A estátua do sonho de Nabucodonosor explicada

estátua do sonho de Nabucodonosor explicada

1. Qual era o nome do Rei que teve uns sonhos? 

R.: “E no segundo ano do reinado de Nabucodonosor teve Nabucodonosor uns sonhos; e o seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o seu sono”. Daniel 2:1 

O profeta Daniel diz em seu livro que Nabucodonosor estava no segundo ano do seu reinado, quando em certa noite teve uns sonhos impressionantes. Os sonhos o incomodaram de tal maneira, que o rei se sentiu extremamente perturbado a ponto de perder totalmente o seu sono. 

Na verdade o sonho foi tão perturbador que Nabucodonosor ficou apavorado, a ponto de acordar e esquecer totalmente do conteúdo do que havia sonhado. Cheio de aflição, mandou chamar imediatamente à sua presença, os caldeus, magos, encantadores e feiticeiros que viviam à suas custas em sua corte. Esses homens tinham grande poder e influência sobre o povo, e eram tidos como sábios, e conhecedores dos mistérios do Universo. 




Desesperado, o rei exigiu que algum dos seus sábios lhe dissesse qual tinha sido o seu sonho, bem como sua interpretação. Todavia, na presença do rei nenhum dos sábios pôde informar a Nabucodonosor qual tinha sido o seu sonho, e muito menos dar uma interpretação. O rei ficou indignado com a resposta evasiva dos sábios. Então, desconfiado das supostas habilidades mágicas dos sábios que viviam em sua corte e à suas custas, o rei ordenou por decreto que todos eles fossem mortos. 

2. A quem foi revelado o segredo daquele sonho? 

R.: “Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite: então Daniel louvou o Deus do Céu”. Daniel 2:19 

Daniel era um príncipe da Judeia que se encontrava cativo na corte de Babilônia. Na época do sonho de Nabucodonosor, Daniel contava aproximadamente vinte anos de idade. Ele havia estudado durante três anos na “Universidade de Babilônia”, e na época dos exames finais foi examinado pelo próprio rei Nabucodonosor, que o aprovou com louvor. 

Por essa razão Daniel era tido como um dos conselheiros e sábios da corte. Somente quando Daniel foi preso, é que ele soube do decreto de morte do rei. 

Nesse momento, mostrando uma tremenda presença de espírito e de fé, solicitou que o monarca lhe concedesse um certo prazo de tempo para que pudesse apresentar a revelação e a interpretação do sonho que o rei havia tido. O tempo solicitado lhe foi concedido pelo rei. Então Daniel convocou os seus três companheiros de exílio para juntos rogarem a Deus para que lhes fossem concedido a revelação e interpretação do sonho que Nabucodonosor havia tido e esquecido. 

A Bíblia diz que à noite Daniel teve uma visão, na qual Deus revelava o segredo do sonho (sonho e interpretação) que o rei Nabucodonosor tivera. Após a visão, Daniel agradecido e cheio de alegria, porque tão grande graça lhe foi concedida, louvou e atribuiu todo o crédito unicamente a Deus. O SONHO 

3. O que o rei viu no sonho que esqueceu? 

R.: “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua: esta estátua, que era grande e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível”. Daniel 2:31 

Daniel se apresenta diante do rei Nabucodonosor, e confiantemente revela o segredo do sonho. Quando Daniel começou a relatar o sonho para Nabucodonosor, este imediatamente – como num clarão fugaz – se recorda do sonho que havia tido e se esquecido. Segundo a descrição de Daniel, o rei havia sonhado com uma grande estátua, cujo esplendor era extraordinário e de beleza indescritível. No sonho, a estátua estava em pé diante do rei, que a admirava com grande interesse, mas cuja simples visão era assustadora. 

4. De que eram feitas as várias partes da estátua? 

R.: “A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre. As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro”. Daniel 2:32-33 

A estátua estava bem delimitada por cinco partes: “cabeça”, “peito e braços”, “ventre e coxas”, “pernas” e “pés”. Cada uma das cinco partes da estátua estava caracterizada por cinco elementos de valor progressivamente inferior ao anterior: “ouro”, “prata”, “cobre”, “ferro” e “barro”. 

A cabeça da estátua era constituída pelo metal mais precioso: o ouro fino. O peito e os braços eram constituídos por um metal inferior ao ouro: a prata. O ventre e as coxas estavam caracterizados por um outro metal inferior à prata: o cobre. Já as pernas daquela espantosa estátua estavam caracterizadas pela dureza do ferro. E os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. 

5. O que foi que despedaçou a estátua? 

R.: “Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou”. Daniel 2:34 

No sonho que havia tido, Nabucodonosor estava admirando a estátua, quando de repente uma pedra foi cortada por uma mão invisível. A seguir a pedra foi lançada com ímpeto, e atingiu a estátua exatamente nos pés que eram em parte de ferro e em parte de barro. E devido à fragilidade dos pés, a estátua se desmoronou, vindo a se fragmentar diante dos olhos aterrorizados de Nabucodonosor. 

INTERPRETAÇÃO DO SONHO 


6. Quem era representado pela cabeça de ouro? 

R.: “Tu, ó rei, és rei de reis: pois o Deus do céu te tem dado o reino, o poder, e a força, e a majestade. E onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo, e aves do céu, ele tos entregou na tua mão, e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro”. Daniel 2:37-38 

Deus concedeu a Daniel não apenas a revelação do sonho, mas também a interpretação do seu significado. Segundo Daniel, o rei Nabucodonosor havia fundado o seu império, e se tornando rei de reis porque Deus lhe havia dado o reino, o poder, a força e a majestade para poder fundar o fabuloso Império Babilônico. 

Segundo a explicação fornecida por Daniel, Deus havia entregado nas mãos e sob o domínio de Nabucodonosor todos os filhos dos homens, todos animais do campo e todas aves do céu. Com isso Nabucodonosor fundou e consolidou o seu império, tornando-se a cabeça desse império. Segunda a profecia de Daniel, a cabeça de ouro da estátua representa o Império Babilônico na pessoa de Nabucodonosor. A História Universal mostra que o Império Babilônico teve sua existência entre os anos de 605-539 a.C. 

7. Como seria o reino que seguiria a Babilônia? 

R.: “E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra”. Daniel 2:39 

- 1ª parte Em sua explanação ao rei, Daniel esclarece que o reino de Babilônia um dia iria cair. E em seu lugar se levantaria um outro reino, porém inferior ao reino que Nabucodonosor havia fundado, assim como a prata é inferior ao ouro. A História Universal mostra que sessenta anos após o sonho de Nabucodonosor, Babilônia caiu em poder do reino da “Medo-Persa” (539-331 a.C.). 

Na estátua, o peito e os braços de prata representa o segundo reino do sonho de Nabucodonosor: o reino Medo-Persa. Em 539 a.C. Ciro, eminente general persa, subjugou o poderoso e temível Império Babilônico. Com isso estabeleceu a segunda Potência Universal. 

8. O que é dito sobre o terceiro reino? 

R.: “E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra”. Daniel 2:39 - 

2ª parte A seguir Daniel informa a Nabucodonosor que o segundo reino também iria cair, e em seu lugar surgiria um terceiro reino, cujo domínio alcançaria uma grande extensão de terra. A História Universal revela que o reino que sucedeu ao Império Medo-Persa foi o reino da Grécia (331-168 a.C.). 

Nas batalhas de Grânico em 334 a.C. Isso em 333 a.C. e Arbela em 331 a.C., a Medo-Persa caiu diante das forças da Grécia comandadas por Alexandre o Grande. Na estátua, o ventre e as coxas de bronze, representam o terceiro reino: o reino da Grécia. 

9. Qual é o metal que caracteriza o quarto reino? 

R.: “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiuça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as cousas, ele esmiuçará e quebrantará”. Daniel 2:40 

Daniel esclarece a Nabucodonosor que o terceiro reino também cairá, e em seu lugar surgirá um quarto reino. Esse reino será mais forte e mais violento do que todos os três reinos anteriores, sendo comparado à rigidez do ferro, que a tudo destrói. De forma que esse quarto reino esmiuçará e quebrantará sem misericórdia qualquer nação que se oponha aos seus desígnios.

A História Universal mostra que o reino que sucedeu ao reino da Grécia foi o reino de Roma (168 a.C. a 476 d.C.). Na estátua, as pernas de ferro, simbolizam o quarto reino: o reino de Roma. Na batalha de Pidna, em 168 a.C., Roma dominou o reino da Grécia e se tornou a quarta Potência Mundial. 

O REINO DIVIDIDO 


10. O que aconteceria com o reino de Roma? 

R.: “E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma cousa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil”. Daniel 2: 41-42 

Finalmente chegamos aos pés e aos dedos da estátua. Segundo Daniel, por serem constituídos em parte de ferro e em parte de barro, isto significa que seria um reino dividido, posto que barro e ferro não dão liga. Mas, por um lado esses reinos divididos seriam firmes como o ferro e por outro lado seriam frágeis como o barro. 

O poderoso Império Romano tornou-se um reino dividido. Hoje é identificado como sendo a Europa dividida em vários países. Na estátua, os pés e os dedos em parte de ferro e de barro simbolizam os dez reinos em que Roma foi dividida. 

A História Universal mostra que as invasões dos bárbaros do norte da Europa terminaram por fragmentar o Império Romano em 476 d.C. E foi dividido exatamente em dez partes, tantas quantos são os dedos dos pés, a saber: 

1) Lombardos - Itália; 
2) Francos - França; 
3) Saxônico - Inglaterra; 
4) Alamanos - Alemanha; 
5) Suevos - Portugal; 
6) Visigodos - Espanha; 
7) Burgundos - Suíça; 
8) Vândalos; 
9) Hérulos; 
10) Ostrogodos. 

No século seguinte esses três últimos reinos foram destruídos. 

11. Apesar de unido por laço de família, o que não aconteceria? 

R.: “Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro”. Daniel 2:43 

Daniel diz que embora o ferro e o barro não dão liga, eles estavam misturados, indicando claramente que os governantes desses reinos divididos iriam procurar se misturar através do casamento dando origem a descendentes com o intuito de ligaram um reino ao outro, mas, segundo a profecia, jamais se ligariam novamente, assim como o ferro e o barro não se ligam. Jamais se tornará um império. 

Diz a História Universal que Carlos Magno, Carlos V, Napoleão Bonaparte tentaram por todos os meios reunir os países europeus com o objetivo de fundar um Império Universal, mas fracassaram porque Deus disse que jamais se ligariam novamente, assim como o ferro e o barro não se ligam. Também foi por meio de casamentos que os governantes europeus procuraram formar laços de família com a intenção de fortalecer e ligar os reinos da Europa. 

Todavia, quando a primeira Guerra Mundial explodiu, era tio contra sobrinho, cunhado contra cunhado. Fracassaram porque Deus disse que jamais “se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro”. A profecia se mostrou mais forte que qualquer vontade humana, e assim permanecerá até os fins dos tempos. 

Os reinos da Europa jamais se ligarão politicamente para formarem um novo império com um único soberano. Sempre que isso foi tentado, também sempre redundou em guerra. E podemos concluir que sempre redundará em guerra. “Como pois se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça?” (Mateus 26:54). 

ESTABELECIMENTO DO REINO DE DEUS 


12. Nos dias de quem será estabelecido o reino de Deus? 

R.: “Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo: esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será estabelecido para sempre”. Daniel 2:44 

Quanto à pedra que foi cortada sem mão, e que atinge os pés da estátua, Daniel interpretou como sendo o estabelecimento do reino de Deus na Terra. Segundo a profecia, o reino de Deus jamais será destruído como os reinos anteriores o foram. Nunca será dominado por qualquer outro povo. Mas pelo contrário, o reino de Deus destruirá e consumirá até ao pó todos esses reinos, e será estabelecido por toda a eternidade. 

Nos dias de hoje, estamos vivendo no período representado pelos dedos dos pés da estatua, que é em parte de ferro e de barro. Disso se pode inferir que logo Deus intervirá na história da humanidade com a volta de Jesus Cristo e estabelecerá o seu reino de luz e paz de eternidade a eternidade. 

Destarte, o reino de Deus certamente será estabelecido para sempre na Terra. E como prova da veracidade dessa afirmação, temos as profecias do sonho de Nabucodonosor referente aos reinos de Babilônia, Medo-Persa, Grécia, Roma e os reinos divididos, cuja exatidão do cumprimento pode-se facilmente comprovar pela História Universal. 

CONCLUSÃO


Você pode crer com segurança nas mensagens das Sagradas Escrituras. Pois as profecias cumpridas demonstram que a Bíblia realmente é divinamente inspirada. Sendo que as profecias cumpridas servem para comprovar que a mensagem bíblica é verdadeira. Além disso, fornecem a convicção de que as profecias que ainda restam para se cumprir, certamente se cumprirão com absoluta precisão. 

“Buscai no livro do Senhor, e lede; nenhuma destas cousas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a minha própria boca o ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará”. (Isaías 34:16).

FONTE: Esse artigo é de autoria de Leandro Bertoldo, para conhecer e adquirir o conteúdo integral acesse 👉 Leandro Bertoldo clube de autores.

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