40 TRANSPLANTES CARDÍACOS

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INTRODUÇÃO: 


1. No final da década de 60, o Dr. Christian Barnard anunciou que havia realizado seu primeiro transplante cardíaco. Esta notícia comoveu o mundo.


a) A cidade de Cabo converteu-se num centro de admiração e de polêmicas ao mesmo tempo. 


b) Toda uma série de discussões acerca da legitimidade ou não de tal tipo de cirurgia deu volta ao mundo. 


2. Pouco depois realizavam-se transplantes cardíacos em outros países.


a) No dia 31 de maio de 1968, na clínica Modelo de Lanús, após 223 minutos de intervenção, o Dr. Bellizi realizava o primeiro transplante argentino. 


b) Dentro de poucos dias, outro. 


c) Foi, então, que o envolveram num processo que durou 10 anos.


3. Em 3 de outubro de 1977, foi promulgada na Argentina a lei 21.541 abrindo uma possibilidade geral para realizar este tipo de operação. Nessa lei estabelece-se com clareza a definição da marte clínica e as pautas para determiná-la: 


a) Ausência de respostas a estímulos externos; 

b) Eletroencefalograma plano; 

c) Pupilas fixas vitrificadas; 

d) Ausência de respiração espontânea; 

e) Ausência de reflexos oculocefálicos: 

f) Provas calóricas vestibulares negativas; 

g) Prova da Atropina negativa; 

h) Como se isso fosse pouco, a lei prevê, além disso, as condições e requisitos para que qualquer pessoa possa doar seus órgãos em vida.

4. Foi o Dr. René Favaloro, auxiliado por uma equipe constituída de 30 profissionais, que realizou a primeira intervenção deste tipo depois de promulgada a lei 21.541.

a) Transplantou ao suboficial da prefeitura, Domingos Penha, o coração do açougueiro André Eduardo Tedesco, morto aos 45 anos de idade por motivo de um derrame cerebral. 

b) A façanha foi realizada na madrugada de 25 de maio de 1980.

5. Mas hoje quero falar também dos transplantes como metáfora. Farei referência a algo assim como um transplante cardíaco moral, ou melhor, espiritual. 


I. POR  QUE  AS  PESSOAS  SE  SUBMETEM  A  UMA  OPERAÇÃO  DESTE  TIPO?


1. As cirurgias de transplante de coração correm um alta risco. 

2. A técnica é bem prolixa e são tomadas precauções pertinentes. É uma tarefa minuciosa que exige respeito às conexões que logo se unirão com as artérias e veias do receptor.

a) Naturalmente que a veia cava é cortada em sua intercessão no ventrículo direito; 

b) Em seguida seciona-se a aorta torácica ascendente junto ao tronco brônquio-encefálico. 

c) Depois corta-se o tronco da artéria pulmonar a nível de sua bifurcação. 

d) Finalmente, cortam-se as quatro veias pulmonares correspondentes ao ventrículo esquerdo. 

e) O coração é colocado num recipiente com uma solução especial (por exemplo, uma solução fisiológica refrigerada Ringer Lactato) a uma temperatura de 4 graus.

3. A técnica mais difundida assinala que os trabalhos cirúrgicos começam com o paciente anestesiado e dotado de um respirador automático. Enquanto um cirurgião descobre a artéria femoral direita, outro abre o tórax mediante uma incisão longitudinal desde a jugular até o umbigo, abrindo em sentido vertical o esterno, com uma serra oscilante. Expostos ambos hemisférios, aparece o pericárdio que se abre longitudinalmente. 

Neste ponto torna-se imprescindível conectar ao paciente o aparelho de circulação extra-corpórea, que substitui a função do coração até quando lhe seja colocado o do doador. A extirpação do coração do receptor segue um caminho diferente ao método utilizado para o doador. Embora seja igual ao caso anterior, prestando uma atenção especial à seção das artérias e veias que logo serão ligadas ao novo coração. Uma vez extraído, no "sacapericardio" as artérias e as vasos ficam maiores. 

É o momento de implantar o coração do doador e começar a dar os pontos. Primeiro, une-se o ventrículo esquerdo do receptor com o do doador, depois a artéria pulmonar e, finalmente a aorta. 

Poucos minutos depois o coração começa a mostrar os primeiros movimentos ventriculares e superficiais, que são a expressão da chamada fibrilação ventricular. A partir daí, as batidas do coração transplantado vão se tornando cada vez mais vigorosas e pode-se desligar do paciente o aparelho de circulação extra-corpórea. 

3. Quais são os resultados obtidos?

a) Segundo o Dr. Gellizi, nas EE.UU. estariam sobrevivendo mais de 50% dos pacientes cardio-enxertados. (Sete Dias, 28/5 a 3/6/80.) 

b) O Dr. Christian Barnard escreveu: "... fizemos 34 transplantes; 14 foram os pacientes que sobreviveram, um dos quais completou 11 anos com a coração enxertado. Chegamos a de terminar que 75%, pelo menos, consegue viver um ano." (La Semana, 28/5/80.) 

4. Sendo que os riscos são muitos, pergunta-se: Por que existem pessoas que se submetem a este tipo de cirurgia? À resposta é óbvia:

a) Submetem-se porque sabem que é a única esperança que lhes fica, pois seu coração está danificado e não lhes oferece nenhuma garantia. 

b) Quem se submete a este tipo de operação?

(1) Enfermidades das artérias coronárias que não hajam provocada muitos enfartes, mas tornando-o inválido pela irreversibilidade ou pela freqüência da crise. 

(2) Enfermidades do miocárdio, como a miocardite, que não se pode resolver por meio da terapia médica e que, indefectivelmente evolucionam para a insuficiência irreversível do miocárdio. 

(3) Enfermidade da válvula cardíaca que torna impossível o êxito da cirurgia. 

(4) Vícios congênitos graves.

c) No caso do suboficial Domingos Penha, sua esposa declarou: "Sofria de uma insuficiência cardíaca que o impedia de fazer qualquer tarefa; aborrecia-se, agitava-se e terminava esgotado mesmo depois de mínimos esforços." (La Semana, 28/5/80.) 

d) Por isso é que o Dr. Favarolo lhe havia dito que a sua única esperança seria um transplante. (Ibid.) 

e) Quisera dizer que, perdidos por perdidos, diante da única esperança, decidem arriscar. 


II. HÁ  SÉCULOS,  O  SENHOR  VEM  FALANDO  DE  UM  TRANSPLANTE  CARDÍACO  MAIS  IMPORTANTE.


1. Fala do coração espiritual.

a) Essa espécie de Bomba emocional, espiritual e racional que impulsiona a vida psíquico espiritual de uma pessoa. 

b) É a mesma que impulsiona essa área de nosso ser que nos distingue dos animais.

2. De acordo ao diagnóstico do Senhor, não podemos confiar demasiadamente nesse coração. Jeremias 17:9. 

3. O Senhor oferece a única solução: Um transplante realizado com Sua mão divina. Ezequiel 36:25-27. 

4. Alguns minimizam ou ignoram o diagnóstico do grande cirurgião cardíaco celestial.

a) Não querem aceitar o diagnóstico realista da natureza humana. Até que não O reconheçam, tudo será inútil. 

b) Há os que pretendem tratar do problema com calmantes para a consciência.

- Mas isto não é solução. 

- Seria apressar a crise. 

- Na melhor dos casos seria entorpecer o moribunda e impedir-lhe, dessa forma, de tomar uma decisão que lhe salve a vida.

5. Há os que pensam que por estar integrados a uma igreja já estão com o seu problema religioso resolvido, mas sem um coração novo, não alcançam.

a) ILUSTRAÇÃO: Faz alguns anos, em certa cidade da Inglaterra desapareceu uma menina chamada Mary. Seus pais a consideravam seu maior tesouro, e agora está desaparecida. 

Os pais, os vizinhos e a polícia fizeram uma campanha para encontrá-la, mas não tiveram êxito. 

Era tarde, o pai e um policial estavam passando em frente de uma igreja e o policial se decidiu entrar para ver se a menina não estava ali. Em uma sala contígua estava um ministro mostrando um filme educativo a um grupo de crianças. O policial pediu permissão ao ministro para fazer um anúncio ali mesmo, na escuridão. Disse em alta voz: 

- Se Mary Jones, uma menina que desapareceu da casa de seus pais, estiver aqui venha comigo imediatamente. Seu pai está esperando lá fora. 

Ninguém respondeu, e a polícia e o pai continuaram a procura em outra parte. 

Quando terminou o filme e as luzes foram acesas, o ministro viu Mary entre as outras crianças. Ele perguntou a ela: 

- Filhinha, por que você não respondeu quando a polícia a chamou? Seus pais pensam que você está desaparecida. 

Ela respondeu: 

- Não estou perdida, estou aqui na igreja e sei onde estou! 

Há muitos hoje que estio perdidos para a vida eterna sem saber, embora estejam indo à igreja.

6. Mas o novo nascimento é:

a) Muito mais que ir à igreja. 

b) Mais que procurar fazer o que é justo. 

c) Mais que remediar algo da vida. 

d) Mais que ser batizado meramente. 

e) Mais que participar da comunhão ou ceia do Senhor. 

f) Mais que fazer nossas preces ou nossas orações regularmente. 

g) Envolve uma mudança completa e radical como resultado de haver recebido a cristo na vida. 2 Coríntios 5:17.


III. COMO  SE  PRODUZ


1. Há uma diferença com os transplantes físicos:

a) Quando se faz um transplante cardíaco, tira do paciente um coração velho, que está mal e enxerta-lhe outro que funciona melhor, mas que também não é novo, já funcionou 20, 30 ou 40 anos, segundo o caso. 

b) Mas Deus não se propõe nos tirar um coração velho para nos transplantar outro coração! Efésios 4:22-25.

- Que comece batendo no ritmo e com a intensidade da vontade de Deus. 

- A amar as coisas que Deus ama. 

- A deixar de lado as coisas que Deus proíbe. 

- A programar com alegria a vida segundo os planos de Deus.

2. Mas também há semelhanças. Em ambos os casos faz falta um doador.

a) Não sei o que você pensa, mas a mim me custa pensar em um doador como uma pessoa que não ama ao seu próximo. Parece-me que no mínimo, alguém é capaz de se colocar no lugar de outro. 

b) Tomemos o caso de André Tedesco. Aos 28 anos sofreu um derrame cerebral que o levou ao estado de coma durante 45 dias. Quando recuperou a consciência entendeu que, "a partir  daqui vivo, gratuitamente". Mas essa experiência difícil de sua vida permitiu-lhe entender a tragédia dos demais. Por isso fez a decisão de que na sua morte doaria seu coração. 

Disse ele: "Sou um agradecido à VIDA, com letras maiúsculas; a vivi duas vezes. Por isso quero ajudar a outros para que não passem por esse transe que a mim me tocou passar." 

c) Os que tiveram o privilégio de nascer de novo pela graça de Deus, mediante Jesus Cristo, agradecidos por esse dom de Deus, desejamos partilhá-lo também com você. Vejamos o mais emocionante: 

d) Jesus cristo nos entende e Ele é o grande Doador.

(1) Como Tedesco, porém em um grau maior, capta nossa trágica situação com amorosa simpatia. Hebreus 4:14-16. 

(2) E é por isso, porque nos ama, que morreu por nós e autorizou a Deus o Pai para nos enxertar seu sagrado coração. Romanos 5:6-8. 

3. Outra semelhança: Devemos nos entregar.

a) Há operações simples nas quais um médico pode operar-se a si mesmo, utilizando anestesia local (por exemplo, no dedo do pé). 

b) Mas ninguém é capaz de fazer em si mesmo um transplante cardíaco. Outro tem que fazer a operação.

- Deve entregar-se ao cirurgião e sua equipe para que realizem o transplante.

c) Do mesmo modo devemos nos entregar ao grande cardiologista celestial. 

(1) Submeter nossa mente à mente de Cristo. 

(2) Entregar a nossa vontade, afetos e desejos a Cristo. 

(3) Devemos submeter nossa vontade, nossos afetos e desejos aos de Cristo. I Coríntios 2:16. 

(4) Devemos aceitar a vontade de Deus em nossa vida com a mesma simplicidade com a qual o paciente se entrega ao cirurgião.

4. Um dos problemas mais sérios executados pelas transplantes cardíacos é a rejeição. A alguns se lhes implantam um coração que o organismo rejeita. 

a) Deus respeita o livre arbítrio. Por isso torna-nos responsáveis de nossas decisões. 

b) Ele somente nos dará um novo coração se O aceitarmos.

5. Não é o paciente que determina como operar e o que deve ser tirado ou enxertado.

a) Ele se submete, entrega-se e deixa que o médico faça coma quiser, ou como sabe. 

b) Diríamos que esse é um ato de fé expressado na entrega. 

c) Pois não seremos nós que indicaremos a Deus como e o que deve ser feito.

(1) Deixemos que Ele opere como sabe, mesmo que decida tirar-nos coisas muito intimas e queridas. 

6. Uma parte vital é o tratamento pré-operatório, a fim de colocar o paciente em condições de ser operado. Assim também ocorre na ordem espiritual.

a) Num transplante o pré-operatório é muito delicado. 

b) Qual é o pré-operatório prescrito pelo Senhor?

(1) Arrependimento. 

(2) Renunciar ao pecado. 

(3) Uma mudança de raiz.


CONCLUSÃO: 


1. Amigo, amiga: Embora gostaríamos de dizer outra coisa, tarde ou cedo teremos que reconhecer que nosso coração espiritual, assim pecador, não dá mais. 

a) A duras penas vai "levando" 

b) Mas não está em condições de viver a eternidade.

2. Necessitamos de um novo coração. 

3. Deus nos oferece hoje, a oportunidade de recebê-Lo. 

S. João 1:12-13. 

4. Se tão somente você deixasse de oferecer resistência à obra do Espírito Santo. 

a) Deus tiraria seu velho coração. 

b) Enxertar-lhe-ia o sagrado coração de Jesus. 

c) Poria em você a mente, os sentimentos, os desejos, a vontade de Cristo. 

5. Diga agora, em sua alma, um SIM ao Senhor. 

6. (Apelo e oração.) 



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