O Namoro Adventista que agrada a Deus (Por Ellen White)

Namoro Ellen White

Apesar da onda caudalosa de divórcios e separações que permeia nossa sociedade, o anelo dos jovens é fazer um bom casamento e ter uma família feliz. 

De acordo com uma enquête realizada entre 17.000 jovens do 2º Grau nos Estados Unidos, em 1980, um casamento feliz é de grande valor para eles, e 90% almejam ter filhos. 

Nos Estados Unidos o índice de divorcio subiu a 700% neste século. Dentro do paradoxo em que o jovem se encontra, contemplando a escolha de um companheiro ou companheira, e ao mesmo tempo consciente dos problemas que podem advir, torna-se imperiosa a tarefa de orientá-los para que não sucumbam e se tornem meras estatísticas, pois muitos jovens têm enfrentado o casamento sem preparo algum (Namoro no Escuro, Casa Publicadora Brasileira, p. 5.)

O problema discutido surge devido às influencias internas e externas sofridas por cada jovem. 

INFLUÊNCIAS INTERNAS


São aquelas que partem de dentro do próprio ser humano. Sabemos pela Bíblia que todos nós ao nascermos já trazemos em nós a tendência pecaminosa herdada de Adão (Rom. 5:12). 

E sabemos também que um filho pode herdar dos pais inclinações para o mal (Êxodo 20:5). Estas duas verdades bíblicas mostram as influências herdadas. Os jovens sofrem no período em que ocorrem muitas mudanças no seu corpo. 

Na fase da puberdade, os hormônios masculinos e os femininos desempenham seu papel sobre os jovens, mudando-lhes a maneira de pensar. Os rapazes começam a se interessar pelas moças; e estas, pelos rapazes. Isso é extremamente natural. 

Foi o próprio Criador que colocou esse instinto no ser humano. Depois de ter criado o homem, Ele disse: 

“Não é bom que o homem viva sozinho; vou fazer a ele alguém que o ajude como se fosse a outra metade". (Gêneses 2:18 — BLH). 

É certo, portanto, que o namoro e o casamento são presentes de Deus para Seus filhos.


INFLUÊNCIAS EXTERNAS


A televisão é hoje o maior veículo de más influencias sobre os jovens. Todo dia ela traz novelas e filmes com cenas sensuais, as quais atinge de maneira negativa a mente dos telespectadores. 

As literaturas românticas e certas revistas são outros meios pelos quais os jovens adquirem tendências doentias. As músicas com ritmos e letras sensuais, têm atingido grande parte dos jovens com a sua influência devastadora. (Woodroof, 1986).

A pressão de grupo é outra grande influência sobre o jovem. Ele é chamado de “careta” quando não age como os outros. Os rapazes, para provar sua virilidade, namoram o maior número possível de meninas. 

E elas, para mostrarem que não são diferentes das outras, se entregam ao namoro irresponsável. São muitas as conseqüências desse tipo de namoro. 

A principal sobrevém pelo fato de que o jovem passa por esse problema exatamente no período em que ainda está se desenvolvendo o seu caráter. Logo tudo acaba, resultando em um caráter volúvel, inconstante e fraco, onde o impulso domina os atos. 

Tal caráter é o motivo por que tantos divórcios têm destruído a felicidade dos lares, pois não há dúvida de que “todo amor despertado por impulso morre quando provado”

• Ellen G. White ao falar sobre o namoro diz: Nem uma palavra deve ser proferida, nem uma ação praticada, que não queiram que os santos anjos contemplem e registrem nos livros do alto. Devem ter em vista unicamente a glória de Deus. 

O coração só deve ter afeição pura, santificada, digna dos seguidores de Jesus Cristo, exaltada em sua natureza, e mais celeste que terrena. Qualquer coisa diferente é depreciável, degradante no namoro; e o casamento não pode ser santo e honroso aos olhos de um Deus puro e santo, a menos que seja segundo os exaltados princípios escriturísticos. 

 “Espero que tenha respeito próprio suficiente para evitar esta forma de namoro. Se deseja sinceramente a glória de Deus, agirá com decidida cautela. Não tolerará que um doentio sentimentalismo amoroso lhe cegue a visão por tal forma, que não possa discernir os altos direitos de Deus sobre você como cristão”. 

FICAR


"Já fiquei com todas as mulheres que quis”. Assim falava orgulhosamente um famoso ator de televisão. Esse ator representa a tendência de uma geração que anda atrás do prazer egoísta. 

Os jovens estão sendo atingidos por uma onda de namoro ligeiro e sem compromisso, que eles próprios chamam vulgarmente de “ficar”. 

Ellen G. White aconselha: 

“Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E, todavia alguns mostram preferência por moças e lhes despertam as afeições, e depois se vão embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isso causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções. Essa disposição se manifestará na vida de casados. A relação conjugal não torna sempre firme o espírito volúvel, constante o que vacila, e fiel aos princípios. Eles se cansam da constância, e os pensamentos profanos se manifestarão em profanas ações”. O Lar Adventista, pág. 5.

A nossa sociedade tem vivenciado e permitido que a maioria dos jovens fiquem até altas horas da noite namorando, muitas vezes em locais isolados e escuros que favorecem ao inimigo das almas a oportunidade para exercer sua influencia maléfica sobre estes, mais Deus tem advertido a todos sobre o perigo que correm, sobre tais praticas, Ellen G. White menciona: 

“O hábito de ficarem acordados até tarde da noite é costume; porém isto não agrada a Deus, ainda que sejais ambos cristãos. Essas horas impróprias são prejudiciais à saúde, incapacitam a mente para os deveres do dia seguinte, e têm aparência do mal. Meu irmão espero que tenhas suficiente respeito próprio para evitar essa forma de namoro. Se tiveres unicamente em vista a glória de Deus, teus passos serão dados com estudada cautela. Não permitirás que o sentimentalismo amoroso te cegue de tal maneira a visão que não possas discernir os elevados direitos de Deus sobre ti como cristão”. Testimonies, vol. 3, págs. 44 e 45

JULGO DESIGUAL


Ellen G. White comenta sobre as implicações desta atitude quando diz: “Se tu, meu irmão, és tentado a unir o interesse de toda a tua vida a uma menina jovem e inexperiente, a quem falta mesmo a educação nos deveres práticos e comuns da vida, cometes um erro; mas tal falta é pequena em comparação com sua ignorância acerca de seu dever para com Deus. 

Ela não tem ficado sem luz; tem tido privilégios religiosos e, contudo, não sentiu sua miserável pecaminosidade sem Cristo... Prezada irmã L.: Eu soube de teu planejado casamento com pessoa que não se te acha unida na fé religiosa, e receio que não tenhas pesado cuidadosamente esta importante questão. 

Antes de dar um passo que há de exercer influência sobre toda a tua vida futura, insto contigo para que dês ao caso cuidadoso estudo e oração. Demonstrar-se-á este novo parentesco uma fonte de verdadeira felicidade? Ser-te-á um auxílio na vida cristã? Será agradável a Deus? Será teu exemplo de molde que possa com segurança ser seguido por outros?” Mensagens aos jovens, págs. 437 e 439. 


NAMORAR SEM O CONHECIMENTO DOS PAIS 


• Ellen G. White nos dá o seguinte conselho a esse respeito: 

“Deverão os filhos consultar tão-somente seus próprios desejos e inclinações, independentemente do conselho e juízo dos pais? Alguns parecem não dispensar nunca uma reflexão aos desejos ou preferências dos pais, nem tomar em consideração seu amadurecido discernimento. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração para a afeição filial. O espírito dos jovens precisa ser despertado quanto a este assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é considerado levianamente, e mesmo positivamente desprezado pelas exigências de um namorado. A desconsideração para com o amor de uma mãe, e desonra da solicitude de um pai, são pecados que se encontram registrados contra muitos jovens”. Lar adventista, pág. 73. 
E também:

“O rapaz que anda em companhia de uma moça e conquista a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica, demonstrando-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que seria fiel às obrigações matrimoniais”. Cartas a jovens e namorados, pág. 49.
Mensagens aos Jovens:

“A juventude confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é uma estratégia de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que haver do que o Senhor. Se há coisa em que seja preciso o bom senso comum, é esta; mas o fato é que ele pouco se emprega neste assunto”. Mensagens aos Jovens, pág. 450. 


SEXO E NAMORO


“Uma análise das crenças fundamentais adventistas sobre namoro, noivado e casamento deixa claro que a Igreja Adventista preza pela abstinência sexual até o casamento. Por outro, uma exaustiva pesquisa levada a efeito entre os jovens adventistas num elevado numero de escolas fundamentais dos Estados Unidos revela uma discrepância entre crença e conduta. A realidade no Brasil acusa a mesma tendência”. Teologia de ética do sexo para solteiros, pág. 2. 


Ellen G. White diz: 

“Não procurem saber quão perto podem andar a beira do precipício e, todavia estar seguros. Evitem a primeira aproximação ao perigo. Não se pode brincar com os interesses da alma. Seu capital é seu caráter. Acariciem-no, como fariam a um áureo tesouro. A pureza moral, o respeito próprio”. Medicina e salvação, Pág. 64. 

CARICIAS


Normalmente, um casal passa por duas fases antes do casamento: namoro e noivado.  Tendo em vista que, para motoristas e pedestres o sinal verde do semáforo indica “siga”, amarelo “aguarde” e o vermelho “pare”, diga quais as fases correspondentes ao:

Sinal verde: Mãos dadas, abraços e Beijos simples.
           
Sinal amarelo: Beijos prolongados.

Sinal vermelho: Caricias leves e pesadas.

Obs.: Isso não quer dizer que os casais estarão seguros adotando esses padrões, mais ajudará a reduzir os riscos. Namoro no Escuro, Casa Publicadora Brasileira, p. 44-45. 

10 MANDAMENTOS DO NAMORO


1. Não namore por lazer: namoro não é passatempo e o cristão consciente deve encarar o namoro como uma etapa importante e básica para um relacionamento duradouro e feliz. Casamentos sólidos decorrem de namoros bem ajustados.

2. Não se prenda em um jugo desigual (II Co 6:14-18): iniciar um namoro com alguém que não tem temor a Deus e não é uma nova criatura pode resultar em um casamento equivocado. E atenção: mesmo pessoas que freqüentam igrejas evangélicas podem não ser verdadeiros convertidos ou não levarem o relacionamento com Deus a sério.

3. Imponha limites no relacionamento: o namoro moderno, segundo o ponto de vista dos incrédulos, está deformado e nele intimidade sexual ou práticas que levam a uma intimidade cada vez maior são normais, mas o namoro do cristão não deve ser assim, o que nos leva ao próximo mandamento.

4. Diga não ao sexo: Deus criou o sexo para ser praticado entre duas pessoas que se amam e têm entre si um compromisso permanente o casamento. É uma bênção para ser desfrutada plenamente dentro do casamento; fora dele é impureza.

5. Promova o diálogo e a comunicação: conversar é essencial, estabeleça uma comunicação constante, franca e direta e não evite conversar sobre qualquer assunto.

6. Cultive o romantismo: a convivência a dois deve ser marcada por gentileza, cordialidade e romantismo. Isso não é cafona, nem é coisa do passado e traz brilho ao relacionamento.

7. Mantenha a dignidade e o respeito: o namoro equilibrado tem um tratamento recíproco de dignidade, respeito e valorização. O respeito é imprescindível para um compromisso respeitoso e duradouro. Desrespeito é falta de amor.

8. Pratique a fidelidade: infidelidade no namoro leva à infidelidade no casamento. Fidelidade é elemento imprescindível em qualquer tipo de relacionamento coerente à vontade de Deus, que abomina a leviandade.

9. Assuma publicamente seu relacionamento: uma pessoa madura e coerente com a vontade de Deus não precisa e nem deve esconder o seu namoro.

10. Forme um triângulo amoroso: namoro realmente cristão só é bom a três: o casal e Deus. Ele deve ser o centro e o objetivo do namoro.

• Deixe Deus orientar e consolidar seu namoro. Viva integralmente as bênçãos que Deus tem para você através do namoro. E seja feliz.

FONTE


Carlos Ebling, José, Namoro no Escuro, Casa publicadora brasileira, p. 5 e 44 - 45, 1985.

Natanael B. P. Moraes, Teologia de ética do sexo para solteiros, pág. 2, 2000.

White, Ellen G. Medicina e salvação. Em Obras de Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d. 2CD-Rom.

White, Ellen G. Conselho sobre educação. Em Obras de Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d. 2CD-Rom.

White, Ellen G. O Lar Adventista. Em Obras de Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d. 2CD-Rom.

White, Ellen G. Testimonies, vol. 3. Em Obras de Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d. 2CD-Rom.

White, Ellen G. Mensagens aos jovens. Em Obras de Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d. 2CD-Rom.

White, Ellen G. Cartas a jovens e namorados. Em Obras de Ellen G. White. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, s.d. 2CD-Rom.

www.advir.com.br. Cezar Maciel da Rosa, Compus Central, IAE.

www.jesusvoltara.com.br/livros online/Ellen G. White.

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