Relevando o santuário terrestre e seus simbolos

Santuario terrestre biblia

1. O que Deus ordenou que Moisés fizesse? 

R.: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Êxodo 25:8 

Deus ordenou que Moisés construísse um santuário. E através desse santuário Deus prometeu habitar no meio do Seu povo. O santuário é um templo consagrado às cerimônias de uma religião. 

É um local onde os fiéis vão adorar a Deus. O santuário que Moisés construiu, seguindo as orientações apresentadas por Deus, era constituído por um tabernáculo desmontável de 18 metros de comprimento por 6 metros de largura e 6 metros de altura. 




2. O santuário deveria ser feito conforme o que? 

R.: “Atenta pois que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte”. Êxodo 25:40 

Para construir esse santuário Moisés deveria atentar para que o fizesse exatamente conforme as especificações de um modelo que lhe fora mostrado no monte Sinai. Por ordem divina, Moisés havia subido ao monte Sinai para receber das mãos de Deus as duas tábuas de pedras contendo os Dez Mandamentos, também conhecido pelo nome de Testemunho, Decálogo ou Lei de Deus. 

Moisés ficou no monte Sinai durante quarenta dias e quarenta noites em jejum absoluto antes que Deus lhe aparecesse. Naquele local Moisés esteve face a face com Deus. Ali ele viu a glória do Senhor. Foi ali que ele teve visões do modelo do santuário que Deus desejava que fosse levantado no meio do Seu povo. 

O QUE HAVIA NO SANTUÁRIO 


3. O véu faria separação entre o que? 

R.: “Pendurarás o véu debaixo dos colchetes, e meterás a arca do testemunho ali dentro do véu: e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo”. Êxodo 26:33 

O santuário estava dividido em dois compartimentos, o primeiro era chamado de lugar santo e o segundo, de lugar santíssimo. Esses dois compartimentos do santuário eram separados unicamente por um belíssimo véu, o qual era preso por colchetes. 

A área do primeiro compartimento do santuário era duas vezes maior que a do segundo. Portanto, o lugar santo apresentava 6 metros de largura por 12 metros de comprimento, o que corresponde a 72 metros quadrados; enquanto que o segundo compartimento do santuário apresentava 6 metros de largura por 6 metros de comprimento, o que corresponde a 36 metros quadrados. 

Além do véu, portanto no interior do segundo compartimento, somente o sumo sacerdote adentrava uma vez ao ano (Hebreus 9:7). Nesse compartimento, Deus ordenou que fosse colocada a arca do testemunho, que era uma caixa de madeira revestida de ouro contendo um tampão de ouro maciço chamado propiciatório. 

Em cima do propiciatório havia a figura de dois querubins esculpidos em ouro puro, com o rosto voltado para a tampa (propiciatório) da arca. E dentro da arca foram colocadas duas tábuas de pedra, também chamadas tábuas do testemunho, onde Deus havia inscrito, com Seu próprio dedo, os Dez Mandamentos.

4. Que três objetos foram colocados no lugar santo? 

R.: “Pôs também a mesa na tenda da congregação, ao lado do tabernáculo para o norte, fora do véu. Pôs também na tenda da congregação o castiçal defronte da mesa, ao lado do tabernáculo para o sul. E pôs o altar de ouro na tenda da congregação, diante do véu”. Êxodo 40:22, 24 e 26 

Deus ordenou que no interior do primeiro compartimento, também chamada tenda da congregação, o qual estava localizado do lado de “fora do véu”, fosse colocado três objetos do mobiliário do santuário. Ao lado do tabernáculo para o norte, à direita de quem entra na tenda, deveria ser colocada uma mesa. 

Nessa mesa deveriam ser colocados doze pães, chamados pães da proposição. Esses pães representavam as doze tribos de Israel, e eram renovados semanalmente. Ao lado do tabernáculo para o sul, à esquerda de quem entra no tabernáculo, deveria ser colocado um castiçal de ouro, contendo sete lâmpadas e que ficava em frente da mesa dos pães da proposição. 

As lâmpadas do castiçal permaneciam acesas dia e noite. E, finalmente, diante do véu que fazia separação entre os dois compartimentos, deveria ser colocado um altar de ouro, também chamado de altar de incenso. Ali o sacerdote queimava incenso todas as manhãs e todas as tardes. 

Esse altar possuía 1 metro de altura e quase meio metro de largura. Era totalmente forrado de ouro puro e tinha ao seu redor uma coroa de ouro. 

“Ora, estando estas coisas preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços”. (Hebreus 9:6). 

5. Que mobiliário havia no pátio? 

R.: “E pôs o altar do holocausto à porta do tabernáculo da tenda da congregação, e ofereceu sobre ele holocausto e oferta de manjares, como o Senhor ordenara a Moisés. Pôs também a pia entre a tenda da congregação e o altar, e derramou água nela, para lavar. Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar, e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim Moisés acabou a obra”. Êxodo 40:29, 30 e 33 

Fora do tabernáculo, porém próximo à porta da tenda da congregação, deveria ser colocado um altar para holocausto, onde seria oferecido holocausto de animais e ofertas de manjares. 

Ainda do lado de fora do tabernáculo, mas entre a tenda da congregação e o altar do holocausto, deveria ser colocada uma pia, onde os sacerdotes se lavariam para estarem aptos a cumprirem os serviços realizados no tabernáculo. 

Ao redor do tabernáculo, do altar de holocausto e da pia, Moisés foi ordenado por Deus a levantar um pátio, que foi totalmente cercado e possuía apenas uma porta de cortina. Esse pátio, onde se reunia a congregação israelita, tinha 60 metros de comprimento por 30 metros de largura, todo fechado por cortinas de linho fino. 

OBRA REALIZADA NO SANTUÁRIO 


6. O que deveria ser oferecido ao Senhor em contínuo holocausto? 

R.: “E dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor: dois cordeiros dum ano, sem mancha, cada dia, em contínuo holocausto. Um cordeiro sacrificarás pela manhã, e o outro cordeiro sacrificarás de tarde”. Números 28:3-4 

Um dos principais rituais realizados no santuário era chamado de “contínuo holocausto”. Isto porque diariamente eram oferecidos a Deus dois cordeiros, em oferta queimada. Esses cordeiros tinham que ter a idade de um ano, não podiam ter nenhuma mancha, pois deveriam simbolizar a pureza. 

O primeiro cordeiro era sacrificado no período da manhã, exatamente às 9:00 horas. O segundo cordeiro era sacrificado no período da tarde, exatamente às 15:00 horas. 

É interessando observar que, conforme o Novo Testamento, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29) – Jesus Cristo – foi crucificado às 9:00 horas da manhã e às 15:00 horas morreu. (Marcos 15:25, 34-37). O ritual do contínuo holocausto simbolizada a provisão de Deus ao pecador: Jesus Cristo. 

7. O que o transgressor da lei deveria fazer ao pecar? 

R.: “E se qualquer outra pessoa do povo da terra pecar por erro, fazendo contra algum dos mandamentos do Senhor, aquilo que se não deve fazer, e assim for culpada. Ou se o seu pecado, no qual pecou, lhe for notificado, então trará por sua oferta uma cabra fêmea sem mancha, pelo seu pecado que pecou. E porá a sua mão sobre a cabeça da expiação do pecado, e degolará a expiação do pecado no lugar do holocausto”. Levítico 4:27-29 

Sabemos que o pecado é definido na Bíblia como sendo a transgressão da Lei. Assim, qualquer pessoa do povo teria cometido pecado se transgredisse um ou alguns dos mandamentos da Lei de Deus. E para alcançar o perdão pelos pecados cometidos, o pecador sinceramente arrependido, deveria trazer até à porta do tabernáculo, como oferta pelos seus próprios pecados, uma cabra fêmea sem mancha. 

A seguir o pecador deveria colocar a suas duas mãos sobre a cabeça da cabra. Com esse ritual, figuradamente ele transferia o seu próprio pecado para a inocente cabra. Destarte, a cabra iria servir de expiação pelos pecados que o pecador havia cometido, e que tinha se arrependido. Uma vítima inocente iria morrer por causa do pecado de outro! 

As Escrituras Sagradas ensinam que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Portanto, alguém precisa morrer. Mas como o pecador havia transferido o seu próprio pecado para a vítima inocente, então é ela quem deve morrer. A seguir o próprio pecador arrependido deveria degolar a cabra no “altar do holocausto”. 

Então o sacerdote levava o sangue da vítima ao primeiro compartimento do santuário e o aspergia diante do véu. Isso simbolizava que o pecado estava sendo levado para dentro do santuário, o qual então ficava contaminado. Esse ritual que simbolizava a absolvição dos pecados representa Jesus Cristo que morreria no lugar do pecador, numa morte expiatória. 

8. O que deveria ser realizado pelo sumo sacerdote uma vez ao ano? 

R.: “E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para expiação do pecado e um carneiro para holocausto. E Aarão lançará sortes sobre os dois bodes: uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário. Depois degolará o bode da expiação, que será para o povo; e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório. Havendo pois acabado de expiar o santuário e a tenda da congregação, e o altar, então fará chegar o bode vivo. E Aarão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, segundo todos os seus pecados: e os porá sobre a cabeça do bode, e envia-lo-á ao deserto, pela mão dum homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e enviará o bode ao deserto. E isto vos será por estatuto perpétuo, para fazer expiação pelos filhos de Israel de todos os seus pecados, uma vez no ano. E fez Aarão como o Senhor ordenara a Moisés”. Levítico 16:5, 8, 15, 20, 21, 22 e 34 

Durante o ano inteiro o santuário era “figuradamente” contaminado pelos pecados de todas as pessoas que dia após dia degolavam a sua expiação pelo pecado diante da porta do tabernáculo, pois o sangue da expiação era aspergido dentro do lugar santo. 

Assim, uma vez ao ano era necessário realizar a “expiação do santuário, da tenda da congregação e do altar”, ritual este que simbolizada a purificação do santuário. O dia da expiação do santuário ocorria sempre no dia 10 do sétimo mês de cada ano. 

“Só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo” (Hebreus 9:7) 

Entrava no lugar santíssimo para realizar a purificação do santuário. Nesse dia, o sumo sacerdote lançava a sorte sobre dois bodes: uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário. 

Como, sem derramamento de sangue não há remissão de pecados (Hebreus 9:22), o sumo sacerdote deveria degolar o bode, cuja sorte caiu pelo Senhor e levar o seu sangue para dentro do segundo compartimento do santuário – o lugar santíssimo – espargindo o sangue desse bode sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório. 

Com esse ritual o sumo sacerdote realizava a expiação do santuário da tenda da congregação e do altar. A Lei que estava depositada dentro da arca do concerto exigia a condenação do transgressor, mas o sangue aspergido sobre o propiciatório mostrava que a justiça da Lei fora cumprida com a morte de uma vítima. 

Com esse ritual, o pecado acumulado durante o ano inteiro era figuradamente removido do santuário. Concluído esse ritual, o sumo sacerdote saia do lugar santíssimo, e se dirigia ao bode vivo, chamado bode emissário (Azazel), e colocando as suas duas mãos sobre a cabeça desse bode, confessava todos os pecados, iniquidades, transgressões dos filhos de Israel. 

Com esse ritual o sumo sacerdote estava figuradamente transferindo para a cabeça do bode vivo toda a culpa dos pecados que foram expiados pelos pecadores arrependidos, e que haviam contaminado o santuário durante o ano todo através do sangue de suas expiações pelo pecado. 

Concluída essa fase final do ritual do santuário, o bode vivo era entregue nas mãos de um homem especialmente designado para conduzir e abandonar o animal no deserto, lugar em que acabava encontrando sua própria sorte na morte. Com isso o bode levava consigo toda a culpa dos pecados do povo israelita que haviam se arrependido, e sacrificando na entrada da tenda da congregação a sua expiação pelo pecado. 

O SANTUÁRIO CELESTIAL 


9. De que coisas o santuário terrestre serve de exemplar e sombra? 

R.: “Os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou”. Hebreus 8:5 

A Bíblia ensina que o santuário terrestre, juntamente com todo o seu ritual, servia apenas de “exemplar” e “sombra” de coisas celestiais. Portanto, o ritual do santuário terrestre não passava de uma símile fiel de coisas celestiais. O “exemplar” é aquilo que serve de exemplo ou de modelo. 

A “sombra” é a projeção de uma silhueta negra de algum objeto opaco. A sombra apresenta apenas um leve vestígio ou aparência da coisa concreta em consideração. Logo o santuário terrestre apresentava apenas uma apagada aparência de coisas que estão no céu. 

O ritual do santuário terrestre perdeu sua eficácia a partir do momento em que o Cordeiro de Deus morreu para tirar os pecados do mundo. No exato instante em que Jesus expirou na cruz do Calvário o véu que separava o lugar santo do santíssimo no santuário terrestre se rasgou de alto a baixo. 

“E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, d’alto a baixo”. (Marcos 15:37-38). 

Isto indicava o fim dos emblemas espirituais do santuário terrestre. 

10. Jesus Cristo é ministro do que? Quem fundou o verdadeiro tabernáculo? 

R.: “Ora a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade. Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem”. Hebreus 8:1-2 

Jesus Cristo morreu como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ressuscitou para se tornar o Sumo Sacerdote daqueles que O aceitam como Salvador e Senhor de suas vidas. Assumiu o posto de Ministro do santuário. 

Mas de qual santuário Jesus Cristo é ministro? A resposta para essa pergunta é muito simples: Ele é ministro do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou e não o homem. Logo, há no céu um santuário fundado por Deus. E nesse santuário celestial Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote, onde está assentado à direita do Trono da Majestade. O livro do Apocalipse também fala de um santuário no céu. 

“E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo: e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva”. (Apocalipse 11:19). 

CONCLUSÃO 


11. Cristo não entrou no que? O Santuário feito por mãos era figura do que? 

R.: “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus”. Hebreus 9:24 

Mais uma vez é dito que Jesus Cristo não entrou num santuário, feito por mãos humanas. Ou seja, Ele não entrou no santuário terrestre, o qual era uma figura, um exemplar e uma sombra do verdadeiro santuário que está no céu. Ele entrou no santuário que está no céu, e nesse santuário Ele comparece por nós perante a face de Deus. 

“Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. (Hebreus 7:24-25). 

12. Quem é o Sumo Sacerdote do Santuário Celestial? 

R.: “Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Hebreus 4:14-16 

Temos um grande Sumo Sacerdote, identificado nas Sagradas Escrituras como sendo Jesus Cristo, o Filho de Deus. Razão pela qual somos aconselhados a reter firmemente as nossas crenças e convicções nos ensinos do Senhor. 

Nosso Sumo Sacerdote está habilitado a se compadecer de nossas fraquezas porque assim como nós, Ele também foi tentado em tudo, todavia permaneceu sem pecado, posto que não cedeu a nenhuma tentação. Por essa razão nosso Salvador compreende a nossa luta contra o pecado e se compadece de nossas fraquezas. 

Por causa desse compassivo Sumo Sacerdote podemos chegar com confiança ao trono da graça, onde Ele está assentado à direita da Majestade, para que possamos alcançar misericórdia e achar o favor de Deus para sermos ajudados no momento oportuno.

FONTE: Esse artigo é de autoria de Leandro Bertoldo, para conhecer e adquirir o conteúdo integral acesse 👉 Leandro Bertoldo clube de autores.