17 - 666 – Número Enigmático

sermao 666


“Uma nova ordem mundial”. Esta expressão tem se tornado muito popular entre os líderes mundiais. O conceito é antigo. Estudiosos das profecias bíblicas vêem uma nova ordem mundial no horizonte. O autor de um best-seller, Hal Lindsay, descreve o futuro da nova ordem mundial nos seguintes termos:


“O tempo é cada vez mais apropriado para o grande ditador, a quem chamamos de o futuro ‘führer’. Ele é descrito nas Escrituras muito claramente e é chamado de Anticristo.”(1)


“Esta época fará os regimes de Hitler, Mao e Stalin parecerem um mar de rosas. O Anticristo terá total autoridade para agir com o poder de Satanás.”(2)


Existem três linhas principais de interpretação profética. A Preterista acredita que o Anticristo apareceu há muito tempo e não tem nada a ver com o presente ou com o futuro. A Futurista crê que ele ainda não apareceu, mas aparecerá no futuro. 


A Historicista acredita que o Anticristo vem operando através da história da igreja. Nosso propósito não é defender nenhuma destas posições, mas sim pesquisar nas Escrituras inspiradas para determinar o que é dito sobre o assunto.


A Bíblia refere-se ao poder do Anticristo de várias maneiras diferentes. João o chama de Anticristo. Daniel refere-se a ele como o chifre pequeno, o livro de Apocalipse usa o simbolismo de uma besta ou animal, e Paulo fala do Mistério da Iniqüidade. Eis as palavras de Paulo:


“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia, e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Com efeito o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém.” 

         (2 Tessalonicenses 2:3,4,7)


Paulo retrata um poder religioso, alguém assentado “no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus”. E diz que este mistério já operava em seu tempo. Isto elimina a possibilidade de ser limitado a algum indivíduo no futuro que não poderia ter vivido na época de Paulo


A Bíblia é tão específica na apresentação deste tópico, que não é preciso especular. Se examinarmos todos os indícios dados pelo Espírito Santo não correremos o risco de sermos enganados.


Daniel, no segundo capítulo de seu livro, apresenta uma história condensada do mundo, em sua interpretação inspirada do significado do sonho de Nabucodonozor. Cinqüenta anos depois, Daniel recebe outra revelação. Deus abre um quadro mostrando a ele a mesma imagem que revelaria a João, muitos anos depois. Ele vê água em movimento, agitada pelos ventos. De repente um leão, como ele nunca tinha visto antes, enche o quadro.


Enquanto ele ainda está olhando, aparece um urso, maior de um lado do que de outro. Logo, um leopardo de quatro cabeças e quatro asas une-se ao urso. Então, um monstro assustador, tão diferente de qualquer outro animal que nem mesmo tem um nome, domina a cena. Este animal tem dez chifres. Enquanto Daniel observa, um décimo primeiro chifre emerge, pequeno no início, mas crescendo até que três dos dez chifres são arrancados para dar-lhe espaço.


O que isso tudo poderia significar? Até mesmo Daniel ficou perplexo. Para seu alívio, um anjo veio até ele com uma explicação. Ele lhe diz o que os animais representam, dizendo:


“Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra.” (Daniel 7:17)


Estes eram os mesmos quatro reinos ou poderes que ele tinha visto em Daniel 2. Babilônia, a cabeça de ouro no sonho de Nabucodonozor, agora era representada por um leão, o rei das feras. Visitantes das ruínas de Babilônia ainda podem ver os relevos em forma de leão nas paredes de tijolos, e o grande leão de pedra que depois de 2.400 anos ainda se curva sobre uma mulher de pedra.


Os reinos da Medo-Pérsia eram representados pelos braços e tronco na imagem de Daniel 2. Aqui, são representados por um urso desigual, mostrando o reinado de Ciro,o Persa, como sendo maior do que o de Dario, o Medo.


O abdômen e coxas de bronze de Daniel 2 referem-se à Grécia. Em Daniel 7 temos um leopardo de quatro cabeças. O reino helenista de Alexandre foi dividido em quatro partes. Ele morreu na tenra idade de 32 anos, e antes mesmo dele ser enterrado seus generais começaram a brigar. Vinte e dois anos mais tarde, na Batalha de Ipsus em 301 a.C., quatro de seus generais ganharam o controle das quatro partes do reino da Grécia.


As pernas de ferro em Daniel 2 representavam Roma. Em Daniel 7 Roma é representada por um monstro que não pode ser classificado. Este monstro tinha grandes dentes de aço, mostrando sua ferocidade e crueldade.


Em Apocalipse 13, João viu uma besta com o corpo de um leopardo, patas de um urso, e a boca de um leão. Esta é a mesma seqüência que Daniel viu, apenas em ordem inversa. Nos dias de João, os poderes representados pelo leopardo, pelo urso e pelo leão já tinham passado pela história.


Na quarta besta havia dez chifres correspondendo aos dez dedos dos pés da imagem de Daniel 2, e representando as tribos que atacaram Roma, e mais tarde se tornaram os países do Oeste europeu. Eram os Visigodos, os Ostrogodos, os Vândalos, os Burgúndios, os Lombardos, os Anglo-Saxões, os Francos, os Germânicos, os Hérulos e os Suevos.


O tema central de Daniel 7 e Apocalipse 13 concentra-se na última parte da visão. Deste ponto em diante o chifre pequeno fica em evidência na visão de Daniel.


Muitos indícios importantes foram deixados para nos ajudar a entender, sem sombra de dúvida, qual o significado da profecia. Se cada indício for analisado em separado, pode levar a várias soluções ou interpretações. Se os juntarmos, existe apenas uma resposta. As peças se encaixam em todos os aspectos. Embora existam muitos outros, vamos ver sete destes indícios:


1. Antes de mais nada, notamos que o chifre pequeno aparece na besta que representa Roma. Está entre os outros dez chifres, indicando que é um poder político. Já vimos em II Tessalonicenses 2, que também é um poder religioso. Em suma, deve vir de Roma, e ser um poder tanto político quanto religioso.


2. Três chifres são eliminados por seu poder. Para cumprir a profecia, o verdadeiro Anticristo teria que eliminar três dos dez chifres, representando os reinos que surgiram em Roma.


3. Daniel e o Apocalipse apresentam esta entidade como sendo culpada de blasfêmia. Apocalipse 13 diz:

“e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.”  (Apocalipse 13:6)


O que significa blasfemar? Existem muitas definições divergentes para este termo. Para entender o que os autores da Bíblia estavam dizendo, não deveríamos nos confundir com as idéias de nossa cultura ocidental do século XX. As palavras devem ser entendidas no contexto de seu uso nos tempos bíblicos. No evangelho de João, o autor está falando sobre um incidente na vida de Cristo. Jesus disse:


“Eu e o Pai somos um. Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas boas obras da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e, sim, por causa da blasfêmia, pois sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.”  (João 10:30-33)


Era considerado blasfêmia um ser humano fingir ser Deus. No tempo do Antigo Testamento os judeus tinham ordens de apedrejar qualquer um que tentasse se passar por Deus. Quando Jesus afirmou ser divino os judeus tinham duas escolhas. Eles podiam aceitá-lo ou apedrejá-lo, e escolheram a segunda alternativa.


Paulo disse que o Anticristo “assenta-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Tessalonicenses 2:4). Fingir ter atributos divinos seria uma forma de blasfêmia de acordo com a definição bíblica. Mas havia outra forma. Encontramos a história no evangelho de Lucas:


“Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, estão perdoados os teus pecados. E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus?” (Lucas 5:20, 21)


Para um ser humano, tentar perdoar os pecados de outra pessoa era considerado blasfêmia. Jesus não era apenas um homem. Ele tinha poder para perdoar pecados. Os fariseus não aceitavam que Ele afirmasse sua divindade. Se Ele não fosse divino, seria culpado de blasfêmia.


4. O chifre pequeno ou Anticristo é descrito como um poder perseguidor. Persegue os santos, que são os seguidores de Deus.


“... magoará os santos do Altíssimo”. (Daniel  7:25)


João diz em Apocalipse 13:


“Foi-lhe dado também que pelejasse contra os santos e os vencesse”.   (Apocalipse  13:7)

5. O Anticristo altera a lei de Deus.


“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade dum tempo.”  (Daniel  7:25)


6. Outro indício em Daniel 7:25 é que os santos seriam dominados pelo Anticristo por um tempo, dois tempos e metade dum tempo. A palavra tempo pode ser traduzida como “ano”. Apocalipse 11:3 identifica este mesmo período como 42 meses, Apocalipse 11:3 fala em 1.260 dias.


Cada uma destas três quantias resulta no mesmo número final. Como o mês judeu tinha 30 dias, e o ano tinha 360 dias, 42 meses somavam 1.260 dias. O sexto indício nos diz que o Anticristo teria poder para perseguir por 1 260 dias.

7. O indício final, dentre os sete, encontra-se em Apocalipse 13:18.


“Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13:18)


Embora existam muitas outras evidências, uma olhada nestes sete indícios mencionados revela com clareza a identidade do Anticristo. Eles refutam as milhares de teorias com base em especulações. O Anticristo deve encaixar-se em todos estes sete indícios para ser elegível para o cumprimento da profecia bíblica.


Quando Roma entrou em colapso, foi dividida em dez reinos. A capital de Roma foi transferida para Constantinopla, deixando o assento dos césares vazio. Nesta vaga entra o papado. Eis aqui as palavras de um autor católico:


“E humildemente subindo ao trono de César, o vicário de Cristo tomou o cetro que os imperadores e reis da Europa deviam inclinar em reverência por tantos anos.” (3)


Quando a profecia diz que este chifre pequeno era “maior que seus companheiros”, com uma “boca falando grandes coisas”, vemos um cumprimento acurado na igreja de Roma. O poder do papado cresceu por séculos. Em 1076 o Papa Gregório VII informou os súditos de Henrique V que se ele não se arrependesse de seus pecados, eles não precisariam obedecer-lhe. Henrique, o monarca mais poderoso da Europa em todos os tempos, teve de fazer uma peregrinação à Canossa, nos Alpes, onde o papa residia, e esperou três dolorosos dias, descalço na neve, até que o papa o perdoasse.


O Papa Pio V em 1570, declarou que a rainha protestante da Inglaterra, Elizabeth I, era uma herege desgraçada que não deveria ter o direito de governar, e que os cidadãos estavam proibidos pela autoridade papal de obedecê-la.


1. O primeiro indício dizia que o Anticristo surgiria em Roma, e que seria um poder político-religioso. O papado é um poder romano, e a cidade do Vaticano é mais do que apenas uma religião. Não enviamos embaixadores a igrejas, mas a países.


Existem 116 embaixadas habilitadas no Vaticano. Depois de 100 anos, durante os quais os Estados Unidos mantiveram uma política de “não envolvimento”, eles também restabeleceram relações com o Vaticano, não como igreja, mas como poder político.


O Papa João Paulo II vê a si mesmo não como um simples líder religioso, mas como uma força política. Malachi Martin, eminente teólogo do Pontifical Bible Institute no Vaticano, confirma claramente esta posição.


“Mas ao mesmo tempo, qualquer líder mundial que acredite que o Pontífice Romano possua apenas armas espirituais do mundo não visível, e o pós-vida para lidar na prática, está cometendo um erro estratégico de grandes proporções. Entretanto, por mais que a idéia possa ter se tornado desagradável para grande parte do mundo ultimamente, Karol Wojtyla foi um homem que chegou ao Papado com completo entendimento e uma apreciação sofisticada do poder geopolítico da Santa Sé.” (4)


2. O segundo indício diz que três dos chifres originais seriam arrancados. Três das tribos bárbaras que conquistaram Roma eram seguidoras de Ário. Ário proclamou falsas doutrinas, negando a verdade da Trindade. Ele não aceitava a divindade de Cristo, afirmando que Jesus era um ser criado ou um anjo. Também rejeitava a verdade bíblica sobre a personalidade do Espírito Santo. Para crédito da Igreja Católica, ela defendia as verdades bíblicas nestas questões. Devemos concordar com a posição tomada pela igreja, embora não possamos concordar com seus métodos de força militar para defender estas verdades.


O imperador católico Zeno conseguiu um tratado com os Ostrogodos que resultou na erradicação dos Hérulos de Ário no ano 493. Um dos chifres foi arrancado. O imperador católico Justiniano exterminou os Vândalos em 534 e acabou com o poder dos Ostrogodos em 538, arrancando assim os outros dois chifres.

3.A igreja romana preencheu a definição bíblica de blasfêmia? Eles promovem a confissão dos pecados a um ser humano, cometendo assim a blasfêmia como definida em Lucas 5:20,21.


Eles preenchem a definição de João 10:30-33 de várias formas. Jesus disse:


“A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está no céu.”  (Mateus 23:9)


Nenhum ser humano tem o direito de usar termos como “santo” ou “reverendo”. Estes atributos pertencem apenas a Deus. Numa carta encíclica datada de 10 de janeiro de 1890, Leão VIII declarou:


“O mestre supremo da igreja é o Pontífice Romano. União de mentes, por isso requer... submissão e obediência completas ao desejo da igreja e ao Pontífice Romano, como ao próprio Deus.”


Em 20 de junho de 1894, Leão VIII afirmou que “Nós (papas) ocupamos nesta terra o lugar do Deus Todo-Poderoso”.


Este é o status atribuído ao Papa Júlio II no quinto Concílio de Latrão, em 1512:


“Sois o Pastor, sois o Médico, sois o Governador, sois o Fazendeiro, finalmente, sois outro Deus na terra.

“Diz-se que o papa é a santidade porque presume-se que o seja com certeza... Somente o papa é merecidamente chamado pelo nome de “santidade” pois é o único vicário de Cristo, que é a fonte e plenitude de toda a santidade.” (5)


Há alguns anos a igreja publicou um livro, A Key in the Hand of the Priest, de Franz Xaver Esser, reimpresso em Freiburg por Herder & Co. Este livro tem o selo das mais altas autoridades católicas. Falando sobre a missa, nas páginas 11 e 12, lemos:


“A partir do momento em que os padres levam o cetro de ouro em suas mãos, o céu, guardado com tanto cuidado, está aberto a eles. Eles podem comandar com um poder que poderíamos chamar Onipotência. Todos os anjos abrem caminho, humilde e respeitosamente, embora saibam que eles (os padres) neste momento retiram do tabernáculo celestial o Mais Santo de todos, o Filho de Deus, e O trazem ao altar.” (Págs. 11 e 12)


“Mas tu, padre, pega o cetro em tuas  mãos, aproxima-te da grande senhora, a Natureza, durante a santa transformação, e comanda: ‘Fora com essa e aquela lei!’ e sem a mínima contradição, ela te  obedecerá! Quão sobre-humano és tu, oh padre, como o Salvador, que comandou o vento e o mar, e caminhou sobre águas agitadas... A última e mais alta esfera de poder ainda espera: o próprio Filho de Deus fica sujeito a ele (o padre) e obedece-lhe em Sua morte, ‘até mesmo a morte da cruz’.” (Págs. 15 e 16)


“Ele (o padre), leva o cetro de ouro em suas mãos e fala com o eterno Filho de Deus... e Jesus lhe obedece imediatamente e sem abrir Sua boca em contradição. Oh, se os padres pudessem ver ao menos uma vez como o Filho de Deus submete-se de boa vontade às suas palavras! Como sua própria grandeza cresceria diante deles como uma alta montanha... o próprio Deus lhes obedece.” (Págs. 16 e 17)


O papa usa uma coroa tripla porque afirma ser, não apenas o rei da terra, mas também do céu e das regiões inferiores.

4. O quarto indício diz que a igreja seria um poder perseguidor. Usando as autoridades católicas, que provavelmente tentam minimizar a perseguição da igreja, encontramos ampla evidência para mostrar que estamos no caminho certo na identificação do Anticristo.


“Julgada pelos padrões contemporâneos, a inquisição, especialmente da forma que se desenvolveu na Espanha até o fim da Idade Média, pode ser classificada apenas como um dos episódios negros na história da igreja.” (New Catholic Encyclopedia).


Muitos mártires cristãos morreram nas mãos da igreja. É triste ver cristãos perseguindo cristãos. Dois mil protestantes morreram num período de cinqüenta anos na Holanda, e de três a quatro mil huguenotes franceses morreram no massacre de São Bartolomeu, que começou na noite de 23 de agosto de 1572. Vigorosas cruzadas eram conduzidas pela igreja romana contra os albigenses e os valdenses. Visitei os vales onde os valdenses viveram e foram perseguidos.


A igreja católica romana desempenhou o papel de perseguidora, extenuando os santos do Altíssimo.

5. Pensa em mudar tempos e leis: Por volta do ano 1400, Petrus de Archango fez a seguinte afirmação:


“O papa pode modificar  a lei divina, já que seu poder não é humano, mas de Deus, e ele age no lugar de Deus na terra, com o poder total para prender e libertar seu rebanho.”


Se você comparasse os dez mandamentos do catecismo católico com os da Bíblia católica, você veria uma grande diferença. Na Bíblia católica estão expostos exatamente como Deus os entregou, e igual às outras Bíblias. No catecismo o segundo mandamento que condena a adoração de imagens foi totalmente apagado. O décimo é dividido em dois, e assim continuam sendo dez mandamentos mesmo o segundo tendo sido apagado.


No Concílio de Trento, Gaspare de Posso, Arcebispo de Régio disse:


“A autoridade da igreja é ilustrada mais claramente pelas Escrituras; enquanto que  por um lado ela as recomenda, declara-as  divinas, e oferece-as para lermos... por outro lado, os preceitos legais nas Escrituras ensinados pelo Senhor cessaram por virtude da mesma autoridade. O Sábado, o dia mais glorioso na lei, foi mudado para o dia do Senhor... Esta e outras questões similares não cessaram em virtude do nascimento de Cristo (pois Ele disse  que veio cumprir a lei, não destruí-la), mas foram mudadas pela autoridade da igreja.”


Na edição de 1957 de The Convert’s Cathecism of Catholic Doctrine, de Peter Geirmann, os que se convertem à igreja católica são ensinados através da leitura de perguntas e respostas:


P: Qual o dia do Senhor?


R: O sábado é o dia do Senhor.


P: Por que observamos o domingo e não o sábado?


R: Observamos o domingo ao invés do sábado porque a igreja católica transferiu a solenidade do sábado para o domingo.


A edição de 1958 do Catecismo no Concílio de Trento para padres e paróquias diz:


“A igreja de Deus achou melhor transferir a celebração e observância do sábado para o domingo.”


Na segunda edição, de 1893, o The Christian Sabbath assegurava:


“A igreja católica por cerca de mil anos antes da existência da protestante, pela virtude de sua divina missão, mudou o dia de sábado para o domingo... A igreja protestante diz: ‘Como posso receber os ensinamentos de uma igreja apostatada?’ ‘Como’, perguntamos nós, ‘vocês puderam receber por toda a sua vida estes ensinamentos que são opostos à sua reconhecida mestra, a Bíblia, sobre a questão do sábado?’”


O imperador Constantino divulgou sua primeira lei dominical em 7 de março de 321. Sua primeira lei dominical era secular. Não estabelecia um “sábado cristão”. O domingo tornou-se popular entre os pagãos adoradores do sol. Sua lei foi escrita numa linguagem não-cristã:


“No venerável dia do Sol deixe que os magistrados e as pessoas que residem nas cidades descansem e deixem todas as lojas fechadas.”


Os fazendeiros estavam fora do descanso aos domingos. A primeira lei religiosa na Europa ocidental veio dos católicos. Ela insistia que os trabalhos agrícolas podiam ser deixados de lado para que ninguém fosse impedido de ir à igreja.


6. Os 1260 dias. Usando o princípio de ano-dia (Números 14:34, Ezequiel 4:6), procuraríamos por um período de 1260 anos de domínio e perseguição católica.


Em 538 os Ostrogodos foram exterminados, e a igreja católica romana tinha o poder absoluto. Exatamente 1260 anos depois, em 1798, o General Berthier, sob o comando do governo militar francês, prendeu e exilou o Papa Pio VI. A intenção era destruir não apenas o papa, mas a igreja católica romana. A profecia foi cumprida ao pé da letra. Foi nesta hora que a besta recebeu sua ferida mortal, como está descrito em Apocalipse 13:3. Essa ferida, de acordo com a profecia, seria curada, e a cura acontece rapidamente.


7. 666: O último dos sete indícios é o número 666. Um dos títulos do papa é Vicário do Filho de Deus ou Vicarius Filii Dei.


Fui desafiado diversas vezes, mais por protestantes do que por católicos, sobre a autenticidade deste título. Mais uma vez cito o recente livro de Malachi Martin.


“ ‘Santo padre’, alguém perguntou a João Paulo no final de uma audiência particular para visitantes dignatários em 1983, ‘podemos esperar que sua Santidade faça muitas outras dessas visitas papais a diferentes partes do mundo?


“João Paulo respondeu com doçura, ‘Até que eu possa alcançar muito homens, mulheres e crianças; pois sou seu papa, e é isto que a Santa Mãe deseja que o vicário de seu Filho faça.’” (6)


O título de Papa de Roma é Vicarius Filii Dei e se você pegar as letras de seu nome que representam algarismos romanos e somá-los, o resultado será o número 666. (7)


Pegando o título, e usando algarismos romanos, temos os seguintes resultados:



V =     5 F =   0 D = 500

I =       1 I =    1 E =      0

C = 100 L = 50 I =       1

A =     0 I =    1

R=      0             I =    1         501

I =      1        53         

U =     5

S =     0 112       

                                53   

       112              501


666


Note-se que nas línguas latinas o V era usado no lugar de U. Então, assim como o V, o U indica o número 5.


O capítulo 11 de Daniel nos dá alguns detalhes importantes que ajudam a esclarecer a verdade sobre esta questão, e a identificar o Anticristo sem sombra de dúvida.


“Este rei fará segundo a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis, e será próspero, até que se cumpra a indignação; porque aquilo que está determinado será feito. Não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus, porque sobre tudo se engrandecerá. Mas em lugar dos deuses  honrará o deus das fortalezas; a um deus que seus pais não conheceram honrará com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas agradáveis.” (Daniel 11:36-38)


A expressão “fará segundo sua vontade” é usada em Daniel 11:3 para descrever o poder universal de Alexandre, o Grande, e outra vez em Daniel 11:6 para descrever o papel universal dos césares.


A profecia diz que ele não levaria em consideração “o desejo de mulheres”, prevendo o tempo em que o Papado negaria aos padres e freiras o direito e privilégio dados por Deus de saciarem o desejo, que surgiu no céu, de se casarem e terem seus próprios lares.


“O Deus das fortalezas” é uma descrição do que os governos civis necessitam. Aqui temos uma instituição religiosa, fazendo algo que os pais do cristianismo não fizeram. Ela depende da força, munições e armas para alcançar seus objetivos e manter-se forte. O Papado, sempre que pode, une-se ao Estado e depende da espada e das fortalezas dos césares ao invés da poderosa espada do Espírito.


A Palavra de Deus diz como o deus das fortalezas será honrado: “com ouro, com prata, com pedras preciosas e coisas agradáveis.” Santuários e templos caros foram erguidos e dedicados; presentes a estes novos e estranhos deuses tornaram-se uma grande fonte de renda para a igreja. Estes deuses eram, e ainda são, honrados “com ouro, com prata, com pedras preciosas e cousas agradáveis”. Vi pobres na América do Sul pagarem mais do que podiam à igreja para terem suas consciências limpas e seus pecados perdoados. Eles dão aos padres grande parte de seu salário para que orem por seus queridos já mortos que estão no purgatório. Enquanto alguns destes pobres passam fome, eles estão patrocinando a construção de catedrais cheias de imagens de ouro e prata.


Malachi Martin descreve os três que competem pela liderança da nova ordem mundial, que, como ele diz, formarão o maior confronto histórico que a humanidade já enfrentou. Os competidores são:


1. O Golden Internationale, referindo-se ao Oeste, sob a liderança de George Bush.


2. O Red Internationale, o partido de Lênin e Marx na União Soviética, sob a liderança de Mikhail Gorbachev.


3. O Black Internationale, sob a liderança do antigo cardeal Karol Wojtyla, hoje Papa João Paulo II.


“A Igreja Católica Romana...está destinada a ser vitoriosa em qualquer confronto com estes rivais.” (8)


Quando esta ordem mundial se tornaria realidade? Tudo está em seu devido lugar. O Vaticano diz:


“Se, por um milagre repentino, amanhã ou na semana que vem fosse estabelecido um único governo mundial, a Igreja não teria que passar por nenhuma mudança estrutural para continuar com sua posição dominante e seu objetivo global .” (9)


Existem numerosas teorias sobre quem é o verdadeiro Anticristo. Durante a II Guerra Mundial, tanto Hitler quanto Mussolini foram apontados por alguns. Existem aquele que vêem o Anticristo na ONU. A maioria dos fundamentalistas está procurando por um indivíduo que surgirá após o arrebatamento. Todas estas teorias são baseadas em especificações. Nenhuma delas combina com as marcas descritas na profecia bíblica.


Os reformadores viram claramente como o papado se encaixa na descrição. Muitos cristãos modernos não estudam a Bíblia o suficiente para ver o óbvio. Estão procurando por uma marca literal a ser colocada na fronte ou na mão daqueles que recebem a marca da besta.


Esta questão não é superficial. Deus está mais interessado em lealdade do que numa marca de tinta na pele. As pessoas perderão sua liberdade porque se recusarão a 

quebrar os mandamentos de Deus.


Em 8 de outubro de 1871, D. L. Moody iniciou uma série de conferências de uma semana em Chicago, reunindo uma das maiores multidões da história da cidade. Seu assunto naquela noite foi: “O que fazer então com Jesus?” Ira Sankey cantou uma bela canção de apelo e a audiência sentiu-se tocada. Naquela noite Moody disse à grande platéia que lhe daria uma semana para decidir o que fazer com Jesus.


Naquela mesma noite a maior parte de Chicago foi destruída pelo fogo. Centenas de pessoas morreram. Moody não pôde fazer outro conferência ali até 23 anos mais tarde, no aniversário do grande incêndio. Quando olhou para sua platéia naquela noite, disse: “Há vinte e três anos cometi o maior erro de minha vida. Dei a uma platéia uma semana para decidir o que fazer com Jesus. Olhei para esta congregação e não pude ver nenhuma das pessoas para quem preguei naquela noite. Nunca mais vou encontrar aquelas pessoas até que ressuscitem no dia do julgamento. Eu preferia ter minha mão direita cortada a dar a outra platéia uma semana para decidir o que fazer com Jesus.”


Se você não tomou esta decisão, não espere nem mais um dia, ou nem mesmo uma hora. Decida agora dedicar sua lealdade a Cristo. Jesus disse:


“... muitos procurarão entrar e não poderão.”  (Lucas 13:24)



Não esteja entre os que receberão a marca da besta. Aceite-O agora.



1.  Hal Lindsay, The Late Great Planet Earth, pág. 103

2.  Idem, pág. 110

3.  American Catholic Quarterly Review, Abril de 1911

4.  Malachi Martin, The Keys of This Blood, pág.132

5.  Lucius Ferraris, Prompta Bibliotheca

6.  Malachi Martin, The Keys of This Blood, pág.122

7.  Our Sunday Visitor, 15 de novembro de 1914

8.  Malachi Martin, The Keys of This Blood, pág. 21

9.  Idem, pág. 143



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