18 O GRAVE PROBLEMA DO ALCOOLISMO

sermao alcoolismo

Dr. Pedro Tabuenca 


Em sua incessante busca da felicidade, o homem e a mulher avançam, amiúde, por caminhos equivocados. Enganando-se a si mesmos, muitas vezes adquirem necessidades artificiais cuja satisfação proporciona ...aparente bem-estar, mas que na realidade os distancia cada vez mais do verdadeiro prazer da vida. 


A estas necessidades artificiais e malignas as chamamos de vícios, e muitos deles não são outra coisa que intoxicações habituais. 


Os tóxicos utilizados vão perturbando as reações normais do organismo frente à agressão química, até que se cria o hábito. Este produz efeitos muito prejudiciais no organismo, como veremos a seguir. 


Ação do Álcool sobre o Fígado 


O fígado é o grande laboratório químico do organismo; ali realiza-se em grande medida a desintoxicação do sangue. Diversas toxinas são destruídas ou neutralizadas no fígado para sua posterior eliminação. A célula hepática requer uma provisão adequada de vitaminas, proteínas e açúcar, a fim de poder cumprir cabalmente sua função antitóxica. 


A pessoa que ingere álcool habitualmente, submete seu fígado a uma constante agressão tóxica, já que todo o álcool que ingere é absorvido pelas mucosas do tubo digestivo e passa através do fígado antes de difundir-se pelo organismo. 


Além disso, o álcool perturba a nutrição do indivíduo. Isto ocorre, porque não somente dificulta a assimilação de algumas vitaminas, mas também diminui as proteínas e açúcar que se ingerem, devido à perversão do apetite que se produz no alcoólatra. 


Tudo isto leva a uma insuficiência da função antitóxica do fígado, que até então está danificado cada vez mais pelo álcool. Afinal se desenvolve a cirrose hepática, enfermidade de lenta evolução, mas freqüentemente fatal. O fígado se endurece. Sua superfície volve-se completamente irregular. Suas veias são comprimidas pelo tecido fibroso e, em conseqüência, é perturbada a circulação do sangue através do órgão. Além disso a síntese das proteínas, que normalmente se realiza no fígado, é afetada. 

Estes fatores e outros mais que entram em jogo fazem que se produzam grandes derrames de líquido dentro do abdome. As veias do estômago e do esôfago se dilatam. O mesmo ocorre com as veias do reto, e como resultado produzem hemorróidas. O fígado deixa assim mesmo de produzir algumas substâncias que intervêm na coagulação do sangue, o que contribui para produzir nestes enfermos graves hemorragias. 


Ação do Álcool sobre o Estômago 

O álcool ingerido com as bebidas produz em primeiro lugar uma ação cáustica e irritante sobre a mucosa do estômago. Esta aumenta a produção de muco e de ácido clorídrico, e perturba deste modo a função digestiva até causar gastrite crônica, atrófica, ou hipertrófica, causa de graves perturbações nutritivas do organismo. Este aumento de secreção ácida do estômago induzido pelo álcool pode favorecer a aparição de úlceras gástricas e duodenais, e contribuir ao fracasso de seu tratamento, fazendo que estas lesões passem à cronicidade. 


Ação do Álcool sobre o Pâncreas 

O álcool irrita a mucosa duodenal onde desemboca o conduto excretor do pâncreas, e em conseqüência, perturba o livre fluxo do suco pancreático. Por este mecanismo, associado a outros fatores, pode produzir-se uma grave infecção do curso muitas vezes fatal: a pancreatite aguda. Diversas estatísticas assinalam que por volta de 50% destes casos têm como antecedente o álcool. 


Ação do Álcool sobre o Aparelho Genital 

O álcool causa lesão nas delicadas células germinativas que intervém na formação da descendência. Desse modo causa diversos transtornos nervosos e da personalidade que constituem a herança alcoólica, entre cujas manifestações se observam casos de debilidade mental, imbecilidade, epilepsia e outras enfermidades mentais. 


Ação do Álcool sobre o Sistema Nervoso Periférico 

O álcool produz a polineurite alcoólica, afeição consistente em lesões dos nervos que conduzem o estímulo motor e sensitivo das extremidades. O resultado é uma perda da força muscular principalmente nas pernas, que dificulta a marcha e pode chegar à paralisia. 


Ação do Álcool sobre o Sistema Nervoso Central 

É justamente aqui, no sistema nervoso central, onde exerce o álcool as suas ações mais nocivas. O efeito reiterado do álcool sobre o sistema nervoso central produz lesões bem definidas que podem ter distinta localização. No córtex cerebral dos lóbulos frontais pode produzir-se uma esclerose que afeta a terceira capa das células nervosas. 

Se tal é o caso, o paciente apresenta crises repetidas de delírium-tremens, durante as quais experimenta intensa agitação, tremores e visões terroríficas. 

As fibras nervosas que ligam entre si ambos hemisférios cerebrais, podem também provocar lesões. Como resultado perdem sua capa isolante e sobrevem uma demência de rápida evolução. Esta demência alcoólica ou etílica antes de chegar ao grau extremo de alienação mental, produz uma notável perda da responsabilidade moral do afetado. 

Outro tipo de lesão alcoólica é a poliencefalite hemorrágica de Wernicke, caracterizada pela presença de pequenas focos hemorrágicos que constroem os núcleos de substâncias cinzentas, situadas na profundidade do cérebro. Suas manifestações são: transtornos visuais ocasionados pela paralisia dos músculos que regem o movimento dos globos oculares, transtornos do equilíbrio, febre e suores copiosos. Esta infecção pode ser curada ou ao menos ficar estacionada se suprimir totalmente o álcool; mas costuma também evoluir rapidamente para a morte ou para a demência. 

O álcool exerce além disso ações imediatas sobre o sistema nervoso central. Podem ser resumidas estas reações dizendo-se que o álcool deprime todas as funções cerebrais, começando pelas mais elevadas como a autocrítica e o autocontrole, e continuando com a ideação e coordenação motora para terminar com as mais simples ou vegetativas, como a respiração ou a circulação. Tudo isto em proporção direta a sua concentração no sangue. Uma vez deprimidas as altas funções psíquicas e anulada a vontade, o álcool reduz a sua vítima à mais desprezível escravidão ao degradar sua personalidade até os mais baixos níveis. 


A Embriaguez e os Traumatismos do Crânio 

Uma circunstância muito comum é a do ébrio que cai e bate a cabeça contra o solo, de onde é recolhido em estado de inconsciência. Os que o atendem percebem o hálito francamente alcoólico e atribuem a profunda inconsciência tão-somente à embriaguez. É comum que abandonem o sujeito à sua própria sorte pensando que já despertará quando passarem os efeitos do álcool. 

Assim é que o bêbado fica estendido onde estava ou é alojado no centro policial mais próximo. O despertar esperado não se produz, mas persiste um profundo estado de coma, com pulsação lenta e respiração estertorosa. O quadro se agrava pouco depois. Aparece febre elevada e o indivíduo morre. A autópsia revela contusão cerebral, hematoma, ou hemorragia meníngea com ou sem fratura craniana. 

A fim de evitar a evolução relatada, terá que se pensar na possibilidade de um sério traumatismo craniano diante de qualquer sujeito que é encontrado inconsciente, embora tenha o odor forte de álcool. Deverá, nestes casos, prestar-se ao paciente uma atenção médica adequada. Esta incluirá radiografias de crânio e o controle constante de suas funções vitais e do psiquismo, a fim de oferecer-lhe o tratamento médica ou cirúrgico mais adequado a sua grave situação. 



O Álcool e os Acidentes de Trânsito 

Uma circunstância que torna sumamente perigosa a ingestão mesmo moderada de bebidas alcoólicas é a condução de veículos. O álcool, inclusive em pequenas doses, deprime os centros coordenadores do cérebro e, em conseqüência, retarda sensivelmente as reações normais de motorista esperto. De modo que apesar de sua lucidez mental aparente e de sua habilidade no volante, o motorista que bebeu álcool demora muito além do normal em atuar ante circunstâncias imprevistas. Isto é a causa constante de numerosos e graves acidentes de trânsito. 

Um fato que se torna realmente arriscado é dirigir carro depois de haver bebido. É que os transtornos neuro-musculares tais como o retardamento nas reações psicomotoras, a diminuição da atenção e da perturbação dos reflexos com prolongação do tempo de reação, ocorrem muito antes de que apareçam sintomas de embriaguez. De modo que, nem o motorista, nem os que a acompanham se dão conta do transtorno até que aparece uma circunstância imprevista que requer uma rápida decisão e reação por parte do motorista. Mas as decisões e as reações rápidas são impossíveis quando há álcool na organismo, mesmo em pequenas quantidades. 

Isto explica as estatísticas de quase todos os países mais de 50% dos acidentes de estradas são produzidos por conseqüências do álcool.  


Tratamento do Alcoolismo 

Difícil e desigual é a luta do homem contra o vício. Com o intelecto embotado, a consciência adormecida e a vontade praticamente aniquilada, o alcoólatra se encontra à mercê de seu vício, tão impotente e sem esperanças como o náufrago que se debate só em meio do mar agitado. Unicamente a intervenção sábia e oportuna de uma mão amiga pode ajudá-lo a libertar-se. Sobretudo, temos de mencionar a influência religiosa como arma da maior eficácia na luta do homem contra seus vícios, inclusive a álcool. O estudo fervoroso e sincero da Bíblia dá consolo ao entristecido, proporciona esperança ao oprimido e mostra um novo caminha ao extraviado. Sua influência elevadora não pode ser discutida, pois constantemente sabemos de vidas libertas e de lares transformados, onde a miséria e o vício desapareceram para dar lugar à felicidade e à sobriedade, como testemunho de seu poder. 


Fisiologia 

Farmalogicamente, o álcool é um veneno protoplasmático, que afeta todas as células, mas especialmente o aparelho digestivo e sistema nervoso, produzindo transtornos da conduta, da personalidade e afetando os nervos periféricos. 90% do álcool ingerido, o fígado se encarrega de transformá-lo em bióxido de carbono e água, que é a última etapa de vários processos prévios. 


Etapas Para Chegar ao Alcoolismo 

Costume: Consiste na administração repetida de uma droga sem que disto se faça uma verdadeira necessidade, nem a falta de sua administração ocasione nenhum transtorno ao sujeito. 

Hábito: É a dependência psíquica, a necessidade compulsiva. A abstenção ocasiona transtornos puramente psíquicos. (Ansiedade, inquietude, desassossego, tal como quando o fumante não tem o cigarro.) 

Tolerância: Com a constante administração e sobretudo o aumento progressivo de doses, o organismo 'aprende' a metabolizar quantidades cada vez maiores da droga. 

Vício: Enfermidade crônica, progressiva, adquirida, que implica a ingestão compulsiva de quantidades excessivas de álcool e que leva seus estágios mais avançados a seqüelas psicológicas, sociais e físicas, freqüentemente irreversíveis.Com o tempo e o desenvolvimento de tolerância, acrescenta-se a dependência física à dependência psíquica. 

Não existem limites bem marcados entre o simples costume e o hábito, nem entre o hábito e o vício. No hábito há a necessidade subjetiva da droga, e a administração da mesma satisfaz essa necessidade e alivia o estado de ansiedade e tensão emocional do indivíduo, dando-lhe a tranqüilidade e sossego. Se não administrar a droga, a sensação angustiosa de todas as formas vai diminuindo ao passar do tempo e por fim desaparece. No vício, por sua vez, a falta da administração produz um síndrome de abstenção, quadro patológico que pode ser mortal se não se tomam as medidas específicas de tratamento. 

O vício, pois, é um fenômeno que se desenvolve em fases sucessivas começando com o simples costume, depois do hábito, depois se desenvolve a tolerância e finalmente sobrevém o vício. Tomemos em consideração que as características mais comuns na personalidade do alcoólatra são as seguintes: 

1. Baixa tolerância de frustração e angústia. 

2. Incapacidade de resistir tensão, ansiedade ou conflitos. 

3. Má estruturação da personalidade, que leva à negação da realidade dolorosa. 

4. Sensação de isolamento. 

5. Depressão afetiva que leva a buscar estimulo ou satisfação.  

6. Tendência a atos impulsivos. 

7. Narcisismo extremo, exibicionismo, tendência autopunitiva. 

8. Freqüentes mudanças de humor, hipocondria. 

9. Rebeldia ou hostilidade inconsciente. 

10. Sensibilidade anormal. 

11. Inibições permanentes. 

12. Necessidade bocais intensas. 

13. Imaturidade. 

14. Conflitos sexuais inadvertidos. 

15. Na bebida, o descontente busca consolo; o covarde, valor, o tímido, confiança.

Samuel Johnson 17-09-1974 Lexicógrafo inglês.


Por que se bebe? 

A maioria o faz por ignorar ou subestimar seus tremendos efeitos; outros arrastados pelas obrigações sociais ou incitados pela profusa propaganda. Mas ninguém pensa que um de cada quatorze bebedores moderados terminará sendo alcoólatra crônico. 

Contudo, a maioria bebe para escapar da realidade da vida. Passado o efeito da bebida suas dificuldades são iguais ou piores, pelo que recorrem ao álcool para libertar-se de seus problemas. Passando o efeito da bebida suas dificuldades são iguais ou piores, pelo que recorrem novamente à bebida. 


Desastrosas Conseqüências Sociais 

Cada mês nos fazia uma visita ao colégio interno onde estudávamos, um velho e esfarrapado mendigo. Mas não foi pobre sempre. Em sua mocidade estudou e obteve três títulos de doutorado, chegou a ser um próspero industrial. Mas perdeu tudo, sua fábrica, seu lar, seus amigos. Qual é a razão? Entregou-se à bebida. 

Entre os efeitos terríveis do álcool está a degradação da personalidade. De nada valem a boa criação, a educação, o êxito comercial. O álcool se apodera do indivíduo e o torna um irresponsável capaz de cometer os piores atentados contra os bons costumes, a moral e a vida de seus semelhantes. 

Talvez os efeitos piores são sentidos no âmbito familiar onde a esposa e os filhos são humilhados e vivem em constante tensão e insegurança. Os mais sagrados deveres são abandonados e às vezes se desemboca na dissolução do vínculo matrimonial. O filho fica confuso diante do espetáculo vergonhoso de um pai relaxado pela bebida. 

Muitas vezes a tragédia se abate sobre o lar diante do ataque impiedoso de um pai ofuscado pelos efeitos da bebida. O alcoolismo atenta contra a grandeza dos países, constitui uma pavorosa sangria em sua economia, empobrecendo a população, diminuindo sua capacidade de trabalho e sua potencialidade econômica. 




É Possível Vencer o Vício do Álcool? 

Neste, assim como em outros problemas relativos à saúde, é válida a sentença: "Melhor é prevenir que curar." Portanto, a primeira medida é divulgar por todos os meios possíveis os males do álcool. 

Lembremo-nos de que nos Estados Unidos o álcool tem que ver com 95% dos crimes, 20% das mortes por acidentes e é direta ou indiretamente responsável por 75% dos divórcios. No folheto do serviço de propaganda e educação higiênica do departamento de salubridade do México diz: "À ruína econômica e à miséria orgânica agrega-se o fracasso moral. O alcoólatra perde o amor pela família e se converte no verdugo de sua mulher e de seus filhos. Em vez de ser seu sustento, é uma carga intolerável, e os filhos educadas nesse ambiente estão expostos a seguir o mesmo caminho. O alcoólatra perde toda noção de justiça. Faz-se iracundo e cruel, e num ímpeto de loucura, ocasionado pelo veneno que consome, fere ou mata com a maior facilidade. A maior parte dos delitos são cometidos sob a influência do álcool. os presídios estão cheias de vítimas do álcool." 

O Dr. Winton Beaven, presidente do Instituto para Prevenção do Alcoolismo, nos Estados Unidos, diz que há que ter em conta os dois seguintes fatos: "Primeiro, o álcool é uma droga que forma hábito. Ninguém está livre de tornar-se alcoólatra; sempre se começa como bebedor ocasional. Segundo, o álcool é uma droga depressiva e freqüentemente é bebida por aqueles que buscam um caminho de escape. É muito possível ser bebedor moderado durante anos e logo, após um choque emocional, converter-se em alcoólatra. A abstinência é o único meio ou método científico garantido para evitar tornar-se alcoólatra. 

Há medicamentos como "antabus" "abstensil" e outros que provocam mal-estar ao ingerir o álcool. Tais remédios devem ser prescritos por um médico. 

Existem associações como Alcoólatras Anônimos que, mediante um sistema de terapia de grupo conseguiram excelentes resultados. 

Transcrevemos a seguir os doze passos tradicionais desta associação: 

1. Admitimos que éramos impotentes frente ao álcool, e que nossas vidas haviam se tornado ingovernáveis. 

2. Chegamos a acreditar que um poder Superior a nós podia devolver-nos ò razão. 

3. Tomamos a decisão de pôr nossa vontade e nossa vida ao cuidado de Deus segundo nossa interpretação dEle. 

4. Fizemos um sincero e honesto inventário moral de nós mesmos. 

5. Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outros seres humanos, a exata natureza de nossas faltas. 

6. Estivemos inteiramente dispostos a permitir que Deus nos tirasse todos estes defeitos de caráter.  

7. Humildemente pedimos a Deus que nos livrasse de nossas defeitos. 

8. Fizemos uma lista das pessoas que havíamos prejudicado e estivemos dispostos a reparar o mal que pudemos haver-lhes ocasionado. 

9. Reparamos diretamente nossos erros às pessoas às quais havíamos prejudicado, exceto nos casos em que ao fazê-lo, prejudicamos a essas pessoas ou outras. 

10. Continuamos fazendo nosso inventário pessoal, e quando nos enganarmos estaremos prontos a admiti-lo. 

11. Buscamos através da oração e da meditação melhorar nosso contato consciente com Deus, segundo nossa interpretação dEle, pedindo somente que nos fizesse conhecer Sua vontade. 

12. Tendo um despertar espiritual como resultado destes passos, procuremos levar esta mensagem a outros alcoólatras e de praticar estes princípios em todos os nossos assuntos. 


Nestes conselhos ressalta a necessidade de confiar em Deus para vencer as cadeias opressoras do vício. Ao confiar em Deus contamos com o imenso poder que representa a oração. Todos os conceitos morais são reativados; a personalidade passa por uma radical e dinâmica transformação. A prática genuína do cristianismo nos leva a compreender que nosso corpo é sagrado. A força de vontade se robustece com a convicção de que Deus está ao nosso lado. 

Você pude vencer o vício! Convença-se de que o está prejudicando gravemente. Use todo o poder de sua vontade e procure a ajuda inapreciável do Altíssimo. Então não será um escravo, mas uma pessoa livre, sadia e útil. 



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