471 Dê um basta na preocupação

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O homem é a única espécie que tem a capacidade de pensar no futuro, e viver ansioso por causa disso.


Na primavera de 1871, um jovem leu 21 palavras que transformaram sua vida. Ele era então um estudante de medicina no Canadá atormentado por uma preocupação e ansiedade crônicas. Mas aquelas 21 palavras o habilitaram a se tornar o mais destacado médico de sua geração. Seu nome é William Osller, e sob sua liderança e inspiração foi estabelecida a Faculdade de Medicina Johns Hopkins.


As palavras que Osller leu (em inglês) naquela primavera se encontram nos escritos de Thomas Carlyle: “Nossa principal tarefa não é nos esforçar para enxergar o que ainda está a uma grande distância mas, sim, fazer o que está claramente diante de nós.”


A maioria das pessoas se preocupa. Por que? A resposta é simples, segundo William R. Carter, professor-assistente de medicina comportamental e psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia:


“O ser humano é a única espécie que tem a capacidade de pensar sobre o futuro. Isso nos dá tremendas vantagens. Podemos considerar todas as variáveis  e planejar o melhor curso de ação. Mas, juntamente com essa capacidade de pensar com antecipação, vem o reconhecimento de que as coisas podem sair erradas. E então nos preocupamos.”


Contudo, a preocupação não precisa controlar sua vida. Se você deseja dominá-la, eis algumas coisas que pode tentar:


1. Retruque.


Quando nos preocupamos, tendemos a ver apenas a pior imagem. Quando isso acontecer, tente substituir os pensamentos de preocupação pelos que estão mais de acordo com a realidade. Um amigo meu explica como isso funciona para ele:


“Recentemente, tive de dar uma palestra, na qual estavam presentes vários de meus chefes. Quando terminei de falar, deixei a tribuna, dizendo para mim mesmo: ‘Minha palestra foi um fracasso!’ Fiquei preocupado o dia todo com o que os outros estavam pensando. 


Finalmente, tive de dar um basta a meus pensamentos e dizer a mim mesmo: ‘Não foi a melhor palestra que você já deu, mas ela teve alguns pontos bons. Pessoas o cumprimentaram pela palestra. Você aprendeu algumas coisas ao falar, e da próxima vez que der uma palestra, se sairá melhor.”


2. Estabeleça um tempo diariamente para se preocupar.


Tente separar cada dia um período curto mas específico para se preocupar. Essa tática é recomendada pelo Dr. Thomas Borkovec, psicólogo e pesquisador na Universidade Estadual da Pensilvânia. Ele descobriu que depois de apenas três semanas de usarem uma sessão diária de preocupações, seus pacientes reduziram a ansiedade em até 40%.

 

O Dr. Borkovec diz que a forma mais eficiente de fazer isso funcionar é separar os mesmos 30 minutos todos os dias, ficar sozinho e escrever nossos temores. Adiar todos os problemas que surgirem durante o dia para a sessão de preocupações simples, regular, de 30 minutos.”


3. Dê positividade à sua vida.


A psicóloga Ann Kaiser Stearns, autora do best-seller Living Through Personal Crisis (Como Sobreviver a Crises Pessoais), estudou os padrões de comportamento emocional de pessoas que superaram várias adversidades. 


Conquanto suas adversidades pudessem facilmente ter se tornado motivo para tremendas preocupações, ela descobriu que essas pessoas eram notavelmente otimistas. A chave era sua habilidade de tornar a vida positiva, ao pensarem e agirem de acordo com essas linhas:


- Examinarei o futuro de maneira animada;

- Não serei derrotado;

- Ninguém é perfeito;

- Não assumirei a postura de vítima;

- Posso fazê-lo, se desejar ardentemente;

- Aceitarei os desafios da vida;

- Aproveitarei todas as oportunidades que tiver.


4. Desvie sua mente das preocupações.


A atividade pode ser o melhor antídoto para a preocupação. É quase impossível se preocupar e estar ocupado ao mesmo tempo. Um excelente exemplo vem da vida do presidente norte-americano Ulysses Grant. 


Em 1884, ele e sua família foram duas vezes acometidos pela tragédia. Embora a família fosse bastante rica, seu banco em Nova Iorque faliu repentinamente, deixando Grant, então com 62 anos, na pobreza.


Alguns meses mais tarde, ao jantar, o presidente Grant sentiu uma dor aguda na ponta da língua. Quando achou que a dor não diminuiria, consultou um médico. O prognóstico foi triste. 


Grant estava com câncer e não teria mais que um ano de vida. Ele poderia ter perdido o resto de sua vida se preocupando, mas em vez disso escolheu ocupar-se. Numa corrida contra o tempo para deixar a mulher e os filhos financeiramente amparados, ele escreveu suas memórias. 


Isso exigia trabalhar quase todas as horas do dia. Não havia tempo para se preocupar ou sentir medo. O resultado: ele completou o manuscrito quatro dias antes de sua morte, em 23 de julho de 1885. Sua autobiografia vendeu 300 mil exemplares e deu um lucro líquido de 450 mil dólares em direitos autorais à família.


5. Volte-se para Deus.


Não se esqueça de que Deus está tão interessado em nosso bem-estar quanto nós. Uma das frases mais comuns que aparece em quase todos os livros da Bíblia é “não temas”. E você, sem dúvidas, já teve experiências pessoais mostrando-lhe que pode conta com Deus para ajudá-lo.


Finalmente, lembre a você mesmo que a preocupação não pode ser completamente eliminada. Contudo, aplicando essas estratégias, você pode reduzir consideravelmente o impacto emocional da preocupação e ter mais energia para viver criativamente.