Devolver dízimos não é mandamento?

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Alguém questiona:

Não sou a favor da devolução do dízimo, pois o apóstolo Paulo não o aceitava. Há textos bíblicos que mostram isto. Não há nos Dez mandamentos algo que mande dizimar. Creio que a oração pode substituir a devolução dos dízimos.

O dízimo é uma porção de nossas entradas que Deus separou para Ele. Tudo que temos pertence a Deus e, como reconhecimento de que tudo pertence a Ele (Salmo 24:1) nós damos o dízimo.

As ofertas são dadas por amor, por “gratidão” a Deus; mas dar o Dízimo é um “dever”, porque não nos pertence. De acordo com a Bíblia, “pertence a Deus, santas são ao Senhor” (Levíticos 27:30).  

IMPLÍCITA


Essa Lei não está “diretamente” nos Dez Mandamentos, mas está inclusa “indiretamente”. 

Veja: Se deixarmos de devolver a Deus alguma parte do Dízimo, estamos “roubando” a Deus (Malaquias 3:8) e, portanto, “está incluído nos Dez mandamentos”, pois na lei diz: “Não roubarás” (Êxodo 20:15). Se não devemos furtar de um ser humano, muito menos de Deus! 

Dar o Dízimo é uma demonstração de fé. Ao fazê-lo, você demonstra crer que Deus é o proprietário de tudo, e que devemos a Ele nossa existência, vida e tudo o que temos; “como um reconhecimento de sua soberania” devolvemos a parte que lhe corresponde, que são os dez por cento de nossa renda (Dízimo).

Deus não pode atender nossas orações quando pedimos para Ele “perdoar-nos por não devolvermos o Dízimo” com o intuito de substituí-lo pela oração. A oração é um meio que temos de comungar com Deus; ela (oração) jamais irá substituir nossas obrigações para com Deus. 

Se assim o fosse, então qualquer um poderia pecar no momento em que quisesse e “orar” para que Deus substituísse sua obediência pela oração. Isto seria muito incoerente! 

Existe outro fator muito importante que devemos levar em consideração: A lei do Dízimo foi dada para a evangelização do mundo e para a salvação de pessoas. E Deus deu o Dízimo, que pertence a ele, para os ministros que pregam a palavra.   

Quando o apóstolo Paulo, em alguns momentos não aceitou ofertas dos irmãos, em hipótese alguma ele era contra o Dízimo, pois ele hospedou-se várias vezes na casa dos irmãos enquanto pregava evangelho; ele recebia donativos da igreja (Leia Filipenses 4:15-17 e 18). 

A Bíblia nos mostra que ele rejeitava, “ás vezes”, ofertas (de alimentos), mas nunca a Bíblia mencionou que Paulo rejeitasse o Dízimo. Ele próprio disse: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? 

E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho”.(I Coríntios 9:13, 14). Podemos perceber que o próprio Paulo orientou os Corintos a devolverem o Dízimo para manter os obreiros de Deus.

Paulo apenas “optou” em algumas vezes de não receber Dízimos, pois foi uma escolha dele; mas sempre ensinou ás igrejas a darem a parte que pertence ao Senhor.    

Nós Adventistas temos em tão alta conta o Dízimo e nós não o usamos para construções de Igrejas, escolas ou hospitais; usamos única e exclusivamente para pregar o Evangelho.                                                                                                                                                                                           
Se no Antigo Testamento o Dízimo já era importante para pregar o Evangelho, muito mais importante ele se tornou no novo Testamento, para pregar o Evangelho mais pleno á luz da vida e morte de Jesus Cristo. 

Nestes últimos tempos, quando Jesus está prestes a voltar, a devolução do Dízimo é ainda mais importante, pois é o meio que o Senhor deixou para termos recursos, a fim de alertar e preparar as pessoas sobre a Segunda Vinda de Jesus.    

No Apocalipse, nós recebemos uma mensagem para irmos e convidarmos as pessoas a adorarem a Deus (Apocalipse 14:6, 7). Esta é a própria essência do Evangelho (adorar a Deus). 

Quando nós devolvemos o Dízimo e damos nossas ofertas de gratidão, estamos adorando a Deus, e também ajudando para que outras pessoas tenham o conhecimento da Bíblia e de Cristo. Se não fosse a devolução feita pelos irmãos dessa porcentagem que pertence a Deus, você e até mesmo eu não teríamos como conhecer esta mensagem maravilhosa, que é a Salvação em Cristo Jesus. 

Em Mateus 23:23 Jesus não está sendo contra a devolução do Dízimo, mas sim contra o modo errado com que os fariseus faziam isto. Eles devolviam corretamente, mas esqueciam-se da justiça, da misericórdia e da fé. Jesus disse: “Devíeis, porém, fazer estas coisas (dar o Dízimo), sem omitir aquelas (justiça, misericórdia e fé)”. 

A Bíblia é muita clara! Com esta afirmação, Jesus demonstrou sua aprovação ao ato dos fariseus dizimarem!

Por todas essas razões, nós Adventistas do 7º Dia temos em alta consideração a doutrina Bíblica do Dízimo.