios, e pô-los em execução, a fim de que a beleza da vida doméstica não se perverta. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 112.


Por que a Família de Acã Pereceu

Considerastes por que foi que todos que estava ligados a Acã também foram submetidos ao castigo de Deus? Foi por não terem sido ensinados e educados segundo os ensinamentos que lhes foram dados na grande norma da lei de Deus. Os pais de Acã haviam educado o filho de tal maneira que este se sentiu com liberdade para desobedecer à Palavra de Deus. Os princípios inculcados na sua vida levaram-no a lidar com seus filhos de tal maneira que estes também foram corrompidos. A mente age e reage sobre a mente, e o castigo que incluiu os parentes de Acã e ele mesmo revela o fato de que todos estavam envolvidos na transgressão. Manuscrito 67, 1894.


O Afeto Cego dos Pais é o Maior Obstáculo

Freqüentemente o afeto cego àqueles que conosco estão ligadas por laços naturais. Esse afeto é levado a grande amplitude; não é equilibrado pela sabedoria ou pelo temor de Deus. O cego afeto paterno é o maior obstáculo no caminho da devida educação da criança. Evita a disciplina e o ensino exigidos pelo Senhor. Às vezes, devido a esse afeto, os pais parecem ser despojados da razão. Assemelha-se à fraca misericórdia dos ímpios - crueldade disfarçada com as vestes do chamado amor. É a perigosa influência oculta que leva os filhos à ruína. Review and Herald, 6 de abril de 1897.

Os pais correm o constante perigo de condescender com os afetos naturais à custa da obediência à lei de Deus. Para agradar os filhos, muitos pais permitem o que Deus proíbe. Review and Herald, 29 de janeiro de 1901.


Os Pais São Responsáveis

Se, como professores do lar, permitirem os pais e mães que os filhos tomem em suas mãos as rédeas do governo e se tornem obstinados, serão considerados responsáveis pelo que estes de outra maneira poderiam ter sido. Review and Herald, 15 de setembro de 1904.

Aqueles que seguem suas próprias inclinações, com uma afeição cega para com seus filhos, condescendendo com eles na satisfação de seus desejos egoístas, e não fazem uso da autoridade de Deus para repreender o pecado e corrigir o mal, tornam manifesto que estão honrando seus ímpios filhos mais do que a Deus. Estão mais ansiosos por defender a reputação deles do que glorificar a Deus; mais desejosos de agradar a seus filhos do que fazer a vontade do Senhor. ...

Aqueles que têm muito pouca coragem para reprovar o mal, ou que pela indolência ou falta de interesse não fazem um esforço ardoroso para purificar a família ou a igreja de Deus, são responsáveis pelos males que possam resultar de sua negligência ao dever. 

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Somos precisamente tão responsáveis pelos males que poderíamos ter impedido nos outros pelo exercício da autoridade paterna ou pastoral, como se esses atos tivessem sido nossos. Patriarcas e Profetas, pág. 578.


Não Há Lugar Para Parcialidade

É muito natural aos pais serem parciais para com seus próprios filhos. Especialmente se esses pais acham que eles mesmos possuem superior habilidade, considerarão os filhos superiores aos filhos dos outros. Por isso, muito do que seria severamente censurado nos demais é passado por alto em seus próprios filhos como sendo vivacidade e argúcia. Embora essa parcialidade seja natural, é injusta e nada cristã. Cometemos um grande mal para com nossos filhos quando permitimos que suas faltas fiquem sem correção. Signs of the Times, 24 de novembro de 1881.


Não Ter Compromisso com o Mal

Deve-se deixar esclarecido que o governo de Deus desconhece qualquer transigência com o mal. Não deve a desobediência ser tolerada nem no lar nem na escola. Nenhum pai ou professor que leve a sério o bem-estar dos que se acham sob os seus cuidados transigirá com a vontade obstinada que desafia a autoridade, ou recorrerá a subterfúgios ou a evasivas a fim de escapar à obediência. Não é o amor mas o sentimentalismo que usa de rodeios com as más ações, procura pela lisonja ou o suborno conseguir a submissão e finalmente aceita algum substituto da coisa exigida. Educação, pág. 290.


Em muitas famílias, hoje, há muita condescendência própria e desobediência que são passadas por alto sem serem corrigidas; também se manifesta um espírito subjugador e autoritário, que cria os piores males na disposição dos filhos. Corrigem-nos às vezes os pais de maneira tão precipitada, que sua vida se torna infeliz e eles perdem todo o respeito pelo pai, pela mãe e pelos irmãos e irmãs. Carta 75, 1898.


Pais Deixam de Compreender os Princípios Corretos

É de entristecer o coração ver a imbecilidade de pais no exercício da autoridade que Deus lhes deu. Homens que no demais são firmes e inteligentes deixam de compreender os princípios que deveriam ser aplicados na educação de seus pequenos. Deixam de dar-lhes a instrução correta justamente no tempo em que um exemplo piedoso e uma firme decisão são mais necessários para dirigir no caminho certo as mentes jovens que ignoram as influências enganosas e perigosas com que se devem defrontar em toda parte. Manuscrito 119, 1899.

O maior sofrimento que veio à família humana é devido aos pais se haverem apartado do plano divino para seguirem sua própria imaginação e às suas idéias imperfeitamente desenvolvidas. Muitos pais seguem o impulso. Esquecem-se de que o bem presente e futuro dos filhos requer inteligente disciplina. Manuscrito 49, 1901.


Deus Não Aceita Desculpa Para a Má Direção

Muitas vezes se instala no coração infantil a rebelião, devido a uma errônea disciplina por parte dos pais quando, houvesse sido seguida a devida direção, as crianças teriam formado caráter harmônico e bom. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 138.

Enquanto os pais têm o poder para disciplinar, educar e ensinar aos filhos, exerçam eles essa faculdade para Deus. Ele requer deles obediência pura, imaculada e constante. Não tolerará qualquer outra coisa. Não desculpará pela má direção dos filhos. Review and Herald, 13 de abril de 1897.


Vencer o Espírito Natural de Obstinação

Algumas crianças são naturalmente mais obstinadas que outras e não cederão à disciplina, tornando-se conseqüentemente muito pouco simpáticas e desagradáveis. Caso a mãe não tenha sabedoria para lidar nessa fase do caráter, seguir-se-á um estado muito infeliz de coisas; pois tais filhos seguirão seu próprio caminho, para a sua destruição. E quão terrível é um filho alimentar um espírito de obstinação não somente na infância, mas nos anos mais maduros. E, já homem ou mulher, devido à falta de concórdia na meninice, nutrirá amargura e falta de bondade para com a mãe que deixou de trazer os filhos em sujeição. Manuscrito 18, 1891.


Nunca Dizer à Criança: "Não Posso com Você"

Nunca permitais que o vosso filho vos ouça dizer: "Não posso com você." Enquanto pudermos ter acesso ao trono de Deus, devemos, como pais, envergonhar-nos de pronunciar tais palavras. Clamai a Jesus, e vos ajudará a levar vossos pequeninos a Ele. Review and Herald, 16 de julho de 1895.


Deve-se Estudar Diligentemente o Governo da Família

Tenho ouvido mães dizerem que não tinham a habilidade de governar que outros têm, que esse é um talento especial que elas não possuíam. Os que reconhecem sua deficiência a esse respeito, devem tornar o assunto do governo da família o seu mais diligente estudo. E mesmo as mais valiosas sugestões dos outros não devem ser adotadas sem ser consideradas e discriminadas. Podem não se adaptar igualmente às circunstâncias de cada mãe, ou à disposição e ao temperamento peculiares de cada criança da família. Estude a mãe com cuidado a experiência de outros, note a diferença entre os métodos deles e os seus, e prove cuidadosamente os que possam parecer de real valor. Se um modo de disciplina não produz os resultados desejados, seja experimentado outro, notando-se cuidadosamente os seus efeitos.

As mães devem acostumar-se a pensar e a encontrar soluções. Se perseverarem nesse sentido, verificarão estarem adquirindo a faculdade em que se julgavam deficientes, estarem aprendendo a formar corretamente o caráter dos filhos. O resultado do trabalho e da atenção dados a essa obra ver-se-á em sua obediência, simplicidade, modéstia e pureza; e isso recompensará ricamente todo o esforço realizado. Signs of the Times, 11 de março de 1886.


Os Pais Devem Unir-se na Disciplina

A mãe sempre deve ter a cooperação do pai em seus esforços para pôr nos filhos o fundamento de um bom caráter cristão. Um pai compassivo não deve fechar os olhos às faltas dos filhos, por não ser agradável ministrar a correção. Testimonies, vol. 1, págs. 546 e 547.

Princípios retos devem ser estabelecidos na mente da criança. Se os pais estiverem unidos nessa obra de disciplina, a criança compreenderá o que dela se requer. Mas se o pai, por palavras e pelo olhar, mostrar que não aprova a correção que a mãe aplica, se achar que ela é estrita demais, e julgar que devem compensar a severidade afagando e transigindo, a criança será arruinada. Os pais condoídos praticarão insinceridade, e a criança logo saberá que pode fazer o que quiser. Os pais que cometem esse pecado contra os filhos são responsáveis pela ruína de sua alma. Manuscrito 58, 1899.


A Influência Combinada do Afeto e da Autoridade

Para que raie a luz do Sol em vossa casa, deixai que a luz da graça celeste irradie sobre o vosso caráter. Haja paz, palavras agradáveis e semblantes alegres. Não é isso um afeto cego, nem aquela ternura que incentiva o pecado por uma insensata condescendência e que é a mais verdadeira crueldade, não é aquele falso amor que permite os filhos governarem e tornar os pais escravos dos seus caprichos. Não deve haver parcialidade paterna, nem opressão; a influência combinada do afeto e da autoridade dará a forma correta à família. Review and Herald, 15 de setembro de 1891.


Representar o Caráter de Deus na Disciplina

Sede firmes, decididos, na execução da instrução bíblica. Mas estai livres de toda a paixão. Tende em mente que, quando vos tornais ásperos e irrazoáveis perante vossos pequenos, estais-lhes ensinando o mesmo. Deus exige que eduqueis vossos filhos, pondo em vossa disciplina toda a autoridade de um sábio professor que está sob o domínio de Deus. Se em vosso lar for exercido o poder convertedor de Deus, vós mesmos sereis constantes aprendizes. 

Representareis o caráter de Cristo, e os vossos esforços nesse sentido agradarão a Deus. 

Nunca negligencieis a obra que deveria ser feita em favor dos membros mais novos da família de Deus. Pais, vós sois a luz de vosso lar. Brilhe a vossa luz em palavras agradáveis, em calmo tom de voz. Tirai delas tudo o que fere, pela oração a Deus em busca do domínio próprio. E os anjos estarão em vosso lar, pois observarão a vossa luz. De vosso lar corretamente dirigido, irradiará para o mundo em correntes fortes e claras a disciplina que dais aos vossos filhos. Manuscrito 142, 1898.


Nenhum Desvio dos Princípios Retos

Antigamente era considerada a autoridade paternal; então os filhos se achavam em sujeição aos pais, temiam-nos e os reverenciavam; nesses últimos dias, porém, a ordem está invertida. Alguns pais estão sujeitos aos filhos. Temem contrariar a vontade deles, e portanto cedem. Mas enquanto os filhos se encontrarem sob o teto paterno, dependendo dos pais, devem estar subordinados ao seu domínio. Os pais devem agir com decisão, exigindo que seus pontos de vista do direito sejam seguidos. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 75.


Passos Extremos

Alguns pais condescendentes e de amor fácil temem exercer completa autoridade sobre os seus filhos desgovernados, para que não fujam de casa. Seria melhor alguns fazerem isso do que permanecerem em casa para viver sob a generosidade concedida pelos pais, e ao mesmo tempo pisar toda a autoridade tanto humana como divina. Poderia ser uma experiência muito proveitosa a tais filhos ter plenamente essa independência que julgam tão desejável, aprender que custa esforço viver. Digam os pais ao menino que ameaça fugir de casa: "Meu filho, se você determinadamente prefere deixar a casa a obedecer leis justas e próprias, nós não o impedimos. Você julga achar o mundo mais amigável do que os pais que de você têm cuidado desde a infância. Você deve aprender por si mesmo que está enganado. Quando quiser voltar para a casa paterna, e estiver sujeito à sua autoridade, será bem-vindo. As obrigações são mútuas. Enquanto tem o alimento, o vestuário e o cuidado paterno, está por sua vez sob a obrigação de se submeter às regras do lar e à disciplina sadia. Minha casa não pode ser poluída com o mau cheiro do fumo, com a profanação ou com a embriaguez. Desejo que os anjos de Deus venham ao meu lar. Se está completamente determinado a servir a Satanás, estará melhor com aqueles cuja companhia você ama do que em casa."

Tal atitude interromperia a carreira descendente de milhares. Mas com muita freqüência os filhos sabem que podem fazer o pior, e uma mãe insensata intercederá por eles e lhes encobrirá as transgressões. Muito filho rebelde exulta porque seus pais não têm coragem de restringi-los. ... Não impõem obediência. Tais pais estão encorajando os filhos na dissipação e desonrando a Deus por sua insensata transigência. É essa juventude rebelde e corrompida que forma o elemento mais difícil de controlar nas escolas e colégios. Review and Herald, 13 de junho de 1882.


Não Cansar-se de Fazer o Bem

A obra dos pais é contínua. Não deve ser realizada vigorosamente um dia e negligenciada no outro. Muitos estão prontos a começar a obra, mas não estão dispostos a perseverar nela. 

Estão ansiosos por fazer alguma grande coisa, um grande sacrifício; mas estremecem ante o cuidado e esforço contínuo nas coisas pequenas da vida diária, no podar e dirigir a cada instante as tendências obstinadas, na obra de instruir, reprovar e incentivar pouco a pouco conforme for necessário. Desejam ver os filhos corrigirem suas faltas e formarem bom caráter imediatamente, alcançando num salto o topo da montanha e não em passos sucessivos. E visto suas esperanças não se realizarem imediatamente, ficam desanimados. Que tais pessoas criem coragem ao se lembrarem das palavras do apóstolo: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." Gál. 6:9. Signs of the Times, 24 de novembro de 1881.

Os filhos dos observadores do sábado talvez se tornem impacientes com a restrição, e julguem os pais muito estritos; é possível até que se levantem maus sentimentos em seu coração, e que eles nutram idéias de descontentamento, fiquem ressentidos contra os que estão trabalhando pelo seu bem presente, futuro e eterno. Se, porém, a vida lhes for poupada por alguns anos, hão de bendizer os pais, por aquele estrito cuidado e fiel vigilância sobre eles nos anos de sua inexperiência. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 150.


Ler as Admoestações da Palavra de Deus

Quando os filhos erram, os pais devem tomar tempo para lhes ler ternamente da Palavra de Deus as admoestações que se apliquem especialmente ao seu caso. Ao serem provados, tentados ou desanimarem, citai-lhes as preciosas palavras de conforto, levando-os gentilmente a pôr em Jesus a sua confiança. Assim a mente jovem pode ser dirigida para o que é puro e enobrecedor. E ao serem revelados ao entendimento os grandes problemas da vida e o trato de Deus para com a raça humana, são exercitadas as faculdades do raciocínio, é posto em ação o julgamento, enquanto as lições da verdade divina são impressas no coração. Assim podem os pais estar moldando diariamente o caráter dos filhos, a fim de que se habilitem para a vida futura. Review and Herald, 13 de junho de 1882.


Capítulo 44 - Administração da Disciplina Corretiva


Convidar o Senhor a Entrar e Governar

Exigi obediência em vossa família; mas ao fazê-lo buscai ao Senhor com os vossos filhos e Lhe pedi que entre e governe. Pode ser que vossos filhos tenham feito algo que exija correção; mas se lidardes com eles no espírito de Cristo, seus braços enlaçarão o vosso pescoço; eles se humilharão diante do Senhor e reconhecerão seu erro, e isso basta. Não necessitam então de castigo. Agradeçamos ao Senhor por ter aberto o caminho pelo qual podemos alcançar cada alma. Manuscrito 21, 1909.

Caso vossos filhos sejam desobedientes, devem ser corrigidos. ... Antes de corrigi-los, ide à parte e pedi ao Senhor que abrande e domine o coração de vossos filhos e que vos dê sabedoria ao lidar com eles. Nunca soube, em caso algum, que esse método falhasse. Não podeis fazer uma criança compreender as coisas espirituais quando o coração está cheio de ira. Manuscrito 27, 1911.


Instruir Pacientemente as Crianças

O Senhor deseja que, desde a infância, o coração desses filhos seja entregue ao Seu serviço. Enquanto ainda são novos demais para raciocinar, dirigi-lhes a mente o melhor que podeis; e ao se tornarem mais velhos, ensinai-lhes por preceito e exemplo que não podeis condescender com seus maus desejos.

Instruí-os pacientemente. Às vezes terão de ser punidos, mas nunca o façais de tal maneira que eles sintam que estão sendo punidos com ira. Com tal atitude, fareis um mal ainda maior. Muitas diferenças infelizes no círculo familiar poderiam ter sido evitadas, se os pais obedecessem ao conselho do Senhor na educação dos filhos. Manuscrito 93, 1909.


Os Pais Devem Estar sob a Disciplina de Deus

Mães, por mais provocadores que vossos filhos possam ser em sua ignorância, não deis lugar à impaciência. Ensinai-os com paciência e amor. Sede firmes para com eles. Não permitais que Satanás os domine. Disciplinai-os apenas quando estiverdes sob a disciplina de Deus. Cristo será vitorioso na vida de vossos filhos, se aprenderdes dAquele que é manso e humilde, puro e incontaminado. Carta 272, 1903.

Mas se tentardes governar sem exercer o domínio próprio, sem sistema, reflexão e oração, com toda a certeza sofrereis as mais amargas conseqüências. Signs of the Times, 9 de fevereiro de 1882.


Não Corrigir com Ira

Deveis corrigir vossos filhos com amor. Não permitais que sigam seu próprio caminho até que estejais irados e então os castigueis. Tal correção só ajuda o mal, em vez de remediá-lo. Review and Herald, 19 de setembro de 1854.

Irar-se com a criança que erra é aumentar o mal. Isso desperta as piores paixões da criança e a leva a pensar que não vos importais com ela. Raciocina consigo mesma que não a poderíeis tratar desse modo se vos importásseis. Julgais que Deus não toma conhecimento do modo em que essas crianças são corrigidas? Ele sabe. E sabe também quais poderiam ser os benditos resultados, se o trabalho de correção fosse feito de molde a ganhar, em vez de repelir. ...

Rogo-vos, não corrijais vossos filhos com ira. É este o tempo de todos os tempos em que deveis agir com humildade, paciência e oração. Então é o tempo de se ajoelhar com as crianças e pedir perdão ao Senhor. Procurai ganhá-las para Cristo manifestando bondade e amor, e vereis que um poder mais elevado do que o da Terra está cooperando com os vossos esforços. Manuscrito 53, 1912.

Quando sois obrigados a corrigir um filho, não eleveis a voz em tom alto. Não percais o domínio próprio. O pai, que, ao corrigir o filho, dá largas à ira, está mais em falta do que a criança. Signs of the Times, 17 de fevereiro de 1904.


A Irritação Jamais Ajuda

Palavras ásperas e iradas não são de origem celeste. Ralhar e irritar-se nunca ajudam. Em vez disso, despertam os piores sentimentos do coração humano. Quando os vossos filhos cometem um erro e estão cheios de rebelião, e sois tentados a falar e agir asperamente, esperai antes de corrigi-los. Dai-lhes uma oportunidade para pensar, e deixai que vosso temperamento acalme.

Ao tratardes bondosa e ternamente com vossos filhos, tanto eles como vós recebereis as bênçãos do Senhor. E achais vós que no dia do juízo de Deus alguém se arrependerá de ter sido paciente e bondoso para com os filhos? Manuscrito 114, 1903.


O Nervosismo não é Desculpa Para a Impaciência

Os pais desculpam às vezes sua errônea direção por não se sentirem bem. Sentem-se nervosos, e acham que não podem ser pacientes e calmos e falar de maneira agradável. Assim se enganam eles a si próprios e agradam a Satanás, que exulta em que a graça de Deus não seja por eles considerada suficiente para vencer as fraquezas naturais. Eles podem e devem dominar-se sempre. Deus requer isso deles. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 134.

Às vezes, estando fatigados pelo trabalho, ou oprimidos de cuidados, os pais não mantêm um espírito calmo, antes manifestam uma falta de tolerância que desagrada a Deus e traz uma nuvem sobre a família. Pais, ao vos sentirdes mal-humorados, não cometais o grande pecado de envenenar toda a família com essa tão perigosa irritabilidade. Em tais ocasiões, vigiai-vos duplamente, resolvendo que nenhuma palavra que não seja agradável e alegre vos escape dos lábios. Exercendo assim o domínio próprio, ficareis mais fortes. Vosso sistema nervoso não será tão sensível. ... Jesus conhece nossas fraquezas e Ele mesmo passou pela nossa experiência em todas as coisas, menos no pecado; portanto, Ele preparou para nós um caminho apropriado à nossa força e capacidade.

Muitas vezes tudo parece ir mal no círculo familiar. Há irritabilidade em todo o redor. E todos parecem muito infelizes e descontentes. Os pais lançam a culpa sobre os pobres filhos, julgando-os muito desobedientes e desgovernados, as piores crianças do mundo, quando a causa da perturbação está neles mesmos. Deus requer que exerçam o domínio próprio. Devem reconhecer que, quando cedem à impaciência e à irritabilidade, fazem com que outros sofram. 

Os que os cercam são afetados pelo espírito que manifesta, e se estes, por sua vez, demonstram o mesmo espírito, o mal é aumentado. Signs of the Times, 17 de abril de 1884.


Há Poder no Silêncio

Os que desejam governar a outrem devem primeiramente governar-se a si mesmos. ... Quando um pai ou professor se torna impaciente e está em perigo de falar imprudentemente, fique em silêncio. Há um maravilhoso poder no silêncio. Educação, pág. 292.


Dar Poucas Ordens; Então Exigir Obediência.

Sejam as mães cuidadosas no sentido de não fazerem exigências desnecessárias diante de outros, para exibir a sua própria autoridade. Dai poucas ordens, mas vede que sejam obedecidas. Signs of the Times, 9 de fevereiro de 1882.

Ao disciplinar os vossos filhos, não ... os eximais daquilo que exigistes que fizessem. Não deixeis que vossa mente se torne tão absorvida com outras coisas

que vos leve a ficar mais descuidadas. E não vos canseis em vosso cuidado porque vossos filhos se esquecem e fazem aquilo que lhes proibistes. Manuscrito 32, 1899.

Em todas as vossas ordens, visai alcançar o mais elevado bem de vossos filhos, e então cuidai de que elas sejam obedecidas. Vossa energia e decisão devem ser inflexíveis, ainda que sempre sujeitas ao espírito de Cristo. Signs of the Times, 13 de setembro de 1910.


Lidar com a Criança Negligente

Quando pedis a vosso filho que faça certa coisa, e ele responde: "Sim, vou fazer", e então negligencia cumprir a palavra, não deveis deixar a questão assim. Deveis chamar a criança às contas por essa negligência. Se passardes por cima sem notar, ensinareis a vosso filho hábitos de negligência e infidelidade. A cada filho Deus dá uma mordomia. Os filhos devem obedecer aos pais. Devem ajudar a levar os fardos e responsabilidades do lar; e quando negligenciam fazer o trabalho que lhes é designado, devem ser chamados às contas, deles exigindo que o realize. Manuscrito 127, 1899.


Os Resultados da Disciplina Apressada e Impulsiva

Quando os filhos cometem algum erro, eles mesmos se convencem do seu pecado e se sentem humilhados e aflitos. Xingá-los por suas faltas, muitas vezes, resultará em torná-los obstinados e esquivos. Como potros selvagens, parecem determinados a causar dificuldades e xingar não lhes fará bem algum. Os pais devem procurar desviar-lhes a mente para algum outro rumo.

Mas a dificuldade é que os pais não são uniformes em sua direção; antes agem mais por impulso que por princípio. Encolerizam-se e não dão aos filhos o exemplo que pais cristãos devem dar. Um dia passam por alto os malfeitos dos filhos, e no dia seguinte não demonstram paciência ou domínio próprio. 

Não seguem a maneira do Senhor quanto a fazer justiça e juízo. Freqüentemente são mais culpados que os filhos.

Alguns filhos logo se esquecerão de um erro que contra eles é cometido pelo pai ou pela mãe; mas outros, de constituição diferente, não podem esquecer o castigo severo e disparatado que não mereciam. Assim essas almas são prejudicadas e seu espírito é perturbado. A mãe perde a oportunidade de infundir princípios corretos na mente da criança, por não manter o domínio próprio e manifestar um espírito bem equilibrado em seu comportamento e em suas palavras. Manuscrito 38, 1895.


Sede tão calma, tão livre de ira, que elas se convençam de que as amais ainda que as punais. Manuscrito 2, 1903.


Incentivos São Melhores que Castigo

Tenho sentido tão profundo interesse nesse ramo de trabalho que adotei crianças para que pudessem ser educadas da maneira correta. Em vez de castigá-las quando cometiam erro, apresentava-lhes incentivos para fazer o que é direito. Uma delas tinha o hábito de se atirar no assoalho quando não podia fazer sua vontade. Eu lhe disse: "Se você não se irritar nenhuma vez hoje, seu tio White e eu a levaremos na carruagem e passaremos um dia feliz no campo. 

Mas se você se jogar no assoalho uma vez, perderá o direito ao prazer." Trabalhei dessa maneira com essas crianças, e agora me sinto grata por ter tido o privilégio de fazer esse trabalho. Manuscrito 95, 1909.


Lidar com o Mal Pronta e Firmemente

A desobediência deve ser punida. O mal deve ser corrigido. A iniqüidade armazenada no coração da criança deve ser enfrentada e vencida pelos pais e professores. O mal deve ser tratado com prontidão e sabedoria, com firmeza e decisão. Deve-se lidar cuidadosamente com o ódio à restrição, o amor à condescendência própria, e a indiferença para com as coisas eternas. A menos que o mal seja erradicado, a alma estará perdida. E mais do que isto: aquele que se dispõe a seguir a direção de Satanás procura constantemente tentar os outros. Desde os mais tenros anos de nossos filhos, devemos procurar vencer neles o espírito do mundo. Carta 166, 1901.


Algumas Vezes a Vara é Necessária

A mão pode perguntar: "Nunca deverei castigar meu filho?" A vara pode ser necessária quando falharam outros recursos, contudo não deve fazer uso dela, se for possível evitar. Mas, se medidas mais brandas se mostrarem insuficientes, deve administrar-se com amor o castigo que levará a criança à compreensão de seus deveres. Freqüentemente um só desses corretivos será suficiente para mostrar à criança pelo resto da vida que não é ela quem governa.

E quando esse passo se torna necessário, deve impressionar-se seriamente a criança com o pensamento de que isso não é feito para a satisfação dos pais, ou para comprazer uma autoridade arbitrária, mas para o bem da própria criança. Deve-se-lhe ensinar que cada falta que não é corrigida trará infelicidade a ela, e desagradará a Deus. Sob tal disciplina, as crianças encontrarão maior felicidade em sujeitar sua vontade à vontade de seu Pai celestial. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, págs. 116 e 117.


Como Último Recurso

Muitas vezes verificareis que, se raciocinardes bondosamente com eles, não precisarão ser açoitados. E tal método de lidar levá-los-á a ter confiança em vós. Tornar-vos-ão seus confidentes. Irão a vós e dirão: Cometi um erro hoje, em tal hora, e quero que me perdoe e que peça a Deus que me perdoe. Tenho passado por cenas como essa e, portanto, sei. ... Dou graças por ter tido coragem, quanto cometeram algum erro, de lidar com eles firmemente, orar com eles, e diante deles conservar as normas da Palavra de Deus. Alegro-me de lhes ter apresentado as promessas feitas ao vencedor, e as recompensas prometidas aos fiéis. Manuscrito 27, 1911.


Nunca Dar uma Pancada com Ira

Nunca deis em vosso filho uma pancada com ira, a menos que desejeis que aprenda a lutar e contender. Como pais, estais no lugar de Deus para com vossos filhos, e deveis estar de sobreaviso. Manuscrito 32, 1899.

Talvez tenhais de puni-los com a vara; isso às vezes é necessário, mas adiai qualquer ajuste da dificuldade até que hajais solucionado o caso com vós mesmos. Perguntai vós mesmos: Tenho eu submetido meu caminho e minha vontade a Deus? Tenho-me colocado onde Deus me possa dirigir, de modo que possa ter sabedoria, paciência, bondade e amor no trato com os elementos refratários, no lar? Manuscrito 79, 1901.


Aviso a um Pai Irascível

Irmão L., já considerastes o que é uma criança e para onde vai? Vossos filhos são os membros mais novos da família do Senhor - irmãos e irmãs confiados ao vosso cuidado, por vosso Pai celestial, a fim de que os prepareis e eduqueis para o Céu. Quando os estais manobrando com tanta aspereza como freqüentemente o fazeis, considerais que Deus vos chamará às contas por esse trato? Não deveis tratar vossos filhos com essa aspereza. A criança não é um cavalo ou um cão para ser mandada autoritariamente segundo vossa imperiosa vontade, ou, em todas as circunstâncias, ser controlada com um cacete ou um chicote, ou com tapas. Algumas crianças têm um temperamento tão viciado que é necessário provocar-lhe dor, mas muitíssimos casos se tornam muito piores com essa maneira de disciplina. ...

Nunca levanteis a mão para lhes dar um tapa, a não ser que possais, com clara consciência, curvar-vos diante de Deus e pedir Sua bênção sobre a correção que estais prestes a dar. Incentivai o amor no coração de vossos filhos. Apresentai-lhes motivos elevados e corretos para o domínio próprio. Não lhes deis a impressão de que se devem submeter ao governo porque essa é a vossa vontade arbitrária, porque são fracos e vós sois fortes, porque vós sois o pai e eles os filhos. Se desejardes arruinar a vossa família, continuai a governar pela força bruta, e certamente tereis êxito. Testimonies, vol. 2, págs. 259 e 260.


Nunca Sacudir uma Criança que Erra

Os pais não têm dado aos filhos uma educação correta. Freqüentemente manifestam as mesmas imperfeições vistas nos filhos. Comem indevidamente, e isso atrai as suas energias nervosas para o estômago; e não têm vitalidade para se expandir em outras direções. Não podem dominar devidamente os filhos devido à sua própria impaciência; tampouco lhes podem ensinar o caminho certo. Talvez os peguem asperamente e lhes dêem, impacientemente, uma pancada. Tenho dito que sacudir uma criança, jogará dois espíritos maus para dentro, enquanto joga um para fora. Se a criança estiver errada, sacudi-la apenas a torna pior. Não a subjuga. Testimonies, vol. 2, pág. 365.


Usar Primeiro a Razão e a Oração

Raciocinai primeiro com vossos filhos. Apontai-lhes claramente seus erros, convencei-os de que não somente pecaram contra vós, mas contra Deus. Com o coração cheio de piedade e de tristeza pelos vossos filhos que erram, orai com eles antes de corrigi-los. Então verão que não os punis porque vos têm causado incômodo, ou porque quereis desabafar sobre eles o vosso desagrado, mas devido ao senso do dever, para o seu bem; e eles vos amarão e respeitarão. Signs of the Times, 10 de abril de 1884.

Essa oração poderá causar-lhes tal impressão no espírito que verão que não sois insensatos. E se os filhos virem que não sois injustos, tendes alcançado uma grande vitória. Essa é a obra que deve ser levada avante em vosso círculo familiar, nestes últimos dias. Manuscrito 73, 1909.


A Eficácia da Oração na Crise Disciplinar

Não os ameaceis com a ira de Deus, se cometerem um erro antes levai-os a Cristo em oração. Manuscrito 27, 1893.

Antes de ocasionar dor física a vosso filho, revelai, se sois pai ou mãe cristãos, o amor que tendes por vossos pequenos, que são sujeitos a errar. Prostrando-vos perante Deus com vosso filho, apresentareis diante do Redentor, que é cheio de simpatia, as Suas próprias palavras: "Deixai vir os pequeninos a Mim e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus." Mar. 10:14. Esta oração trará anjos ao vosso lado. Vosso filho não se esquecerá dessas experiências, e a bênção de Deus repousará sobre tal instrução, levando-o a Cristo. Quando as crianças compreendem que seus pais estão procurando ajudá-las, elas aplicam suas energias na devida direção. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, págs. 117 e 118.


Experiências Pessoais Quanto à Disciplina

Nunca permiti que meus filhos pensassem, na meninice, que me podiam atormentar. Também criei em minha família outros de outras famílias, mas nunca deixei que essas crianças pensassem que podiam atormentar sua mãe. Nunca me permiti dizer uma palavra áspera ou ficar impaciente ou irritada com as crianças. Nunca tiraram vantagem de mim nenhuma vez - nenhuma vez, para me provocar a ira. Quando o meu espírito estava abalado, ou quando me parecia que estava sendo provocada, dizia: "Crianças, deixemos isso descansar agora. Nada mais diremos a este respeito agora. Antes de nos deitarmos, falaremos de novo." Tendo todo esse tempo para refletir, pela noite já haviam moderado, e eu podia manobrá-los com muita facilidade. ...

Há um modo certo e um modo errado. Nunca levantei a mão para meus filhos, antes de falar com eles; e se cediam, e se viam o seu erro (sempre o fizeram, quando eu lhes apresentava isso e com eles orava), e se eram submissos (e sempre eram quando eu assim fazia), então eu os tinha sob o meu controle. Nunca os encontrei de outra forma. Quando eu orava com eles, acalmavam-se todos e lançavam os braços ao redor do meu pescoço e choravam. ...

Ao corrigir meus filhos, nunca deixei que nem mesmo minha voz se mudasse de qualquer forma. Quando via alguma coisa errada, esperava até que o "calor" passasse, e então os pegava, depois de terem tido uma oportunidade para reflexão e estarem envergonhados. Ficavam envergonhados se eu lhes dava uma hora ou duas para pensarem sobre essas coisas. Eu sempre saía e orava. Não lhes falava então.

Depois de terem sido deixadas consigo mesmas por um pouco, vinham a mim por causa disso. "Bem", dizia eu, "esperaremos até à noite." Nessa ocasião tínhamos um período de oração e então eu lhes dizia que eles prejudicaram sua própria alma, e entristeceram o Espírito de Deus com a sua má atitude. Manuscrito 82, 1901.


Tomar Tempo Para Orar

Quando me sentia perturbada e era tentada a pronunciar palavras de que me envergonharia, ficava silenciosa e saía da sala, pedia a Deus que me desse paciência para eu ensinar essas crianças. Então podia voltar e falar com elas, dizendo-lhes que não deveriam cometer outra vez esse erro. Podemos tomar tal posição nesse assunto que não provoquemos a ira das crianças. Devemos falar bondosa e pacientemente, lembrando-nos todo o tempo de quão extraviados somos e como desejamos ser tratados pelo nosso Pai celestial.

Ora, essas são as lições que os pais devem aprender, e quando as tiverdes aprendido, sereis os melhores estudantes da escola de Cristo, e vossos filhos serão os melhores filhos. Dessa maneira podereis ensinar-lhes a respeitar a Deus e a guardar Sua lei, pois tereis excelente governo sobre eles, e ao fazê-lo estareis criando e trazendo para a sociedade filhos que serão uma bênção a todos os que os cercam. Vós os estais preparando para serem cooperadores de Deus. Manuscrito 19, 1887.


A Alegria Pode Seguir-se à Dor da Disciplina

O verdadeiro meio de tratarmos com as provações não é procurar escapar-nos delas, mas transformá-las. Isso se aplica a toda a disciplina, tanto a da infância como a posterior. A negligência dos primeiros ensinos à criança e o conseqüente fortalecimento das más tendências tornam sua educação posterior mais difícil fazendo com que a disciplina se torne freqüentemente uma operação complicada. Difícil deve ser para a natureza inferior, contrariando, como faz, aos desejos e inclinações naturais; mas tais penas devem se perder de vista na perspectiva de uma maior alegria.

Ensine-se à criança e jovem que todo o erro, toda a falta, toda a dificuldade vencidos, se tornam um degrau no acesso a coisas melhores e mais elevadas. É mediante tais experiências que todos os que tornaram a vida digna de ser vivida alcançaram o êxito. Educação, págs. 295 e 296.


O Livro-Guia Divino

Os pais que querem criar devidamente os filhos precisam da sabedoria do Céu, a fim de agirem judiciosamente em todas as questões pertinentes à disciplina do lar. Pacific Health Journal, janeiro de 1890.

A Bíblia é um guia no governo dos filhos. Nela, se os pais quiserem, poderão encontrar um curso demarcado para a educação e preparo de seus filhos, para que não cometam erros crassos. Quando se segue esse roteiro, os pais, em vez de transigirem ilimitadamente com os filhos, usarão com maior freqüência a vara do castigo; em vez de serem cegos às suas faltas, ao seu temperamento perverso, e vivos apenas para as suas virtudes, terão claro discernimento e olharão para essas coisas à luz da Bíblia. Saberão que devem governar seus filhos do modo certo. Manuscrito 57, 1897.

Deus não pode levar rebeldes para Seu reino, portanto faz da obediência a Seus mandamentos um requisito especial. Os pais devem ensinar diligentemente aos filhos o que diz o Senhor. Então Deus mostrará aos anjos e aos homens que Ele levantará uma defesa ao redor do Seu povo. Manuscrito 64, 1899.


A Parte dos Pais e a de Deus

Pais, quando tiverdes cumprido fielmente vosso dever à altura de vossa capacidade, então podereis pedir com fé ao Senhor que faça pelos vossos filhos aquilo que vós não podeis fazer. Signs of the Times, 9 de fevereiro de 1882.

Depois de terdes cumprido fielmente o vosso dever para com os vossos filhos, então levai-os a Deus e Lhe pedi que vos ajude. Dizei-Lhe que tendes feito a vossa parte e então pedi com fé que Deus faça a Sua, aquilo que vós não podeis fazer. Pedi-Lhe que lhes modere a disposição, que os faça dóceis e gentis pelo Seu santo Espírito. Ele vos ouvirá orar. Terá prazer em responder às vossas orações. Pela Sua Palavra, tem ordenado que corrijais vossos filhos:

"Castiga teu filho enquanto há esperança." Prov. 19:18. Sua Palavra deve ser atendida nessas coisas. Review and Herald, 19 de setembro de 1854.


Capítulo 45 - Com Amor e Firmeza


Duas Maneiras e seu Objetivo

Há duas maneiras de lidar com as crianças - maneiras que diferem amplamente em princípio e resultados. A fidelidade e o amor unidos à sabedoria e à firmeza, de acordo com os ensinos da Palavra de Deus, trarão alegria nesta vida e na outra. A negligência do dever, a condescendência imprudente, a falta de restringir ou corrigir a insensatez dos jovens resultará em infelicidade e ruína final para os filhos e em desapontamento e angústia para os pais. Review and Herald, 30 de agosto de 1881.

O amor tem um irmão gêmeo, que é o dever. Esses dois andam lado a lado. A prática do amor, enquanto o dever é negligenciado, fará as crianças obstinadas, voluntariosas, perversas, egoístas e desobedientes. Se o severo dever for deixado só, sem o amor que abranda e atrai, idêntico será o resultado. O dever o amor devem ser misturados a fim de que as crianças sejam devidamente disciplinadas. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 325.


Faltas não Corrigidas Trazem Infelicidade

Sempre que pareça necessário negar os desejos ou se opor à vontade de uma criança, ela deve ser seriamente impressionada com o pensamento de que isso não é feito para satisfazer os pais, ou para condescender com autoridade arbitrária, mas para o seu próprio bem. Deve ser-lhe ensinado que toda falta não corrigida trar-lhe-á infelicidade e desagradará a Deus. Sob tal disciplina, as crianças encontrarão sua maior alegria em submeter sua vontade à de seu Pai celestial. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 68.

Os jovens que seguem seus próprios impulsos e inclinações não podem ter a verdadeira felicidade nesta vida, e no fim perderão a vida eterna. Review and Herald, 27 de junho de 1899.


A Bondade Deve Ser a Lei do Lar

O método divino de governo é um exemplo de como as crianças devem ser disciplinadas. Não há opressão no serviço do Senhor, e não deve haver opressão no lar nem na escola. Contudo, nem pais nem professores devem permitir que o desrespeito à sua palavra fique sem nenhuma observação. Se negligenciarem a correção a seus filhos, por fazerem estes o mal, Deus os responsabilizará por sua negligência. Sejam, porém, eles sóbrios em censurar. Que a bondade seja a lei do lar e da escola. Ensinem-se as crianças a observar a lei do Senhor, e restrinja-as do mal uma disciplina firme, amorável. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 155.


Ter Consideração Pela Ignorância Infantil

Pais e mães, deveis representar no lar o caráter de Deus. Deveis exigir obediência. Não como uma tormenta de palavras, mas de modo calmo e amável. Deveis estar tão plenos de compaixão que vossos filhos para vós sejam atraídos. Manuscrito 79, 1901.

Sede agradáveis no lar. Reprimi toda a palavra que despertaria um temperamento não santificado. "Pais, não provoqueis a ira a vossos filhos" é uma injunção divina. Efés. 6:4. Lembrai-vos de que vossos filhos são jovens em anos e na experiência. Ao governá-los e discipliná-los, sede firmes, mas bondosos. Review and Herald, 21 de abril de 1904.

As crianças nem sempre distinguem o certo do errado. E quando cometem um erro, freqüentemente são tratadas asperamente em vez de serem instruídas com bondade. Manuscrito 12, 1898.

Nenhuma licença é dada na Palavra de Deus para a severidade ou opressão paternas, ou para a desobediência filial. A lei de Deus na vida do lar e no governo das nações flui de um coração de infinito amor. Carta 8a, 1896.


Simpatia Para com as Crianças Nada Promissoras

Vejo a necessidade de os pais lidarem, na sabedoria de Cristo, com os filhos que erram. ... São os nada promissores que de mais paciência e bondade necessitam, da mais terna simpatia. Mas muitos pais revelam um espírito frio e incompassivo, que nunca levará os que erram ao arrependimento. Seja o coração dos pais abrandado pela graça de Cristo, e Seu amor encontrará um caminho para o coração. Manuscrito 22, 1890.

A regra do Salvador - "Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também" (Luc. 6:31) - deve ser a regra de todos os que empreendem a educação das crianças e jovens. Esses são os membros mais novos da família do Senhor; herdeiros conosco da graça da vida. A regra de Cristo deve ser religiosamente observada em relação aos menos inteligentes, aos de menor idade, aos mais desatinados, e mesmo aos transviados e rebeldes. Educação, págs. 292 e 293.


Ajudar as Crianças a Vencerem

Deus tem uma terna consideração às crianças. Quer que alcancem vitórias cada dia. Esforcemo-nos todos por ajudá-las a serem vencedoras. Não permitais que lhes venham ofensas dos próprios membros de sua família. Não permitais que vossas ações e palavras provoquem a ira de vossos filhos. Contudo devem ser fielmente disciplinados e corrigidos, quando fazem o mal. Manuscrito 47, 1908.


Elogiar Sempre que Possível

Elogiai os filhos quando estes fazem o bem, pois uma apreciação criteriosa é para eles tão grande auxílio como é para os de mais idade e compreensão. Nunca sejais intratáveis no santuário do lar. Sede bondosos e sensíveis, demonstrando cortesia cristã, agradecendo e elogiando aos vossos filhos pelo auxílio que vos prestam. Manuscrito 14, 1905.

Sede agradáveis. Nunca pronuncieis palavras altas, iradas. Ao restringirdes e disciplinardes 

vossos filhos, sede firmes mas bondosos. Incentivai-os a cumprir com o seu dever como membros da sociedade familiar. Exprimi vossa apreciação pelos esforços que empregam para reprimir sua inclinação para o mal. Manuscrito 22, 1904.

Sede justamente aquilo que desejais que vossos filhos sejam quando tiverem o encargo de suas próprias famílias. Falai como gostaríeis que falassem. Manuscrito 42, 1903.


Cuidar do tom da voz

Falai sempre com voz calma e fervorosa, na qual não se apresente nenhum indício de ira. Não há necessidade de ira para conseguir imediata obediência. Carta 69, 1896.

Pais e mães, sois responsáveis por vossos filhos. Cuidai sob que influência os colocais. Pelo ralhar ou irritar-vos, não percais vossa influência sobre eles para o bem. Deveis guiá-los, não despertar as paixões de seu espírito. Seja qual for a provocação que tenhais, tende a certeza de que vosso tom de voz não traga irritação. Não deixeis que vejam em vós uma manifestação do espírito de Satanás. Isso não vos ajudará a preparar e educar vossos filhos para a vida futura e imortal. Manuscrito 47, 1908.

Justiça Misturada com a Misericórdia

Deus é o nosso legislador e rei, e os pais devem colocar-se sob Seu governo. Esse governo proíbe toda a opressão dos pais e toda a desobediência dos filhos. O Senhor está cheio de amável bondade, misericórdia e verdade. Sua lei é santa, justa e boa, e deve ser obedecida por pais e filhos. As leis que devem regular a vida dos pais e dos filhos brotam de um coração de infinito amor, e as ricas bênçãos de Deus repousarão sobre os pais que administram Sua lei no lar, e sobre os filhos que obedecem a esta lei. Sentir-se-á a influência da misericórdia e da justiça combinadas. "A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram." Sal. 85:10. 

As famílias sob essa disciplina andarão no caminho do Senhor, praticando a justiça e o juízo. Signs of the Times, 23 de agosto de 1899.


Os pais que permitem que seu governo se torne um despotismo estão cometendo terrível erro. Fazem mal não somente aos filhos, mas a si mesmos, extinguindo do coração dos seus pequenos o amor que fluiria em atos e palavras de afeto. A bondade, a paciência e o amor demonstrados para com as crianças refletir-se-ão sobre os pais. Tudo o que semearem isso também ceifarão. ...

Enquanto procurais administrar a justiça, lembrai-vos de que ela tem uma irmã gêmea, que é a misericórdia. As duas ficam lado a lado e não devem ser separadas. Review and Herald, 30 de agosto de 1881.


Severidade Suscita Espírito Combativo

Desassociadas do amor, a severidade e a justiça não levarão nossos filhos a fazer o que é direito. Notai quão depressa neles se desperta o espírito combativo. Ora, há um modo muito melhor de dirigi-los que a mera compulsão. A justiça tem uma irmã gêmea - o amor. Em toda a vossa direção, deixai que o amor e a justiça se dêem as mãos e certamente tereis o auxílio de Deus a cooperar com os vossos esforços. O Senhor, vosso misericordioso Redentor, deseja abençoar-vos e dar-vos Sua mente, e Sua graça, e Sua salvação, para que possais ter um caráter que Deus possa aprovar. Carta 19a, 1891.

A autoridade dos pais deve ser absoluta, no entanto não se deve abusar desse poder. No controle dos filhos o pai não deve ser governado pelo capricho, mas pela norma bíblica. Quando ele permite seus ásperos traços de caráter preponderarem, torna-se um déspota. Review and Herald, 30 de agosto de 1881.


Reprovar, mas com Ternura

Sem dúvida vereis faltas e caprichos em vossos filhos.

Dir-vos-ão alguns pais que falam com os filhos e os punem, mas não vêem isso fazer-lhes nenhum bem real. Experimentem tais pais novos métodos. Misturem a bondade, o afeto e o amor com o seu governo familiar, e ainda assim sejam tão firmes como a rocha aos princípios retos. Manuscrito 38, 1895.

Ninguém que lida com jovens deve ter coração de ferro, antes deve ser afetuoso, terno, compassivo, cortês, cativante e sociável. No entanto, devem saber que devem ser dadas reprovações e que há mesmo necessidade de censura, para extinguir algum malfeito. Manuscrito 68, 1897.

Fui instruída a dizer aos pais: Levantai a norma de comportamento em vosso lar. Ensinai vossos filhos a obedecer. Governai-os, combinando a influência do afeto com a autoridade piedosa. Tal seja vossa vida que de vós se possam falar as palavras de louvor ditas a respeito de Cornélio, de quem se diz que era "temente a Deus, com toda a sua casa". Atos 10:2. Review and Herald, 21 de abril de 1904.


Nem Severidade nem Condescendência Excessiva

Não simpatizamos com a disciplina que desanima os filhos pela censura áspera ou irrita-os pela correção irada, e então, ao mudar o impulso, sufoca-os com beijos ou os prejudica com recompensas prejudiciais. Devem igualmente ser evitadas a transigência excessiva e a indevida severidade. Embora a vigilância e a firmeza sejam indispensáveis, também o são a simpatia e a ternura. Pais, lembrai-vos de que lidais com crianças que estão lutando com tentações, e que para elas essas instigações do mal são tão difíceis de resistir como as que assediam pessoas de idade madura. Crianças que realmente desejam fazer o que é correto podem falhar freqüentes vezes, e outras tantas vezes necessitam encorajamento para terem energia e perseverança. Vigiai a obra desses espíritos jovens com piedosa solicitude. 


Fortalecei cada bom impulso; animai toda ação nobre. Signs of the Times, 24 de novembro de 1881.


Manter Uniforme Firmeza, Controle sem Irritação

As crianças têm natureza amorável e sensível. Facilmente são agradadas e facilmente sentem-se infelizes. Mediante disciplina gentil em palavras e atos de amor a mãe pode unir os filhos ao seu coração. É grande erro mostrar severidade e ser muito exigente com as crianças. Firmeza uniforme e controle desapaixonado são necessários na disciplina de toda a família. Dizei calmamente o que pretendeis, agi com consideração e ponde em prática o que dizeis sem vos desviardes.

Compensará manifestar afeto no convívio com vossos filhos. Não os repulseis por falta de terna compreensão em seus brinquedos, alegrias e desgostos. Nunca deixeis que haja uma sobrancelha carregada em vossa fronte, ou que uma palavra áspera vos escape dos lábios. O Lar Adventista, pág. 309.

Mesmo a bondade deve ter seus limites. A autoridade deve ser mantida com firme severidade, ou por muitos será recebida com escárnio e desprezo. A chamada ternura, a adulação e a transigência usadas pelos pais e tutores para com os jovens, é o pior mal que lhes pode sobrevir. Firmeza, decisão, exigências positivas são essenciais em cada família. Testimonies, vol. 5, pág. 45.


Lembrar-se dos Próprios Erros

Lembrem-se os pais e mães de que eles mesmos não passam de crianças crescidas. Embora grande luz lhes tenha brilhado no caminho, e tenham tido longa experiência, contudo, com quanta facilidade são incitados à inveja, ao ciúme e às más suspeitas. Devido aos seus próprios enganos e erros, devem aprender a tratar delicadamente com os filhos que erra. Manuscrito 53.

Pode ser que às vezes fiqueis aborrecidos porque vossos filhos contrariam o que lhes ordenastes.

Mas já pensastes que vós muitas vezes contrariastes o que o Senhor vos ordenou? Manuscrito 45, 1911.


Como Despertar Amor e Confiança

Há perigo de tanto os pais como os professores comandarem e ditarem demasiadamente, ao passo que deixam de se pôr suficientemente em relações sociais com os filhos e alunos. 

Mantêm-se com freqüência muito reservados, e exercem sua autoridade de maneira fria, destituída de simpatia, que não pode atrair o coração das crianças. Caso reunissem as crianças bem junto a si, e lhes mostrassem que as amam, e manifestassem interesse em todos os seus esforços, e mesmo em suas brincadeiras, tornando-se por vezes mesmo uma criança entre elas, dar-lhes-iam muita satisfação e lhes granjeariam o amor e a confiança. E mais depressa as crianças respeitariam e amariam a autoridade dos pais e mestres. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, págs. 76 e 77.


Imitar a Cristo

Ele [Cristo] identificou-Se com os humildes, os necessitados e os aflitos. Tomou em Seus braços as crianças e desceu ao nível dos pequenos. Seu amplo coração de amor podia-lhes compreender as provas e necessidades e Se alegrou com sua felicidade. Seu espírito cansado do ruído e da confusão das cidades apinhadas, cansado do convívio com homens astuciosos e hipócritas, encontrou descanso e paz na companhia de inocentes crianças. Sua presença nunca os repulsou. A Majestade do Céu condescendeu em lhes responder as perguntas, e simplificou as Suas importantes lições para atender à sua compreensão infantil. Plantou-lhes na mente jovem e em expansão as sementes da verdade que brotariam e produziriam abundante colheita em seus anos maduros. Testimonies, vol. 4, pág. 141.


Um Jovem que Necessitava de Simpatia

Tenho lido vossas cartas com interesse e simpatia. Diria que vosso filho precisa agora de um pai como nunca dantes necessitou. Ele errou; vós o sabeis, e ele sabe que sabeis; e palavras que com segurança lhes poderíeis ter falado, em sua inocência, e que não teriam produzido nenhum mau resultado, poderiam parecer agora como falta de bondade e cortantes como uma navalha. ... Sei que os pais ficam envergonhados com os malfeitos de um filho que os desonrou muitíssimo, mas os que erram ferirão e machucarão o coração do pai terrestre mais do que nós como filhos de Deus magoamos nosso Pai celestial, que nos deu e ainda nos está dando Seu amor, convidando-nos para voltar e nos arrependermos de nossos pecados e iniqüidades e Ele perdoará a nossa transgressão?

Não retenhais vosso amor agora. Esse amor e simpatia são agora necessários mais do que nunca dantes. Quando outros olham com frieza e dão a pior interpretação aos malfeitos de vosso filho, não deveriam o pai e a mãe, com piedosa ternura, procurar guiar-lhes os passos para o caminho seguro? Não conheço o caráter dos pecados de vosso filho, mas estou segura ao dizer, sejam eles quais forem: Não permitais que nenhum comentário de lábios humanos, nenhuma pressão de ações humanas, dos que julgam estar fazendo justiça, vos façam adotar uma atitude que leve vosso filho a interpretar que vos sentis tão mortificados e desonrados que jamais voltareis a ter nele confiança nem lhe perdoareis as transgressões. Nada vos faça perder a esperança. Nada destrua vosso amor e ternura para com o que errou. Justamente porque está em erro, ele necessita de vós, e necessita de um pai e de uma mãe que o ajudem a se libertar das ciladas de Satanás. Prendei-o pela fé e pelo amor, e apegai-vos ao todo compassivo Redentor, relembrando que existe Alguém que tem nele um interesse mesmo maior que o vosso. ...

Não faleis em desânimo e desespero. Falai em ânimo. Dizei-lhe que ele se pode redimir, que vós, seu pai e sua mãe, o ajudareis a apegar-vos às forças do Alto para firmar os pés na sólida Rocha, Cristo Jesus, e nEle achar apoio seguro e força infalível. Mesmo que sua falta seja muito grave, não curará vosso filho lançar-lhe isso constantemente em rosto. Há necessidade de uma atitude correta para salvar uma alma da morte e evitar que cometa uma multidão de pecados. Carta 18, 1890.


Auxílio Divino Para Vencer um Temperamento Precipitado

Desejo dizer a cada pai e mãe: Se tendes um temperamento precipitado, buscai o auxílio de Deus para vencê-lo. Quando sois tentados a perder a paciência, entrai em vosso aposento, ajoelhai-vos e pedi a Deus que vos ajude a exercer a devida influência sobre vossos filhos. Manuscrito 33, 1909.

Mães, quando cedeis à impaciência e tratais asperamente vossos filhos, não estais aprendendo de Cristo, mas de outro mestre. Jesus diz: "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mat. 11:29 e 30. Quando achais duro vosso trabalho, quando vos queixais das dificuldades e provas, quando dizeis que não tendes força para suportar a tentação, que não podeis vencer a impaciência e que a vida do cristão é uma obra de escalada, estai certo de que não estais levando o jugo de Cristo; levais o jugo de outro senhor. Signs of the Times, 22 de julho de 1889.




Refletindo a Imagem Divina

A igreja necessita de homens de espírito manso e quieto, que sejam longânimos e pacientes. Aprendam eles esses atributos ao lidar com sua família. Pensem bastante mais os pais no interesse eterno dos filhos do que pensam em seu conforto presente. Considerem os filhos como membros mais novos da família do Senhor, e os eduquem e disciplinem de tal maneira que os leve a refletir a imagem divina. Review and Herald, 16 de julho de 1895.


Capítulo 46 -Males da Condescendência


O Verdadeiro Amor não é Condescendente

O amor é a chave do coração da criança, mas o amor que leva os pais a transigirem com os filhos nos desejos ilegais não é um amor que atue para o seu bem. O afeto sincero que brota do amor a Jesus habilitará os pais a exercerem criteriosa autoridade e a exigirem pronta obediência. O coração de pais e filhos necessita estar intimamente unido, para que, como uma família, possam ser um meio pelo qual a sabedoria, virtude, paciência, bondade e amor possam fluir. Review and Herald, 24 de junho de 1890.


Demasiada Liberdade Faz Filhos Pródigos

A razão de os filhos não se tornarem piedosos é ser-lhes permitida demasiada liberdade. Há transigência para com sua vontade e inclinação. ... Muitos filhos pródigos assim se tornam devido à transigência no lar, porque os pais não têm sido praticantes da Palavra. O espírito e o propósito devem ser mantidos por princípios firmes, constantes e santificados. A firmeza e o afeto devem ser fortalecidos por um exemplo amável e firme. Carta 117, 1898.


A Condescendência, Torna Difícil a Direção

Pais, tornai o lar feliz para os vossos filhos. Mas isso não significa que deveis ser condescendentes para com eles. Quanto mais com eles se transige, tanto mais difíceis serão de dirigir, e tanto mais difícil ser-lhes-á levar vida verdadeira e nobre quando saírem para o mundo. Se lhes permitirdes fazer o que querem, sua pureza e bondade de caráter depressa desaparecerão. Ensinai-lhes a obedecer. Vejam eles que vossa autoridade deve ser respeitada.

Isso pode parecer trazer-lhes um pouco de infelicidade agora, mas os livrará de muita infelicidade no futuro. Manuscrito 2, 1903.

Transigir com a criança nova no erro é pecado. A criança deve ser conservada sob controle. Carta 144, 1906.

Se se permite às crianças seguirem a sua vontade, elas recebem a idéia de que devem ser servidas, cuidadas, favorecidas e divertidas. Julgam que seus desejos e vontades devem ser satisfeitos. Manuscrito 27, 1896.

Não deveria ela [a mãe] deixar o filho seguir de vez em quando seu próprio caminho, 

permitir-lhe fazer justamente o que deseja, consentir em que seja desobediente? Certamente que não; pois tão logo o faça, deixa Satanás implantar em seu lar sua infernal bandeira. Deve travar a batalha daquela criança, que ela sozinha não pode enfrentar. Essa é a sua obra: repreender o diabo, buscar sinceramente a Deus, e nunca permitir que Satanás lhe tire justamente o filho dos braços e o coloque nos seus. Manuscrito 70, sem data.


A Transigência Causa Inquietação

Em algumas famílias, a vontade da criança é lei. Tudo que ela deseja é-lhe dado. Tudo aquilo de que não gosta é incentivada a não gostar. Supõe-se que essa transigência torne a criança feliz, mas são justamente essas coisas que a tornam inquieta, descontente e insatisfeita com tudo. A condescendência tem-lhe estragado o apetite pelos alimentos simples e saudáveis, pelo uso verdadeiro e próprio de seu tempo; a tolerância efetuou a obra de desajustar esse caráter para o tempo e para a eternidade. Manuscrito 126, 1897.


A Censura Eficiente de Eliseu ao Desrespeito

A idéia de que nos devemos submeter às maneiras de crianças perversas é um erro. Eliseu, justamente no começo de sua obra, foi escarnecido e ridicularizado pelos jovens de Betel. Era um homem de grande mansidão, mas o Espírito de Deus o impeliu a pronunciar uma maldição sobre aqueles insultadores. Tinham ouvido da ascensão de Elias e fizeram desse solene acontecimento assunto de zombaria. Eliseu demonstrou que não estava em sua sagrada vocação para ser ridicularizado por velhos ou moços. Quando eles lhe disseram que era melhor que subisse, como Elias fizera diante dele, amaldiçoou-os em nome do Senhor. O terrível juízo que caiu sobre eles era de Deus.

Depois disso, Eliseu não teve mais dificuldade em sua missão. Durante cinqüenta anos, entrou e saiu pelos portais de Betel, e andou de uma parte para outra, de cidade em cidade, passando por multidões dos piores e mais rudes jovens ociosos e dissolutos; mas ninguém jamais zombou dele ou fez pouco de suas qualificações como profeta do Altíssimo. Testimonies, vol. 5, págs. 44 e 45.


Não Ceder Ante a Adulação

Os pais terão muito pelo que responder no dia de ajuste de contas, devido à sua ímpia transigência com os filhos. Muitos satisfazem todo o desejo absurdo, porque desse modo é mais fácil verem-se livres de sua importunação do que de qualquer outro. Deve a criança ser ensinada de tal maneira que a recusa seja recebida no devido espírito e aceita como palavra decisiva. Pacific Health Journal, maio de 1890.


Não Dar Mais Crédito à Palavra da Criança do que a dos Outros

Os pais não devem passar por alto os pecados dos filhos. Quando esses pecados são denunciados por algum amigo fiel, o pai não deve achar que seus direitos foram invadidos, que recebeu uma ofensa pessoal. Os hábitos de cada jovem e de cada criança afetam o bem-estar da sociedade. A atitude errada de um jovem pode conduzir muitos outros para o mau caminho. Review and Herald, 13 de junho de 1882.

Não deixeis vossos filhos verem que dais mais crédito à palavra deles que às declarações de cristãos mais velhos. Não lhes poderíeis causar maior prejuízo. Dizendo: Creio nos meus

filhos mais do que naqueles de quem tenho evidência de que são filhos de Deus, incentivais neles o hábito de proferirem mentiras. Review and Herald, 13 de abril de 1897.


A Herança de uma Criança Estragada

É impossível descrever os males que resultam de deixar a criança entregue à sua própria vontade. Alguns que se extraviam porque são negligenciados na infância, mais tarde, incutindo-se-lhes lições práticas, voltarão a si, mas muitos se perdem para sempre porque na infância e juventude receberam apenas uma cultura parcial, unilateral. A criança que é assim prejudicada tem um pesado fardo a levar por toda a vida. Nas provações, nos desapontamentos, nas tentações, ela seguirá sua vontade indisciplinada, mal dirigida. As crianças que nunca aprenderam a obedecer terão caráter fraco, impulsivo. Procuram governar, mas não aprenderam a sujeitar-se. Não têm força moral para restringir seu temperamento extravagante, corrigir seus maus hábitos ou subjugar a vontade insubmissa. Os desvarios da meninice não disciplinada tornam-se herança da idade madura. O intelecto pervertido mal pode discernir entre o verdadeiro e o falso. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, págs. 112 e 113.


Capítulo 47 - Disciplina Frouxa e Seus Frutos


O Ensino Deficiente Afeta Toda a Vida Religiosa

Um ai repousa sobre os pais que não têm ensinado os filhos a serem tementes a Deus, antes lhes têm permitido tornarem-se homens e mulheres indisciplinados e sem controle. Durante sua infância, era-lhes permitido manifestar ira e teimosia, e agir por impulso; e trazem esse mesmo espírito para seus próprios lares. Têm temperamento defeituoso e domínio autoritário. 

Mesmo ao aceitar a Cristo, não venceram as paixões que permitiram governar seu coração infantil. Durante toda a sua vida religiosa, sofrem os resultados de seu ensino na infância. É coisa bem difícil remover a impressão assim feita sobre a planta do Senhor; pois para o lado em que se verga a haste, para este se inclina a árvore. Se esses pais aceitam a verdade, têm uma dura luta a travar. Seu caráter pode ser transformado, mas toda a sua experiência religiosa é afetada pela frouxa disciplina sobre eles exercida na infância. E os filhos têm de sofrer devido a essa educação defeituosa; pois sobre eles imprimem suas faltas até a terceira e quarta geração. Review and Herald, 9 de outubro de 1900.


Os Elis de Hoje

Quando os pais como Eli sancionam e assim perpetuam os erros dos filhos, Deus certamente os levará ao lugar em que verão que não somente destruíram a sua própria influência, mas também a dos jovens a quem deveriam ter restringido. ... Terão de aprender lições amargas. Manuscrito 33, 1903.

Oh, se os Elis de hoje, que se encontram por toda a parte buscando desculpas para os desvios dos filhos, assumissem prontamente a autoridade que lhes foi dada por Deus para os restringir e corrigir! Que os pais e tutores que passam por alto e desculpam o pecado dos que estão sob seus cuidados se lembrem de que assim se tornam cúmplices desses males. Se em vez de ilimitada transigência, fosse a vara do castigo usada com mais freqüência, não com ira mas com amor e oração, veríamos famílias mais felizes e a sociedade em melhor estado. Signs of the Times, 24 de novembro de 1881.

A negligência de Eli é claramente apresentada perante todo o pai e mãe da Terra. Como resultado de seu afeto não santificado e de sua má vontade de cumprir um dever desagradável, fez uma colheita de iniqüidade em seus perversos filhos. Tanto o pai que permitiu a impiedade, como os filhos que a praticaram, eram culpados diante de Deus, e Ele não aceitaria oferta ou sacrifício por sua transgressão. Review and Herald, 4 de maio de 1886.


A Sociedade Amaldiçoada por Caracteres Defeituosos

Oh, quando serão sábios os pais, quando verão e reconhecerão o caráter de sua obra ao negligenciarem exigir obediência e respeito segundo as instruções da Palavra de Deus? Os resultados dessa frouxa disciplina vêem-se nas crianças quando estas saem para o mundo e assumem seu lugar à testa de suas próprias famílias. Perpetuam os erros dos pais. Seus traços defeituosos são largamente ampliados, e eles transmitem aos outros os gostos, hábitos e temperamentos maus que lhes foi permitido desenvolver em seu próprio caráter. Tornam-se assim uma maldição, em vez de uma bênção para a sociedade. Testimonies, vol. 5, págs. 324 e 325.

A impiedade que hoje existe no mundo pode ser atribuída à negligência dos pais em disciplinarem a si mesmos e aos filhos. 


Milhares e milhares de vítimas de Satanás são o que são devido à maneira nada criteriosa em que foram governados durante a infância. Severa censura de Deus recai sobre essa falta de direção. Manuscrito 49, 1901.


Afrouxando as Rédeas da Disciplina

Os filhos mal governados, que não são ensinados a obedecer e a respeitar, unem-se ao mundo e tomam os pais na mão, pondo neles um freio e levando-os onde bem lhes parece. Com muita freqüência, justamente no momento em que os filhos deveriam mostrar incontestável respeito e obediência ao conselho dos pais, estes afrouxam as rédeas da disciplina. Pais que até aqui têm sido brilhantes exemplos de genuína piedade são agora guiados pelos filhos. Foi-se a sua firmeza. Pais, que com singeleza de propósito têm suportado a cruz de Cristo e sobre si conservado as marcas do Senhor Jesus, são levados pelos filhos para caminhos duvidosos e incertos. Review and Herald, 13 de abril de 1897.


Condescendendo com os Filhos Mais Velhos

Pais e mães, que devem compreender a responsabilidade que sobre eles repousa, afrouxam sua disciplina para satisfazer às inclinações dos filhos e filhas em crescimento. A vontade da criança é a lei reconhecida. Mães que têm sido firmes, constantes e inflexíveis em seu apego ao princípio, mantendo simplicidade e fidelidade, tornam-se condescendentes quando os filhos se tornam homens e mulheres. Em seu amor à ostentação, entregam os filhos a Satanás com suas próprias mãos, como os judeus apóstatas, fazendo-os passar pelo fogo a Moloque. Manuscrito 119, 1899.


Desonrando a Deus Para Alcançar o Favor dos Filhos

Pais e mães estão dando rédeas soltas à inclinação dos filhos infiéis, e assistindo-os com dinheiro e facilidades para fazê-los aparecer no mundo.

Oh, que contas terão esses pais de prestar a Deus! Desonram a Deus e prestam toda a honra a seus obstinados filhos, abrindo-lhes as portas para divertimentos que no passado condenavam por princípio. Têm permitido que o jogo de cartas, festas e bailes ganhem seus filhos para o mundo. Na hora em que mais forte devia ser sua influência sobre os filhos, dando um testemunho do que significa o verdadeiro cristianismo, como Eli, colocam-se sob a maldição de Deus, por desonrá-Lo e desrespeitarem aos Seus reclamos, a fim de alcançarem o favor dos filhos. Uma aparente piedade não terá muito valor na hora da morte. Embora alguns ministros do Evangelho possam aprovar essa espécie de religião, os pais verificarão que estão abandonando a coroa da glória para obter lauréis que nenhum valor têm. Que Deus ajude os pais e mães a despertar quanto ao seu dever! Review and Herald, 13 de abril de 1897.


Ser o que Desejam que os Filhos Sejam

Sede o que desejais que vossos filhos sejam. Por preceito e por exemplo, os pais têm perpetuado em sua posteridade seu próprio cunho de caráter. Seu temperamento e suas palavras caprichosos, ásperos e descorteses são impressos nos filhos e nos filhos dos filhos, e assim os defeitos da má orientação dos pais contra eles testifica de geração em geração. Signs of the Times, 17 de setembro de 1894.



Fonte: Obras de Ellen G. White – “Orientação da Criança”, capítulos 42-47.

Querendo mais informações sobre o assunto, escolha uma das opções de livros abaixo; são excelentes livros sobre o tema:



“Educação”- Ellen G. White.

“Conselhos a Professores, Pais e Estudantes”- Ellen G. White.

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“Mente, Caráter e Personalidade” Volume I e II - Ellen G. White

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“Ouse disciplinar” - James Dobson

“Caráter ou Personalidade” - Augusto César Maia Santos

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“Como Criar Filhos Felizes e Obedientes” - Bárbara Cook

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“Ensinando para Transformar Vidas” - Howard Hendricks (143 páginas) - Editora Betânia

Que Deus lhe abençoe nesta linda e nobre tarefa de criar os filhos para Deus!





“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6).