O Nazista Brasileiro que morreu no dia do aniversário

nazista brasileiro felinto

 

O NAZISTA QUE RECEBEU A MORTE COMO PRESENTE DE ANIVERSÁRIO!!!


Pesquisando a História, encontramos o relato de muitas pessoas que morreram na data do seu aniversário. Mas hoje vamos considerar ligeiramente apenas um dos fatos. 


Filinto Strubing Muller nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 11 de julho de 1900. Exerceu muitos cargos na administração do país. Foi eleito quatro vezes senador pelo Estado de Mato Grosso entre 1947 e 1973. 


Mas se destacou quando foi o chefe da polícia política do Distrito Federal durante o governo Vargas, cargo que exerceu de 1933 a 1942.  É acusado de prender mais de 20 mil pessoas nesse período, foi um torturador e praticou até assassinatos! Escolheu para conduzir a sua polícia política a escória do Exército, os piores elementos da época!  


O repórter David Nasser, no livro Falta alguém em Nuremberg, descreve os muitos atos criminosos praticados por Filinto Muller contra os opositores ao regime. Ele prendeu a ativista judia Olga Benário Prestes e a entregou aos nazistas, que a executaram em uma câmara de gás no campo de concentração de Bernburg em 1942. 


O título do livro diz alguma coisa sobre o caráter truculento de Filinto Miller. O Tribunal de Nuremberg foi o famoso tribunal que julgou os criminosos de guerra nazistas logo após a Segunda Guerra Mundial. David Nasser acha que Filinto Miller, em razão dos seus crimes, deveria estar entre eles. 


No dia 11 de julho de 1973,  ele embarcou no Aeroporto Internacional do Galeão no Rio de Janeiro no voo 820 da Varig com destino a Londres, Inglaterra, com escala em Paris, França, Ao aproximar-se do Aeroporto de Orly, em Paris, uma ponta de cigarro lançada na lixeira de um dos banheiros do avião provocou um incêndio que se alastrou e chegou a invadir a cabine da aeronave. 


O piloto, tentando evitar uma tragédia maior se a aeronave caísse sobre a cidade de Paris, resolveu aterrissar em uma plantação de cebolas! O incêndio, a fumaça e a aterrissagem forçada resultaram em 123 mortos, com apenas 11 sobreviventes (10 tripulantes e 1 passageiro). Entre as vítimas estava Filinto Muller, que na época era o presidente do Senado Federal.   


Ele jamais ocultou sua simpatia pelo nazismo e ficou muito contrariado quando viu o presidente Getúlio Vargas passando a apoiar os aliados que lutavam contra o regime de Hitler. 


Apesar de tudo, ele é homenageado em seu Estado natal. Uma avenida em Várzea Grande e outra em Cuiabá têm o seu nome. O mesmo acontece no Estado de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande e Três Lagoas. 


Podemos extrair algumas lições dessa tragédia. Uma delas é que os maus também morrem. Outra é que a morte não faz acepção de pessoas. Sim, porque Filinto Muller não foi o único a perecer nesse desastre. 


Também outros que não tinham praticado o crime morreram nesse dia fatídico. Entre eles, o cantor Agostinho dos Santos, a atriz Regina Lecléry e muitos outros! 


Postado por Francisco Alves de Pontes