8 DEUS NÃO PODE SER ESQUECIDO

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Pr. Osmundo Graciliano dos Santos Júnior


I - Introdução


O povo israelita durante o cativeiro egípcio sofreu a nefasta influência da idolatria, através dos ritos pagãos que no Egito se caracterizavam pela adoração ao boi e às serpentes, rãs, moscas e etc.


A manifestação idólatra no Sinai atesta a triste realidade do povo distanciado do verdadeiro Deus e buscando deuses falsos, cujos cultos abjetos aviltavam a alma.


Lemos a descrição apresentada pelo livro Patriarcas e Profetas, pág. 325:


“Sentindo o seu desamparo na ausência do dirigente, voltaram às suas velhas superstições. Aquela ‘mistura de gente’ foram os primeiros a se entregarem à murmuração e impaciência, e foram os chefes da apostasia que se seguiu. 


Entre as coisas consideradas pelos egípcios como símbolos da divindade, estava o boi ou o bezerro; e foi pela sugestão dos que haviam praticado esta forma de idolatria no Egito, que então foi feito e adorado um bezerro. 


O povo desejava alguma imagem para representar Deus, e ir diante deles em lugar de Moisés. Deus não dera espécie alguma de semelhança de Si, e proibia qualquer representação material para tal fim. 


Os grandes prodígios feitos no Egito e no Mar Vermelho destinavam-se a estabelecer nEle fé, como o Ajudador de Israel, invisível e Todo-Poderoso, o único verdadeiro Deus. E o desejo de alguma manifestação visível de Sua presença fora satisfeito com a coluna de nuvem e de fogo que guiava os seus exércitos, e pela revelação de Sua glória sobre o Monte Sinai.


Mas, com a nuvem de Sua presença ainda diante deles, volveram em seus corações à idolatria do Egito, e representaram a glória de Deus invisível pela semelhança de um bezerro!”


O povo havia perdido sua dependência de Deus, tornando-se hostil às Suas sábias e benfazejas orientações. Perdera de vista as promessas de prosperidade e felicidade que o Senhor lhes fizera e de sua missão como embaixadores de Deus no mundo.


II - O plano de Deus: desenvolver em seu povo uma total dependência dEle


O Senhor teria que erguer os hebreus da prostituição espiritual, eliminando deles a indiferença e desconfiança para com Seus conselhos e ordens. 

Para alcançar esse objetivo inadiável para a recuperação do povo hebreu, duas eram as condições: confiança nas promessas de Deus e obediência aos Seus preceitos.

Para estimulá-los à confiança e levá-los à obediência, o Senhor se manifestaria poderosamente através de homens e da natureza.


III - As poderosas manifestações de Deus


Os hebreus estavam totalmente despreparados pela a guerra. Ignoravam as operações militares mais simples. Deus, porém, livrou-os dos exércitos mais poderosos e experimentados.


Em Redifim, lugar bem árido, com alguns arbustos raquíticos, o povo manifestou desconfiança nos cuidados de Deus.

Êxodo 17:2, 5-6


Moisés não deveria ferir os rebeldes, senão a rocha; não fazer jorrar sangue do peito dos murmuradores, senão uma corrente de água da pedra. Milhares de animais e pessoas foram dessedentados mediante o suprimento oferecido por Deus.


1. A passagem miraculosa do Jordão


Naquele trecho do percurso do rio, a largura era de aproximadamente 60 metros. No tempo da colheita, as neves que vinham das montanhas aumentavam o volume do rio que transbordava tornando-se impossível atravessá-lo nos lugares costumeiros, pois a largura chegava a alcançar mais de 100 metros.


Uma vez mais que o Senhor operaria poderosamente em favor de Seu povo.


Deus orientou a Josué acerca da maneira como se operaria a passagem para o outro lado do Jordão. Josué 3:1-8


Palavras persuasivas de um líder possuído de fé no Todo-Poderoso: “Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós...”


O Senhor era poderoso par guiá-los e defendê-los.


O povo deveria ficar distante da arca da aliança 1609 metros. Assim a arca, que era o símbolo e a certeza da própria presença de Deus, tornar-se-ia visível a todos. (Ler e comentar rapidamente os versos 14-17.)

O Senhor proveria as necessidades físicas e materiais do povo.


Deuteronômio 11:10-15 (Ler com bastante ênfase)


Os aspectos físicos da Palestina apresentavam notável contraste com a terra da escravidão. Os campos cultiváveis do Egito se localizam numa estreita planície árida. A carência de chuva era suprida pelas inundações anuais do Nilo. 


Na Palestina após o verão abrasador vinham as primeiras chuvas que preparavam a terra para a semeadura. E nos meses de março e abril caíam as últimas chuvas que revigoravam o plano para a colheita. Que grande benção!


IV - Se o povo obedecesse os conselhos e instruções de Deus, Ele os continuaria a abençoar ricamente.


Consideremos as lições contidas no pensamento apresentado na pág. 481 do livro Ciência do Bom Viver:


“Nosso Pai celeste tem mil maneiras de nos prover as necessidades, das quais nada sabemos. Os que aceitam como princípio fazer supremo o serviço de Deus, verão desvanecidas as perplexidades e terão caminho plano ante si.”


Deus queria que Seu povo fosse sadio, feliz e santo.


V - O grande perigo: esquecer o que Deus fizera pelo povo


Depois que o gado estivesse crescido e seus bens fossem multiplicados, havia o perigo deles se esquecerem de que a magnanimidade divina lhes propiciara as melhores condições para a prosperidade. Poderiam ser dominados pela auto-suficiência que os distanciaria do Céu, causando-lhes a desgraça e desdita.


Deus em Sua onisciência havia elaborado um plano para cultivar no homem a dependência dEle, eliminando assim a possibilidade do desenvolvimento da suficiência própria, pecado que gera os mais graves percalços da alma.


VI - O plano de Deus: simples e eficiente


O Senhor os ensina as bençãos contidas no sistema do dízimo. Abraão e Jacó já o haviam praticado e desfrutado de seu benefícios.


Ao devolverem a décima parte de seus ganhos, os hebreus como povo escolhido de Deus, manifestariam o reconhecimento que tudo quanto existe da maravilhosa criação é propriedade de Deus que a criou.


Estariam reconhecendo que a preservação de suas vidas e as vitórias alcançadas eram manifestações do amor e misericórdia do Criador.


A prática do sistema do dízimo fortaleceria no povo o desejo de ser aconselhado, instruído, protegido e guiado por Deus.


Essa experiência estreitaria os vínculos de amizade entre Deus e Seu povo, pois este dar-lhe-ia o primeiro e o melhor e o Senhor os abençoaria sem medida.


VII - O plano de Deus em vigor hoje


“O sistema especial de dízimos baseia-se em um princípio tão duradouro como alei de Deus. Esse sistema foi uma benção ao povo judeu, do contrário o Senhor não lho haveria dado. 


Assim será igualmente uma benção aos que o observarem até o fim do tempo. Nosso Pai celeste não instituiu o plano da beneficência sistemática com o intuito de enriquecer-Se, mas para que o mesmo fosse uma grande bênção para o homem. 


Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava.” Mordomia e Prosperidade, pág. 67 e 68.


Chamamos a atenção para a validade do sistema e a certeza de benção aos cristãos ao observarem até ao fim do tempo.


O ato de dizimar nos sustenta mais próximos de Deus, porque nos leva a meditar e reconhecer o Seu poder provedor que governa generosamente nos supre do necessário para o nosso gozo.


“Pertencemos a Deus; somos Seus filhos e filhas - Seus pela criação e Seus pelo dom de Seu filho unigênito, para a nossa redenção. ‘Não sois de vós mesmos... fostes comprados por um bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus’. 


A mente, o coração, a vontade, e as afeições pertencem a Deus; do Senhor é o dinheiro que manuseamos. Todo bem que recebemos e gozamos resulta da benevolência divina. Deus é o liberal doador de todo o bem, e deseja que, da parte de quem recebe, haja reconhecimento dessas dádivas que provêem todas as necessidades do corpo e da alma. Deus só exige o que é Seu. 


A primeira parte é do Senhor, e deve ser usada como um tesouro que por Ele lhe foi confiado. O coração despido de egoísmo despertará quanto ao senso da bondade e do amor de Deus, e será levado a vivo reconhecimento de Suas justas reivindicações.” Mordomia e Prosperidade, pág. 72

O ato de dizimar se incorpora ao culto a Deus, porque o reconhecimento de Sua soberania é prioritário em nosso relacionamento com Ele, e portanto imprescindível à adoração que lhe tributamos.


O devolver o dízimo faz parte da adoração pessoal, familiar e coletiva da Igreja. O dízimo está em primeiro lugar. “Não lhe devemos consagrar o que resta de nossas rendas, depois que todas as nossas necessidades reais ou imaginárias tenham sido satisfeitas; mas antes de qualquer parte gasta devemos pôr de parte aquilo que Deus especificou como Seu. 


Muitas pessoas atendem a todas as exigências e obrigações inferiores e deixam a Deus apenas as últimas respigas, se as houver. Não havendo, Sua causa deve esperar até uma ocasião conveniente.” Mordomia e Prosperidade, pág. 81


Primeiro separamos o dízimos, depois o pacto e as ofertas.


Após separamos o que a Deus pertence, dividiremos o dinheiro segundo o planejamento financeiro da família.


Lembremo-nos que o “dízimo será santo ao Senhor”. Lev. 27:32


Expressaremos a santidade devolvendo ao Senhor o primeiro e o melhor.


VIII - Conclusão


Pertencemos a um Deus maravilhoso, que tem guiado Seu povo vitoriosamente e a cada um tem suprido de graça e poder para vive a Sua vontade, que produz o mais genuíno gozo e satisfação.


O interesse do Senhor é ter-nos em breve na eternidade - sem o pecado e suas horríveis seqüelas de dor, desespero e morte - por isso Ele mesmo estabeleceu o programa de Sua igreja para levar avante a bendita causa do advento. Causa que abreviará os dias maus desta Terra.


Reflitamos nas seguintes palavras inspiradas pelo Espírito Santo:


“O próprio Deus deu origem aos planos para o avanço de Sua obra, e tem proporcionado a Seu povo um excesso de meios, a fim de que, quando Ele pedir auxílio, alegremente possam atender. 


Se forem fiéis em levar para o Seu tesouro os meios que lhes foram emprestados, Sua obra fará rápido progresso. Muitas almas serão ganhas para a verdade, e o dia da vinda de Cristo será apressado.” Mordomia e Prosperidade, pág. 45


Façamos de Cristo o Senhor de nossa vida e consagremos a Ele o que somos e temos, para em breve podermos ver Sua obra terminada e a glória da Sua vinda anunciada pelos clarins angelicais.



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