34 A RECEITA DO EVANGELHO

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Pr. Aerce Marsola


I - "A RECEITA DO EVANGELHO"


"INTRODUÇÃO"


“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho...”

Esta é a ordem específica de Cristo Jesus a Seus Discípulos.

Como, porém, faria o homem para custear a pregação do Evangelho?


Jesus disse: “É me dado todo o poder, no céu e na terra... Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.”


Deus jamais pediria alguma coisas sem devida capacitação. Assim é Ele quem ordena, capacita e providencia os meios.


II - I. A RECEITA NO VELHO TESTAMENTO"


No passado Ele pediu a Noé uma obra especial e capacitou-o com dons, saúde, tempo e bens. Noé, sem dúvida, usou os seus bens pessoais para a execução da tarefa recebida de Deus.


Quando chamou a Abraão para ser pai de uma grande nação, Deus também usou a estratégia. Ao sair o povo de Israel do Egito em direção a Canaã terrestre, Deus instituiu o sistema de manutenção para o sacerdócio e serviços religiosos.


Mesmo na construção do Santuário Ele disse: “e far-me-ão um santuário para que possa habitar no meio deles.” Ex. 25:08.


Então disse como seria construído o mesmo: “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada.” Êx. 25:2.


“O plano de Moisés no deserto para alcançar meios teve grande êxito. Não houve necessidade de compulsão. Moisés não fez um grande banquete. Não convidou o povo para cenas de alacridade, dança, e divertimentos em geral. 


Tão pouco instituiu Ele tômbolas ou qualquer outra coisa profana desta espécie a fim de obter recursos para erigir o tabernáculo de Deus no deserto. Deus ordenou a Moisés que convidasse os filhos de Israel a trazerem ofertas. Devia Moisés aceitar dádivas de todo homem que voluntariamente desse, de coração. Essas ofertas voluntárias vieram em tão grande abundância que Moisés proclamou já ser suficiente.” Conselho Sobre Mordomia, pág. 203.


- Para a manutenção dos sacerdotes ele disse:


“Também todas dízimas da terra, tanto do grão do campo, como do fruto das árvores, são do Senhor: Santas são ao Senhor.” Levítico 27:30.


E então deixou escrito a quem ele daria os dízimos:


“Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por Herança, pelo serviço da tenda da congregação. Porque os dízimos do filhos de Israel, que apresentam ao Senhor em oferta, dei-os por Herança aos Levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma Herança terão.” Números 28: 21 e 24.


- Para a manutenção do Tabernáculo Ele pediu ofertas:


“A fim de promover a reunião do povo para o serviço religioso, bem como para se fazerem provisões aos pobres, exigia-se um segundo dízimo de todo o lucro. Com relação ao primeiro dízimo declarou o Senhor: ‘Aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel.’ Mas em relação ao segundo Ele ordenou: ‘Perante o Senhor teu Deus , no lugar que escolher para lhe fazer habitar o seu nome, comereis os dízimos do teu grão, do teu mosto, e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao Senhor teu Deus todos os dias’. Deut. 14:23 e 29”. Patriarcas e Profetas, pg. 565.


III A RECEITA NO NOVO TESTAMENTO"


Quando Jesus mandou os discípulos pregarem de dois em dois disse: “Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas... ficai nessa casa, comendo e bebendo do que Eles tiverem; pois digno é o trabalhador do seu salário...” Lucas 10: 4, 7.


- Após a ascensão de Cristo Jesus, a Bíblia relata que “todos os que criam estavam unidos e tinha tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos...” Atos 2: 44 e 48.


- Paulo em I Coríntios 16: 1 e 2 fala de “coletas” que se faziam para os “santos de Jerusalém”.


“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No Primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.”


Em outro lugar diz que eram mantidos (Só Ele e Barnabé - I Coríntios 9:6 e 7). Pelo seu trabalho com tendas mas refere-se aos outros apóstolos que eram mantidos pelos irmãos ( Igreja), porém, Ele mesmo também recebia salário, não dos Coríntios, mas de outras Igrejas - (II Coríntios 11:8)


- E então afirma em I Coríntios 9:14. “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o Evangelho, que vivam do Evangelho.”


Assim, cremos, havia um sistema semelhante ao do Antigo Testamento, baseado em dízimos ofertas, para manutenção do Evangelho.


- Eis um texto elucidativo:


“ ‘Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o Evangelho, que vivam do Evangelho.’


O Apóstolo se refere ao plano do Senhor para manutenção dos Sacerdotes que ministravam no Templo... Um décimo de toda renda era reclamada pelo Senhor como lhe pertencendo e reter o dinheiro era por ele considerado como roubo. foi a este plano para sustento do Ministério que Paulo se referiu quando disse: ‘Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o Evangelho, que vivam do evangelho.’ E mais tarde, escrevendo a Timóteo, disse ao Apóstolo: ‘Digno é o obreiro de seu salário.’” Conselho Sobre Mordomia, págs. 70, 71


IV A RECEITA PARA HOJE"


Qual seria o método para o cumprimento da pregação do Evangelho hoje?


Baseando-nos na Palavra de Deus, poderemos dizer: o mesmo. Porque é Deus quem diz: “Pois, eu, o Senhor, não mudo...” Malaquias 3: 6.


O assunto hoje é preocupante, e em alguns lugares, inventam-se vários métodos para a manutenção do Evangelho.


- Deus nos deu instruções específicas a respeito da manutenção da Pregação:


“O ouro e a prata pertencem ao Senhor; e Ele os poderia fazer chover do Céu, se o quisesse. Mas em vez disso, fez Ele o Homem o seu mordomo, confiando-lhe recursos não para que fossem acumulados, mas usados em benefício de outros. Deste modo torna o homem o meio pelo qual distribui Suas bênçãos na terra.” Conselhos Sobre Mordomia. pág. 15.


“Afora o dízimo, o Senhor requer de nós as primícias de todas as nossas rendas, e isto para que a sua obra na terra possa ser amplamente custeada. Os servos do Senhor não devem estar limitados a suprimentos escassos... Ao proclamarem a verdade, devem ter ao seu dispor meio suficientes para promover a obra tempo, de sorte a poder exercer o maior e mais abençoado efeito.” III TS, pág. 35, $ 4.


“Ofertas voluntárias e o dízimo constituem a receita do Evangelho. ‘Dos meios confiados aos homens, Deus reivindica determinada porção - o dizimo; mas Ele deixa todos livres para dizer quanto seja o dízimo e se querem ou não dar mais que isso. Devem dar segundo o coração. Mas quando o coração é comovido pela influência do Espírito de Deus... aquele que faz o voto não tem mais nenhum direito a porção consagrada.” II TS, pág. 40, $ 3.


“Assim nos tem o Senhor comunicado as mais ricas bênçãos celestiais, ao nos dar Jesus. Com Ele, nos tem dado gozar abundantemente todas as coisas, os produtos da terra, abundantes colheitas, os tesouros de ouro e de prata, são dádivas suas... Pede que o reconheçamos como doador de todas as coisas; e , por essa razão, diz: De todas as vossas posses reservo a décima parte para mim , além das dádivas e ofertas que devem ser trazidas à casa do Meu tesouro. Essa é a provisão que Deus fez para levar avante a obra do Evangelho.” Conselhos Sobre Mordomia, pág. 65


“Deus não requer menos de nós do que requeria do povo, na antigüidade. Suas dádivas a nós não são menores, mas maiores que as concedidas ao antigo Israel. Seu serviço exige agora, e sempre exigirá recursos. A grande obra missionária para a salvação de almas deve ser levada avante. Com o dízimo e as dádivas e ofertas, Deus fez ampla provisão para essa obra.” Conselhos Sobre Mordomia, pág. 71 


V - "CONCLUSÃO"


São de Ellen G. White as palavras:


“Vemos as igrejas dos nossos dias incentivando festejos, glutonaria e dissipação por meio de ceias, quermesses, danças e festivais realizados com o fim de ajuntar meios para a tesouraria da igreja. Eis um método inventado por mentes carnais para conseguir recursos sem sacrifício. Fiquemos livres de todas essas corrupções... Não temos o direito de lançar sobre eles o manto da santidade porque os recursos devem ser empregados nos planos da igreja. Tais ofertas são defeituosas e doentias, e têm a maldição de Deus...


Se não derem voluntariamente, por amor a Cristo, de maneira alguma será a oferta aceitável a Deus.” Cons. Sobre Mordomia, págs. 201 e 202


Fiquemos irmãos, ao lado de Deus e livres de qualquer outro plano substituto.


“Deus deseja que todos os Seus Mordomos sejam exatos no seguir os planos divinos. Não têm que alterar os mesmos para praticar alguns atos de caridade, ou dar algum donativo ou oferta quando e como eles, os agentes humanos, acharem oportuno. É um lamentável método da parte dos homens, procurarem melhorar os planos de Deus... Ele o tornou conhecido (seu plano) e todos quantos quiserem cooperar com Ele, têm de levar avante este plano, em vez de ousar tentar melhorá-lo.” Obreiros Evangélicos, pág. 225.


Com o sistema de “dízimos e ofertas” Deus deu ao homem o que ele precisava:


“... Nosso pai celeste não instituiu o plano da beneficência sistemática com o intuito de enriquecer-se, mas para que o mesmo fosse uma bênção ao homem. Viu que o referido sistema era exatamente o que o homem necessitava.” Test. Seletos, Vol. I, pág. 385.


Se todos seguirmos o sistema não haverá falta.


“... O plano divino do sistema do dízimo é belo em sua simplicidade e equidade... Se todos a uma o aceitasse,... não haveria falta de meios com que levar avante a grande obra de anunciar a derradeira mensagem de advertência ao mundo. O Tesouro estará provido se todos adotarem esse sistema...” Testemunhos Seletos, págs. 367, 368.


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