25 Palestras sobre a Trindade no Adventismo

25 Palestras Trindade adventista

Entenda de forma profundo como foi o desenvolvimento da doutrina da trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Baixe aqui essas 25 palestras produzidas por teólogos adventistas e disponíveis aqui em Slides do Power point.
  
1. No Novo Testamento as declarações sobre o Espírito Santo e sobre o Filho (apresentados simultaneamente e atribuindo-lhes características e prerrogativas divinas) são mais numerosas e muito mais esclarecedoras do que as que se encontram no Antigo Testamento. 

Thomas L. Gilmer em sua Concordância Bíblica Exaustiva, Editora Vida,1999, demonstra que o AT que possui mais do triplo de capítulos, refere-se ao Espírito Santo mais que três vezes menos do que o NT. 


A referências ao Messias e Sua obra no NT em relação ao AT são incomparáveis não somente em termos de quantidade como de qualidade. 

2. A presença de Jesus trouxe novas revelações sobre Deus e sobre o Messias que antes eram vislumbres apenas. 

3. Um exemplo clássico são as profecias de Daniel que ele não entendeu e nós entendemos em grande medida (e ele era sábio e falava com Deus em sonhos e visões). 

“Cada um tem a sua parte a desempenhar; a cada qual é concedida uma porção de luz, adaptada às necessidades de seu tempo, e suficiente para habilitá-lo a efetuar a obra que Deus lhe deu a fazer.Nenhum homem, porém, ainda que honrada pelo céu, já chegou a compreender completamente o grande plano da redenção ou mesmo a aquilatar perfeitamente o propósito divino na obra para o seu próprio tempo.” GC.,  343, 344

A luz progressiva não somente é bíblica e declarada explicitamente por Ellen White, mas foi o que ocorreu historicamente. 


A história da IASD através de inúmeros livros e artigos comprovam que a compreensão doutrinária da igreja foi progressiva em várias doutrinas e não apenas na questão da Trindade. 

Até 1889 Ellen White indicava cerca de seis pilares da fé dos pioneiros mantidos por volta de 1844.  
Manuscrito 13, 1889, citado em P. G. Damsteegt, Adventist Doctrines and Progressive Revelation (Journal of the Adventist Theological Society, Vol. 2, nº 1, 1991, p. 86)
Em 1872 U. Smith indicava 25 pontos doutrinárias embora não votados pela igreja e ele mesmo a essa época ainda era contra as restrições de carne de porco e Levítico 11. 

Estavam ausentes de declaração de crenças de 1872 formulada por U. Smith: 

a. modéstia cristã; 
b. vida cristã – divertimentos; 
c. temperança; mordomia – dízimo; 
d. Santa Ceia; 
e. família e casamento; 
f. organização eclesiástica.

Deveríamos nós ainda comer carne de porco e usar fumo, usar jóias, freqüentar lugares impróprios e nem mesmo ter a Santa Ceia como  ordenança oficial somente porque não constavam da “declaração” de U. Smith?

A verdade é que algumas crenças não estavam codificadas ainda e outras ainda estavam por serem claramente formuladas. Uma delas foi a doutrina da Trindade. (A Trindade, CPB, 2003, capítulos 13 e 14).

Na declaração de 1889 três pontos doutrinários foram acrescidos: modéstia, conduta cristã e dízimo. (P. G. Damsteegt, Adventist Doctrines and Progressive Revelation (Journal of the Adventist Theological Society, Vol. 2, nº 1, 1991, p. 80)

Portanto, uma verdade progressiva como “a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Prov. 4:18)

1. Possuir a verdade de forma clara naquela época não significa toda verdade (pois isso significaria ter esgotado toda a profundidade da verdade) e nem todas as verdades

2. Tínhamos a verdade no sentido de que as crenças mantidas pelos adventistas numa determinada época estavam em oposição a outros grupos cristãos. (A Trindade, CPB, 2003, p. 232).

3. As datas dos textos citados - 1855 e 1849 como sendo a a época da posse de “toda doutrina”. 

Podemos ver que somente depois de 1855 houve aceitação ou maior compreensão de doutrinas como Reforma de saúde, dízimo, organização da igreja e Justificação pela fé, só para dar alguns exemplos. Lembramos que todas elas (e outras mais) somente surgiram ou foram melhor entendidas após 1849 e 1855. 

4. Nenhum profeta ou servo de Deus teve toda luz ou plena compreensão dela conforme declarado em 1888 (quando foi publicado o Grande Conflito), em 1892 (quando foi publicado o livro Caminho a Cristo), portanto cerca de 30 e 37 anos após 1855. A de Parábolas de Jesus é de 1900!

5. Em 1890 (35 anos depois de 1855) Ellen White ainda anunciou: 

“Possuímos os vislumbres dos raios de luz que nos há de vir ainda.” Mensagens Escolhidas, Vol. I, 401. E ainda, na mesma época, ela preveniu contra a noção estática da compreensão doutrinária:

 “Jamais alcançaremos um período em que não haja para nós acréscimo de luz.” (Ibidem, 404).

6. Entre as várias doutrinas Ellen G. White anunciava mais conhecimento a partir de 1890 estavam: 

a. a justiça de Cristo (MS, 9, 1890 e Parábolas de Jesus, 128, 129, datado  de 1896); 

b. o livro do Apocalipse (Testimonies, Vol. 2, 692, 693) 

c. e o caráter de Deus: “É nosso privilégio atingir cada vez maiores alturas por mais claras revelações do caráter de Deus.” (grifos nossos). Ministry of Healing,  464, escrito em 1905. 


O termo “mistério” no sentido vernáculo da língua portuguesa (e não no sentido teológico). Refere-se a algo ou alguém que está além da capacidade humana de compreensão.

Os textos bíblicos dizem o seguinte: 

A perfeição de Deus é impenetrável.
A sua onisciência e onipresença (não apenas o conhecimento acerca do homem) é inatingível.
A sua grandeza é insondável.
Seu entendimento não pode ser esquadrinhado.
Seus juízos e caminhos são inescrutáveis.

1. ANÁLISE DA PALAVRA - Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa 

a. MISTÉRIO é: “algo que é secreto, não repartido com outros; segredo” ou “algo que é incompreensível, que não se consegue explicar ou desvendar; enigma”.   (grifo nosso). Portanto Deus é um mistério.


Dicionário Aurélio: “
a. Mistério. (...) Tudo aquilo que a inteligência humana é incapaz de explicar ou compreender; enigma.” (grifo nosso).

b. No mesmo dicionário as palavras “insondável”, “inescrutável” e “impenetrável” têm todas o sentido de inexplicável, incompreensível e misterioso.

Assim, podemos dizer que Deus é (em bom português) um mistério. 

2. Outra razão para o uso dos versículos citados é que a idéia de que Deus é um mistério não está apenas no sentido do português das palavras usadas na Bíblia conforme um bom dicionário.

Na seção específica do estudo da “forma, estrutura e contexto” do Salmo 139 verso 6 a análise das palavras indicam que: “Usando a forma de uma queixa individual o salmista descreve Deus como essencialmente cheio de mistério e intensamente pessoal em sua relação com o homem.” Word Biblical Commentary, Vol. 21, 259. (grifo nosso)

3. Keil-Delitzsch que é um comentário de análise gramatical do sentido das palavras hebraicas analisa o Salmo 139:1-6 declarando que o sentido hebraico das palavras é a “transcendência”, e a condição “inatingível” e “incompreensível” (sinônimo de mistério, segundo o dicionário de português) da onisciência e onipresença de Deus. Essa ação (não o mero conhecimento de Deus acercado homem) ocorre pelo do Espírito. Keil-Delitzsch, Commentary on the Old Testaent Vol. 6, 348. (grifo nosso)

4. Ellen White declara: 

“A Palavra de Deus, semelhantemente ao caráter de seu Autor, apresenta mistérios que jamais poderão ser compreendidos amplamente por seres finitos.” Educação, 169 (edição de 1977). (grifo nosso)

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