75 O SINAL DOS CRAVOS

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TEMA: Fé


PROPÓSITO: Expressar que somos bem-aventurados porque ao crermos na expiação dos nossos pecados.


TEXTO: João 20:25


TESE: Podemos acreditar que Jesus venceu a morte e nos pode salvar.


Introdução


Jesus, após a crucificação aparece primeiro a Maria Madalena que corre e conta para os discípulos. Ainda no mesmo dia, Jesus aparece aos discípulos dizendo: “Paz seja convosco!”, e mostra suas marcas nas mãos e nas costas. 


Mas Tomé não estava quando Jesus apareceu aos discípulos pela primeira vez. Oito dias se passaram e Jesus novamente aparece à eles dizendo “Paz seja convosco!”. E em especial agora fala com Tomé, para que ele creia. 


Tomé disse que só creria se visse o sinal dos cravos e o lado. Então Jesus diz: “Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos, chega também a tua mão e põe-na no meu lado” (v. 27). 

Tomé precisa ver o “sinal dos cravos” para crer. Muitos também ainda hoje precisam primeiro ver para depois crer - um tipo de fé condicionada. Neste sentido, hoje eu quero falar sobre “o sinal dos cravos”, e destacar três aspectos para a nossa edificação cristã.





“SINAL DOS CRAVOS” – PROVA PARA OS INCRÉDULOS

“Cada vestígio dos cravos contará a história da maravilhosa redenção do homem e o valioso preço por que foi comprada. Os mesmos homens que arremeteram a lança no lado do Senhor da vida, verão o sinal da lança, e lamentarão com profunda angústia a parte que desempenharam em desfigurar o Seu corpo.” Primeiros Escritos, p 179.

Uma prova de que Jesus não era Senhor total de sua vida: “Senhor meu, Deus meu” - v. 28 

Uma prova de que sua fé era superficial, na verdade pobre: “Porque me viste creste?” - v. 29

Uma prova de que ele não acreditava em seus amigos e companheiros de ministério: “Vimos o Senhor...Se eu não vir nas suas mãos...” (v. 25). Tomé recebeu um apelido - “O Tomé da dúvida”. Tomé parece ser do tipo auto-suficiente, individualista. Era uma pessoa com tendências pessimistas (ver João 11:16). Provavelmente ele se isolou dos demais porque essa era a sua atitude de resolver as coisas e ele devia ter tendências para a depressão. Muitos dizem que este século é o “século da depressão”. A depressão afeta especialmente a nossa capacidade para crer. O Tomé foi afetado e não conseguiu crer.

Ellen G. White diz que “Os que introduziram os cravos através de Suas mãos e pés, olham agora para os sinais de Sua crucifixão. Os que Lhe feriram o lado, vêem os sinais de sua crueldade em Seu corpo. E sabem que Ele é o mesmo a quem crucificaram, e de quem escarneceram em Sua agonia mortal. E levantam então um pranto de angústia, longo e demorado, fugindo para esconder-se da presença do Rei dos reis e Senhor dos senhores.” Primeiros Escritos, p 292.

Os cravos não são somente uma forma de provar para os incrédulos, mas, também, é uma prova de amor.


“SINAL DOS CRAVOS” – PROVA DO AMOR:


Com amor inabalável: Jesus não se abalou com a atitude dos discípulos. Ele poderia ter dito: “Vocês se preocupam mais com os cravos do que comigo mesmo. Será que eu mesmo não basto? É preciso haver outras provas além de mim? Minha presença não basta? Ele não se abala e os ama. 

Com amor indiscriminado: Jesus sabia da atitude de Tomé. Oito dias haviam se passado. Mas Ele não o discriminou, antes o amou. 

Com amor restaurador: Na verdade, Jesus não precisa mais aparecer aos discípulos porque Ele já havia aparecido aos 11 anteriormente. Mas, aparece novamente oito dias depois para restaurar a Tomé, pois caso contrário ele iria continuar pessimista, deprimido. Jesus o amou de tal maneira que voltou para restaurá-lo. 

Com amor eterno: É amor eterno porque não se acaba, portanto não é amor limitado como o nosso.

Os sinais dos cravos é uma prova para os incrédulos e é uma prova de amor, mas acima de tudo é uma prova da vitória.






“SINAL DOS CRAVOS” – PROVA DA VITÓRIA (V. 29)


“Verão as marcas dos cravos em Suas mãos e pés, e o lado que eles traspassaram com a lança. As cicatrizes dos cravos e da lança serão então a Sua glória.” Primeiros Escritos, p. 53.


Todos aqueles que crerem e aguardarem a sua vinda serão bem-aventurados, pois confiaram sem ver.

A promessa de que se confiarmos que os cravos traspassaram as mãos de Cristo, agora serão vistos pelos crentes agora sem os pregos nas Nova Terra.

Se todos os que quiserem e puderem ver as marcas dos cravos nas mãos de Cristo terão a certeza de que estarão no gozo eterno com Deus.

 

Conclusão: 

O “sinal dos cravos” = sinal da vitória sobre a morte, a ressurreição 

O “sinal do Tomé” = sinal da sociedade moderna que precisa de provas para seguir Jesus. 

Precisamos ser abençoados com essa “bem-aventurança” porque Paulo nos diz que a fé é produzida em nós não pelo que vemos, mas “por ouvir as mensagem, e a mensagem que vem por meio da pregação a respeito de Cristo” (Rm. 10.17). A “fé é a certeza de cousas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hb. 11.1) 

Para Kierkegard, fé é um salto no escuro. Para a Bíblia, fé é certeza e convicção em Deus. O contrário disso é inquietação, dúvidas, incertezas e intranqüilidade. Por isso, por três vezes Jesus disse: “Paz seja convosco!” (v. 19,21,26). 

O “sinal de Tomé” nos remete a sociedade de hoje, que também é incrédula, precisa de sinais para crer. Não conseguem crer é invisível, mas real.


APELO

Que você possa ouvir a voz de Cristo querendo lhe mostrar pessoalmente as suas marcas dos cravos.