51 As pessoas escolhem ou são vítimas do destino?

perguntas pr timm

Podemos considerar os males que ocorrem na vida das pessoas como resultados do destino?


por Alberto R. Timm


Há pessoas que não se constrangem em acusar a Deus pelos males que acontecem. É certo que Deus não apenas disciplina e corrige os Seus filhos errantes (Apocalipse 3:19), mas também castiga e destruirá, finalmente, a todos os ímpios impenitentes (Malaquias 4:1; Judas 5-7; Apocalipse 20:11-15). Mas essa disciplina e esse castigo são sempre a reação divina, misericordiosa e justa à manifestação prévia e destrutiva do pecado (Romanos 6:23). 


Assim, não podemos jamais responsabilizar a Deus pelos males que existem no mundo.


 

Ao longo das Escrituras encontramos inúmeros incidentes nos quais pessoas, fazendo uso do seu livre-arbítrio, afastaram-se do plano de Deus, e acabaram tendo que suportar as desastrosas conseqüências de suas próprias ações. 


Foi assim que o pecado entrou no mundo (Gênesis 3), a despeito das advertências divinas para evitar esse mal (Gênesis 2:15-17). Foi também assim que muitos idólatras israelitas acabaram perdendo a vida (Êxodo 32), em decorrência de sua atrevida desobediência às leis divinas (Êxodo 20:1-6). 


E será pela obstinada recusa de aceitar o convite divino à salvação que muitos se perderão, apesar da vontade de Deus ser que “nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (II Pedro 3:9). O princípio da escolha e de suas conseqüências é claramente enunciado nas palavras “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7).


Existem males que nos sobrevêm, e que não podem ser atribuídos ao castigo divino ou à nossa imprudência pessoal. Eles ocorrem devido à própria presença do pecado (II Timóteo 3:1-7) e à atuação das forças demoníacas no mundo (Efésios 6:10-12). Os sofrimentos de Cristo (Mateus 26 e 27) e do apóstolo Paulo (II Coríntios 11:23-27) confirmam essa realidade (ver João 15:20; 16:33). 


Mas, além da maravilhosa promessa de que Deus não permite que ninguém seja tentado além de suas forças (I Coríntios 10:13), temos também a confortadora certeza de que Ele é poderoso para transformar males em bem, de forma que “todas as coisas” cooperem eventualmente para o nosso próprio bem (Romanos 8:28).


Num mundo habitado por criaturas morais, dotadas de livre-arbítrio, Deus não predetermina ou predestina tudo o que acontece. Portanto, não podemos culpar o “destino” pelas conseqüências de nossos próprios erros ou pelos males provocados pelos poderes das trevas, antagônicos à vontade divina. 


Mas, como disse alguém, apesar de que Deus nunca tenha prometido “eliminar todas as tempestades de nossa vida, Ele nos deu a certeza de estar conosco em meio às tempestades”. E é exatamente esse senso da presença de Deus que dá estabilidade e segurança ao cristão, em meio aos problemas da vida.


Fonte: Sinais dos Tempos, setembro/outubro de 1999


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