29. Pelágio da Bretanha

29. Pelágio da Bretanha

Soterologia – Século IV – Bretanha

A natureza humana é inalteravelmente boa.

Pelágio da Bretanha (350-423) foi um monge ascético, natural da província romana da Grã-Bretanha. Viveu em Roma, África do Norte e Palestina.

Tornou-se exímio autor de vários livros versando sobre o pecado, o livre-arbítrio e a graça. A doutrina de Pelágio alcançou grande repercussão em sua época e conseguiu um elevado número de adeptos.

Sua teologia era chamada de pelagianismo, e foi severamente combatida por seus contemporâneos Agostinho de Hipona (354-430) e Jerônimo de Estridão (347-420) e por fim considerada herética pelo Concílio de Éfeso (431).


Sua doutrina aborda cinco pontos principais, conhecidos como Pelagianismo.

1. Pecado original: 

Adão foi criado mortal e teria morrido, mesmo sem pecado. Nem o pecado de Adão, nem a sua culpa foram transmitidos aos seus descendentes. Ninguém morre causa do poder hereditário da morte de Adão ou por causa do seu pecado. O pecado de Adão foi somente dele. A humanidade não tem que pagar por algo que não cometeu. O que nós herdamos de Adão foi somente o seu mau exemplo, a sua desobediência.

2. Perfeccionismo: 

Todos os homens nascem bons porque são criadas como Adão antes da queda. Assim, o mal é um ato que podemos evitar. O homem pode viver perfeitamente sem praticar pecado. Eles pecam porque imitam o exemplo daqueles que pecam. Sendo que o hábito de pecar enfraquece sua força de vontade.

3. Batismo: 

O batismo de crianças é desnecessário, pois o homem não nasce com o pecado original. Ela vai para o céu do mesmo modo como as crianças batizadas. É absurdo batizar crianças para “remissão dos pecados”.

Para os adultos, o batismo tem validade, mas só para pagar os pecados cometidos anteriormente em sua vida.

4. Graça: 

A graça não é essencial para a salvação. O homem pode ser bom sem a ajuda da graça. A natureza humana, tendo sido criada boa, permanece boa para sempre. 

Deus nunca ordena o que é impossível para o homem realizar. Antes mesmo de Cristo, existiram homens sem pecado. Se existiram os homens sem pecado, eles não precisavam ser batizados. O batismo teria apenas a função de nos unir em Cristo. Os Mandamentos de Deus podem ser obedecidos sem a assistência da graça.

5. Livre-arbítrio: 

Adão foi dotado do livre-arbítrio para servir a Deus.

Assim o livre-arbítrio, adequadamente exercido, produzi virtude. Por seu próprio esforço o homem pode alcançar tudo o que se requer dele na moralidade, porque o homem nasce naturalmente bom, mas a sociedade o corrompe. 

O homem possui poder para decidir o seu futuro por meio do livre arbítrio, sem necessidade da graça de Deus.

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