21. Adocionismo

21. Adocionismo

Cristologia Judaizante – Século II – Antioquia

Cristo nasceu humano e foi adotado como Filho de Deus.

O adocionismo é uma doutrina teológica típica do cristianismo primitivo e que foi disseminada na cidade de Antioquia no segundo século depois de Cristo. 

Ela surgiu como resultado de uma forte influencia da tradição judaica no 
cristianismo existente na localidade.

Essa doutrina professa que Jesus nasceu plenamente humano. Porém, foi adotado como Filho de Deus somente por ocasião do Seu batismo.


Portanto, o adocionismo é uma doutrina cristológica que prega uma dupla filiação em Cristo. 

A primeira por naturalidade, e a segunda por adoção. Cristo tornou-se Filho de Deus simplesmente por “adoção”, não porque tivesse alguma essência ou fosse da natureza divina. Portanto, Cristo não teve uma existência eterna como o Pai.

O adocionismo aparece registrado pela primeira vez nos escritos de Elipanto, quando tentava refutar um erro de um sujeito de nome Miguécio.

Mas, em sua tentativa, ele incidiu no erro do adocionismo.

Os primeiros a se oporem a heresia adocionista foram Astúrias e Etério. Ambos redigiram uma apologia calorosa e muito polêmica.

Um dos adocionistas mais famoso foi Teódoto de Bizâncio, que levou esta doutrina a Roma. Devido aos seus ensinamentos, Teódoto foi pelo bispo Vitor I, em 190.

Durante o século III, surge outro grande representante do adocionismo:

Paulo de Samosata (200-275), bispo de Antioquia. Ele foi excomungado em 268 por um Concílio Regional, reunido em Cartago. Seus adeptos fora condenados pelo Primeiro Concílio de Niceia em 325.

O adocionismo foi renovado na Espanha no século VIII por influência do bispo Elipândio de Toledo e de um teólogo chamado Félix de Urgel, súdito de Carlos Magno. Novamente o adocionismo foi considerado herético em Ratisbona (792).

Recebeu nova força no século XII por Pedro Abelardo, numa espécie de neo-adocionismo.

No século XIV vários autores modificaram as teses adocionistas. Entre eles figuravam João Duns Escoto (1300) e Durando de Saint-Pourçain(1320).

Nos séculos XVIII o Jesuíta Vasquez e os luteranos G. Calixto e Walch defenderam os adocionistas como teologia ortodoxa.

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