97 POR QUE JESUS NÃO FOI UM DELES?

acervo de sermões extra


TEMA/ASSUNTO:COMBATE A RELIGIÃO INTOLERANTE E LEGALISTA. 


OBJETIVO: INCENTIVAR O FORTALECIMENTO RELACIONAL ENTRE PESSOAS E PESSOAS, E  ENTRE AS PESSOAS E DEUS.


TEXTO:JO 14:6 “...Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai se não por mim.”


INTRODUÇÃO:


Na antiga mitologia grega, havia um personagem muito cruel que se chamava Procusto. Procusto era um malfeitor que morava numa floresta, ele tinha mandado fazer uma cama que tinha exatamente as suas medidas, nenhum milímetro a mais, nenhum milímetro a menos. 


Procusto saia todas as tardes a captura de pessoas. Quando capturava uma pessoa na floresta, Procusto amarrava a pessoa em sua cama. Se a pessoa fosse maior que as suas medidas, ele simplesmente cortava fora o que sobrava, mas se fosse menor que as medidas dele ele esticava a pessoa até ela caber na medida exata da cama. Simpático esse Procusto não? 


O que esta história mitológica nos mostra? Ela nos mostra que Procusto era um personagem intolerante, que era incapaz de compreender o diferente, mas essa história nos faz lembrar que existem muitos Procustos soutos por ai em nossas igrejas. Pessoas intolerantes com o outro, com o diferente, que tornam a religião um verdadeiro fardo para os mais jovens e mais fracos na fé. Estabelecem regras pesadíssimas, que nem os próprios Procustos conseguem cumprir.

Lembro-me de um pequeno grupinho que participei no passado, na região metropolitana de Recife, onde participavam cerca de 30 pessoas. Os líderes daquele grupo decidiram realizar uma série de conferências públicas, com o objetivo de envolver e treinar os membros para o evangelismo, e principalmente para ganhar almas. Todos os preparativos foram feitos e as conferências foram iniciadas, após 30 noites de programa 22 almas foram batizadas ali para honra e glória de nosso Deus. Passados poucos dias após o término das conferências começaram os problemas naquela igreja, os recém batizados que durante as conferências eram recebidos com festa foram sendo agora incompreendidos, repreendidos e destratados por causa de pequenos deslizes e o resultado foi afastamento e abandono da igreja. A última vez que voltei a esse grupo das 22 almas nós não encontramos mais nenhuma daquelas pessoas. É com tristeza que constatamos que esse problema é uma realidade em nossas igrejas. A  igreja inverte seu papel.





I.SE DISTANCIA DO VERDADEIRO PROPÓSITO DA RELIGIÃO


O mundo enfrenta uma verdadeira crise de papéis. São famílias que deveriam ser a célula protetora da sociedade, se esfacelando pela falta de diálogo e de compreensão. Juizes que deveriam defender o direito da população, sendo presos por roubarem os cofres públicos. Policiais que deveriam manter a ordem entre a população, estão fazendo o papel dos bandidos amedrontando a todos. Esse é o tipo de sociedade em que vivemos, uma sociedade que enfrenta uma grave crise de papéis.

O mundo religioso não escapou dessa crise, e a cada dia a igreja tem se distanciado mais do papel que lhe foi conferido por Cristo, proporcionar ao pecador um encontro com Deus.

Existem hoje centenas de religiões espalhadas pelas esquinas de nosso pais, que afirmam ter um corpo de doutrinas consistentes e absolutas. Cada religião se apega a um ponto de vista que julgam ser imprescindíveis para proporcionar ao ser humano um encontro com Deus.

Uma religião fala de padrão moral, outra de ética, outra de obras, outra de vestuário, outra de alimentação, mas poucas ou quase nenhuma delas conhecem o verdadeiro papel da religião estabelecido por Jesus.

Quando da sua primeira vinda a esta terra o contexto religioso da época era muito parecido com o de nossos dias. Existiam muitas religiões naquela época, que invertiam o papel da religião também. Curiosamente, Jesus não participou de nenhuma delas. Por que? O que havia de errado entre as seitas judaicas? Vejamos agora os equívocos dos:

1. ESSENIOS


Nos dias de Jesus existia uma seita judaica chamada essênios, que por julgarem-se religiosos com padrões morais superiores aos vigentes naqueles dias, recluiram-se as margens do mar morto afim de evitarem contaminarem-se com os costumes errôneos de seus dias.


A semelhança dos essênios muitos religiosos de hoje buscam o isolamento nos preconceitos e afastam-se das pessoas que julgam serem mais pecadoras.


2. FARISEUS


Os fariseus, que eram também conhecidos como separatistas, eram abertos quanto a participação, porém completamente radicais quanto a observância da lei. Eram completamente contra a influência helenistica na religião. Tornaram a religião um verdadeiro fardo. A maioria dos fariseus eram verdadeiros hipócritas que exigiam dos outros um padrão moral e ético inatingível por eles próprios. Afastavam de Deus as pessoas sinceras.

Muitos religiosos ainda hoje cometem o mesmo erro, colocam costumes acima da doutrina pura e verdadeira do amor de Deus, e tornam a religião um código complexo de leis e regras.



3. SADUCEUS


Por fim naqueles dias uma outra seita chamada de Saduceus, grupo mais fechado quanto a participação que os fariseus, pois só participavam dessa seita os sacerdotes e aristocratas. Os saduceus elitizavam a religião, permitindo apenas que os mais influentes da sociedade judaica tivessem o direito de ter acesso a Deus.

Religiosos que se isolam, religiosos hipócritas e religiosos elitistas. Este era o quadro que representava a religião dos dias de Jesus.


Não é difícil compreender porque ao invés de Jesus participar de qualquer dessas religiões Ele criou a sua própria.

Porque todos eles estavam equivocados quanto ao papel que deviam desempenhar, todos estavam preocupados com os rótulos, demonstravam ser o que na verdade não eram, e Deus não está interessado em rótulos, Ele está interessado em você do jeito que você é.

A religião que inverte os papéis não serve para Deus e se torna perigosa para o homem. A religião que precisamos é a verdadeira


II. A VERDADEIRA  RELIGIÃO


Jo 14:6  “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai se não por mim.” A religião que não apresenta essa proposta, não presta, não serve para nada. 

O significado autêntico de religião vem do latim religari, que significa religar. A religião verdadeira é aquela que restabelece o relacionamento do homem com Deus por meio de Jesus. Este é o verdadeiro sentido de religião e esse é o seu papel.

Religião não se resume a um conjunto de doutrinas, um estilo de vida, um padrão moral, um agrupamento de valores, nem tão pouco formas liturgicas.

A verdadeira religião só encontra definição quando proporciona ao ser humano a possibilidade de relacionar-se com Deus, através de Cristo.

LC 15:20-24 relata a parábola do filho pródigo e Jo 8: 4-11 a história da mulher adúltera, dois trechos dos evangelhos que nos apresentam a figura de um Deus que quer se relacionar com o ser humano, um Deus de perdão e não de leis severas e intolerantes, como é apresentado por muitas religiões.

Se alguém tem vivido um outro tipo de religião que não se traduz por intermédio do relacionamento com Deus por intermédio de Cristo, você está se enganado em relação a religião. Como enganado, pode dizer você: “eu sou Adventista, e Adventista não se engana”.

Eu também pensava assim, até que me aconteceu algo que mudou a minha opinião sobre isto.



CONCLUSÃO


Ao chegar ao SALT, logo no primeiro semestre, nos tínhamos uma  matéria com o professor Emílio Abdala, chamada Evangelismo Pessoal, que tinha sua parte prática aos sábados a tarde. Nós temos um colega chamado Guilherme Shultz, um carioca muito bacana que gosta de consertar aparelhos eletrônicos, mas que é um cara muito entrão, o tipo de sujeito que vai visitar a sua casa e se ele encontrar um aparelho eletrônico quebrado, ele pede logo uma chave de fendas para tentar consertar. Nos sábados a tarde ninguém queria sair com Shultz por causa disso. Eu mesmo dizia pá mim mesmo se o professor Abdala dividir a turma e me colocar para fazer dupla com Shultz, eu não vou. 

Então um sábado desses, o professor começou a dividir as duplas para o trabalho missionário e os colegas estavam sendo divididos, e eu olhava para sala e lá estava o Shultz, e as duplas foram saindo uma a uma até a última e restaram apenas eu e o Shultz, eu não acreditei, mas era verdade, tentei relutar, mas não deu tive que ir fazer o trabalho missionário com o Shultz, mas eu disse para ele não mexe em nada, e o Shultz concordou.

Saímos então para o trabalho e logo na primeira casa da rua fomos bem recebidos por uma Senhora que nos mandou entrar e aguardar na sala, enquanto saiu um pouco.

Enquanto aguardávamos a volta da senhora ficamos inquietos, e o Shultz começou a levantar-se na sala, me causando preocupação, e eu tentava pedir para ele sentar, mas apenas sussurrava, com medo que as pessoas da casa pensassem que nós estávamos tramando algo.

O Shultz então aproveitou um descuido meu e atraído por um relógio que parecia de ouro que estava sob uma cristaleira, no meio de uma escadaria que dava para a sala, subiu até o relógio e começou a mexer nele. Lá em baixo eu chamava ele, sem que ele atendesse, foi quando lá de cima um senhor se aproximou e assustado com o barulho do causado pelo senhor ao invés de devolver o relógio a cristaleira e descer a escadaria, o Shults jogou o relógio dentro da pasta do trabalho missionário e desceu mudo.

Vendo todo aquele movimento o homem começou a nos acusar de ladrões, e eu tentava nos defender, imaginando como devolveríamos o relógio. Shultz ficou mudo e eu argumentava com o Senhor, sem sucesso, até que ele resolveu chamar a polícia.

Quando a polícia chegou, imaginei que convenceríamos os policiais, mas isso não aconteceu, a senhora que nos mandou entrar, apareceu novamente e para completar o problema negou com medo do patrão que tivesse nos mandado entrar.

Quando dissemos que estudávamos no IAENE, os policiais ficaram balançados a nos liberar, pois conheciam o colégio e os adventistas, e como não havia nenhuma prova contra nós ia nos liberar. Foi ai que o relógio na bolsa de Shultz tocou Trinnnnnnnn. E eu acordei.

Viram como é fácil enganar Adventistas, queridos sabemos que muitos que aqui estão podem está enganados em seus conceitos. Não são leis severas, intolerância, isolamento ou a elitização da religião que nos aproximarão de nosso Deus, mas sim um relacionamento com Ele através de Jesus. Relacionamento que nos proporcionará o desejo de se relacionar com os nossos semelhantes também.


APELO:


Não gostaria você de hoje restabelecer seu relacionamento com Deus através de Jesus, largar a intolerância, o legalismo, os preconceitos, e começar uma nova vida religiosa, motivada unicamente pelo amor a Deus. Se você deseja se relacionar com Deus, venha ao altar do Senhor: “Ao ouvirdes hoje a sua voz não endureçais o coração”, venha!